Teresa, nem calcula a amargura que é não poder estar à conversa consigo, noite dentro. Primeiro foi um convite para ir ali a Setúbal ver a(s) minha(s) equipa(s) jogar à bola, depois uma conversa entre duas bifanas e umas imperiais fez-me vir a correr só para verificar se Don Vito Corleone sempre tinha sido Don Vito Corleone (como diziam) ou se antes tinha sido Vito Andolini e que só passou a Vito Corleone no posto de fronteira, quando chegou às Américas. Naturalmente, como sempre, eu tinha razão, só me espanta as pessoas, ainda para mais amigos há mais de vinte anos, não me darem razão logo de entrada, acho eu que é pelo gosto de me ofertarem jantares nos sítios que eu escolho. Finalmente, um inadiável jogo de poker no clube (poupe-nos à piada fácil do "bluff"...) fez com que a noite se prolongasse, o meu telemóvel topo de gama a informar-me que havia notícias aqui no Cabra e eu, oh blasfémia, a ter que estabelecer prioridades e, oh blasfémia novamente, a escolher o poker.
Mas tenho boas notícias para si, eis-me de novo a vir a jogo (contenha a alegria, Teresa, não me salte assim aos braços...). Sem retóricas, porque se formos pela retórica ficamos aqui a semana toda e, já se sabe, você é extremamente ocupada e não pode ficar aqui a perder o seu tempo com nulidades como eu.
DO "NUNCA"
Teresa, o "nunca" é uma liberdade de linguagem. Quando digo que nunca passei mais de duas semanas sem sexo, não estou a considerar os primeiros cinquenta e oito anos da minha vida, esses não contam, foi um tempo de aprendizagem. Falo apenas dos últimos quatros dias, a minha vida tem um "reset" a cada primeiro de Janeiro. Toda a gente sabe isto, cuidei que também soubesse. Não sabia, amigos na mesma, agora já sabe.
DOS PAVÕES
Teresa, concedo-lhe quase toda a razão, aproveite, raramente dou razão a alguém, abro esta excepção para si porque não é bonito não lhe dar razão quando você a tem. Reparou naquele "quase" lá de cima? Não o perca de vista, vai ser importante para perceber o processo.
E o processo é simples. Nós, os machos alfa, temos antes de mais que colocar a concorrência no seu devido lugar. Temos que deixar sinais inequívocos de que quem comanda a alcateia somos nós e a concorrência tem que nos reconhecer como sendo os mais capazes, os que têm prioridade. Este território marca-se por um conjunto de sinais que vamos deixando (com agrado lhe comunico que já não precisamos de urinar nas esquinas...) e que tanto pode ser uma prelecção sobre as vantagens do sistema do losango em que o Paulo Bento continua a insistir (e suas derivações e adaptações quando entra o Djaló de início e quando é preciso que o João Moutinho defenda mais quando o Derlei é expluso) com a recepção de uma chamada no nosso telemóvel topo de gama e o consequente afastamento do resto das pessoas para atender a chamada, mas que não seja afastamento suficiente que os impeça de ouvir as nossas instruções de "compre, mas consulte Nova Iorque primeiro, diga que fui eu que mandei comprar em ienes".
Vencida a primeira etapa (somos agora machos alfa reconhecidos e respeitados), quem acha que as mulheres vão escolher (lembre-se daquela conversa dos melhores genes, e tal...)? Certo. Corolário? Mesmo quando fazemos a manobra de diversão que é afastar a concorrência de putativos machos alfa, estamos apenas a escolher um caminho paralelo para sermos escolhidos pelas fêmeas. Faz parte.
(Não conte isto a ninguém, passa a ser o nosso segredo.)
DO VERDEDEIRO PROBLEMA
Teresa, não perca de vista o problema original. Há treze (!!!) mulheres que preferem uma máquina, o virtual a sexo. E sexo implica outra pessoa, implica empatia, implica conhecer o outro (sim, não tenho vergonha de admitir que sou da velha guarda, sexo só conhecendo a parceira, nunca me esqueço de, pelo menos, perguntar-lhe o nome). Se isto não é assustador, preferir o virtual a pessoas a sério, então não sei nada da vida.
DO SEU INSTINTO MATERNAL E DAS MANCHAS NO TECTO E DO PENSAR NA VIDINHA
Teresa, quer falar?...
Há 2 anos
36 comentários:
(acorda chefa! faz as honras antes que eu perca a compostura! o visconde está quase a conseguir que eu bata à porta do tal mosteiro...)
ai que só vi agora mas ainda nem li... Visconde, acha que depois de ler vou conseguir continuar a ser gentil?
