Aos nossos gajos que andam lá fora a lutar pela vida.

É que eles são assim, deixam-nos a casa para tratar e zarpam para outras paragens. Não fosse o nosso peixe preferido e estávamos aqui em conversas de gaijas, que como toda a gente sabe não aquentam nem arrefentam. Ou antes pelo contrário.
Mas voltando aos nossos gajos, aos que andam lá fora a fazer pela vida, ou pelo corpinho, ou mesmo só pelas memórias que nunca se foram. Eles bem que tentam abrir asas e voar para longe, e dizer que lá fora é que é bom, e as gaijas da estranja são todas boas como o milho, e lá é que é e pois e coisa e tal, que português tem alma de marinheiro, mas esquecem sempre um pequeno pormenor, o pormenor Paulo Alexandre.
É que todos sabemos a história do velho bar, e da luz acesa, e da noite escura e do vinho verde que fará recordar a noiva, a mãe, a casa, o pai e o cão também. E os nossos gajos, com verde vinho ou sem ele, estão todos a morrer de saudades. E lá dão uma espreitadela à casa vinda directamente de uma varanda de frente para o Indico, ou deixam escorregar um email a afiançar que mesmo não fazendo torradas por aqui vão mordendo o pão que cá se amassa todos os dias, ou até se ouve um grito que é de desespero e que chega com o bipbip dos sms - Bendita Padeira de Aljubarrota.

E para eles, para todos os nossos gajos que até parece que não nos ligam nenhuma mas não esquecem a aldeia branca, eu escancaro as portas e digo Bom Português, regressa breve e vem de vez.

Voltem depressa, gajos. Seja o que fôr que tenham feito, estão perdoados. E nós, por aqui, também temos saudades.

25 comentários:

Comendador Antunes de Burnay disse...

Chamaram?...

Teresa disse...

Comendador, longe de mim insinuar o que quer que seja, que sabe que sempre fui uma sua admiradora, mas o seu comentário entrou directamente na pasta da publicidade não solicitada... (e fez-me dar uma boa gargalhada, garanto!)

Anônimo disse...

Eu chego bem pra vocês todas.

Anônimo disse...

pois, lá fora a gente anda sempre cum saudades - o que vale é que dá muita catratufa e donc miscigenação por vias directas e ínvias (há que fazer pela lusofonia, eu até acho que o dragão nos trata mal porque é danadinho e nos obriga a zaltar)

Teresa disse...

sleeping dictionaries, portanto...

até podes chegar, mas tinhamos de tirar senha...

Marias disse...

Eu só sei que este blog está cheio de fantasmas autores, e não são palavras minhas...
Somos sempre os mesmos a dar ao dedo? Cansativo...(por acaso escrevo com mais de um dedo...).

Teresa disse...

Não são fantasmas...acho...
Cansativo? É nada, pelo menos para mim não é, que dei ao dedo sozinha durante muito tempo...
Mas já agora, quando entraram os novos autores a regra foi que não havia regras e nem horarios a cumprir. Sempre me comprometi a manter o blog se mais ninguém o fizesse, portanto não há faltas de ninguém...

gaija do norte disse...

vamos brindar com o vinho verde
que é do meu Portugal
e o vinho verde me fará recordar
aldeia branca que eu deixei p'ra trás do mar
vamos brindar com o vinho verde
p'ra que eu possa cantar
canções do ninho que me fazem sonhar
com o momento de voltar ao lar

(as saudades que eu tinha de cantar a quem anda lá fora a lutar pela vida!)

issufo napakova disse...

Ya, como se diz por aqui. Cá fora a lutar pela vida. Acordar de manhã e amarfanhar um pequeno almoço continental. Depois deambular pelas ruas da cidade, a ver, a ouvir, a cheirar e a sentir. Fazer quilómetros a pé, desligar de tudo (menos do portátil e da net). Comer uns camarões, umas lagostas e beber umas fantas uva. É a isto que se chama lutar pela vida. Dar descanso ao corpo para que ele aguente mais uns destratos nos próximos onze meses, porque a night dá cabo dele. Sim, eu luto pela vida cá fora, mas que bem que me sabe esta luta. E a aldeia branca que eu deixei p'ra trás do mar? já nem me lembro bem dela, nem do seu ruído ou do seu cheiro, isto porque estou cá fora a lutar pela vida. Pode ser que daqui a três semanas já tenha perdido a vontade de lutar pela vida cá fora, mas quando me recordar da luta pela vida lá dentro talvez a volte a ganhar pela derradeira semana. Night desculpa-me esta cobardia mas eu sou assim, prefiro lutar pela vida cá fora.

gaija do norte disse...

:) o que eu gosto de lutar pela vida assim! isso sim, é que é a grande batalha!

Marias disse...

Vá lá, decidiu-se a escrever um post.... é preciso pedir com jeitinho?

issufo napakova disse...

nã, nã... comigo pode ser à bruta! não me melindro...

gaija do norte disse...

não foi um post, mas já não falta tudo...

@na disse...

não foi só porque não estava no sítio certo, se ele tivesse escrito na caixa de mensagens em vez da caixa dos comentos, olha...era post

issufo napakova disse...

ok, ok gaijas da próxima escrevo na caixa de mensgens... mas podem ler o post que coloquei... "vida dura"... prometo que vou passar a participar regularmente com fotos e tudo... com gaijas tão simpáticas um gajo tem que dar o litro!

gaija do norte disse...

tens mesmo que dar o litrinho! o nosso tubarão já deve estar cansado de andar connosco ao colo sozinho...

Marias disse...

Ouvi falar em foto? Eu tenho que arranjar uma minha melhor.
Esta não me faz justiça...

@na disse...

olha, mais um com promessas...

Teresa disse...

ainda um dia mudamos o nome disto - para nossa senhora de fátima, que sempre são promessas cumpridas.

gaija do norte disse...

eu saio, que não suporto o cheiro daquelas velas todas!

(entre outras coisas, mas que agora não interessam nada)

@na disse...

oh gaija imagina lá o espectáculo que era vêr o gajos todos em filinha de joelhos, hem?

@na disse...

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gaija do norte disse...

de joelhos em filinha? ainda se entusiasmavam uns com os outros e nós ficavamos a chuchar no dedo! lá teriamos que providenciar umas bifanas, para não ficarmos a chuchar em seco...

Teresa disse...

de joelhos, ana? a ti hoje ninguém te pára...

ó gaija cheiro a velas, se for no quarto e com a feist a cantar nem é mau.

Anônimo disse...

cabrinha, olha:

http://www.postalescachondas.com/tarjetas/create.php?card_id=2096

tenho que empurrar um skatepark até ao fim, ali ao lado do centro de saúde

síndroma de pai do sítio