Sim, eu sei que tenho boas ideias

Tenho estado aqui a pensar que se em tempo de guerra não se limpam armas em tempo de crise tudo o que brilha é ouro. Ora, se assim é, porque andaremos nós cabras, que já provámos ser absolutamente brilhantes, a perder tempo com o que não nos dá provento?
Como no comer e no pensar tudo está no começar rapidamente concluí que nos poderiamos dedicar a uma actividade muito mais proveitosa, que nos rendesse qualquer coisinha, porque esta coisa de fazer posts é muito engraçada mas se não dá o pão muito menos nos consegue a manteiga e nós queriamos mesmo eram umas tostas com Beluga.
Acompanhem-me lá no meu raciocínio, o que se vende bem nestas alturas de pouca esperança e ainda menos dinheiro? Fé, meus caros, a Fé tem sempre mercado. Vai daí, identificado o produto, foi fácil descobrir o negócio adequado - vamos fundar uma igreja!
É que está mesmo a calhar pra nós.
Santo já temos, que é sempre o mais difícil, e o nosso até tem uma legião de crentes e tudo, rebanho também anda por aí e pastores não nos faltam.
'Tá visto, andámos a desperdiçar as nossas potencialidades mas eu, que não durmo na formatura, cá estou para nos fazer a todos ricos. Muito ricos.
PILIM. Pobre Igreja Livre e Independente da Malta (o pobre é só para enganar o fisco).
Aqui entre nós, esta é a melhor ideia que tive este ano portanto confiem em mim que ainda vão achar que o euromilhões é para tesos.
Para já, tratemos dos pormenores.
O Visconde fica encarregue do protocolo, redige o catecismo e faz contas aos dízimos involuntáriamente entregues. O Shark pode tirar as medidas para a opa e começar a escrever os sermões porque difícilmente arranjariamos melhor pregador. O Santo vai para o altar, caladito que não estranha, podendo deixar correr uma lágrima de quando em vez ou passar as mãos por alguma crente desvalida se precisarmos de curas milagrosas. A Gaija, que é de outra nação, está encarregue de expandir a nossa fé pelo mundo e abrir novas Missões, dado que já tem a perspectiva internacional da coisa, e a Gabs trata de arrebanhar os fiéis que por aqui não nos importamos que eles pensem que vêm para um blind date. Aliás, quanto mais blind forem melhor.
E eu? Eu vou ser a Bispa. Não é por me querer armar ao pingarelho, mas têm de convir que ser Bispa me assenta que nem uma luva e não nos podemos dar ao luxo de desperdiçar vocações.
Está tudo? Não, claro que não. Falta o teólogo de serviço e esse só pode ser o Z. O Z vai fornecer-nos, como já o faz, de infinitos, astros, contemplações, amor ao próximo e místicas em geral.
Digam lá, temos ou não temos negócio? Aliás, igreja, enganei-me, que por enquanto sou só Bispa e a infalibilidade só me chega quando for Papa. E, esse sim, é o meu sonho. Terei, finalmente, uns sapatinhos vermelhos da Prada feitos à medida.

25 comentários:

Visconde de Vila do Conde disse...

Desolé, Teresa.

Já tenho o meu próprio rebanho e já sou o líder espiritual de uma vasta comunidade.

E não me revejo nos fundamentos que invoca. Tempo de Crise? Alturas de pouca esperança e ainda menos dinheiro? Pfff...

(e você não ía gostar de Beluga)

Marias disse...

Com os meus e as do santo, fica um rebanho composto...

Anônimo disse...

Eu alinho, mas não aceito que me disputem o confessionário...

Teresa disse...

O Visconde a armar-se em caro.... querem ver que queria ser o Bispo?

Teresa disse...

Vês como tenho razão? Rebanho já temos.

Teresa disse...

Confessionário acabou de ser entregue em regime de exclusividade

Anônimo disse...

Cê contá comigo, ô cára!
E além do confessionário ainda dou uma mãozinha na conversão dessas infiéis tresmalhadas que a Gaija não podji chegar à todo lado como Jésuisss...

Anônimo disse...

ámêni!

Teresa disse...

dji accorredu majs primêro cêtem di sê ungido (como se diz esta porra em brasileiro?) pêlá bispá

Anônimo disse...

máiss todo untádjinho mêzmo?

Teresa disse...

(olha lá, tu se queres ser pastor não podes ter pensamentos pecaminosos. Assim em público, claro.)

Anônimo disse...

ná téssta. Só ná téssta mêzmo, tá? Sinau dá cruisse ná téssta somentchi.
bálhamideusss!

Anônimo disse...

(E si fôrr sómentchi no xadreisss, posso comerr à bispá, nãum?)

Teresa disse...

Isso não que é copiar a concorrêencia. Temos de arranjar ritos próprios. Na vez da cruz de somar pode ser um sinal de multiplicar e a testa substituida pelo umbigo que assim como assim, seja da cerveja ou da pequenez da tshirt, já costuma andar à mostra.

Anônimo disse...

Nossa! Um érri á máiss no comer...

Anônimo disse...

Nossa! Um érri á máiss no comer...

Anônimo disse...

Nossa! E vão douisss...

Teresa disse...

Naum, a bispa não pode ser comida. Nem santo, que é Santo, pode comer Bispa quanto mais um terreno pregador...
(se torno a escrever pregador sai-me a piadinha fácil que tem estado a ser censurada desde o princípio e depois é que o Visconde vai ver o qu é linguagem de carroceiro...)

Anônimo disse...

O umbigo já fica muito abaixo da zona de segurança...

Teresa disse...

Criam-se novas zonas de segurança... temos de ter novidades e satisfazer a clientela

gaija do norte disse...

lá tenho eu que andar no arejo. que maçada... quais são as minhas regalias, chêfá?

Anônimo disse...

:))), este Cabra é tão divertido,

hoje estou ko que estive com gato crescido, agora é sopa de grão e coelho à caçador para retemperar e uma tortinha minúscula,

depois conto

eu gosto mesmo é de fazer milagres, mas só consigo aos outros e é se não penso muito nisso

amanhã ataco meu o meu gato que os ersatz dão cabo de mim

mas o selvagem está lindo, amanhã acabo

Anônimo disse...

conto quer dizer, conto que a torta estava boa o que é trivial,

e o coelho também,

mais gatos é no lethos, o rio do esquecimento, lá vou eu

sem-se-ver disse...

*lethes

Anônimo disse...

;))