E foi isso mesmo que continuou a fazer

Percebeu-se sozinha no meio da pista quando chegou a sua vez de dançar, mas nem por isso se permitiu abandonar a ocasião que lhe havia sido proporcionada.

Fechou os olhos à multidão entretanto afastada e logo se concentrou no ritmo que dela se apoderou e o corpo tomou conta da ocorrência enquanto ela perdia a consciência da presença dos outros em seu redor.
Flutuava pela pista, como uma marioneta, movimentada pelo som da discoteca, cada vez mais alheia aos olhares de reprovação e aos sussurros trocados pelos convivas afastados quando a viram entrar.
Sabia-se capaz de dançar e reclamava o seu lugar sem hesitações, indiferente ao boicote da populaça. Mostrava assim a sua raça e brandia o orgulho que lhe restava, a dança que (a) dominava com mestria e ninguém se atrevia a inferiorizar.
Era seu aquele lugar, porque o merecia. Mesmo sabendo que quanto mais e melhor fazia a situação piorava, por causa das pessoas que incomodava com a sua presença marcante à qual ninguém ficava indiferente, mesmo assim dançava aquela música que abraçava como uma tábua de salvação contra fenómenos de rejeição que talvez ninguém soubesse explicar.

Sabia apenas que queria dançar.

Ó Z, este é para ti

O insustentável peso do presente do indicativo

O Homem Moderno fez sexo com Neandertais.
Um professor do Max Planck Institute de Leipzig está a sequenciar o ADN de fósseis de homens de Neandertal, com o objectivo de provar que estes chegaram a procriar com o Homem moderno.
Acho que está tudo dito e até, parece, quase provado. Mas vejam lá se os senhores se atrevem a dizer que foi a Mulher Moderna quem fez sexo com Neandertais. Não, não se atrevem. É que quem sabe sabe e os senhores lá do Max Planck sabem muito bem que aquele fez seria francamente redutor se o caso em estudo fosse outro.
Sexo com Neandertais? Gaijas, corrijam-me se estiver enganada, mas acho que todas nós sabemos, e não precisamos de testes de DNA para nada, que ainda hoje, de vez em quando, nos cai um na sopa. Que é como quem diz, na cama.

10 COISAS QUE ODEIO EM TI (TOMO V)

Grahame, Gloria (A Woman's Secret).jpgA culpa deste ponto é das Gaijas. Eu sei disso. Toda a Gaija que se preze sabe isso. E no fundo, vocês, homens, também sabem disso. Durante séculos, criou-se o mito de que as mulheres queriam homens mais sensíveis, que entendessem as suas necessidades e, depois, vem a tal da igualdade e pronto. Aconteceu o imponderável, como diria o meu amigo António Miguel.

De que é que eu estou a falar? De gaijos que acham que são gaijas. Não, não são transexuais. Com esses posso eu bem. Estou a falar de homens que fazem de uma das missões da sua vida entender o funcionamento da mente feminina (como se isso fosse possível… Nem nós que temos uma, sabemos como funciona…) e começar a pensar como as mulheres para conseguirem uma maior aproximação.

Acho que toda a gente já ouviu a frase: “tenho meu lado feminino muito desenvolvido. Por isso, entendo o que as mulheres querem.”

Meus amigos, nós não sabemos o que queremos (desculpem lá, gaijas, desvendar assim o 4º segredo de Fátima). Quando muito podemos saber o que não queremos. Ora, se nem nós, que somos mulheres, sabemos o que queremos, como têm vocês a pretensão de saber?

Depois tentam pensar como as mulheres. Mal eles sabem, que enquanto eles estão entretidos a dissertar sobre o que estamos a pensar nesse momento, nós, muitas vezes, estamos a indagar-nos sobre o que estará a acontecer no episódio da Anatomia de Grey que está a dar nesse momento.

O próximo passo para esses homens é começar a agir como supostamente nós queremos que eles ajam. Fantástico! Como se nós tivéssemos um guião na nossa cabeça de como deverá ser a actuação deles…

E aqui acontece a parte gira. Eles tornam-se mais gaijas que nós! Sexo? Não porque nós gostamos de levar as coisas com calma. Conversa que chegue para 3 encarnações porque as mulheres gostam muito de falar dos sentimentos. Enfiam-nos em lojas quando o que nós queríamos era estar no autódromo a apoiar a campanha para o regresso da F1 a Portugal. Depois do sexo, uma gaija carregadinha de sono e e os gaijos não se calam porque as gaijas gostam de falar depois do amor.

Meus amigos, ninguém gosta de homens das cavernas mas nem 8 nem 80. Se nós quiséssemos ter uma relação com outra gaija, tínhamos! Nós queremos um homem. Sabem? Aqueles que vão à bola e nos deixam em sossego por 90 minutos mais o intervalo mais o tempo de ir e vir do estádio, se não quisermos ir. Aqueles que dão 3 passos atrás perante a perspectiva de meter a mão dentro da mala como se nós tivéssemos lá armadilhas capazes de lhes arrancar 3 dedos de uma só vez. Aqueles para quem uma caixa de tampões equivale à caixa de Pandora. Eu não quero debater com um gaijo porque é que a Ausónia é melhor que a Evax! Para isso tenho as minhas amigas…

(É por causa dos papelinhos que colam o autocolante. Tem conselhos e dão-nos literatura naquele momento agreste. Pode-se dizer que são o Bacci dos pensos higiénicos!)

