Quem quiser que se queixe...
Gajos e gaijas.
(e isto agora é umbiguismo do mais puro e duro)
Importam-se de parar com as apresentações e as mimalhices e o olha tu aqui que nem sei bem quem tu és, enquanto eu não chego?
Estou na hora de Gata Borralheira, já cá venho, mas não sei nada, não vi nada e não perguntem nada... Estou de mau humor!
Mas Moura, sejas bem vinda! Se soubesse quem tu eras agradecia de outra forma, que também gosto de tartes de maçã.
Mar Português
McDonalds
Perante Nós o Deserto
Eu sabia que aquela Porteira me haveria de dar cabo de qualquer coisa.
Sim, culpem a pobre analfabeta das burocracias idiotas deste país. Ou será da esperteza saloia do governo ? Ou culpo-me a mim, que vou de férias e deixo a cão entregue aos cuidados da porteira, e, mais grave ainda,a chave do correio, para ela ver se me chega algo importante, e avisar, tipo emprego em perpectiva, pelo telefone.
Não que eu esperasse algo nesta época estival, Julho, Agosto, vamos todos de férias e em Setembro cá estamos pró serviço.
Mas é claro que, como quem segue a telenovela da minha vida sabe, vou de férias com a mãe idosa e filhos para o sul, e quando volto tenho a casa a brilhar de limpeza e a porteira toda satisfeita conta o trabalho que têve e entrega-me um molho de cartas. Uma dessas cartas, entre contas,a pagar por banco, etc, está o postal do Centro de Emprego, onde nas costas, diz
-"Umavez que ainda não lhe conseguimos arranjar emprego, responda, com uma cruz, às seguintes questões: 1. Desejo continuar inscrita no centro de emprego; 2. Não desejo continuar inscrita no centro de emprego. Se não responder no prazo de cinco dias consideramos a sua inscriçãoanulada" . E era só pôr no correio, sem sêlo.
Telefono logo para lá, e um empregado optimista, provavelmente o segurança, diz "venha cá quisso resolve-se".
Lá vou eu , com ar humilde, hoje, e a senhora que me atendeu também era simpática, mas eis que sou reencaminhada para outra, que perante o computador me diz friamente que a inscrição fora anulada e o mais que posso fazer é inscrever-me de novo e o tempo começa a contar a partir de hoje. Aí explico-lhe que em Setembro atingia um ano de desemprego e com isso no centro de explicações onde eles me tinham mandado a uma entrevista, tinham dito que me empregavam, uma vez que lhes dava benefícios fiscais. Ela responde que devia ter estado atenta ao correio. Eu respondo que a Porteira mo guardou,mas como é analfabeta, não percebeu de onde era o postal.
Pergunto se tenho de passar pelo processo todo denovo, curso de "Técnicas de Procura activa de emprego, como fazer o seu CV, etc" e ela sadicamente diz-me que provavelmente sim.
"Quer que a inscreva ou não? ". Foi aí que nos filmes se veria eu , tresloucada a imaginar-me a saltar sobre ela e tentar estrangulá-la.
Eu acho que isto é tudo uma conspiração do governo para manterem a taxa de desemprego baixa. Apanham uma pessoa de férias e zás, toca a mandar postais...
Agora só falta os do centro de explicações, que tinham ficado tão contentinhos do meu aluno ter passado no exame, me dizerem que assim fico na mesma à hora, em vez de tempo inteiro.
E acabou-se-me a boa disposição para a silly season, posts só a matar...
Revolta na Bounty, querem ver?
Lá porque eu ontem estive muito atarefada e hoje tive mais que fazer e cheguei agora da praia e estou a arranjar uma bebida e a fazer um jantar, não quer dizer que antes das doze badaladas não encha isto de posts para a Emiéle reclamar e o Shark chamar lençois.
Ou talvez não, que vá-se lá saber porquê, estou cheia de sono.
(mas o vício é tanto que fiz um post, com um lápis ranhoso, nas últimas páginas do livro que levei para ler... pode ser que o consiga copiar...)
A César o que é de Shark
Já PaZZou tempo demais...
...Sobre o post anterior. Não se admite isto, num blogue colectivo. E eu hoje estou com uma telha do caneco e quando é assim comem todos. E comem todas. Salvo seja.
