Vladimir
"O presidente russo salvou, este domingo, a vida de uma equipa de televisão ao atingir um tigre com um dardo sedante. O incidente aconteceu no extremo leste da Rússia, na região do Amur."
(podia ser um jogo: descubra as diferenças entre este post e o anterior)
Ah, leão!
"O banco está a ser assaltado. Ainda vou desta para melhor. Vem cá ter comigo." Foi com o coração nas mãos que Edivalter Sousa, um jovem de 18 anos, conseguiu enviar a SMS à namorada enquanto ..... era assaltada a dependência da Caixa Geral de Depósitos ... em Rio de Mouro."
E pronto, temos gajo.
Por mais voltas que se dêem, factos são factos, e eles não sabem desenrascar-se sem terem uma mulher por perto. Ai estão assaltar o banco e pode ser perigoso? Toca de mandar vir a namorada, que sozinho não sabe o que fazer. E quase que aposto que não mandou um sms à mãe para ela aparecer também porque ela devia demorar muito a atravessar o Atlântico (o nome é como o algodão, também não engana muito...). Não fosse esse tanto mar e era certinho chamar a mãe para dar uma ajudinha.
Eles são assim, todos muito machos, muito homens, os reis cá desta selva, mas não sabem viver sem nos terem por perto.
Já repararam que até no código genético eles não conseguem ser só homens e pronto? Nós, mulheres, carregamos orgulhosamente o nosso par de cromossomas X. Eles não, qual YY qual carapuça. Eles têm o Y que é deles, mas precisaram de lhe juntar um X feminino para se sentirem menos perdidos. Sim, está bem, eu sei que com os dois YY era a grande confusão, mas pudessem eles ter dispensado o nosso X que a mãe natureza - gaja, estão a ver?! - havia de ter dado a volta e resolvido o problema da reprodução.
Não há mulher nenhuma que não lhes tenha tirado já a pinta e não saiba que um gajo não consegue viver sem uma mulher a ampará-lo.
Enquanto podem e as mães vão tendo paciência, é a mãe que serve de pau para toda a colher e lhes ata os cordões dos sapatos ou telefona ao gerente do banco a pedir mais um empréstimo, que o meu menino está tão aflitinho, coitado! E mesmo que arranjem outras mulheres o cordão umbilical não cortam eles, porque o pernil assado que as mães fazem é o melhor do mundo e as mães é que sabem tratar deles quando a unha do mindinho encrava.
Mas se se acaba esta mama própriamente dita, logo outras se perfilam na vida dos nossos machos. Sem mamas eles não passam e não me conseguem convencer que é a parte lúdica a falar mais alto. Qual lúdica qual carapuça, que a apetência pela mama está-lhes no sangue, no tal cromossoma X de que nunca se conseguiram livrar, e precisam de um colo para se encostarem já que nunca se sabe se os outros meninos lá do recreio não lhes roubam os berlindes.
Dei muitas tareias a putos ranhosos para defender o meu irmão, negociei algumas vezes em nome do meu pai, armei-me cavaleira e travei inúmeras batalhas que eram de gajos bem maiores que eu. Conheço muito poucos homens capazes de sobreviverem sem a mama, ou as mamas, e nem são os de barba mais rija. E esses, os que todas nós queremos um dia encontrar, os que até sabem sobreviver sozinhos, as tais excepções que só confirmam a regra, se têm a barba rija é porque fazem batotice a barbear-se e só cortam metade do pêlo.
Pode ser falta de pontaria minha, mas os leões que tenho encontrado são todos de peluche. E este é o drama de quem passa por ser o sexo fraco quando tem a quase exclusividade da garra, porque não me parece que estas queixas sejam só minhas. Não há muitas mulheres que não digam exactamente a mesma coisa - quanto mais grossa é a voz e mais alto falam os gajos mais possibilidades há de ao primeiro sopro seguir o tal sms para a mãe ou para a gaja de serviço.
Leões? Talvez, mas há muito que a National Geographic nos ensinou que eles só têm juba para impressionar porque se não fossem as leoas até de fome morriam.
Aventura na Auto Estrada
Tomei Nimed, pus Voltaren e tentei passar o resto do dia sem me apoiar no pé, o que era fácil, pois não conseguia esticar a perna. Assim coxinha, acordei no dia seguinte perante uma viagem de 400 km (?) praí, comigo ao volante, até Lisboa.
Lá venho eu, com a minha mãe de 80 anos, dois gatos, dois miúdos, um carro tipo jipe atulhado de roupa suja, batatas, cabos de cebolas, couves e essas coisas que se trazem das berças.
Parei em Penafiel porque queriam ir ao Macdonalds, na estação de Leiria porque queriam ir ao wc, e estava a ser uma viagem calminha, longe das corridas contra relógio do ex, apostado em bater os seus anteriores records de tempo... A perna doía mais ou menos, mas eu vinha sempre a cem, por isso...