10 COISAS QUE ODEIO EM TI (TOMO IV)

Attractive young woman with glasses and pen on a blue backgroundEu confesso que tenho algumas dificuldades em lembrar-me de coisas que odeie nos homens. É que, contrariamente, à convicção comum, o nosso passatempo favorito não é odiar homens. Até gostamos, regra geral, muito deles. Gostamos das mãos fortes, da barba áspera na nossa pele… Ai que me estava a distrair! Não é o que gosto. Au contraire, meine friends…

E com isto em mente, passamos então ao Tomo IV.

Toda a mulher gosta de um homem bem sucedido, que gosta. Não me venham cá com tretas do amor e uma cabana que isso é lindo no primeiro mês. Tem que haver equilíbrio e estabilidade para que a coisa resulte. E além disso, eu tenho cá para mim que as gaijas que começaram com as balelas da igualdade, deveriam ser queimadas em fogueiras à laia de bruxas da Inquisição. É aquela que eu considero a pior invenção de todo o sempre, essa da igualdade… Mas adiante…

Como eu ia a dizer, gosto de homens bem sucedidos, de homens confiantes, de homens seguros. Agora, meus amores mai lindos, não há saco que aguente um gaijo que não saiba falar de outra coisa que não seja o seu sucesso. Ele é a casa fabulástica que comprou ou vai comprar, o carro espantoso que conduz, o telemóvel de última geração, o relógio que lhe massaja os pontos de acupunctura do pulso e, acima de tudo, a sua espantosa pessoa. Tão brilhante e fabulosa que não erra nos negócios, não se engana, não falha. E, invariavelmente, com estes especímenes, se erram, se se enganam, se falham, a responsabilidade é dos outros.

O que é que eu faço? Desligo. Penso nas aulas a que tenho que ir nessa semana, a ementa dos jantares do Peixinho, na problemática do Médio Oriente, na tabela periódica… Quando o ego desmesurado pára para respirar e verificar se ainda estou viva (não que ele tenha o mínimo interesse na minha saúde, mas parece mal falar sozinho!), sorrio, interrompo a lógica mental que me levaria decerto à descoberta da vacina da Sida, inclino a cabeça e emito um singelo: “pois”. O que, por norma, lhes dá ânimo para mais meia-hora de dissertações, o que equivale a meia-hora de descanso do meu cérebro que volta a concentrar-se em coisas realmente importantes, como, por exemplo, nesse dia evitei uma perda de milhões de euros o que me levou a aceitar esse convite para, de alguma forma, comemorar. Mas claro que eu não lhe vou dizer isso. Não. Vou deixá-lo falar mais um bocado do novo cliente que tem. Volto às coisas importantes. Aqueles sapatos, que vi ontem, eram de facto mesmo giros. Talvez vá comprá-los ou então os outros do lado esquerdo da montra…

Meus queridos, não queremos saber quantos cilindros tem o vosso carro topo de gama comprado a semana passada. Não queremos saber se o vosso telemóvel faz piruetas como o Baryshnikov. Não queremos saber se o vosso relógio resiste à falta da gravidade lunar. Queremos saber de vocês. Quem são. Não o que fazem. Não o que alcançaram, mas porque é que se sentiram compelidos a alcançá-lo. Para saber de conquistas na área financeira e afins, existem no mercado uma série de biografias muito bem escritas que podemos ler e sem termos que usar saltos altos e roupa que muitas vezes nos incomoda em sítios que ainda não foram cartografados anatomicamente.

10 COISAS QUE ODEIO EM TI (TOMO III)

78054960, Thinkstock Images /ThinkstockVamos falar de beijos. Vamos falar de línguas. Vamos falar muito a sério, meus senhores, que a questão é premente e eu acho que os senhores ainda não compreenderam a sua essencialidade.

Vou começar por vos contar uma pikena história para que percebam bem de que estamos a falar.

Aqui há uns tempos, saí alguma vezes com uma mocinho bem apessoado. Que sabia comer de boca fechada (esta parte fica lá mais para a frente), sabia conjugar o sujeito com o verbo, independente, que sabia escolher vinhos e restaurantes, com sentido de humor. Digamos que a todos os níveis a coisa se adequava. Depois de 3 ou 4 jantares muito agradáveis, o senhor decide beijar-me. Até aqui nada tenho a refutar. A coisa começou a dar para o torto foi depois. É que na sequência de um beijo sofrível (haverá coisa pior para se dizer de alguém? “Tem um beijo sofrível”. Eu nem acredito que escrevi isto!), o senhor – decerto imbuído num espírito aventureiro e conquistador característico dos nossos antepassados – decidiu desbravar o terreno em redor. Não, meus caros, ele não se dirigiu a Sul como mandam as cartas de navegação, não! Ele decidiu ir mesmo para Norte e quando dei por mim, tinha alguém a lamber-me os olhos!!! Sorte a dele, que eu uso, por norma, rímel à prova de água! Já a sombra foi um ar que se lhe deu!!!!!! Vá que poupei no desmaquilhante!