Estou aqui para dar o exemplo de como em desespero de causa (por falta de posts) o colaborador de um blogue em equipa deve avançar de imediato com o enchimento de chouriços (salvo seja, outra vez) que arremedeia a ausência de uma página fresca a cada dia que é, ah pois é, um imperativo moral deste tipo de espaços onde tanto lhes dá para se amontoarem uns sobre os outros (os posts) como para ficarem todos à espera que outrem tome a iniciativa.
Aproveito ainda o ensejo para dizer que tá mal proibirem as massagens nas praias algarvias só por não saberem como elas acabam. Bastava perguntarem aqui ao je e ficavam esclarecidinhos (tenho ao dispor um vasto catálogo de happy endings aiuvédicos) e a malta podia continuar a descontrair as carnes sob o som relaxante da rebentação das ondas.
Não custa nada fazer um post para entreter a audiência que não paga bilhete para chegar aqui e até parece uma sala de espera de dentista, sempre com as mesmas revistas disponíveis para um gajo disfarçar a cagufa fingindo que lê as últimas acerca do noivado da Titinha Vanessa ou do próximo episódio da novela que já acabou dois meses atrás.
Tomai e aprendei, que o tubarão não dura sempre.
PaZatempo.
Manual do Bom Engate (Tomo II - bem conversadinho ainda vou ao terceiro)
Todos conhecemos aquela história do caçador que contava aos amigos, na mesa da cervejaria, como tinha apanhado um leão e como ia na parte em que tinha a boca fincada na juba da fera quando foi interrompido pelo reforço de imperiais e depois da pausa perguntou em que parte da história tinha ficado e disseram-lhe que estava cheio de pelos na boca e ele prosseguiu: - Pelos na boca? Ah, sim. Aí ela fechou de repente as pernas e partiu-me os óculos.
Esta pequena introdução ao Tomo II visa focar a vossa atenção na língua, cujo domínio, como já referi, é essencial ao longo de duas das etapas (a localização/identificação do troféu de caça e a consumação factual do tiro certeiro).
Depois de a língua ter logrado a quebra das frágeis barreiras protectoras construídas em vão pela vítima potencial (frágeis porque apenas para inglês ver e enquanto o bife vê um gajo que é gajo come a febra), é tempo de estudarmos com atenção as reacções da presa encurralada à medida que a confrontamos com o futuro previsível da caçada (que, aliás, dispensa bola de cristal para ser adivinhado quando estamos em face de um gajo dos que comem a febra e ainda gostam da fruta à sobremesa).
O troféu de caça, sempre demasiado convicta da sua capacidade para escapar à estocada final, começa a revelar sinais de impaciência no preciso instante em que se percebe (ou intui) indefesa perante a arremetida seguinte do seu matador.
Enrolam caracóis nos dedos (em vez de os enrolarem na língua, bem regados com umas jolas, as parvas), sorriem com inusitada frequência (mesmo quando um gajo manda uma graçola sem jeito nenhum só para as testar) e começam a transfigurar-se na pala da predadora instantânea (se não podes – e não podes se for o Shark – vencê-los, junta-te a eles).
Junta-te a eles, estão a topar?
Quando elas decidem enveredar pelo olhar de mulher fatal para fazerem de conta que também pintam qualquer coisita e dão uns tiritos pela calada é tempo de pousar a espingarda e preparar o espírito para a luta corpo a corpo que invariavelmente se seguirá.
E é aqui que a língua, esse músculo poderoso (eu treinei o meu na juventude com base num exercício que envolvia azeitonas, como já descrevi noutras paragens), volta a adquirir um peso estratégico fundamental.
O tento na língua, por exemplo, é indispensável neste momento crucial da caçada. Um tiro mal dado e o troféu de caça pode de repente inventar um assunto muito urgente e um gajo fica ali pendurado enquanto a presa escapa vitoriosa, a ver fumegar-lhe em vão a caçadeira.
Só os mais rotinados nas lides da caça conseguem interpretar os sinais que o troféu lança quando já se imagina empalhada (repito: empalhada) contra a parede do salão.
É vital proceder à respectiva avaliação, pois é nesse preciso instante que obtemos um vislumbre das fragilidades a rentabilizar e das potencialidades a explorar depois.Trata-se do equivalente a ter a dentadura cravada na juba do leão. Um apertozinho mais forte da mandíbula e crack!: a presa arrepia-se da cabeça aos pés enquanto cogita acerca da química, do amor eterno, da hora de chegada a casa do marido, da paixão assolapada, do guisado ao lume e de outros devaneios insanos tão típicos de um troféu de caça que se sabe completamente à nossa mercê.