É então que por volta das 19 h, depois de Santarém, o carro parece um tanto estranho e barulhento, e decido encostar. Bingo! O pneu traseiro esquerdo furado, digamos mesmo completamente rasgado .... maravilhoso! A malta toda estática de felicidade, uma aventura na auto estrada! Saltam todos do carro como pulgas, avó incluída, para ver, enquanto os carros passam a 160 km hora por nós! Mando-os recolher para trás dos rails e mal acabo de pôr o elegante colete amarelo, estaciona um automóvel da Brigada de Trânsito atrás de mim.
Muito elegantes e simpáticos colocam-me o triângulo na estrada (depois de o retirar debaixo das couves) e prontificam-se a mudar o pneu. Nada feito. Ponto 1, não tenho a chave de segurança que remove as porcas, ponto dois, o pneu sobresselente está vazio! Telefono à Assistência em viagem, sim, mandam o reboque, não, como o pneu sobresselente está vazio só me rebocam à oficina mais próxima e não pagam o táxi! Os agentes desejam-me sorte com uma oficina aberta aquela hora e partem para outra ocorrência.
Chega o senhor com o reboque que muito prestável leva toda a gente, apesar de ser proibido (os miúdos vão escondidos no carro em cima do reboque). Na oficina, que está a fechar só está o dono, que não pode nem sabe, mudar o pneu sem a tal chave que tenho em casa, em Lisboa.
O carro terá de ficar lá para sábado. Telefono então em último recurso ao pai dos pequenos, que se prontifica a contragosto a vir-nos buscar.
E ali estamos nós, sentados nos sacos de batatas à porta da oficina, a velhinha a comer pão, o rapazinho de capuz do blusão na cabeça, a menina de cabelo seboso e piolhento aos saltos de volta de dois gatos, uma mulher dobrada a coxear de um lado para o outro, ao anoitecer, enquanto os carros param no semáforo e olham curiosos. Parecemos personagens dos "Feios, Porcos e Maus".
Finalmente chega um mercedes com um senhor carrancudo que mete tudo no porta bagagens, menos nós, embora olhe duvidoso para o nosso aspecto de quem não toma banho há três dias, e se interrogue se lhe vamos sujar o carro. Não, tomámos banho, afinal, até fomos à piscina e tudo.
E estamos todos contentes, e chegamos a Lisboa num instante, a avó fica com as batatas e couves em casa, a mãe (eu) com a roupa suja a coxear e com a missão de ir no dia seguinte buscar o carro, e os filhos vão com o pai, para a barrela, não sem este dizer "espero que não tenham carraças".
mas que grande merda!!!
já dei voltas ao blog para tentar postar um coment num post que tem a foto de uma ratazana, horrível e nojenta, e não consigo. como não sou gajo de desitir, e também teimoso, decidi não instalar o firefox e postar aqui o coment referido (porque já meti dezenas de coments e isto sempre deu e não estou a ver porque é que esta merda não dá agora que tive que pagar 6 euros para ter direito a três horas de acesso à net!) aqui vi ele:
por zeus! ratos?...bichos nojentos. falemos é de leões! animais bonitos, imponentes e, esses sim, sortudos (e nada tem a ver com futebóis)! vivem em grupos, isto é, um grupo de fêmeas com um macho adulto (tipo harém) que manda nelas todas. trata-lhes do pêlo a todas e descansa! elas caçam e dão-lhe prioridade nas refeições! vida boa...
(mas não, não posso comentar...)
Costa de Caparica: Falso alarme sobre tubarões, Polícia Marítima avista apenas um mergulhão.
Três horas depois de ter sido dado o alerta, a Polícia Marítima de Almada disse à agência Lusa que tudo não passou de um falso alarme e que apenas foi avistado um mergulhão (uma ave) à tona da água.
"Houve pessoas que afirmaram terem visto os tubarões, mas quando a Polícia Marítima chegou não foram avistados", disse a fonte policial à Lusa.
Ai balha-me Deus, que andam a ler o Cabra...
Neste certame só poderão participar freiras com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos, com «fotos bonitas e expressivas, que mostrem a beleza tanto no plano estético como no plano espiritual», segundo o sacerdote.
Depois de publicadas as fotos, a escolha da vencedora ficará a cargo dos internautas. «A imagem que se tem hoje das freiras é de mulheres tristes, desiludidas com a vida e não realizadas», explicou o sacerdote Antonio Rungi, que aspira realizar um verdadeiro concurso de beleza para freiras, no qual os prémios revertam a favor de iniciativas humanitárias.
I want to belive.
Estrela de 'Ficheiros Secretos' tenta curar-se de vício do sexo.
David Duchovny deu entrada numa clínica de reabilitação para tentar vencer a adição ao sexo. Nem de propósito, o actor de 'Ficheiros Secretos' interpreta uma personagem com o mesmo problema em 'Californication'.