Basicamente, o que eu quero dizer com isto é: um beijo é um beijo, uma endoscopia é uma endoscopia. Um homem é um homem, um cão é um cão. Atentem nas sábias palavras da minha avózinha: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Eu não tenho nada contra línguas. Lá está a minha prima Joana: até sou muito a favor! No entanto, não exageremos. Há mais coisas na vida (ou na anatomia) além de uma língua. Aquela coisa do ‘lambe-me da cabeça ao pés’ só se aplica em certas situações, e não é imediatamente após um primeiro beijo no meio da rua, ok? E ainda que se aplique em certas situações, digamos que há sítios a que, dada a sua irrelevância para o caso, podem fazer como a minha empregada faz a certos cantos da casa: finjam que não vêem. Passa à frente. E, façam o que fizerem, nunca lambam os olhos de uma mulher no meio da rua (a não ser que ela lhes peça mas isso é outra história). Nesses olhos, há pelo menos 10 minutos de maquilhagem. Há sombra, lápis, rímel, corrector de olheiras e, às vezes, até purpurinas. Deixem os olhinhos das senhoras em paz.

E quando beijam uma mulher… Bem, custa-me até dizer-vos isto porque devia ser algo que deviam saber desde pequeninos… Quando beijam uma mulher, é um bocadito diferente de quando comem uma bifana à porta do estádio. Passo a explicar: vocês saem do futebol, têm fome, param na roulotte, pedem a bifana, a bifana vem, suculenta, cheirosa, vocês têm mesmo muita fome, pegam na bifana e abocanham-na (nada contra isso. Eu própria já abocanhei bifanas à porta de estádios… Ou se calhar nem por isso, mas entendo a dinâmica da coisa que eu sou pessoinha compreensiva). Ora, uma mulher não é uma bifana. Uma mulher é um prato gourmet num restaurante com 4 estrelas Michelin. Primeiro, vocês olham o prato. Segundo, pegam no garfo com maneiras que restaurantes com estrelas Michelin merecem respeito (por norma!). Terceiro, tiram uma porção da comida e colocam-na na boca, usando os momentos que se seguem para saborear aquele sabor novo, umas vezes fresco, outras picante, outras ainda intragável (sim, que isto das estrelas também não é 100% fidedigno). E quarto, finalmente, comem. Deixam aquele sabor entranhar-se em vocês até que fiquem satisfeitos ou prontos para passar ao próximo passo. O que não fazem, decididamente, é enfiar a comida toda dentro da boca até não conseguirem mastigá-la que nós gaijas somos maleáveis mas não há gaijo que justifique distensões dos maxilares. E a língua, meus caros, serve para saborear a comida, torná-la mais mole, mais húmida, de forma a facilitar a digestão e o mesmo se passa nos beijos. Ou vocês costumam açoitar o vosso tornedó com a vossa língua? Ou acham que a vossa língua vai tornar o vosso Vol au Vent num artista do Cirque de Soleil?

10 COISAS QUE ODEIO EM TI (TOMO II)

Esta é básica nas minhas exigências e já falei sobejamente nela. Acho mesmo que não há ninguém na blogosfera que não saiba desta minha aversão.

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Unhas roidas! Senhores, se quereis forma rápida e eficaz de me pôr a milhas de distância, roei as unhas. Então, se for até ao sabugo, daquela forma torpe que até vos deforma os dedinhos (nojo, nojo, nojo), melhor ainda. Que eu aí nem me importo com multas de excesso de velocidade durante a minha veloz retirada.

Senhores, meus queridos senhores, consigo pensar em muitas coisas interessantes que podem fazer com as vossas boquinhas e dentinhos e nenhuma delas inclui unhas.

Se pensarmos na coisa de um ponto de vista meramente higiénico, terão que concordar que é nojento.

Se pensarmos na coisa de um ponto de vista meramente estético, terão que concordar que é nojento.

Se pensarmos na coisa de um ponto de vista meramente romântico, terão que concordar que é nojento.

Se pensarmos na coisa de um ponto de vista meramente sexual, terão que concordar que é nojento.

É que expliquem-me lá como pode ser sexy mastigar um polegar e depois deslizá-lo pelo corpo quente e suave de uma mulher?

Não, não é sexy. Não, não é apelativo. É nojento.

E este ponto é tão fulcral nas minhas convicções que nunca experimentei sequer. I’m 100% bitten nails free!