Manuais? Automáticos é muito melhor
Embora já tenha se tornado comum na Europa e Estados Unidos, a caixa de transmissão automatizada tem baixo volume de vendas no Brasil. Porém, diante das vantagens capazes de proporcionar economia de combustível e baixa manutenção, reúne atributos para ter seu uso intensificado no País nos próximos anos
Manual do Bom Engate (Tomo I)
Bom, visto que esta casa está aos poucos a pintar-se em tons rosa e agora que tenho as costas largas porque o nosso Roger Moore voltou (as costas ficam largas por causa das asas), decidi ser generoso e deixar aqui à rapaziada um pequeno manual de instruções para garantir o sucesso numa empreitada de engate que, como todos sabemos, é um trabalho que só se dá por concluído no final da fase de acabamentos.
Assim sendo, este é um post de e para gajos a sério pelo que gajas, gaijas e indeterminados não têm permissão para lerem este post (e muito menos para o comentarem).
Vamos lá começar pelo princípio, pois a(lguma)s redundâncias podem ser muito apreciadas no contexto em apreço.
No início era o caos. Hábeis em desorientarem um gajo com as suas atitudes imprevisíveis e não raras vezes contraditórias, as mulheres (doravante citadas como troféus de caça - isto é um post de e para machos, deixem-se de tretas) sempre procederam ao culto da confusão para baralharem um gajo e o deixarem sem coragem (leia-se "sem tomates") para a abordagem à pirata (à força toda). Nada disso, jamais cedam a esse mecanismo de filtragem dos totós porque é disso que se trata. Só fogo de vista para apalpar o pulso aos candidatos e afastar da porta os que nem alcançam os mínimos para a competição em causa.
A ideia é ultrapassar essa barreira artificial entendendo-a como tal. Às vezes um sorriso matreiro é quanto baste, mas a coisa fica garantida com um ar determinado na hora da verdade. Elas precisam de certificar-se de duas coisas: que o gajo tem mesmo vontade de lhes dar a volta (leia-se "de lhes saltar prá espinha") e, em simultâneo, possui capacidade para levar até ao fim a iniciativa.
Por "levar ao até ao fim" entenda-se ter bons princípios e conhecer a importância dos entretantos.
Com esta última frase quero-vos deixar bem claro que elas, os troféus de caça, tanto podem sobrevalorizar o princípio como o meio e raramente assumem ter algum interesse no desfecho (que, de resto, adiam muito para lá do razoável na nossa perspectiva mais terra-a-terra).
Isto implica que devemos saber repartir os pontos fortes da actuação entre as três etapas da caçada.
E a primeira fase consiste na identificação do troféu, o que passa acima de tudo por lhe descobrir a toca.
Quero com isto dizer que o início é marcado quase exclusivamente pelo uso exaustivo desse recurso valioso que é a língua (voltaremos ao assunto mais adiante, noutro Tomo deste manual, onde veremos que a língua, mais do que um simples complemento da restante instrumentação, pode constituir uma arma certeira, um verdadeiro aríete para derrubar em definitivo os derradeiros obstáculos à desbunda total do troféu de caça).
Devemos, nesse apalpar do terreno (também voltaremos a esta delicada questão do apalpanço), desconstruir as barreiras artificiais a que faço alusão acima com base na conjugação perfeita entre um olhar confiante e perscrutador e um discurso acutilante e demolidor.
É a fase do acerto da mira, ao longo da qual apontamos baterias à consolidação da certeza de que somos atiradores dignos de introduzir o balázio na pele fina e sedosa do troféu de caça.
(continua)
B2B
Apesar da sigla ter outro sentido, nada como usar os termos empresariais para mostrar que estou de volta ao trabalho activo, onde se inclui também a participação neste blog (pelo menos).
Pois é, após uns dias de férias para retemperar corpo e mente cá estou eu Back 2 Bussiness.
Eles divertem-se imenso sozinhos!
Reparem bem nos pormenores e digam, mulheres, se não gostavam de ser homens só para poderem participr no Convívio dos "Amigos da Paródia".
O chat das gaijas (subtítulo - the facts of life...)
Noivado
Estendeu os braços carinhosamente e avançou, de mãos abertas e cheias de ternura.
- És tu Ernesto, meu amor?
Não era. Era Bernardo.
Isso não os impediu de terem muitos meninos e não serem felizes.
É o que faz a miopia.
Mário-Henrique Leiria, Contos do Gin-Tónico, Editorial Estampa
Casamento
"Na riqueza e na pobreza, no melhor e no pior, até que a morte vos separe."