Na nova série que salvou a sua carreira após vários anos escondido das luzes da ribalta, David Duchovny, o Fox Mulder de 'Ficheiros Secretos', interpreta Hank Moody, um escritor divorciado, viciado em sexo.
Isto começa a compôr-se!
A Magda, nome de guerra do meu portátil, e a quem tantas vezes, vejo agora que injustamente!, chamei burra, está quase quase decente. Faltam duas ou três coisinhas ainda - talvez mais umas assistências remotas... - e fica perfeita.
Malta, voltei para a net!
Vim das berças
Só fotos de gaijas e gaijos, comentários aos posts ao quilo, já chegámos à Madeira, ou quê?
Ía eu falar do bucolismo do Douro litoral. Das paletas de verde da paisagem, do vinho verde, das estrelas e da Via láctea, das casas antigas, das aranhas (mas ratos não). De Amarante, dos bolos, dos primos e primas que crescem mas estão sempre na mesma, e ainda pior que eu na maluquice...
Uma semana sem net é o que dá.
Nem falo do filme de Manuel de Oliveira que foi a minha vinda , com o carro carregado de avós , miúdos e batatas e couves e um furo na auto estrada, sem pneu sobresselente ... de colete amarelo vestido...às 19h 30 perto já de Santarém.
As minhas cores das férias que quase já lá vão...
Bons fígados.
Sim, fiz promessas que não cumpri.
Eram dois cafés, com duas pessoas diferentes, em sítio combinado e horas a combinar. Estava com as crianças, a tarde era delas e resolveram usá-la da pior maneira, que a Clara desapareceu no meio do Parque das Nações e mesmo depois de encontrada já tinha levado com ela qualquer possibilidade de marcar o que quer que fosse.
Foi há uns meses, mas ainda hoje o meu e nosso peixe preferido não consegue perdoar-me (ligeiro exagero, mas dá mais enfase ao post...). E bem que lhe tenho tentado passar a mão pela pele...
O José do Carmo Francisco, que me dá o prazer de ser meu amigo desde que nos encontrámos no Aspirina B, também ficou à espera de um telefonema que não chegou, mas à minha deselegância ele respondeu com um poema.
Há muito que neste blog não era publicado um poema ou uma balada do José do Carmo Francisco. Ontem recebi dois, e são novinhos e a estrear. Um é meu, foi feito para mim, e não podia ter ficado mais deliciada com o gesto.
Com a devida autorização do autor fica aqui, para todos. Amanhã publico o outro.
Obrigada José.
Pelos olhos de Teresa
Passa o vento pampeiro
Tem o calor da tristeza
Mais o frio do nevoeiro
No meio da multidão
Não encontro nem podia
Teresa veio em excursão
Que está no segundo dia
Foi agulha em palheiro
Entre o rio e os pavilhões
Coração foi passageiro
No comboio das emoções
Pelos olhos de Teresa
Passa mistério profundo
Dentro desta natureza
Não cabe no meu mundo
A tarde chegou ao fim
Sem a poder encontrar
Bebi um copo de «gin»
Na esplanada deste bar
Que veio da Ilha Azul
Trazer a luz dos Açores
Teresa voltou ao Sul
Levando os dois amores
Comigo ficou tristeza
De não poder encontrar
Os dois olhos de Teresa
Neste tempo neste lugar
Era tanta a mensagem
O resultado foi um zero
Para a próxima viagem
Cá te aguardo e te espero
Celulite. Eles não gostam? Azarucho!
"Todos os dias ao sair de casa dou de caras com um anúncio que me deixa logo mal disposta até aí às três da tarde. É da clínica Persona e tem esta brilhante tirada publicitária: 'os homens não gostam de celulite'.
É que, de facto, era este o argumento que me faltava para eu pôr fim à celulite que se instalou no meu rabo sem qualquer espécie de permissão.
Eu até gosto de ter celulite, adoro! Faço os possíveis por ter sempre mais e mais... ah, mas espera lá, se os homens não gostam, então eu vou já pagar um tratamento de 3.000 euros na Persona para ficar sem celulite!!
A sério, senhores que fizeram esta campanha, acham mesmo que este tipo de terror psicológico barato faz efeito numa mulher???
Se o anúncio dissesse 'mulheres com celulite não entram na Zara', aí sim, era ver-me a correr para a Persona, primeiras, primeiras!
Agora, 'vejam lá se tratam disso que os homens não gostam', temos pena, mas não pega!
Se formos a ver, também há muita coisa que as gajas não gostam, e nem por isso espalhamos outdoors gigantescos pela cidade. Sim, porque senão já estou a imaginar os possíveis anúncios:
- ELAS não gostam de pilas pequenas;
- ELAS não gostam de pêlos a mais;
- ELAS não gostam do resultado de 'campeonato nacional+liga dos campeões+taça uefa+taça de Portugal';
- ELAS não gostam de sexo oral sofrível e insuficiente;
- ELAS não gostam que cocem os tomates (muito menos em público);
- ELAS não gostam (nem acham sexy) as barrigas de cerveja;
- ELAS não gostam de tampas da sanita levantadas;
- ELAS não gostam de ejaculação precoce;
- ELAS não gostam que cortem as unhas dos pés em cima da mesa da sala;
- ELAS não gostam de mãozinhas sapudas (e pouco hábeis);
- ELAS não gostam das amigas deles e das ex-namoradas, essas, nem falar;
- ELAS não gostam de slips nem de boxers com ursinhos;
- ELAS não gostam de atrasados emocionais;
Se os homens deste País se deparassem com estas publicidades, tentariam resolver algumas das questões apontadas? Não, pois não?