Em bom inglês

10 COISAS QUE ODEIO EM TI (TOMO I)

Isto requer medidas drásticas e extremas. Demorou e, finalmente, percebi. Isto necessita de polémica e como tal, exige-se que a xavalada rebelde tome as rédeas da situação. Eu até estava decidida a abdicar de títulos de filmes e tudo, mas depois lembrei-me deste que é tão jeitosinho e adequado que nem tive de abdicar de coisa alguma.

Aqui há uns tempos, os meus ilustres colegas e Machos Alfa deste blog propuseram-se a enumerar o que achavam, na sua mui humilde opinião, ser os atributos essenciais das fêmeas que os cativa(va)m. Como qualquer macho que se preze, também eles desistiram ao final de dois ou 3 itens, não chegando (penso eu) sequer a passar do prólogo.

Estava eu, ontem, a começar a esboçar o post da prima (aquele que há-de ser publicado um dia, Chefa) quando me lembrei do meu antigo apartamento na linha de Cascais. E ao lembrar-me desse apartamento, lembrei-me do N. O N foi um amizade colorida que eu tive depois de um grave e desesperado desgosto amoroso. E quem os não teve, dirão vocês, mas quando nos toca a nós é sempre mais grave e desesperado. Mas estou a divagar. Voltemos ao apartamento da linha e ao N… O N era um fulano divertidissimo de quem eu gostava imenso. O sentimento era mesmo esse: gostar. Nunca me apaixonei por ele. Nunca fantasiei romanticamente com ele, nem tive ilusões de uma futura, presente ou passada relação. Era o que era! Gostava de estar com ele e estava quando nos apetecia ou quando podíamos. Mas foi com o N também que eu aprendi que há uma coisa que eu não gosto nos homens e é este o mote para a próxima série de posts: 10 coisas que não gosto nos homens. Sim, meus caros, podem haver milhares de maneiras de nos encantarmos por vocês mas basta vocês prevaricarem naqueles pontos que consideramos essenciais e já foram. Ardeu. Finito. Kaput. Por isso, em vez de vos dizer do que gostamos, que isso é algo que como dizia a outra is for me to know and you to find out, vou antes dizer-vos do que não gosto. E se ele há coisas que não é possível corrigir (como questões fisicas), ele há coisas que vocês podem tentar mudar. E claro, que o que é expresso no texto do post, releva apenas para os meus gostos pessoais e não deve ser levado em linha de conta para outras mulheres. Obviamente também, a caixa de comentários está aberta a toda a mulher que queira concordar, discordar, assim-assim, e a todo o homem que me queira mandar à fava e dizer mimos do género “por seres tão esquisitinha é que estás como estás”.

Ora feitos os disclamers que se impunham e dadas as explicações necessárias, vamos lá voltar ao N.

O N era muita giro, que era. Vestia bem, que vestia. Digamos que o N era o género de homem que atrai qualquer mulher. Quanto a isso, não há como discordar. E o N era baixo. Mas o problema não era esse. Não tenho nada contra homens baixos. Como diria a minha prima Joana, sou até muito a favor. O problema do N não era o ser baixo. O problema do N era ser magro. Era ser baixo E magro. E eu não conseguia deixar de pensar em toda a vez que estávamos juntos que… Me tinha caído um cruxifico em cima!

Ser baixo, meus amigos, não é problema. Mas comam qualquer coisinha, sim?

Muitas felicidades, muitos anos de vida!


Faz precisamente hoje dez anos que uma menina deu a um homem
a maior alegria que alguma vez ele pode experimentar.

Nasceu a Marafilha, que tem construído uma estrada de sorrisos
ao nosso Tubarão!

Parabéns Sharkinha!!!

CONVOCATÓRIA

Devido a problemas de agenda alheios à vontade de todos, tem sido impossível conciliar o encontro entre os escrevedores (entre si e com os outros) desta xafarica e os comentadores. Uma vez que tem havido reclamações de várias famílias que se têm visto forçadas a ver novelas da TVI por falta de actividade no curral, incumbe-me a Presidência de convocar V. Exas. para comparecerem neste mesmo sitio, no próximo Domingo, 25 de Outubro de 2009, pelas 22 horas, para Assembleia Geral Extraordinária com o seguinte ponto único na agenda:

Fazer um forróbódó domingueiro à boa maneira antiga!

E eu agora até podia fazer uma etiqueta bem porreira, mas etiquetas não temos mas temos pena. Seria assim uma coisa tipo teaser. Do género: Chefa, eu até preparo o post da Prima para Domingo e tudo para dar o mote certo à coisa.

A ESFERA

Jorge Jesus afirmou, depois do jogo de hoje, que temos que continuar a ser humildes. A mim apetece-me responder como o meu filho me responde a mim: “Mais logo, tá?”

Neste Outono deve estar na moda o empacotar

O ex- Ministro do Ambiente acaba de dizer na SIC que está a tirar do gabinete os objectos pessoais "fotografias, cinzeiros"...
Cinzeiros?
Cinzeiros??!!...
Caramba, senhor ex- Ministro, não me diga que também, como eu, não recicla o lixo.