Perfeitamente.
Sempre cumpri o que assinei.
Portanto estrangulei-a e fui-me embora.
Mário-Henrique Leiria
Contos do Gin-Tónico
Editorial Estampa
WikiGraça...
Estava a tentar escrever um post sobre a relatividade - era qualquer coisa sobre distâncias e velocidades e coisas assim que não interessam nada... - e fui meter o nariz à Wikipédia para fazer boa figura com umas dissertações à volta do E=mc2. Encontrei uma pérola, uma verdadeira pérola enciclopédica, e lá se foi o post que queria fazer.
"A relatividade especial tem conseqüências consideradas bizarras por muitas pessoas. Esta opinião é perfeitamente compreensível, pois estas conseqüências estão relacionadas a comparações entre observadores movimentando-se a velocidades próximas à da luz, e a maior parte das pessoas não tem nenhuma experiência com viagens a velocidades comparáveis à velocidade da luz"
Ora nem mais. A trip é a trip e se nem todos podemos ter essa experiência os senhores que escreveram esta maravilha devem estar habituados a fazer umas viagens alucinantes. Ou, pelo menos, alucinogénicas, e à velocidade da luz, claro! Acho que devem andar à procura de uma tal Lucy num céu cheio de diamantes!
Conheço-te?
Porra!*
Tenho outra vez um computador decente... É que agora até fico tonta com tanta velocidade. Nem me lembrava já que podia ter duas janelinhas abertas ao mesmo tempo sem bloquear tudo... Hoje ponho a escrita em dia, tenho é de tratar de uns jantarinhos primeiro, que estive até agora a formatar o bicho ...
* justifica-se perfeitamente!
Os Ovnis, uma metáfora
A Ameaça OVNI, Efeitos Secundários, Woody Allen, 1972, Bertrand
Não se pode provar que todos os ovnis sejam de origem extraterrestre, mas os peritos concordam que toda e qualquer aeronave capaz de subir na vertical a doze milhas por segundo precisaria de uma assistência técnica só possível em Plutão.
Se esses engenhos provêem , realmente, de um outro planeta, então a civilização que os concebeu deve ter milhões de anos de avanço sobre a nossa.
Ou então essa gente tem sorte. (...)
É interessante notar que segundo os astrónomos modernos, o espaço é finito. Conceito muito reconfortante, particularmente para os que nunca se lembram onde põem as coisas. Quando estudamos o Universo, porém, o elemento fulcral a ter em conta é a sua expansão e o facto de um destes dias, explodir e desaparecer. (...) A interrogação mais frequente posta sobre os ovnis é: se os "discos" provêem de um outro planeta, porque é que os seus pilotos não tentam entrar em contacto connosco, em vez de circular misteriosamente à volta das regiões desérticas? A minha teoria é: para as criaturas provenientes de um outro sistema solar "andar à volta" é talvez a maneira essencial de se relacionarem.
Comentário: o mesmo se pode dizer de certos seres nas discotecas
25 de Janeiro de 1988
Cá estou na Madeira, que não é um jardim, mas é do Jardim. Estar na República das Bananas tem os seus convenientes, comem-se muitos ananases e claro… muitas bananas. Também se pode andar “à vontade” se se passar por estrangeiro, o que acontece com certa frequência, pois como dizem os nativos: “não é só no Algarve…” enfim, que tanta coisa acontece. Assim, enquanto o dinheiro durou, as ementas vinham em inglês e os “garçãos” (classe privilegiada nestes 746 km²) faziam inveja à minha pronúncia, que como sabem é genuinamente May fair. Mas o tempo das vacas gordas já lá vai, pois não há quem aguente a cerveja a 120 paus e o café a 70, e agora quando me dou ao luxo de uma refeição fora do quartel, as ementas já nada têm de poliglota, vendo-se e desejando-se o meu modesto intelecto para decifrar o que lá vem escrito em dialecto local, que é uma coisa que fica mais ou menos à direita do Mirandês, não por razões de morfologia e sintaxe (como diria Carl Sagan, um entendido nestas coisas mas ao que consta nunca cá veio pintar ou já lhe tinham levantado uma estátua) mas por uma forma muito própria de dicção, que se assemelha a um disco de 33 rotações no seu funcionamento normal a quem, num acesso de excesso energético rompe por aí fora até aos saudosos discos de 78 rotações. Isto geralmente acontece nas últimas sílabas de cada palavra, talvez por isso não existam palavras monossilábicas, pois seriam de entendimento impossível. Prosseguindo este meu tema “J. na República das Bananas”, creio que deva começar, muito academicamente pelo princípio.
