vale (ou não) a pena?

Como sabemos se vale a pena?

Haverá alguma fórmula de cálculo? Uma tabela de pontos? Acima de 10, vale. Abaixo de 10, é pena?
É difícil estar dentro e quantificar que vale a pena, é fácil estar de fora e dizer que não vale. É sempre assim. Quem está dentro sente e não vê. Quem está fora, não sente e vê.
Como saberemos se vale ou não a pena se não jogarmos o jogo até ao fim? Desistir a meio faz-nos o quê?
Sofrer menos? Será? A desistência por si só já deixa amargo de boca. Desistir a meio faz-nos ficar a remoer. É pedir um turbilhão de perguntas começadas por “ E se…”. Ses esses que nunca, nunca terão uma resposta que satisfaça e encha todos os espaços deixados por tantas perguntas. Desistir a meio, faz-nos perder todas as hipóteses de, pelo menos, conseguir um empate.
Desistir elimina todas as probabilidades.
Quantificar um vale a pena é como quantificar os sentimentos e, os sentimentos não se quantificam, sentem-se, ou não. O vale a pena também. Vale a pena, ou não.
Dizer não vale a pena é contrariar toda a lógica do amor, não vale a pena é racional, o amor não é.
Quer queiramos quer não amar implica valer a pena e só poderemos, em consciência, dizer que não vale a pena quando o amor já não fizer parte do jogo ou o jogo tiver terminado antecipadamente por desistência de um dos lados.

28 comentários:

Teresa disse...

1. Como sabes onde acaba o jogo?

@na disse...

quando deixas de fazer a pergunta

Teresa disse...

2. A pena que tem de valer o que não se pode perder é percebida por quem sente ou por quem vê?

Teresa disse...

1.1 - e quando é que a começaste a fazer?

@na disse...

resp. 1.1 no início do jogo?

resp. 2 pelos jogadores em campo

Anônimo disse...

Podes.

Se o outro lado estiver vestido de jogador de hokey, montado no seu cavalo e é suposto ser futebol (e por isso o estádio e a bola e o relvado verde... montes de indicios que não serviram para nada).

Desiste.


Se a dor for maior que "o amor" e te fizer mais mal que bem. Se não existir exclusividade do outro lado, urgência em ter-te e (claro) falta de luta (tão recorrente nos machos...), podes e deves desistir. Chama-se auto-protecção e é cada vez mais necessária.


Beijos, doce Ana (ou @na, ou lá o que é...)
:)

Teresa disse...

O jogo não pode começar com penas sob pena de ser um jogo perdido..

pelos dois não pode ser, as perspectivas são diferentes, como dizes e bem

@na disse...

M, a desistência é válida quando os três pontos não se verificam ou basta um deles?

@na disse...

Não Teresa, as perspectivas só são diferentes para quem joga e para quem assiste, para os jogadores é a mesma, em teoria, claro

shark disse...

Exclusividade é um conceito giro. Ainda há dias senti na pele esse conceito, quando por não ser cliente do MEO não pude ver o meu Glorioso...
A exclusividade é uma vara de dois bicos.

Anônimo disse...

A prova de que vale a pena são esses três pontos. Estar na tua equipa. Jogar o teu jogo. Cumplicidade. Não olhar para a menina da claque que está de mini saia e pon-pons (puta) e que, mesmo sentindo que o jogo está perdido, tenha garra porque atá ao fim ainda pode marcar.

:)

Respondido?


M.

Teresa disse...

Pensei que os dois que falavas era quem vê e quem assiste.
Mas nem mesmo para quem joga a perspectiva é igual e as penas podem ser diferentes.

@na disse...

não interessam as penas Teresa, mas o sentimento

Anônimo disse...

(ata ou até... escolhe tu)

@na disse...

Tubarão do meu coração, neste tema lamento mas temos opiniões contrárias

@na disse...

Sem sombra de dúvida, M. :)

Teresa disse...

Eu também não vi. O jogo, claro. Só me lembrei depois de ter acabado... :)))

Teresa disse...

Vale a PENA... Pena de penar, de dôr, de sofrimento, castigo... Foste tu que equacionaste. Eu digo que se entra a pena tenho de perceber de onde vem e quem a vê, ou a sente.

Anônimo disse...

tudo vale a pena se a alma não é pequena, ficámos com essa heróica do Pessoa

eu uso uma versão revista e recauchutada,

mas cada um é que sabe de si, agora ando a treinar de esfinge, ando a meter uma Cunha é para ser uma esfinge da mata que no deserto dá-me sede e uma escaldadiça que dispenso,

será que uma esfinge da mata dá uma árvore? as árvores já que não se deslocam no espaço deslocam-se no tempo

hum, fotossíntese à vista

Anônimo disse...

ah, é verdade, para evitar deslocações desnecessárias e até incómodas:

1. Dispensa-se gordos como já se sabia,

2. Também se dispensa gajos efeminados, ou seja com o Y descompensado, embora se dê umas abébias, e também se dispensa gajos atrofiados, ou seja com o X embotado,

3. Conclusão: um bom par {X,Y} é bem-vindo

isto para mim, claro, todos têm lugar no mundo e com votos de que sejam felizes,

bom domingo,

information theory

gaija do norte disse...

estás à beira de um precipício cheia de vontade de seguir em frente, pensando apenas que durante a queda vais uma sensação de liberdade fantástica. os que estão ao teu lado lembram-te que quando chegares lá baixo te esborrachas toda, mas a decisão é tua.


(acordaste-me, cabra!)

O Santo disse...

vale a pena fazer esta pergunta??? ou nao??

gaija do norte disse...

quando se faz, provavelmente já não vale.

Teresa disse...

Não vale o quê?

gaija do norte disse...

a pena, ò megainteligente!

Teresa disse...

Ah!, obrigada gaija.

Façamos então a pergunta ao contrário - o que é uma pena?

Tangerina disse...

Ana, este teu post (em versão curta, claro) teria sido bem vindo, como comentário, ao meu último "gomo".
Gostei de te ler.

Bj Citrus.

@na disse...

obrigada Tanger ;)