É o tal "i" Valupi!

Isto de ter andado nos últimos tempos com pc's a funcionarem a válvulas fez-me perder algumas pérolas blogosféricas. Ando agora, logo agora que as férias já se foram, a tentar recuperar tanto saber perdido e aqui e ali tenho tropeçado nalgumas preciosidades. Hoje fui a uma velha casa, onde há muito não ia por também desleixo meu. Hoje fui ao Aspirina B. Não tive tempo para ler muito, porque os meus olhos treinados foram logo cair num título do Valupi - Os Republicanos afinal pensam como as gajas - e lá fui eu post abaixo, com a sofreguidão de quem quer finalmente perceber como funciona esta minha cabeça tonta, apesar de achar que aquele gajas tinha qualquer coisa a menos.
Bingo! Ali estava, clara como água, a explicação para tão estranho título "os estrategas Republicanos, afinal, pensam como as gajas — são oportunistas e superficiais."
Valupi, andámos há uns tempos, por aqui, nestas caixas de comentários, a trocar opiniões sobre as gaijas e as gajas, e tu não conseguias perceber a razão de um i que consideras excrescência. Eu bem que tentei explicar que é o i que dá a pinta à gaija e que lhe arredonda o pronunciar, mas nem assim te convenci. Percebo agora porque não conseguiste ver a diferença, porque não entendes este i que te parece que lhes altera o sentido. Altera Valupi, altera o sentido e o sentir. Altera até o pensar.
Caro Valupi, tu nunca conheceste uma gaija. Tenho a certeza que se tivesses conhecido já há muito te terias deixado de gajas oportunistas e superficiais.
Ou não? Será que esta é uma escolha tua?

67 comentários:

Anônimo disse...

Vais ver que o Valupi ficou tímido. Ele deve ser peludão mas se calhar é tímido,,,

Teresa disse...

Peludo?? a minha avó usava esse termo para pessoas tímidas... dizia - devem ser muito peludas...

Anônimo disse...

As minhas desculpas pelo atraso. Também informo estar corado com o destaque, dando assim razão à tese da timidez.

Posto isto, uma questão: Teresa, mas qual o mal de se ser oportunista e superficial?

Para que a tua resposta traga ainda mais munição, lembro-te a evidência: as mulheres gastam a maior parte dos seus rendimentos com a superfície, a roupa e o corpo. E, que eu saiba, nem mulheres nem homens se queixam de tal modo de ser.

Teresa disse...

Valupi, isso são as gajas. Por aqui parece-me que gastamos muito mais dinheiro com os interiores, que gostamos é de comer... E mesmo assim, ao que parece, os homens também não se queixam muito.

Anônimo disse...

Nada. Nadinha.

shark disse...

Tens razão, Valupi, méne.
Elas podem ser superficiais (nós temos tudo o que interessa à superfície) e oportunistas (é bom que agarrem sempre as oportunidades que lhes concedemos).
Tem é que ser boas comó milho, mainada.

(Perdoa-me, chefa, mas eu tenho que impor a diferença para evitar que isto se torne mesmo num blogue de gaijas...)

Anônimo disse...

Grande Shark, impondo a racionalidade que se impõe.


Teresa, estás a fugir com o rabinho à seringa. Coisa de gaija?

Ou serei eu a não perceber esse "por aqui", então.

Teresa disse...

Vamos então agarrar o bode pelos chifres.
O "por aqui" é por esta casa, onde gaija se escreve com um i e onde somos todas pouco oportunistas e bastante oportuneiras, que as nossas oportunidades somos nós que as fazemos. Superficiais seremos, mas esquece lá os trapinhos e os cremes. Sim, gostamos disso tudo, que as regras da selva conhecemos há muito e sabemos que macho para acasalamento ou mesmo só aquecimento é muito atreito a essas plumas e lantejolas. No entanto a nossa verdadeira superficialidade é outra, é aquela necessidade de mantermos sempre a cabeça à tona de água. Os fundos lamacentos prendem os pés e nós somos gaijas de muita mobilidade.
Percebo que vocês, gajos, fiquem baralhados com as gaijas como nós, e prefiram ver outros atributos na tal superficialidade e oportunismo. Vocês são muito básicos nalgumas coisas e tudo o que vos desafia poê-vos à defesa, é absolutamente instintivo. Concordo que deve ser difícil gerir essa atracção repulsão que uma gaija gira e mais inteligente vos provoca. E assim vivem vocês, felizes e contentinhos, embalados na doce canção da senhora na rua e da puta na cama, que o dois em um, o encanto da senhora com a sabedoria da puta, deixa-vos a patinar em gelo fino e morrem de medo de serem engolidos por alguma súbita racha que vos atire para fundos gelados sem terem sequer tempo para dizer o gajo aqui sou eu.