1. A profissão predominante daqueles a quem se diz pertencer o furo, é: pedreiro da construção civil.
2. A escolaridade média é a 3ª classe.
3. Muitos já estiveram presos.
4.Todos têm uma grande paixão na vida: o vinho.
5. Todos têm um grande sonho na vida: Fugir! Fugir daqui para bem longe.
Se existe no planeta azul outra República das Bananas digam-lhes que eles têm que vir cá aprender com o(s) jardim(s) da Madeira, no meio do oceano plantado. É claro que nem todos os Madeirenses se emborracham, e só algumas famílias é que vivem em grutas, e é por isso que não aparecem nos postais. Nos postais só aparecem as orquídeas e outras tão sabiamente plantadas por quem percebe da arte.
O tempo tem sido benevolente comigo, tem passado depressa! Não, não ando por aí aos putos nem tenho corrido as discotecas todas, nem tenho conhecido muitas suecas. Tenho andado calmamente (as ruas aqui são demasiado inclinadas) sem pressa de ver tudo num dia. Tenho gostado de muita coisa, mas a sensação geral é que isto tem muita coisa que não está bem, a começar por mim que estou cá por engano, mas entre aqui, ou noutro lugar qualquer, se é para estar vestido de feijão-verde, antes aqui. O trabalho não mata e sempre se conhece gente interessante.
Gosto de cá estar, mas preferia estar convosco.
Um abraço
J.
Verão.
Todos os anos nos dizem isto - verão! - e eu ainda não consegui perceber se é uma promessa se uma ameaça...
Nós, as gaijas.
Esperança renovada!
Catholic Girls*
Por causa desta notícia, Preservativos e Bíblia, fui meter o nariz na fonte inspiradora e fiquei indignada - esta parte do Antigo Testamento não me a ensinaram na catequese!...
Fica mais um tema de Verão.
Desta vez, extractos do Cântico dos Cânticos, de Salomão.
(e andei eu a ler a Arte de Amar, do Ovídio, quando afinal devia era ter lido a Bíblia...)
Que ele me beije com beijos da sua boca!
Melhores são as tuas carícias que o vinho,
ao olfacto são agradáveis os teus perfumes;
a tua fama é odor que se difunde.
Por isso te amam as donzelas.
Arrasta-me atrás de ti. Corramos!
Os teus dois seios são dois filhotes
gémeos de uma gazela
que se apascentam entre os lírios,
antes que rebente o dia
e as sombras desapareçam.
Quero ir ao monte da mirra
e à colina do incenso.
Enquanto o rei está em seu divã,
o meu nardo dá o seu perfume.
Uma bolsinha de mirra é o meu amado para mim,
que repousa entre os meus seios
Como são doces as tuas carícias, minha irmã e noiva!
Muito melhores que vinho são as tuas carícias;
mais forte que todos os odores
é a fragrância dos teus perfumes.
Os teus lábios destilam doçura, ó minha noiva;
há mel e leite sob a tua língua.
* Título roubado ao Frank Zappa
As palavras são dele o mapa também é o meu.
Chico Buarque - O Meu Amor
(para não dizerem que sou como o Santo e não me confesso!)
Beijar
Cada um tem os seus pontos favoritos, de beijar e ser beijado. Hoje tive uma troca de impressões sobre isso e achei mesmo um tema curioso, não?
Eu não disse que a blogosfera também tinha uma Silly Season?
É que vejam só o que anda por aí (e eu nem meto o nariz nos outros sítios todos do costume, que esta máquina não deixa...) :
TESÃO NÃO É UMA PALAVRA FEIA, in (claro!) Charquinho.
Os cérebros, os ratos e a rata, in Aspirinab
Nem quero pensar no que andará pelos outros lados, que basta ver a caixa de comentários deste blog que nem preciso de sair à rua para perceber - é Verão!