(Já agora, que tipo de Pássaro é a nova Ministra? Será que é pássaro de gaiola?)

Voltei (ou vim cá e já volto outra vez)

Para dar um beijo repenicado na testa do Shark porque hoje o Benfica dele foi o orgulho de todos nós.
Parabéns, gaijo!

Perlimpimpim

Magia. Tu e eu na terra da fantasia, empenhados no desempenho dos dedos no seu número de prestidigitação, as peles em ebulição com a carga imensa de erotismo.

E não é ilusionismo, esta realidade tangível que nos faz saltar a mola.
Este amor poderoso, incrível, com que a vida nos surpreendeu quando o sacou da cartola.

DOGMA

Eu sei que o Mário David, provavelmente, irá solicitar que eu renuncie à minha cidadania depois deste post mas alguém tem que dize-lo com frontalidade.

Ao fim ao cabo, isto é algo que toda a gente pensa há séculos mas que por inúmeros e variados motivos, refreia-se-nos a língua quando é chegada a hora da verdade. Até o próprio Saramago dá apenas a entender e, apesar da sua irreverência, nem mesmo ele tem coragem de dizer com todas as letras a dura verdade. Limita-se a dar pistas e, só por isso, vem de lá o Mário e pede-lhe que deixe de ser português. Porquê? Porque o Sr. Eurodeputado também sabe e, à cautela, não vá o prémio Nobel passar das palavras dúbias à afirmação da realidade, decide correr com ele qual Padeira de Aljubarrota do século XXI.

"o Deus da Bíblia não é de se confiar, é má pessoa e vingativo" E porquê? O que leva o escritor a afirmar isto? Não serão, com certeza, meia dúzia de pragas de gafanhotos e um ou dois dilúvios que o senhor não me parece que seja pessoa de se assustar com tão pouco. Para o que nos está então Saramago a alertar? Para a inegável verdade que durante milhares de anos optámos por ignorar.

O que leva um Deus a ser vingativo? O que leva um Deus bondoso a ser tão caprichoso? O que leva um Deus a ser volúvel? Lá está… A dura verdade… Nós podemos não querer ver mas está escarrapachadinho desde o livro da génesis (é assim, não é? se não for corrijam). Deus é uma mulher! Se lermos a Bíblia nessa perspectiva, digam lá que não faz tudo sentido? Se não se encaixam todas as peças do puzzle. Se todas as pequenas vinganças, todas as picardias, todas os caprichos não parecem ter uma explicação?

Ao fim ao cabo, os homens podem ter muitos defeitos mas eu não conheço um que destruísse Sodoma e Gomorra!

E, por mim, a irrefutável prova de que Deus é gaija: milhares de séculos de evolução na medicina. Centenas de drogas. A Grande Gaija até já esqueceu a praga do ‘parirás com dor’ (certamente originada pelo facto da Eva ser mais magra e mais gira e mais nova) e ofereceu a epidural de bónus, não me digam que ainda não foi possível inventar uma qualquer forma de anestesia para a colonoscopia recomendada anualmente para todo e qualquer gaijo a partir dos 40???

Se isto não é vingaçazita de gaija, não sei o que será…

Ass: Mente Casi Peligrosa (que quando o Eurodeputado correr comigo, vou começar por me virar para terras de nuestros hermanos)

DEJÁ VU

Balda-se uma mulher a uma interessante prédica sobre Direito do Urbanismo para vir aqui falar das vantagens das idades mais experientes depois de ter visto as colegas todas com mais de 50 anos serem apalpadas (apalpadas talvez não seja bem o termo mas é o único que me ocorre) por um enfermeiro assim tipo ‘oh p’ra mim que acabei de sair de um episódio da Anatomia de Grey’ enquanto a ela se limitou a espetar-me uma agulha num dedo e afinal está visto e não vale a pena bater na vaca fria e como tal vou ali arranjar outra forma de escrever um post qualquer e já volto.

E como é mais que óbvio a falta de pontuação não é de forma alguma uma referência ao Prémio Nobel da Literatura do ano de 1998.