sharkinho, depois nós acertamos contas, meu querido..

sem queixa, nem outra coisa seria de esperar...

gaija do norte disse...

nem mais! não me parece que superficialidade e oportunismo sejam bons adjectivos para classificar gaijas, mesmo para aqueles que nunca conseguiram conhecer uma gaija. mantenham-se atentos e não tenham medo. enquanto há vida há esperança!

gaija do norte disse...

fico danada com estes rótulos! eu que sempre tive que lutar por tudo o que queria, que acabei o curso em Julho e comecei a trabalhar em agosto sem nunca mais ter parado, que tive que me impor para conseguir um lugar ao sol nesta selva que, continuo a dizer, não é a minha, que me divorciei sem medo há anos e fiquei com um filho diferente de 3 anos por minha conta e que nunca recebi um cêntimo do estado por isso, que tive que me desunhar para ele hoje ser quem é, que mantenho um lar sozinha (e gosto!), faço parte de um grupo de oportunistas e superficiais? ora tenham lá santa paciência!!!

Teresa disse...

para nós vêm de carrinho, não é gaija? eu posso acrescentar que não tenho um mas tenho duas, que sempre vivi sozinha com elas desde o dia, nunca tive baixas de parto, subsidios de férias ou de natal e que três horas depois de ter feito uma amniocentese estava num estudio de radio para mais três horas em directo que me pagavam a renda da casa.. Sei fazer tudo o que preciso para me aguentar a mim e a elas e aguento a vida nas costas sozinha. Faço tudo e até já mato aranhas, com muito esforço mas mato,que nem nisso posso ser gaja e dar uns gritinhos histericos. E sabes de que gosto mais em mim? De conseguir fazer isto tudo e muito mais em cima de uns saltos de agulha com mais de dez centímetros. Sou gaija sim senhora. Se não se aguentarem com isto, temos pena!

Teresa disse...

e olhem, até apanhei o 11 sem querer...

@na disse...

tocaste num ponto sensivel cabra mãe e não foi a kpk, é que nós as gaijas conseguimos fazer quase tudo o que um gajo faz, a grande diferença é que conseguimos fazer várias ao mesmo tempo e com muito estilo, sim porque qualquer gaija fica com muito estilo em cima de uns saltos altos.

Anônimo disse...

Eu aguento. Até podem ser duas e sem descalçarem os sapatos.

Anônimo disse...

Excelentes manifestações de gaijismo. Ou seja, reconhecem que adoram o trapo e o creme, que há lucro desse investimento, e depois vão buscar a parte em que são mulheres, cidadãs e seres humanos para legitimarem a condição de gaijas. Manhas, nada mais.

Já agora, onde está essa inteligência que supostamente assusta um pilas como eu? Não é na estafada dicotomia santa/puta, esquizofrenia inventada por Paulo e Agostinho, mais uma ranchada de padrecos esquizóides. Uma gaija para me desafiar terá de ser muito mais criativa do que o refugo do cristianismo. Porque a liberdade continua por descobrir, sempre.

shark disse...

(Pode ser uma dicotomia ou esquizofrenia ou o que tu quiseres, Val, mas deixa lá as pessoas estarem na cama imbuídas desse espírito tão salutar. Já viste se lhes dá para o senhoril?)

gaija do norte disse...

eu não me lembro de ter falado em trapos e cremes, mas será que alguém usa a vida toda as primeiras cuecas que vestiu? e já nem falo em gel de banho, mas uma boa barra de sabão para o banho? também não... e um creme de barbear? nada! desodorisante? naaa... vou-me embora!

Teresa disse...