Resumindo e concluindo,
Continuo ansiosamente à espera que lhes dêem ordem de soltura, mas enquanto não chega o telefonema redentor que irá trazer a Magda, o Vai-Vem ou mesmo o daMalta a casa, vou penando agarrada a este PC, que nem nome tem, e pedindo desculpa por qualquer palavra mais ofensiva ou pontapé descuidado que tenha dirigido aos meus meninos na minha fase de ignorante. Eu não sabia, eu não poderia adivinhar, o bem que eles me faziam e o aprumo com que se portavam. Muitas vezes me indispus com eles e fiz ameaças o que agora lamento profundamente. Posso mesmo dizer, para o caso de me estarem a ouvir, que aceitarei qualquer pena que me queiram dar, excepto a de ter de penar muitos mais dias a batalhar com este monstro cinzento, imbecil, preguiçoso, cheio de fobias e mal quereres. É que tenho a certeza quase absoluta que, apesar dos ares modernaços, é um pré-perestroika reconvertido e daqui não se consegue nada.
A minha falta de assistência blogueira só a ele se deve e a ele imputo tanto desaforo que tenho levado para casa, que responder a comentários, uma janelinha dentro de outra janelinha, é tarefa quase impossível...
Afinal não são filhos delas que se fossem faziam vista grossa...
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) aprendeu, em meio ano, mais de 100 mil euros em artigos pornográficos e eróticos, na sequência de acções de fiscalização a sex-shops, comerciantes de pornografia e bares de alterne.
(...)
Quanto às infracções, as mais comuns são a falta de licença, de rótulo em português nos produtos, ausênca de livro de reclamações e indicação dos preços.
Estes gajos da ASAE são mesmo muito esquisitos. Será que eles agora querem ver as licenças? Tipo - Eu, Maria Inácia, dou licença ao meu esposo para frequentar a Irinêida? Terão de ter assinaturas reconhecidas na qualidade ou basta presenciais?
E falta de rótulo em português nos produtos? Mas a linguagem não é universal? Será que querem uns desenhos?
Livro de reclamações? Esse eu ia gostar de ler... estou a imaginar algumas das reclamações que por lá apareceriam, que o produto, com rótulo em português ou não, nem sempre é o que parece. Acho que qualquer editora pagaria uma fortuna para publicar esses livros, que seriam sucessos garantidos.
A questão do preço já é mais delicada, que catálogo de preços pode sempre dar asneira. É que se o pagamento fica condicionado à satisfação do cliente o produto vai morrer de fome, que com as misérias que devem andar por aí lá se vai o negócio...
Estou a ver é que isto até para as putas já está mau, que a ASAE gosta pouco de brincadeiras e muito menos de brincadeiras proibidas.
Finalmente deram um sentido prático ao apelo de tantas "esposas" e gentes de moral e bons costumes - Tenham regras, minhas senhoras!
A Amor é Aquela Coisa Sem Penas
Sem Penas - Woody Allen, 1972, Bertrand
SOBRE O AMOR
É melhor ser o amante ou o amado? Nenhuma das coisas, se o colesterol passar dos seicentos. Quando me refiro ao amor, refiro-me evidentemente, ao amor romântico - ao amor entre homem e mulher, e não entre mãe e filho, ou entre um rapazinho e o seu cão, ou entre dois criados de mesa.
O que é maravilhoso é que quando se está apaixonado se sente um impulso para cantar. Deve-se resistir a isso com todas as forças, e deve-se também ter o cuidado de evitar que o macho ardente "recite" as letras das canções. Ser-se amado é, evidentemente, diferente de ser admirado, pois pode ser-se admirado à distancia, mas para amar alguém verdadeiramente é preciso estar no mesmo quarto que a outra pessoa, agachado atrás dos cortinas.
Para se ser um amante verdadeiramente bom tem de se ser simultaneamente terno e forte. Forte até que ponto? Suponho que chega a ser capaz de levantar cerca de vinte quilos. É preciso não esquecer também que para o amante a amada é sempre a coisa mais bela que se pode imaginar, mesmo que um estranho a não possa distinguir de uma qualquer variedade de salmonídeos. A beleza está nos olhos do espectador. Se o espectador tiver falta de vista, pode perguntar à pessoa que estiver mais perto quais as raparigas mais giras. (Na verdade as mais giras são a maior parte das vezes as mais chatas, e é por isso que as pessoas acham que Deus não existe.)
"As alegrias do amor são breves" cantou o trovador, "mas as penas do amor são eternas". Isto quase chegou a ser uma canção de exito popular, mas a melodia era demasiado parecida com I´m a Yankee Doodle Dandy.
Olhem ele ali...
Gajas, chegou o Paixão...
Gajos, chegou o Paixão!
Ele que se apresente, que eu sou suspeita, mas a minha mãe há muitos anos que me disse para ter cuidado com os Paixões. Nem sempre ouvimos as nossas mães e há mais de trinta anos que este Paixão faz parte do meu rol. Dos maus rapazes, claro. E dos amigos de sempre.