Então deixem lá mas é a nossa celulitezinha sossegada e não nos obriguem a andar com uma régua na mala!
Tenho dito."
Autora desconhecida
(mas muito esclarecidinha)
só a mim é que não me acontece
não posso!
Comecei pela aventura, tive medo do erro que estava a cometer, mas achei-nos tão certos, tão perfeitos por entre as nossas imperfeições. Aprendi a aceitar, mas não chegou e decidi mudar. Procurar a forma, abrir caminho para o que viesse, para o que queria ter. Começas-te por me dizer, um dia quem sabe e eu comecei a sonhar com esse dia, sonhei sozinha e sonhámos juntos. Senti que faltava pouco quando vi sinais de mudança do teu lado mentalizei-me que teria de te dar espaço e tempo, que estas coisas não são de um dia para o outro que acontecem. E não, não acontecem de um dia para o outro nem me acontecem a mim. Mas de um dia para o outro disseste-me: “- Não posso!”
A frase ainda faz eco. “ – Não posso!”
Esse grande amor de uma vida, a paixão arrebatadora, as promessas de amor eterno, o encaixe que julgava perfeito. De repente. “ – Não posso!”? De repente, já não penso, não consigo fazê-lo. De repente, sinto apenas o o chão. Cai de muito alto. Cai da nuvem. Cai do planeta onde ficam guardados os sonhos e estatelei-me cá em baixo onde não estava ninguém para me dar a mão. Levantei-me, sacudi o pó e a muito custo sem perder tempo, continuei a caminhar, mas já não na tua direcção. Tu não podes, mas eu tenho de poder. Tu não mudas e eu tenho de aceitar. Eu mudo e tu não aceitas. Não sei se algum dia te arrependerás de não ter podido, eu provavelmente arrepender-me-ei de ter cedido.
Como era fácil a vida se fosse em código binário.
"Bem vindo à Assistência Remota.
Está neste momento conectada com Santo.
Santo tomou controlo de Teresa.
Não tente mexer o rato enquanto Santo estiver a utilizar.
Para parar o controlo, prima a tecla ESC.
Note que a utilização de qualquer sequência ou combinação de teclas que incluam a tecla ESC como (ESC+TAB) também termina o controlo"
Sultanas aos molhos
Se eu fosse um sultão jamais dispensaria um harém.
Isto assim, dito a seco, pode cair na fraqueza às mentes mais conservadoras. Contudo, existe uma panóplia de argumentos para justificar tal opção.
O argumento óbvio: estando eu em causa, o harém seria como uma espécie de bastião da felicidade feminina.
O argumento mercantil: sendo várias a disputarem a minha atenção, a minha cotação manter-se-ia sempre elevada o que dá imensa saúde ao mercado.
O argumento contra-argumento: o facto de serem muitas não atrapalharia, pois um sultão menos glutão saberia gerir a coisa em lotes reduzidos (duas ou três de cada vez, no máximo).
O argumento benemérito: com tantas gajas a queixarem-se da rapaziada, pelo menos as afortunadas que fizessem parte do dito bastião não teriam razões de queixa.
O argumento egoísta: sabendo eu que também escasseiam as mulheres à altura de integrarem um harém de minha propriedade, para quê deixar essas preciosidades ao alcance de qualquer farsola que pudesse danificá-las de alguma forma?
O argumento alfaiate: um sultão em condições faria certamente cada uma das suas meninas sentir-se especial à sua maneira, destacando-as a todas da multidão com uma abordagem específica.
O argumento gastronómico: quem varia nunca enjoa.
O argumento religioso: seria certamente a vontade de Alá ver as suas fiéis bem entregues.
O argumento geo-estratégico: as pequenas ficavam mais quentinhas com um sultão do que com um nortão, como é fácil de entender.
O argumento fiel: com um harém cheio de excelentes opções, que sultão iria dar facadinhas no exterior da sua tenda das mil e uma noites arriscando desilusões (e onde é que arranjava tempo e… e… entusiasmo para isso)?
O argumento infiel: os cristãos, essa seita monogâmica só em teoria, acabam por criar os seus haréns na mesma mas pela surra. Eu preferiria um conceito mais frontal.
E mais argumentos haveria a enumerar, mas julgo que a ideia fica bem sustentada assim.
Ou não?
Homenagem
Gosto da rádio, gosto do programa e gostei de ouvir este em particular.