O ridículo

Lê-se o título do post e boceja-se, lá vem mais um falar do Saramago, caramba, as pessoas mobilizam-se por causas menores, ele é a Maité, ele é o Saramago, e sobre aquilo que realmente interessa, por exemplo uma petição para tirar o Angulo e o Grimi da equipa, ninguém mexe uma palha, parece que ninguém quer afrontar os poderes instalados, parece que tenho que ser eu a tomar conta desta causa e eu, meus caros, eu não posso estar em todo o lado, não há quem não saiba desta verdade, mas, apesar de parecer que eu ía aqui falar do Saramago, apesar de estar a escrever, digamos assim, num estilo Saramago, embora com mais vírgulas, a verdade é que o Saramago fala como falava o meu bisavô Eufrásio, também Visconde, e o meu bisavô Eufrásio dizia aquilo que entendia, sem filtro, sabia bem que ninguém lhe ía dar um par de chapadas, afinal era um senhor de uma certa idade, o que dava um estatuto, não só de imunidade eterna a uma par de chapadas, como também lhe dava a possibilidade de dizer o que lhe dava na real gana, sem filtros, com aquela genica dos que não sabem se amanhã cá estarão, e ele há contas a ajustar com o mundo, com os que cá ficarão depois de termos partido, o meu bisavô Eufrásio transfigurava-se, todos os filtros das regras de bem socializar lhe eram retirados, deixava de saber estar, era um incontinente verbal, e não só, o problema é que para as outras incontinências existia a Lindor, para as verbais é que não, ora aqui está um excelente nicho de mercado, a incontinência verbal, mas, meus caros, isto do ridículo não tem nada a ver com o Saramago, acontece é que visualisei hoje, ainda não há meia hora, um homem a espirrar de acordo com as regras dos folhetos que ensinam a não propagar a gripe A, ou seja, a estender o braço todo, a aproximar a cara do antebraço e, só nessa altura, a espirrar desenfreadamente, o muco absolutamente concentrado no terylene do casaco, em vez de tranquilamente depositado na mão, achei ridículo, era só isto que queria dizer, eu ía lá agora escrever sobre o Saramago, que ideia mais sem sentido...

Deve ser do Outono...

Por vezes, não raras, sinto-me a mesma menina que às tardes ia com o irmão e os vizinhos do lado para os imensos campos de milho rasgar caminhos e abrir clareiras. Também o fazíamos nos campos de trigo e centeio, mas os de milho eram perfeitos para as grandes reuniões onde partilhávamos as “injustiças”, os sonhos e os segredos.
Foi num desses concílios que a Céu me confidenciou que se semeássemos os corações (nome que dávamos a uma erva) e os regássemos bem, receberíamos a visita da Branca de Neve. Não precisou quantos dias, mas também não lhe tinham disponibilizado a informação…
No regresso a casa, dois vasos, um em cada casa, encheram-se de terra e de corações e foram bem regados e observados durante uns dias. Não me lembro quanto tardamos a concluir que provavelmente a Branca de Neve tinha nascido durante a noite e saído pelos campos de milho à procura dos sete anões. Oxalá os tenha encontrado, evitado a bruxa má e se tenha deparado com o Príncipe encantado!
A mim resta-me a deliciosa saudade do Verão e, já agora, de uma gemada com canela!

Uma questão de fé

Foto: Shark

SEXO, MENTIRAS E VÍDEO

Ora se há coisa que muita gente já aprendeu é que em caso de dúvida, pergunta-se à Peixa que a Peixa esclarece.

Se o meu caro Visconde me tivesse perguntado o que passou pela cabeça da Maitê Proença para fazer aquele vídeo, eu tê-lo-ia esclarecido na hora.

Mas como não me perguntaram nada, sugiro a leitura do Inimigo Público sobre o assunto.

E a faltinha que as etiquetas me fazem? É que eu se eu tivesse etiquetas, agora poderia perguntar que tipo de vídeo faria então a Maitê se tivesse deglutido o Vasco Pulido Valente????

O BARCO DO AMOR

Bridlington é uma cidadezinha costeira no norte da Inglaterra com cerca de 33.000 habitantes. Localizada a cerca de 100 kms de Leeds (200 kms de Manchester e 373 kms de Londres), Bridlington é conhecida por, basicamente, nada. Há que dize-lo com frontalidade e não há nada nesta cidade que nos faça olhar na sua direcção como se algo interessante e imperdível fosse.

E que acreditem que não há um nome sonante que lá tenha nascido, não há um evento que mereça destaque, não há um monumento ou atracção de que já tenhamos ouvido o nome. O melhor que consegui foi mesmo o facto do Lawrence das Arábias lá ter trabalhado num determinado período da sua vida.

Basicamente, existe um museu, uma confeitaria que continua a fabricar doces old fashioned way, um teatro e… Pois… Mais nada…

Tem bonitas paisagens de praia e mar. Lá isso tem! Acho que uma cidadezinha vizinha tem um bonito jardim.

Ahhhh… E têm tuk tuk!

E perguntam-me vocês então porque raio é que eu estou a escrever sobre Bridlington?

E eu – que sou miúda educada que responde às perguntas – vou-vos explicar!

Porque esta manhã, depois do Sr. Visconde dizer ao Shark que não tirasse conclusões precipitadas, fui fazer uma busca nas imagens do Google de um tubarão a pescar num precipício (sim, porque toda a gente sabe que conclusões precipitadas são aquelas que jazem no fundo dos precipícios!) e deparei-me com a imagem abaixo. E desde essa hora que luto com a tentação de mandar um mail a estes senhores a pedir para mudar o nome do barco!!!!!!!!!!

E o jeito que me dava agora uma etiquetazinha para dizer que era a série e não o filme????

Quatro vezes parabéns!!!!

(Sei que ele é mais Ruca, mas como o nosso aniversariante ainda não sabe ler, vou aproveitar mais uma ocasião para dizer mal, muito, muito mal, do desenho animado completamente apalermado que a televisão nacional insiste manter na programação com o único intuito de deprimir e exacerbar sentimentos de frustração nas famílias portuguesas! Agora que justifiquei a figurinha anexa e desabafei, vamos lá parabenizar!)


