E entrem, estejam à vontade, vamos para a cozinha. E o irritante do cão que desata a ladrar de repente por causa das sombras, das moscas ou só porque não joga com o baralho todo e sai disparado para a rua, não sem antes se roçar nas nossas pernas, e repete a mesma cena quando volta. Não se cansa. Nós também não senão o cão tinha engolido uns quantos xanax e tinha dormido até ao fim do verão, continuamos a conhecer-nos com o à vontade dos velhos amigos . Abre-se uma garrafa de vinho e vamos fumando cigarros por entre a conversa que começou no cabra, passou por Lisboa, Coimbra, Figueira da Foz, Elvas e veio dar ao Algarve. A tia Sanita, os Mina, os Guerra e mais dois ou três apelidos que teimam em se misturar. Descobrimos que conhecemos ou ouvimos falar das mesmas pessoas. Passámos algumas vezes pelos mesmos sítios, provavelmente até nos cruzámos e se a vida fosse um filme que estivéssemos a ver numa qualquer sala de cinema poderíamos constatar exactamente em que cena aconteceu mas que não demos conta. A massa ia cozendo e o cheiro do molho acrescentava água na boca, mas a conversa sabia a cerejas. Partilham-se histórias de vida tão diferentes que têm em comum um cruzamento sem stops ou perdas de prioridade onde nos conhecemos.
Partilhamos uma refeição e já temos direito à chave do portão para o regresso. Saímos com vontade de ficar, mas fomos. Na volta a “mãe” ainda acordada. Continuamos na conversa com os cigarros pelo meio e trocamos experiencias da noite, não sei quem que se divorciou de não sei quem mais, a rica filha da Cinha que quer ser não sei o quê e tudo ali no sapo à distância de um click. A 30 km à mesma hora uma aposta de 2000 euros que incluía sexo oral e mais não sei o quê, que o rapaz nem deve saber fazer a conversão para escudos. Os moranguitos e as morangoskas todos com ar de bem bebidos, fumados ou snifados. A feirinha das vaidades de convite na mão para entrar na festa de aniversário que se comemora em Fevereiro, mas agora é que é Verão e é o último do ano. A areia nos pés, os saltos que se enterram, as solas que são demasiado finas e não têm apoio. Já chega de ir a festas que me arrependo e penso no alpendre com a rede das aranhas e as osgas nas paredes, o vulto das figueiras e o cão histérico. Tudo com muito melhor enquadramento do que eu tentar-me encaixar nesta futilidade. Falar de seguros de saúde e das obras da Magalhães Coutinho é muito mais interessante do continuar na festa com areia nos pés. Os corpos começam a ceder e vai tudo dormir. Fui a primeira a acordar neste lugar em que me senti em casa. Tirei fotografias, respirei o ar, acordei o meu cérebro com dois cafés, o cheiro das torradas alheias fez-me fome e nem o medo de partir uma braquelete me impediu de comer duas também. Ia olhando para o relógio, não me apetecia voltar, mas estava dividida entre o bem que me sentia e os meus filhos que ansiavam pelo meu regresso. Fui retardando ao máximo a partida até chegar a hora do voltem, gostámos muito e tu quando fores lá podes ficar lá em casa, façam boa viagem e vou à frente para abrir o portão.
