Sim, fiz promessas que não cumpri.
Eram dois cafés, com duas pessoas diferentes, em sítio combinado e horas a combinar. Estava com as crianças, a tarde era delas e resolveram usá-la da pior maneira, que a Clara desapareceu no meio do Parque das Nações e mesmo depois de encontrada já tinha levado com ela qualquer possibilidade de marcar o que quer que fosse.
Foi há uns meses, mas ainda hoje o meu e nosso peixe preferido não consegue perdoar-me (ligeiro exagero, mas dá mais enfase ao post...). E bem que lhe tenho tentado passar a mão pela pele...
O José do Carmo Francisco, que me dá o prazer de ser meu amigo desde que nos encontrámos no Aspirina B, também ficou à espera de um telefonema que não chegou, mas à minha deselegância ele respondeu com um poema.
Há muito que neste blog não era publicado um poema ou uma balada do José do Carmo Francisco. Ontem recebi dois, e são novinhos e a estrear. Um é meu, foi feito para mim, e não podia ter ficado mais deliciada com o gesto.
Com a devida autorização do autor fica aqui, para todos. Amanhã publico o outro.
Obrigada José.
Pelos olhos de Teresa
Passa o vento pampeiro
Tem o calor da tristeza
Mais o frio do nevoeiro
No meio da multidão
Não encontro nem podia
Teresa veio em excursão
Que está no segundo dia
Foi agulha em palheiro
Entre o rio e os pavilhões
Coração foi passageiro
No comboio das emoções
Pelos olhos de Teresa
Passa mistério profundo
Dentro desta natureza
Não cabe no meu mundo
A tarde chegou ao fim
Sem a poder encontrar
Bebi um copo de «gin»
Na esplanada deste bar
Que veio da Ilha Azul
Trazer a luz dos Açores
Teresa voltou ao Sul
Levando os dois amores
Comigo ficou tristeza
De não poder encontrar
Os dois olhos de Teresa
Neste tempo neste lugar
Era tanta a mensagem
O resultado foi um zero
Para a próxima viagem
Cá te aguardo e te espero
9 comentários:
Olha o danado do jcf a engatar garinas com poemas. E depois eu é que passo por malandro, que nem mando emails, nem faço telefonemas e desligo o tm todas as noites, por causa cá dumas coizas!
mas o poema tá giro
não sei se diga à fernanda
Não invocarás o Meu nome em vão, malvada!
Atão tu andas a assumir publicamente a tampa que me deste?
(O JCF sabe-a toda...)
É assim que me levam.. E não foi tampa,foi só um sine dei, que depois disso deste tu a mim ( esta é mentira mas é bonita... de amiga mesmo...)
Que simpatia...
Ó gajo mais lindo dos lindos, é só dizeres e até tomo úm café duplo contigo. Fico sem dormir uma semana, mas prontos!
Tás-me a dizer que me convidas para tomar um café duplo e ficas sem dormir uma semana seguida?
Nessa sequência?
Bom... acho que me ia sentir compensado.
Uma semana? Fónix...
olha o tubarão a cortar-se... deve ser a barbatana dormente.
Só hoje é que vi mas ainda a tempo. POrque a poesia continua. Lisboa, 1-9-2008
J. C. Francisco
E está pronta para sair,,, mas isto no fim de semana andou tão "desbocado" que achei melhor nem misturar...
Gosto de te ver por aqui..
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