Faz hoje quatro anos que a nossa Peixa brindou o mundo com o seu Peixinho mailindo!

Desculpem a pergunta, mas...

... esta tal de Maitê Proença não era aquela que o Sousa Tavares andava a comer?

PASSATEMPO: QUAL DESTES CICLISTAS É O SANTANA?

Cara de Pau (III)

Santana Flopes, o perdedor, afirmou que a culpa da sua derrota só pode ser atribuída a um acordo secreto entre o PS e o PCP.


Agora só ficam a faltar as declarações de Fátima Felgueiras acerca do fim do seu reinado para completar a palhaçada.

Cara de Pau (II)

Manuela Ferreira Leite, a bizarra, acaba de anunciar a vitória do PSD.

Todos os canais televisivos acharam isso tão estimulante que mudaram de cena mal apareceu o António Costa na sua sede de candidatura...

Cara de Pau

O PCP (ou CDU ou como queiram chamar-lhe) perdeu a única capital de distrito que ainda mantinha no seu bastião alentejano (Beja) e ainda deixou escapar mais umas quantas de menor expressão.

E nem assim o seu líder dançante deixou de invocar mais uma extraordinária vitória da tanga.

A um líder incapaz de assumir derrotas chamo cobarde.
E isto não é política, pois disso não percebo nada.

A Conceição (III)


A Conceição (II)

Hum. Isto não é bom. A Conceição, afinal conhece estes maduros em geral e aquele do bigode em particular. E, a avaliar pelas caras, têm todos boas recordações da Conceição. Hum.

A Conceição (I)


Eu acho isto bonito, a sério que acho. O candidato vai a jogo, mas avisa que a Conceição está primeiro. Que não haja desenganos, pode ganhar a junta de freguesia, que pode, mas, atenção, a Conceição tem prioridade. Eu acho isto bonito, a Conceição deve estar orgulhosa. Se eu fosse a Conceição havia de gostar disto.

Lembram-se do champô?

Não é uma desilusão como o sinto, mas não sei como qualificar. Chamem-lhe saudade, nostalgia, tristeza, não sei…
Temo o dia em que regresse um Domingo à Foz do Sousa e não os veja de bigode farfalhudo, singlete e calça de tactel. Suponho que no dia em que a coragem voltar e consiga regressar ao shopping num solarengo Domingo de Verão não os verei de calçonito de nylon e chinela de plástico. Imagino até o futuro em que deixará de ser moda passear pela Circunvalação a 20 km/hora e que o tal whisky que diz que a tradição ainda é o que era, o negue. Mas o que dói, o que realmente dói, é que o champô que antes dava grandes orgasmos durante o duche agora apenas nos proporcione um voo sobre um prado florido…
Se eu quisesse voar, comprava umas asinhas e era um anjinho!

Housekeeper – adjudicado.

Clive Owen

" I'm perfectly fine around the house. I do dishes. I clean counters. I do everything. I'm a good guy to have around the house."  Clive Owen
E como fica bem na minha varanda da Peixa a sacudir os panos do pó.

E continuam a insistir que o tamanho conta?

"Às vezes é das coisas pequenas que vêm as maiores surpresas"

                        Marques Mendes in Gato Fedorento Esmiuça os Sufrágios, 8 Out.

Gosto dele, pronto!

Se bem me recordo foi uma das alturas mais divertidas da blogosfera e a ele, quase só a ele, o devemos. Era a grande estrela em quase todos os posts e havia sempre tanto para dizer. Como blogueira tenho saudades, muitas saudades, do Senhor Primeiro Ministro Pedro Santana Lopes e por isso peço a todos os Lisboetas, a quem reconheço uma enorme capacidade de sacrifício, que votem Santana no Domingo. O resto do País agradece penhoradamente e dedicar-vos-à as inúmeras gargalhadas que seguramente nos serão proporcionadas. É que o homem ainda nem é presidente e já cumpre a promessa de nos deixar bem dispostos.

Depois de atender uma chamada telefónica ao passar na Rua do Carmo durante uma arruada, Pedro Santana Lopes parou no Rossio para anunciar que Carmona Rodrigues, que o sucedeu na presidência da autarquia quando saiu para ser primeiro-ministro, lhe deu "um abraço" e lhe disse que estava "impossibilitado de estar presente".
"Ele disse-me: 'podes transmitir o abraço de apoio que te mando, espero que ganhes'", disse o candidato social-democrata, que acrescentou mesmo que conta com Carmona Rodrigues "para os projectos e desafios de futuro da cidade".
( Carmona Rodrigues) negou à Lusa que lhe tenha manifestado qualquer apoio político."

Pequena sugestão para o conserto do (meu) mundo

Um  príncipe no palácio e um algarvio na casa branca .