José Pinto Peixoto, eventualmente o melhor cientista e sem dúvida o melhor professor que conheci.
http://tsf.sapo.pt/Programas/programa.aspx?content_id=973910&audio_id=978230&title=O%20Homem%20Est%E1tua
Obrigado Senhor Professor
Juntos e juntas
às vezes olho para o que se passa à minha volta e tento "ver" como se de um filme se tratasse. Muitas vezes penso quantas caras anónimas com quem nos cruzamos diariamente um dia entrarão na nossa vida sem que nos lembremos que já estivemos no mesmo sítio, à mesma hora e não nos demos conta.
Será que quando entramos dentro de um elevador aquelas caras que não nos dizem nada, algum dia farão parte da nossa vida? Ou será que as pessoas entram na nossa vida num primeiro cruzamento? Sinceramente não sei.
Olho para esta foto e vejo o passado de uma amiga e vejo o meu. Não são o mesmo e ainda que distantes nesta foto mostram-se juntos. Juntos, como nós agora, juntas por mero acaso por pontos em comum, mas ainda assim distantes fisicamente, tal como o passado dela e como o meu, que se apresentam juntos numa mesma foto ainda que distantes.
Um post de gajo sem ser acerca de gajas
Haja um gajo capaz de afirmar que nunca ficou encravado na tentativa desesperada de desapertar um soutien. E nem precisa de ter sido uma daquelas inovações que os designers de roupa íntima decidem, de vez em quando, fazer incidir nos desapertos da cena que até parece de propósito para nos fazer regressar, na pior altura, aos momentos mais trapalhões da adolescência.
Basta uma distracção, um movimento trocado e tudo aquilo se torna num emaranhado cada vez mais denso em função do sorriso trocista ou do ar de enfado que nos confronta.
Já bastaria a ideia peregrina de a referida peça de vestuário ter o sistema de fecho na retaguarda, obrigando-nos a tactear para primeiro encontrar o bzidróglio e depois identificar-lhe as manhas.
Práticos como somos, nós gajos a sério e não aqueles mariconços que desenham estas coisas, e aquilo traria certamente um comando à distância daqueles simples, como o das portas do carro. Clique e já está.
Assim não, anda ali um gajo cheio de pressa para entrar (no carro) e cas mãos perdidas nas algibeiras à procura da chave da traquitana (o soutien)…
Aqui entre nós, machos, a melhor fruta é a descascada e porque raio nos haverá de tocar um ananás? Se ao menos um gajo pudesse comer também a lingerie, como se faz com as uvas, mas não: aquilo é mesmo um convite ao tropeção e as pevides ou caroços são mesmo aqueles dispositivos diabólicos que aconselham os mais sensatos a procederem sempre à abordagem por detrás, sem ir às escuras.
Em próximas oportunidades darei conta de mais um destes temas importantes que dizem respeito apenas a quem enfrenta uma sanita bem erguido.
E quase sempre em pé.
Aquele jeitinho 2
gira sou eu
Parece-me que não exagero se disser que todos nós já nos babámos em frente a um ecran ou a uma imagem num poster, revista ou da própria net. Mas a mim o que me parece é que mais do que a imagem estampada, o que nos faz por vezes suspirar tem mais a ver com os "papéis" que essas imagens encarnam ou nos passam. Esquecemo-nos, porém que são pessoas de carne e osso como nós. Sim também vão à retrete, algumas devem ter um hálito terrível ao acordar, pontos negros, verrugas e quiça, borbulhas em sítios menos próprios. A imagem certinha e bonitinha que vemos é que nos cria uma falsa imagem dessas pessoas. Claro que há sempre uma voz que se levanta e diz: ahetalcomumcorpodaquelesquerolásaberdomauhálito... até pode ser, desde que a voltinha (sempre hipotética, claro) não inclua acordarem juntos.
E isto, para dizer que não acredito nas imagens, isto é, as imagens estão lá e são muito bem passadas, elas é que não correspondem a pessoas reais.
Gira sou eu que não preciso de uma equipa cabeleireiro/maquilhador para ter um ar apresentável, boa sou eu, que não preciso de photoshop para me tirarem os buracos da celulite das nádegas e das coxas!
Tristeza
Tristeza, quando ela entra, sem te pedir, sentes aquele vazio e aquela falta de calor...
Tristeza, continuas a dar cabo de mim, fazes-me correr ruas, deixar de ser eu, pensar que ali, ali!, tudo acabou. Levas o meu destino, fazes-me enlouquecer. Sinto tanto a tua falta.
Está tudo tão vazio.
As ruas, essas deixam de ter cor.
Arruinaste o meu viver. Voltas e tentas fazer-me sofrer.
Porquê?
Eu já te tinha esquecido. Tu voltas, passas à minha porta, e sorris!
Esse olhar que eu bem conheço devora-me a alma e pede-me para ceder.
Manipulas, usas os meus pensamentos...
