(foto: Z)
Há seis anos atrás, num Domingo de Setembro como o de hoje, rumei a Sul. Depois de anos seguidos de céus cinzentos, bátegas de chuva que me molhavam coração e alma e tempestades sem bonanças, vim à procura do Sol. Trazia pouca bagagem e muito menos certezas. Trazia uma tristeza imensa e saudades que começaram ainda antes de me fazer à estrada. Em porto seguro ficavam as minhas filhas, que eu vim à frente para lhes poder fazer as camas. Pela primeira vez nas nossas vidas iamos estar separadas e a promessa cumprida de as ver todos os fins de semana era pouco no muito que sempre tivemos.Comecei a chorar assim que liguei o carro e pela minha frente tinha centenas de quilómetros de lágrimas por correr. Vi-o ainda não tinha feito muitas curvas do caminho. Lá em cima, no meio das nuvens, lindo, nítido e a apontar para Sul, estava um imenso arco-íris. Acho que sei quem nesse dia o pintou para mim e quem, desde aí, tem pintado muitos outros.
Ao Sul, que agora é nosso, meu e delas, chamamos o sítio dos arco-íris e são muitos os que temos visto.
Gosto deste fotografia do z. O barco tem a vela recolhida e no mar ainda há tempestade mas, ao fundo, a luz já desenhou um arco de triunfo colorido para sabermos que está a chegar.
11 comentários:
viste? já fizémos uma simbiose e postaste capicuando, ora vê,
(bacalhau espiritual e zesta :)
fizemos sim e devia ter adivinhado que também gostas de arco-íris.
A capicua foi minha. Tive de mudar dia e hora do post e se nem sempre podemos dar um jeito ao tempo quando ele se pôe a jeito já não me faço rogada...
a história é bonita. Só me lembro de conduzir com as lágrimas a cair uma vez, o meu pai tinha acabado de morrer e eu ia pôr a minha mãe e a minha irmã a casa, as lágrimas rolavam e tinha o Sol pela frente, caraças.
Agora estou meio comovido, mas eu ando é parvo que devia andar cumovido. Amanhã vou logo ao sítio mais perigoso de todos, tenho que andar no meio do suão e eu sou zephiro a brisa do Oeste,
hoje falava com o meu raposão que toma conta da piscina, que estava fazer queixinhas e eu a dizer que tratava de tudo que não gosto de ver peludões enervados e só me lembrava que queria ser frango
viste o Crying Games? Gostei muito também
o body heat vi para aí 4 vezes mas foi para não me panharem numa assim. Gosto muito do gajo que contracenava com a Turner, ali era machão bigodudo e tudo, depois no beijo da mulher aranha era bem feminino, e naquele da surda muda era um gajo porreiro.
William Hurt lembrei agora
Nestas lágrimas algumas eram ainda pelo meu pai, que morreu dois dias depois de eu tomar a decisão de vir para Sul. Foi a última conversa que tivemos e ela estava tão entusiasmado como eu.
Já vi que amanhã vais lá e espero que não fiques dó.
Do Hurt há mais dois filmes que gosto muito. Smoke e A Vila. E, de repente, talvez por causa do Smoke, que me atirou para o efeito dos fósforos a serem acesos, lembrei-me do Wild at Heart do Lynch. Outro dos meus filmes, se é que são meus.
lembro-me do Wild at Heart sim, gostei
dó ou só?
hoje não fui para acabar o período de castidade e porque há tanta oferta que até chateia e fico baratinado, gosto quando é mais sossegado e mais perigoso, fica o destino nas mãos dos deuses
e além disso apanhei muito sol na moleirinha
tu que gostas de números e Direito, olha o que dá a titularização do futuro:
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=109189
vou ver... depois de fritar os filetes.
e eu vou passar ao lethos que ainda sou promovido a frango assado,
tanto Sol parece que fiquei com a chaufage ligada,
estava ali a pensar nos 'meus' filmes
há um que acho que é mesmo coisa de gajos, nenhuma gaija o elegeria:
é A Missão com o Irons e o De Niro
Ai nunca mesmo...
pois é, há destrinças radicais, depois há zonas de confluência, intersecções, :)
os mails do Brasiu correm bem e tenho o ok do meu Aristóteles,
semana brava pela frente,
'te manhã
bj
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