Valupi a dicotomia não foi criada por nós, são vocês que lhe dão lustro e fazem questão de a manter. Sim gostamos de trapos e de cremes, mas só e na medida que isso faz parte da nossa plumagem de fêmeas. A procura a que damos resposta é a vossa. São os machos com que procriamos que se sentem atraidos por essas luzes e as leis naturais são assim, atraimos quem queremos da forma como podem ser atraídos. O Morris, no Macaco Nu, explica as mamas redondas das fêmeas apetecíveis como mais um dos truques, ou manhas, para apanhar um macho forte e sadio. Mama de amanentar é em pêra, é essa que a cria chupa com mais facilidade sem correr riscos de sufocar. Mas só há cria se houver macho antes e o macho, habituado a reconhecer as fêmeas pelas nadegas redondas e vulvas vermelhas quando lhes passavam com as quatro patas no chão,desorientou-se com a verticalidade e precisou de ver pela frente o que estava habituado a reconhecer por trás. Milhares de anos depois ainda precisam desses sinais identificadores e as mamas redondas e os lábios carnudos não são mais do que um letreiro a dizer não sejam tontos, estou em pé mas sou uma gaja e das boas.Os trapos e os pózinhos são extensões lógicas disto.
E não te falei em santas, falei em putas. Quem à puta colou o rótulo da Madalena pecadora foste tu. Foste tu que foste buscar o pecado, eu a elas só tinha ido buscar a experiência de vida que lhes permitiu, ao longo dos seculos de livre entrada nas salas dos homens, irem adquirindo uma sabedoria que as empurrava para mais e mais longe dos salões da corte. A marca vermelha que lhes punham no peito não era a do demónio da carne mas a do perigo do conhecimento. Porque elas sabiam, conheciam os segredos dos homens, as fraquezas da carne e as debilidades das mentes. Era-lhes há muito permitido frequentar os circulos dos machos mas eram a seguir empurradas por eles para as alcovas mais escondidas. Pelo braço levavam as senhoras, mas a essas não lhes era dado conhecerem-lhes os segredos.
Todo este jogo foi alterado demasiado depressa. A revolução industrial tirou as mulheres de casa e deu-lhes a capacidade de se alimentarem e alimentarem os filhos sem dependerem de um homem e isso foi mesmo ali ao virar da esquina. E se vocês machos ainda hoje não percebem que estão a olhar para umas mamas e não para um rabo imagina como poderão perceber que as senhoras e as putas começaram a frequentar os mesmos passeios e a trocarem segredos. A gaija é o último estadio dessa evolução e os gajos, habituados a não terem de discutir o poder com as mulheres, foram apanhados de calças nas mãos e tentam defender-se como sempre fizeram - abrem a cauda em leque e enxotam para o lado, sem perceberam que foram agarrados. O Camilo Castelo Branco dizia que um homem se agarrava pelo estômago. Nós há muito que sabiamos isso, mas agora sabemos também que não se agarram, controlam-se. Pelo estômago e pela pila. A cabeça não entra nesta guerra. A cabeça precisamos dela não para vos dominar, mas para mostrarmos a nossa força entre os fortes como nós - as outras mulheres. Neste momento a verdadeira guerra é entre nós. Vocês ainda vão precisar de uns milhares de anos para se voltarem a encontrar neste jogo de fortes e fracos.
E não venhas agora com os argumentos de sermos nós que temos de mostrar o que quer que seja para tu ficares intimidado. Não temos de mostrar nada, que quem escolhe somos nós. Nós é que decidimos se eles se aguentam nas pernas ou se não têm arcaboiço para uma gaija.
(bolas, e agora vou fazer o jantar das crias... para macho estás a dar-me muito trabalho..)

@na disse...

isto sim é uma descasca de gaija de saltos altos.

Anônimo disse...

poça! agora vejam lá se me estragam o contentamento de vos ter aqui juntos,

bom mas isto tem um lado interessante, mas porque será que prevalece a dimensão agonística sobre a simbiose?

será que é da época?

Teresa disse...

estraga nada... gosto muito de ver o valupi e ele sabe isso... só estamos a tirar medidas...

@na disse...

22

Anônimo disse...

Pelo estômago e por onde?
Ò chefa...

Teresa disse...

Pela pila. Não sabes o que é?

shark disse...

(Fiquei muito impressionado com a tua intervenção-lençol, chefa. Gostava de a ver transformada num post - de aviso à navegação - a ver se a rapaziada aperta melhor as calças.)

@na disse...

pela pila!

Teresa disse...

Deixa lá a rapaziada de calça desapertada que é da maneira que ainda se estatelam mais facilmente.. o resto vou pensar, se conseguir, que isto de ser gaija esgota-me...

Anônimo disse...

Pela pila! Tchim tchim.

@na disse...

sim... não vão eles com aquela habilidade que lhes é característica entalá-la na breguilha

Anônimo disse...

cuzca-me, si lo quieres:

Xochiyaoyotl, a guerra florida, para o serviço dos deuses e a glória do Sol

Anônimo disse...