Zé, ou lá como te chamas, bem vindo!
O Bush com o rabo apertadinho, dizias tu?
Antes que a vasta audiência desabe em pranto por causa do drama abaixo, ocorreu-me ir remexer os arquivos em busca de uma imagem ainda mais pungente para sensibilizar a malta.
Sou assim. Cheio de recursos.
A miúda.
Esta é a Rita. Bonita, não é? Sai à família. A Rita é a prima mais nova dos muitos que somos e, como acabei de copiar a fotografia dela do Google, mais precisamente daqui, estou à vontade para a publicar.
Os meus calcanhares de Aquiles...
Outro post grande e sério e sobre coisas importantes e que fazem pensar.
Fui pôr gasolina.
Ter de pagar € 1,511 por um litro de gasolina já é mau, muito mau... Se, num assomo de idiotice, resolvo fazer contas e percebo que aquela coisa ali em cima são trezentos paus, três pintores, trezentos mil réis, fico a achar que ou andamos todos a ganhar muito bem ou a Jonet, do Banco Alimentar, não deve estar a exagerar quando diz que têm recebido inúmeros pedidos de auxílio por email. Comidinha, que faz falta e não há dinheiro que chegue...
Já agora, se alguém tiver o email do Banco Alimentar pode deixar na caixa de comentários? Pelo sim pelo não...
Um post grande e sério e sobre coisas importantes e que fazem pensar.
Chegou o puguesso...
O Presidente da República, Cavaco Silva, promulgou o Acordo Ortográfico, que foi ratificado no Parlamento a 16 de Maio, indicou fonte oficial da presidência.
(repararam no pormenor da fonte? Fonte de Boliqueime, fonte da presidência, o homem tem mesmo a mania das fontes... querem ver que esta também era um poço, tal como o outro, e alguém meteu uma cunha para lhe mudar o nome? ou será que faz parte das novas regras ortográficas?)
As respostas que não tenho para te dar...
A tua amiga Isabel tem razão. Dantes fazíamos as perguntas todas. Se ouvíamos as verdades todas, essa é a dúvida que se mantém. Se calhar, cansamo-nos de ouvir mentiras, e por isso deixamos de perguntar! Ora vá quem está lá em cima entender-nos (que não entende, eu sei porque, pelo que se diz, é masculino…)
As perguntas que nunca te farei...
Do que me foste lembrar...
Cheap Trick- I want you to want me
... que ainda tenho, não sei bem onde, um postal dos CTT, daqueles com selo de cinco tostões, que me mandaste com a letra disto.
I Don´t Wanna Dance, Dance with you baby,no more
Parece que recuámos vinte anos, Teresa, pôe este vídeo do You Tube que eu não sei! Eddy Grant!
A cadela bem anda aqui a respirar pesadamente nas minhas pernas, mas não a vou levar à rua. Só venho aqui comer e dormir. Estou de férias em casa, os filhos estão com o pai, a salvo...
Ontem jantar e cinema com amigas. Rir até partir. E no filme também, o Procurado, com a Angeline Jolie e um mau giro. Olha aquele a levar murros! Que giro! Ah, ah ah! Não podem perder, um filme de acção cómico...
Hoje praia. Quer dizer carro. A ouvir esta música enquanto andávamos à média de 4 metros hora, na estrada que dá para as praias da costa... Mas que é isto! Anos 80, 90?
Depois tostas no bar da praia, cerveja, sms a uns da net que nos querem conhecer, ok , nas Docas Bar X (queriam...) e adormecemos ao sol... Acordamos às 8 h. Ena, temos que ir, tomar banhpo e tal , não era á meia noite? E bicha para voltar (sim, bicha) e cá estou eu a escolher roupas, e não tenho responsabilidades e vou sair de novo, see you...
As grandes questões com que me debato...
Acho que vai chover.
E parece-me que, para além do telefonema de há pouco, vai ser uma grande ajuda para me passar a neura.
Pode parecer estranho às gentes lá do norte, mas tenho saudades de chuva.
Hoje vai ser noite para dormir de janela aberta, com a Feist a cantar baixinho. Fica ainda a faltar qualquer coisa, mas também já não falta tudo e pode ser que daqui a uns dias chova outra vez, que a Feist de certeza que não se importa de voltar a cantar tout doucement...
E por falar em bikinis vermelhos...