Visconde, já li. Antes de qualquer outra achega, um pequeno esclarecimento. Leu bem a pergunta do inquérito? O que lá se questionava era isto e só isto - prefere passar duas semanas sem sexo ou sem net? Ou seja, se hoje, agora, lhe dissessem que ia ficar duas semanas sem sexo ou duas semanas sem ter acesso à net qual destas possibilidades o transtornava mais?
E agora, diga-me lá ao ouvido, quando dá ordens de compra em ienes avalia todas as condicionantes um pouco melhor do que avaliou este inquérito, NÃO É???
(e agora vá lá sentar-se na sua poltrona preferida e reveja os três Corleones que eu já volto para a resposta a sério...)
Teresa, vou ter que sair, um jantar que não pode passar sem mim a isso obriga. Mas, sim, li. E continuo estupefacto com a possibilidade académica de alguém preferir quinze dias sem sexo a quinze dias sem net. Mas isso sou eu que sou um sentimentalão e um homem de antigamente, não faça caso...
E alguém falou em preferir?
(outro jantar?? hummm... muito estranho tanta jantarada...)
Cara anónima do comentário aqui de cima.
Eu, Teresa, limpei, como deve ter reparado se tiver olho para estas coisas, o que duvido já que me pareceu que os seus olhinhos só têm uma direcção, o comentário. Não foi definitivamente excluido porque não consegui falar com o senhor visconde em tempo útil, e ele, cavalheiro como é, poderá não querer afrontar uma senhora, pouco senhora mas pelo menos gaja, cortando-lhe assim o pio.
(já sgora, insisto no sexo feminino do comentário anónimo, porque só mesmo uma gaja - e aposto que ressabiada - poderia tê-lo escrito.)
Mas anónima expedita, sabe porque limpei o comentário? É que se a anónima está tão bem informada que até conhece a marca do telemóvel do nosso Visconde deverá também conhecer o respectivo número, portanto sugiro que, para tirar as suas dúvidas, lhe ligue e o faça no recato do privado.
(Visconde, que anda a fazer para despertar amores assim?)
Teresa, estou espectante da resposta :)
(Ai que adoro polémicas, mas já não cheguei a tempo de ler a anónima)
Cara Teresa,
Simone de Beauvoir estará provavelmente a dar voltas na tumba, ao ver s submissão feminina e rastejante que você aqui representa. Estando eu até a data defendendo o " ser MULHER " e por efeito defendendo a própia Teresa, lavo as minhas mãos à sua consequente venia a quem lhe chama " mal fodida", assistindo a este circo romanesco com regozijo propio. quanto ao télemovel o propio Visconde faz questão de expo-lo em praça publica.
Cara teresa, fique mais atenta. "Terapia de amor" já ouviu falar?
Começe por si primeiro.
Uma coisa de cada vez.
1. Ao contrário do que eu pensava um comentário excluido, mesmo que não o seja definitivamente, não pode mais ser publicado. O comentário por mim excluído, que tenho gravado, vai ser republicado, mas fora de ordem, já a seguir a este. As razões vou dá-las a seguir.
Comentário por mim excluído às 16.57
"Exmo Senhor Visconde.
Em jeito de resumo, não vá ficar confuso.
O seu telemóvel não é topo de gama. A Nokia fez um modelo superior logo a seguir e por isso é que as empresas compraram esse a preço da chuva. Que pena!!!
Os orgasmos fingidos e as dores de cabeça crónicas só as tem quem tem como parceiro quem não dá com "a coisa". Lamentamos que passe por isso.
Qualquer homem pode ter sexo quando quiser. Basta que conheça um bar de alterne ou coisa que o valha. Haja dinheiro para charutos XPTO e carros topo de gama.
Os homens têm mais necessidade que as mulheres. Falso. Os homens não sabem meter o motor da mulher a funcionar como deve de ser ,e lá está, elas fingem que sim; "oh sim, amooor, é isso mesmo e agora dorme, vá!!!".
Mais que lamentável, essa raiva contra as mulheres em geral. Visconde... quer falar disso? "
Como já expliquei em cima, a alusão, neste comentário, a uma marca de telefone, levou-me a tirar conclusões erradas. Afinal tudo não passou de precipitação da minha parte. O senhor Visconde já teve a amabilidade de me explicar que muito provavelmente este anónimo será o seu caseiro e co-blogger Horácio Inácio, despeitado por o ver tão produtivo num blog da plebe.
Ou talvez não, quem sabe?