Shark, "espírito salutar"? Mas a que te referes?
__

gaija do norte, a mesma pergunta: mas a que te referes?
__

Z, atenção às definições: simbiose implica diferença.
__

Teresa, falaste da "senhora na rua" e da "puta na cama". Ora, essa dicotomia é da responsabilidade do cristianismo - e nasce desta fé inicial: Jesus é filho de uma virgem. Obviamente, as coisas poderiam ficar muito confusas a partir daí no que concerne à relação entre homens e mulheres. E ficaram. De repente, mulher que não fodia parecia valer mais, mas isso colidia com o instinto de procriação, pelo que a Igreja tentou vender a ideia de que se devia foder sem tesão. Há textos lindos, de tão absurdos e doentes, sobre o assunto. Em suma, a mulher passou a ser vista como pecadora pelo mero facto de se mostrar sexuada, coisa que os judeus não relacionavam com Eva e sua maça marota. Os judeus eram, e são, muito mais sofisticados e inteligentes nesse simbolismo.

Quanto ao teu texto, está muito engraçado. E ainda mais porque acabas a concordar comigo: as mulheres não usam a cabeça para se relacionarem com os homens, apenas para competirem entre si. Exactly my point.

Quanto

Anônimo disse...

Aquele "Quanto" pendurado é uma oferta à casa.

Teresa disse...

eheheh... já te respondo... tenho outra casa, aqui, virada do avesso...

Anônimo disse...

olha que interessante, mas eu agora vou bazar.

Claro Valupi, assim acrescentam-se coisas mutuamente,

até logo

Anônimo disse...

isso de quem escolhe serem vcs cabrinha não é bem assim, escolhemo-nos mutuamente e com valsa, tango e salsa à mistura e ainda tapete voador e às vezes sai tudo ao contráario o que afinal estava certo ou talvez não,

Está certo que vcs são o receptáculo fundamental, o alvo e nós o vector, e o alvo é um atractor. Mas demonstrei algures que o alvo também é vector, e o vector atractor.

Aliás, dois vectores bem armados e o galeão faz-se logo ao mar com o vento.

A ver o que me sai na rifa, longos dias têm cem anos, Agustina dixit

Anônimo disse...

para não estar a puxar vantagem deu molha e mais nada. Zeus é fudido pás! Da próxima bico calado,

shark disse...

Qual espírito salutar? Tás a mancar comigo, Valupi, ou gostas de senhoras na cama?
Tou a falar do espírito aberto às sensações malucas, de sexo, de rebaldaria nos lençóis.
Tavas mesmo a picar-me, malandro...

@na disse...

olá tubas

shark disse...

Olá arrobas

@na disse...

:)

gaija do norte disse...

olá para todos, já que ninguém me diz nada...

shark disse...

Olá, Gaija linda.
(Tirei os óculos primeiro...)

@na disse...

olá gaija!!!
(graxista este tubas)

@na disse...

44

Anônimo disse...

(ciumenta...)

@na disse...

(sou nada)

gaija do norte disse...

(já me fui embora! vou continuar triste e sozinha no meu canto...)

@na disse...

não vás... bebe mais um copo, a sangria está tão boa

gaija do norte disse...

está mesmo... depois de ter comprado um saco de 2kg de frutos do bosque não sei outra...

Anônimo disse...

Shark, gosto de senhoras na cama e de putas na mesa. Em ambos os casos, a rebaldaria não pode ser maior. Nem a sensibilidade.

@na disse...

valupi... não estás trocado? Com licença, obrigado? Desculpe posso entrar?

@na disse...

traz contigo gaija

Teresa disse...

Nem consigo responder a ninguém, só me estão a atazanar...

Valupi, confundes o prazer da mesa com a mesa do prazer...

gaija do norte disse...

a sangria não posso...
mas tenho ali um pernil que já tem destino

@na disse...

55

@na disse...

é o nosso jantar de amanhã?

gaija do norte disse...

se chegar até lá, o que não sei...
pelo andar andar vai para o forno hoje!

Anônimo disse...

@na, não estou trocado. Mas gosto de dar troco.
__

Teresa, e o que será da vida sem alguma confusão?

@na disse...

és um gajo estranho, valupi

Teresa disse...

por isso andas confundido valupi, para dar colorido à vida?

Anônimo disse...

@na, espero que sim.
__

Teresa, ando confundido porque sou lúcido.

@na disse...

valupi, esperas que sim quanto ao gajo ou quanto ao estranho?

Teresa disse...

Valupi do caos nasce a luz? E é brilhante ou transparente?

Anônimo disse...

@na, quanto ao gajo, claro.
__

Teresa, se te referes a mim, brilhante. Caoticamente.

@na disse...

mas olha que o estranho também te assenta bem

@na disse...

66

Anônimo disse...

uma coisa é certa: é estupidez abusar das questões de poder dentro de relações de amor, só estraga como nãao podia deixar de ser. Um bocadinho disso como tempero vá, agora se se troca o tempero com o conduto tá tudo lixado,

aos amigos quer-se bem