Barack Obama vence Prémio Nobel da Paz de 2009

Donas de casa desesperadas

É que eles não têm culpa, somos só um país pequeno e sem imaginação. Basta-nos ler o Correio da Manhã.

GNR dá dois tiros à mulher por ciúmes. Vizinho mata vizinho à machadada por causa de um caminho. Pato bravo mata advogado por não querer dividir bens com ex mulher.

Tudo muito comezinho, triste, sem laivos de imaginação ou arrobos de génio. Esta é a matéria prima que inspira os autores nacionais que nos dão as sensaboronas novelas da TVI. Não lhes atirem pedras, ou mudem de canal para a Fox que é quase a mesma coisa, porque quem dá o que tem a mais não é obrigado. Tivessem eles algo diferente que os inspirasse e também seriam capazes de criar uma Wisteria Lane só para nós.

Os estrangeiros são melhores? Pffft!, eles têm é a papinha toda feita, só precisam de um copy/paste.

Duvidam? Ora vejam isto.

One gay man, two lesbians, a three-legged cat and a poisoned curry plot

A gay man tried to poison his lesbian neighbours by putting slug pellets into their curry after he was accused of kidnapping their three-legged cat.

Gary Stewart, 37, had been at loggerheads with Marie Walton and Beverley Sales for months.

But things looked brighter when he made a peace offering of some curry, claiming he had ordered too much from the Indian takeaway. 

When the women started to eat, they found the curry studded with slug pellets.

Last night it emerged that Miss Walton, a full-time mother, and Miss Sales, a goods vehicle driver, had been the victims of an apparent hate campaign by Stewart at their home in Denton, Manchester.

Stewart is even alleged to have kidnapped the family's three-legged cat, Amber, and dumped her in a village miles away.

The cat was eventually found after posters were put up with her photograph.

She was found three miles away being cared for by a woman who had taken her in.

Estamos conversados ou precisam de mais alguma coisinha?

Sempre actual
















(roubado num sítio qualquer há tanto tempo que já nem sei onde foi)

ORA VAMOS LÁ VER

Se a malta consegue endrominar o Blogger…

P.S.: Chefa, a mim dá-me o erro 400 – Bad Request. O que me leva a crer que o Blogger deve ter a mania que é engraçado… Bad Request… Funf…

P.S.2: Eu vou ali tomar o antibiótico e vociferar contra o Blogger e ver se tenho alguma ideia brilhante. Bad request… Bad request…

Que merda!

Desculpem a familiaridade mas acabaram-se as etiquetas. Pelo menos foi isso que o Blogger me disse.

Blá Blá, blá blá, mais o Erro 404 que é o erro do costume, aquele que nos impingem quando não fazem boi do que querem dizer, e lá está – posts com etiquetas não nos são permitidos!

Quer-se dizer, ser permitidos até são, temos é de lhes botar uma etiqueta já utilizada o que me parece quase tão escandaloso como vestir as cuecas do dia anterior. Os senhores dizem que a partir de agora não há mais roupinhas novas, as que temos já são muitas. Duas mil, mais precisamente. É muita etiqueta, muita pasta para arrumar e os nossos senhorios acham que já não podem ceder mais espaço de estante. Caraças! (não há etiquetas, lembram-se?)

Agora é assim, post sem etiqueta não tem metade da graça – o Senhor Visconde que me desculpe mas o que é, é – e ou arranjo maneira de renegociar o contrato ou vão ter de me ajudar a endrominar o Blogger. Como é que vai ser? Há ideias por aí ou tenho de fazer tudo sozinha?

Banalidades

Veio assim como se foi, num repente sem aviso. Sábado de manhã tinha desaparecido, hoje de manhã regressou sorridente. Se disse bom dia não sei, o espanto quando a vi distraiu-me de tudo o resto.

Nos primeiros dias procurei-a por todo o lado, fiz o que podia e não podia, perguntei a quem talvez dela soubesse, virei do avesso todos os cantinhos que havia para virar. Nada. Nem rastos.

Desisti.

Foram dias difíceis, muito difíceis, mas o destino, a sorte, o fado ou lá o que é que nos comanda a vida trouxe-ma de volta de lá longe por onde andava perdida e hoje, assim, sem quê nem porquê, voltei a ver a palavra milagrosa ali em baixo – Ligado!

I’m back!

Sim, já percebi que só estou eu por aqui. Faltou a internet a toda a gente ou foi solidariedade comigo?

Patrão fora dia santo na loja

Isto está para o parado ou é só impressão minha?

E muitas folhas pelo chão

Um velho e o seu cão, no combate impotente à solidão viúva.

Um pai e o seu filho, no tempo concedido pelo divórcio litigioso que os afastou.
Uma mulher e o marido, numa discussão acesa acerca de uma questão menor.
Um casal de namorados, num banco entrelaçados a aprenderem o amor.
Uma criança a brincar, a crescer e a sonhar, tão feliz o petiz que sorri assim.

Uma vida contada naquela gente espalhada pela tarde de Outono num qualquer jardim.

Tá quase na hora do almoço...