Partilhamos uma refeição e já temos direito à chave do portão para o regresso. Saímos com vontade de ficar, mas fomos. Na volta a “mãe” ainda acordada. Continuamos na conversa com os cigarros pelo meio e trocamos experiencias da noite, não sei quem que se divorciou de não sei quem mais, a rica filha da Cinha que quer ser não sei o quê e tudo ali no sapo à distância de um click. A 30 km à mesma hora uma aposta de 2000 euros que incluía sexo oral e mais não sei o quê, que o rapaz nem deve saber fazer a conversão para escudos. Os moranguitos e as morangoskas todos com ar de bem bebidos, fumados ou snifados. A feirinha das vaidades de convite na mão para entrar na festa de aniversário que se comemora em Fevereiro, mas agora é que é Verão e é o último do ano. A areia nos pés, os saltos que se enterram, as solas que são demasiado finas e não têm apoio. Já chega de ir a festas que me arrependo e penso no alpendre com a rede das aranhas e as osgas nas paredes, o vulto das figueiras e o cão histérico. Tudo com muito melhor enquadramento do que eu tentar-me encaixar nesta futilidade. Falar de seguros de saúde e das obras da Magalhães Coutinho é muito mais interessante do continuar na festa com areia nos pés. Os corpos começam a ceder e vai tudo dormir. Fui a primeira a acordar neste lugar em que me senti em casa. Tirei fotografias, respirei o ar, acordei o meu cérebro com dois cafés, o cheiro das torradas alheias fez-me fome e nem o medo de partir uma braquelete me impediu de comer duas também. Ia olhando para o relógio, não me apetecia voltar, mas estava dividida entre o bem que me sentia e os meus filhos que ansiavam pelo meu regresso. Fui retardando ao máximo a partida até chegar a hora do voltem, gostámos muito e tu quando fores lá podes ficar lá em casa, façam boa viagem e vou à frente para abrir o portão.
Olho para o retrovisor e vejo a estrada de terra batida que me trouxe com expectativas e agora me leva com saudades no peito mesmo antes de eu chegar à estrada de alcatrão.
30 comentários:
Agradece ao cão. Não fizesse ele tanto barulho e tinha seguido para o norte, com um lacinho ao pescoço e um bilhete a dizer "Surpresa!" dentro da bagageira de um carro com capicuas na matrícula...
Voltem sempre, claro...
Apanharam-me num dia mau, muito mau. O dia da meia hora...
Promete que na próxima tenho sangria e a pasta fica al dente!
Hum, foi à festa do sasha e a casa da chefe?
Já todos lá passámos, está-se bem, está...
Nem todos gabs... nem todos...
gabs... que espertinha, a menina.
Foi isso mesmo, esta-se MUITO bem.
a parte da cão-surpresa eu dispenso mas na próxima não te perdoo a sangria a pasta ainda é como o outro, haja sangria
e para a próxima há sangria a sério.. desta vez era só sangria desatada, e era comigo...
e tens de ir espreitar o Sapo Fama... há por lá um vestidinho roxo com um cinto amarelo, e a gaija não me deixa mentir que também já o viu, que é do melhor...
este é o tal cão que escorraça os gaijos?? e queres oferecer logo à ultima aquisição do blog?? mto querida a nossa chefe...
sangria também quero.
e os caracóis??? atão e os caracóis??
isso digo eu ò santinho, tanta coisa, tanta conversa, e caracóis népias. Eu que estava a contar com eles no domingo à tarde...
eu estava a contar no sabado à noite, mas ate as minhas voltas troquei, quanto mais.
mas não perdes pela demora
11
isso é uma promessa? É que ultimamente, promessas caem-me em saco roto, vê lá se me convidaste para ir ver o jogo desse grande clube verde...
vip. nha nha nha nha nha
mas penso que quando voltar capaz de ser ja mto tarde para caracois. terá mesmo de ser a mariscada carissima. ainda bem que és tu que pagas
as coisas que tu inventas para teres uma refeiçãozinha à pala... tsss.tsss
as coisas que tu inventas para ver se isto ainda chega aos 22... tsss tsss
cada um faz o que pode
e quanto ao vip, não me faz grande mossa, sabes que durante muito tempo de 15 em 15 dias lá estava eu plantada no camarote da empresa a lambuzar-me com aquelas chamuças fantásticas... e o jantar do centenário... uiiii
a mim também não, nem penso lá voltar que eu gosto é de futebol.
tsss...tsss
sério. gosto
e há disso por cá?
22
restelo (nao sei se te diz alguma coisa)
pastéis de belém... que delícia...
isso é belem, restelo é mais acima
gosto mais da parte de baixo, então
claro... quem vai ver os srs de verde, espera-se o que?
que gostem de pastéis de belém, quentinhos, com muita canela por cima... hummmmmm
e acucar, carradas
nem mais :))
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