Eu não posso, mas a tristeza volta... Volto a sofrer...
Tristeza...
Triste de mim, que caí neste abismo, que deixei de ser eu, deixei de sorrir. Por ti.
Eu choro como tu choras, eu pergunto porque sou tão castigada, como tu perguntas, mas eu páro e lembro-me que meu destino não o podes mudar e que a tristeza não me pode invadir. por um Amor não correspondido,por lágrimas de paixão,ou por aquilo que me sinto triste quando sinto!
Daí,quando olharem para ti com o mesmo olhar que eu conheço,não podem ceder,aprendi que ceder uma vez da direito a segunda.
Eu volto a ceder,trazes me sorriso de volta,depois vais e quando vais levas-me o sorriso o meu viver...
As minhas hormonas são terrivelmente aborrecidas.
Ontem, nos posts ali de baixo, discutiu-se a questão do virtual, da imagem que pode alegrar os olhinhos mas que não passa disso - uma imagem que dificilmente provocará sentires semelhantes aos que a realidade daria.
Hoje, ao pôr esta fotografia aqui ao lado, estou em condições de vos dizer que mesmo o virtual pode despertar em mim todas as sensações do real ou, pelo menos, quase todas. Imagem ou não sou simplesmente incapaz de lhe tocar e mesmo o clic do rato é feito em cima da folha e nunca em cima da bicha.
Ontem dei por mim a olhar para as fotografias de tantos homens, alguns supostamente bonitos, e sexy, e desejáveis, sem conseguir sentir nada mais para além de um sim, está bem, é engraçadinho.
E googlei sem fim à procura da tal fotografia, do tal espécime masculino que me provocasse qualquer coisa mais que não fosse um insípido é giro, é feio. Pensei que tivesse alguma dificuldade em olhar para uma imagem e sentir para além dela, achei que toda a minha serenidade se devia a não ter na minha frente carne e osso e cheiros, mas pixels num monitor.
Nada disso, que imagem ou não há coisas que mexem comigo e esta aranha, aqui ao lado, feita de pontos de luz, causa-me quase tanto horror como se estivesse a mexer as patas peludas em cima da minha secretária e serei, sempre, incapaz de lhe tocar. Olho para ela e gelo como costumo gelar, reteso músculos, transpiro ligeiramente, morro de medo e preparo-me para ter de fugir e gritar e entrar em pânico se ela se mexer, que elas mexem-se todas e esta, lá por parecer que fica quieta, não deve ser diferente.
Será a minha capacidade de repulsa mais forte que o meu desejo ou tenho é certezas na vida e uma delas é que tenho pavor de aranhas, estejam elas onde estiverem e sejam elas como forem? Sim, esta certeza tenho, mas também tenho outra. Tenho também a certeza que a minha líbido, a minha capacidade de me sentir atraída pelo sexo oposto, ou pelo meu, ou pelo que seja, não reage a uma imagem, não reage a um corpo, virtual ou não, que não seja aquele que quero e gosto e desejo. E esse, o escolhido, pode estar aqui ao meu lado ou no ecrã do computador, que o meu desejo pode variar na intensidade mas não varia na qualidade - quero-o e pronto.
Bastante limitativo, sem dúvida, mas glândulas são glândulas, hormonas são hormonas e vontades são vontades. Não mando no meu corpo quando de impulsos destes se trata e se não consigo explicar a mim mesma que este monstro aqui não passa de uma imagem inócua e não preciso de estar arrepiada, também não consigo sentir os pêlos da nuca levantados só porque o Banderas está a olhar para mim de lado. Fosse outra a fotografia, fosse aquela que não posso pôr aqui, e a história seria outra.
Visceralmente monogâmica, o que é tremendamente aborrecido nesta altura de calores e corpos bronzeados.
Mas também tenho uma boa notícia para os gajos em geral - não, vocês não são todos feinhos, eu é que tenho os meus sensores calibrados para traços que são únicos, são aqueles, são os meus e não são, de certeza, os vossos, porque são os dele. E de mais nenhum, chame-se ele De Caprio, Clooney, Banderas ou outro nome qualquer e seja ele uma imagem ou um homem de pêlos no peito caminhando nu pela minha sala com uma chávena de café fumegante na mão. Não seja ele aquele e talvez a minha única reacção, para além do instintivo tirar de medidas, será perguntar se o café já tem açúcar.
Ja que parece ser moda
Estão a terminar os XXIX Jogos Olímpicos da era moderna. Fim de semana repleto de finais e medalhas, em particular as finais masculinas e femininas dos desportos colectivos.
Sim, é a elite do Desporto Mundial que está a competir e consequentemente a proporcionar excelentes espectáculos. E para quem gosta de desporto estes são momentos que não se podem perder.
Peço assim desculpa por não participar em tão interessantes listas de comentários dos posts abaixo mas o motivo é este que acabo de vos expor.
Já agora, alguém leu a crónica do Vasco Pulido Valente no Público de ontem? Se aquilo é que merece ser jornalismo, continua chefe com os teus posts.