De qualquer forma, e depois de esforços heróicos para pôr o Horácio no sítio que lhe pertencia, o que se revelou impossivel, deixei-o em cima em forma de copy/paste.
(Teresa, poupemos a anómima, sim?)
(apesar de me ter dito que o meu telemóvel não é topo de gama, caramba, isso deixou-me de rastos, não se faz...)
Senhor visconde, não era anónima, era o Horácio.
Polémico, sem net ou sem sexo 15 dias... acho que as mulheres são mais sinceras, os homens agarram-se á net. E vêem os sites? Não conheço nenhuma mulher com mais de 15 anos que ande à procura de imagens de sexo na net. Não acho que o Visconde tenha raiva ás mulheres, mas parece um pouco machista.
Anónimo das 18.10
Não sei o que é submissão feminina e rastejante. Pode explicar?
Claro que não tenho raiva às mulheres, Sofia. Nem aos homens. E é verdade que o boneco "Visconde" é um bocadinho marialva e pedante. Pretende ter piada e às vezes tem, outras não. Obrigado por ter percebido.
A Teresa, submissão rastejante, anónimo? Antes fosse, assim não me dava tanta porrada...
Porrada, Visconde?? Porrada? Nunca pensei vê-lo a utilizar um termos deste calibre, mas já que abriu as hostilidades agora é que vai ver com quantos paus se faz uma canoa.
Claro que é rastejante e submissa. Só isso justifica tanta tristeza de espírito mal disfarçada com um circo montado à sua volta.
Como mulher tenho vergonha que essa senhora fale em nome de todas as mulheres.
Nem todas, minha cara, tiveram maus amantes, tiveram que fingir orgasmos, têm dores de cabeça. Nem todas tiveram 2 semanas, 2 meses ou 2 anos sem sexo. E sobretudo, nem todas identificam-se com esse seu discurso pseudo feminista, narcisista, como se estivesse numa verdadeira batalha campal com o resto do mundo.
Claro que se percebe que é um boneco, pena ter mais de 58 anos (?).
"Minha cara"... nunca ouvi uma mulher chamar isso a outra. Será que o anónimo é mesmo um anónimo...
Sofia, tenho boas notícias quanto aos 58 anos...
Anónima.
(tás a ver, Sofia, é uma ela, apesar de tratar as outras por minhas caras...)
"...nem todas identificam-se..."?
Não, não estou a pedir a sua identificação, estou só a estranhar este pronome pós verbo naquele seu comentário que, em tudo o resto, é de uma enorme sabedoria.
Quer corrigir ou fica mesmo assim?
portanto aquela anónima vem aqui ler e não gosta e sente-se no direito de dizer o que acha como se fosse a dona da casa.
Teresa: por isso eu não tinha jeito para ser mais do que comentador, a menos de uns Incais e coisas assim,
gaijas: pataniscas de polvo ali, e ainda não abri, estou a lamber-me paulatinamente mais uns minutos,
se no próximo natal substituirem a popota pela gaija, a culpa é tua!
nem imaginas o que me aconteceu hoje com o Incal. E voltou a repetir-se, que estava a tentar tirar umas fotos quando recebi este comentário teu. se tiver conseguido já te mostro.
o que é?
as pataniscas já foram mas agora tenho ali um pudinzinho de ovos, meti um cigarro pelo meio para deixar assentar,
no meu tempo os alfa não diziam, só eram, e já era uma trabalheira para manter as coisas mais ou menos
gosto mais do gato,
agora é o pudim, vou ficar dez minutos no Nirvana depois venho cá despedir-me
estou a pôr no blog. Espera um minuto
Há pessoas que levam a vida muito a sério. Ou se calhar sou eu que a levo muito a brincar. A vida e os blogues.
Estou aqui deste lado a acompanhar, e o que gosto eu destas coisas. Destas e de internet, pois claro.
Até eu, mãe... Destas e da internet, claríssimo...
Z, já está no blog... vai ver e depois diz-me se não é estranho...
Vai aqui uma algazarra...
Hoje fui ao cabeleireiro e pedi para me maquilharem e tudo, para me animar, Ah, e comprei a mini que queria com desconto. All dressed up, and nowhere to go...
Pode ser que haja outro casamento e vais de mini, para não ser sempre só eu...(mas olha que devia ficar-me muito bem que depois disso já recebi telefonemas do tal primo que achas giro e eu triste e do meu vizinho de lado na mesa - não, não era do lado ocupado por ti, era do outro...)
Primos, bah...!
Ainda dançáste com eles? Eu bazei antes de atirarem o ramo.
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