(As fotos é só para ser temático mas apresento a menina - Katrin Krabbe campeã do Mundo dos 100 e 200 metros, a mais bonita das alemãs)
Será um posfácio ou mais uma edição revista e corrigida?
Hoje, no sítio mais improvável, tropecei numa delas. Foi na caixa de gmail, mas não era um email com notícias de longe. Era um link azul, em cima, para uma notícia. E um nome. Um nome conhecido. Por mim e por quase toda a minha geração.
Ela chama-se Christiane e tem agora 46 anos. Foi-nos apresentada a todos com 13 e tinha como sobrenome um simples F. "Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituta". Um dos livros mais lidos quando andámos no liceu.
Ela, Christiane F., 46 anos, drogada. O prostituta não faz parte desta história, talvez por ser contada na terceira pessoa, mas a miséria da vida não se lhe descolou da pele.
Não voltou a escrever outro livro, mas continua a ser notícia, que a desgraça humana vende sempre jornais e todos nós gostamos de saber por onde anda e que tem feito um velho conhecido.
Eu, idiota, me confesso.
Voltou a acontecer e voltei a sentir-me pequenina, estúpida, preconceituosa e, sim, idiota!
Por mais que o saiba continuo a não olhar pelo lado certo, deixo só escorrer os olhos e pronto, acho que está visto. Não está, que gente não se vê assim.
Cheguei agora da rua. Fui levar o miúdo ao comboio, para mim será miúdo sempre, e levei as gajinhas comigo, que elas até ao último momento não largam o pescoço do mano velho.
Na vinda parei na tasca da Paula, um misto de mercearia e taberna que toda a aldeia que é aldeia de roupa branca tem, e fiz o que costumo fazer - carro parado sem grandes preocupações, chaves na ignição, miúdas com ordens de não saiam que não demoro. Não tinha ainda aberto a porta quando os vi. Dois homens encostados às garrafas do gás a despejarem umas minis geladas. Cabo verdeanos, pareciam. Um deles deitou-nos um olhar mais atento e a minha mão, mandada pela cabeça tonta, desligou o carro e meteu as chaves no bolso.
Voltei pouco depois. Continuavam no mesmo sítio e o mais velho disse qualquer coisa que não percebi. O outro, mais novo, sorri-me, pede desculpa e diz ao amigo a frase que me fez ter vergonha de mim - a senhora é boa pessoa.
Não, não sou, e foi o que me saiu logo boca fora. Não sou boa pessoa. Tinha acabado de não o ser. Ele dizia que sim, que me conhecia e era boa pessoa. Até lhe tinha dado cervejas frescas quando andava a trabalhar ao sol.
Lembrei-me com a ajuda dele. Andou por aqui, há uns anos, dias e dias seguidos a tratar do jardim, com o sol a bater-lhe nas costas e a mangueira para matar a sede. Subcontratado pelo jardineiro de serviço, que lhe pagava cinco euros por dia e lhe trazia uns restos como almoço. Sim, é verdade, levámos-lhe, eu e as miúdas, várias cervejas para matar a sede. Ele sorria sempre, com aqueles dentes brancos que, explicava hoje, já não tem.
Hoje olhei para ele e não o vi. Olhei para ele e não vi gente. Vi medos meus, vi preconceitos, vi notícias de jornal. Vi-me a mim a fazer o que ensino as minhas filhas a não fazerem - a olhar de lado, a julgar pela capa sem sequer abrir o livro.
O medo, o medo imbecil e irracional está a tomar conta de mim. Está a tomar conta de nós.
Será que lhe entrou água na mioleira?
O Phelps está a passar férias no... Allgarve!
Acho que para descansar da agitação dos Jogos, nada melhor que Vilamoura no mês de Agosto. Rapazinho esperto este...
Hoje
Hey rebanho, hey cabras, isso tudo é falta de imaginação ou andam a medir forças de quem posta uma foto mais gira?...
O blog do sharkinho é que só tem fotos muito in e cheias de...glamour! Agora gaja ou gajo com quem se cruzam no dia a dia...
Calma, eu hoje estou do contra...
Ficção e Realidade
Sawyer, LOST, Josh Holloway, Cool Waters, actor, sexiest man alive, segundo algumas revistas, e aqui com a sua mulher, no dia a dia.
Yessss...
Chegou o Ouro....
Foram os 17, 67 cm do triplo salto do Nelson Évora.
Agora mesmo.
(Pronto, são 17 metros e 67 centímetros... foi a emoção do directo...)
Fora do Mercado
juro que me conseguiu surpreender
Show Bolt!*
Lembram-se do Michael Johnson? Desde os Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, que tinha o record do mundo dos 200m. Havia mesmo quem dissesse que era impossível de bater por agora, que era record para muitos e muitos anos.
Durou muito, mas caiu hoje! O Bolt papou-lhe dois centésimos de segundo, correu os 200m em 19,30 segundos e fez o que ninguém mais tinha conseguido fazer desde que o Carl Lewis, em 1984, mostrou como era - nos mesmos jogos, dois records do mundo, nos 100 e nos 200 metros.
Há homens que são quase deuses.
* Título descaradamente roubado ao Santo!
E agora?
Caramba! Um cigano e um advogado a terem uma atitude digna e correcta. Sim, devem ter algum interesse nisso e está-se mesmo a ver e há marosca de certeza... Vozes destas não vão faltar, quase que adivinho.
Factos - o homem que esteve desaparecido durante oito anos foi hoje bater à porta da cadeia e disse estou aqui!
O resto, tudo o resto, ainda vai dar para contar muita história.
(nota: afinal a notícia já é de ontem. Só vi hoje.)
Nem tudo o que Google é ouro...
Avião despista-se no Aeroporto de Barajas; 50 mortos confirmados (SAPO)
Acabei de ler no Sapo e fui à procura de mais informações. Abri o Google News e procurei a página de Espanha, certa de que teria um nunca mais acabar de noticias.
Teria...
Nada! Nem uma notazita.
Por curiosidade comecei a abrir outras páginas.
Pois é, o Google em Espanha anda a trabalhar muito mas muito mal, que na Austrália, Nova Zelândia, Alemanha, Kenya, Namíbia, Irlanda, Estados Unidos e, provavelmente, muitos outros sítios onde não fui, esta é a notícia de abertura.
Será que o Juan Carlos também os mandou calar?
O Meu Campeão
Um pau de dois bicos.
Tolerar
v. tr.,
Foi há uns tempos, ao ler uma notícia sobre anfetaminas, que se acendeu um néon à volta da palavra e eu vi, finalmente, a luz.
Tolerância.
Durante muito tempo comprei-a como me a venderam, achei que ser tolerante era mais uma virtude e andei, em nome dos bons princípios, a tolerar tudo e mais alguma coisa.
Tolerei gente má e gente menos má. Tolerei sopas frias, tolerei funcionários arrogantes, tolerei salas desarrumadas. Tolerei faltas de educação, crápulas, bifes demasiado passados, gente pequenina, batoteiros, chefes mal criados, crianças barulhentas, merceeiros ladrões, duches com pouca pressão, amantes desinteressados, sapatos apertados, armários com pó e amigos com memória curta. Tolerei dias que nunca mais passavam, tolerei homens-besta e tolerei uma vida virada do avesso.
Fui tolerando.
E a tolerância é isto, uma habituação que nos vai fazendo deixar de sentir o que já está tolerado, e vai acrescentando tolerância à tolerância já gasta. Nada nos parece de mais, que é só uma questão de tolerância.
Esta é a história das gentes e da gente. Vamos-nos habituando, vamos aceitando, vamos desculpando e vamos-nos enterrando. E, um dia, acordamos, olhamos para nós, e não percebemos como chegámos ali. Se pudéssemos rebobinar a vida íamos ver-nos a ceder todos os dias um bocadinho, a tolerar mais umas afrontas, a desculpar mais uns erros, a sermos virtuosamente indulgentes.
Não quero mais ter que permitir, desculpar, deixar passar, consentir tácitamente, suportar!
Sei o que gosto e não gosto. Sei o que quero e não quero. Sei o que é certo e errado. E sei que não me apetece tolerar mais nada.
O tempo que passou por mim não deixou só rugas nos cantos da boca. Deixou vida vivida, estrada andada, decisões arrancadas cá do fundo, de onde dói mais elas saírem. E deixou, também, algumas certezas. Não muitas, que se dois e dois são quatro nem sempre tudo o resto é tão lógico e se aprende em cantigas de tabuada.
Não sei muito, mas sei que gosto de mim como sou, gosto de mim como estou e não quero, em nome de uma tolerância de anfetamina, voltar a acordar um dia e pensar - que estou a fazer aqui? Quem é esta Teresa que eu não conheço, mas que é tão tolerante?
Tolerância? Não. Tolerei tudo o que tinha a tolerar, moldei-me nesse barro e agora estou na altura de julgar. De dizer, alto e bom som, não gosto, não quero, você é uma besta ou dê-me o Livro de Reclamações.
Agora não tolero mais. Abro as portas da casa e da vida e digo saiam, não são bem vindos, não vos quero aqui, não desculpo e não consinto.
E sim, sou uma cabra intolerante. Mas sou eu.
escandalizada
foi como fiquei hoje. Num passeio por Évora, entrei dentro da Sé, para meu espanto e de uma amiga que me acompanhava, pediram-nos um euro para podermos entrar dentro da igreja. Parece-me bem, numa altura em que a Igreja Católica se queixa da falta de fiéis, que as pessoas estão de costas voltadas para o Deus Católico, parece-me uma medida muito inteligente. Melhor só mesmo a ideia peregrina da abstinência como método anti-conceptivo.
Estou chocada.