Se eu pudesse escolher um dos poderes do super-homem queria a sua visão de raio-x.
E em troca nem me importava de ser um nadinha daltónico...
Deixei de jogar xadrez...
...Depois de me aperceber que só gostava dos jogos quando conseguia comer a rainha adversária.
Transparental?
A batalha
Limpezas de Verão
Quando fui de férias deixei o meu cão a cargo da Porteira.
O ano passado ficou numa quinta na Aroeira, que pertence ao Vet dele, com cavalos, piscina, etc, e muitos amigos para brincar, mas pagava 12 euros por dia e não ando aqui a sustentar calões...
Quando voltámos, estava tudo muito silencioso, a casa escura e um forte cheiro a detergente floral. Na cozinha o meu cão, com metade do tamanho, não por fome e sede, mas porque tinha sido tosquiado. A cozinha também cheirava fortemente a amoníaco, e fora bem esfregada. Uma cortina de casa de banho tapava a janela da marquise, pois sempre lhe fizera espécie os vizinhos verem-me na cozinha.
Bem, o cão estava satisfeito, a casa limpa, e o frigorífico cheio de fruta, legumes e carne, leite...
E eu só com uma Recordação de Albufeira em louça, para lhe dar... na verdade não lhe encomendei nada daquilo, o pó atrás dos móveis nunca me incomodou, nem em cima dos armários, só o que vejo à minha frente... Lá vou ter que lhe pagar, nem sei quanto, só a comida, e ainda trouxe aquela placa de madeira para pendurar na cozinha " I Only Cook Three Things:
Frozen. Microwave , Take Out." Mas ela também não sabe inglês.
Cancioneiro popular ou "vamos mostrar aos putos que isto agora é uma chatice!"
Sodomy - Hair
Lembram-se das frases dos anarcas, que cobriram paredes e paredes deste país? Lembro-me de poucas, mas há uma caixa de comentários inteira para as deixarem. Ponham a vossa memória a funcionar, que os miúdos de hoje andam esquecidos e precisamos de lhes lembrar duas ou três coisas. Fica a banda sonora adequada.
A culpa só pode ser do Cavaco.
- Mamã, estamos a chegar à praia e já vi cinco Ca Noijos.
- Han?
- Sim, cinco mulheres com mamas de fora.
(Cinco? Só cinco? Que é feito desta praia onde toda a gente, mas mesmo toda, só usava calção?)
- Olha, estás a ver seis! E tiro a camisola numa fúria. Sete! E lá salta a camisola da Clara também.
Que aconteceu? Ficámos todas velhas ou os anos oitenta fizeram-nos assim tanto mal? Ca Noijo? O raio da miúda, minha filha!, em pleno século qualquer coisa, anda a contar os pares de mamas ao léu que vê na Praia da Oura?
De repente fiquei à espera de ver os bois a puxarem as redes e achei que devia estar na Praia de Mira em 1973. Não fosse o sol, que lá pode ser praia mas sol não tem, e juraria que era verdade. Ainda nem tinha reparado bem, mas realmente ela tem razão - cinco pares de mamas! Na Oura! Em 2008!
Houve por aqui um zag qualquer que não percebi.
As coisas que me irritam...
As coisas que me impressionam.
Os (novos) amigos de Alex.
Pediram desculpa e estão desculpados e não se fala mais nisso...
De acordo com Uribe, por um "erro" e por "nervosismo", um membro da equipe militar utilizou sobre sua roupa o símbolo do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) durante o resgate dos reféns que estavam em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
A utilização indevida do emblema da Cruz Vermelha pode ser considerada como um "crime de guerra", de acordo com analistas de direito internacional, por contrariar a Convenção de Genebra e a legislação internacional humanitária.
De Volta
Uns vão-se, outros vêm... Sim, não é malandrice, voltei de férias, preparada para carregar a tocha, não por muito tempo, que Eles Andem Por Aí...
Voltei mesmo a tempo, que depois da invasão dos de Manster (Manchester, Liverpool, etc) começam a chegar os perigosos nortenhos, decididos a não serem levados à certa pelos mouros...
Mesmo a tempo, porque ontem consegui nas águas turbulentas algarvias, nadar sobre uma rocha, tendo saído a sangrar do joelho ao pé, direito. Como detesto ver sangue, sobretudo o meu, fui direta ao nadador salvador, que me leva para a sua cabana e me informa que as rochas são muito infecciosas, ele próprio deu uma topada numa e perdeu a unha do dedo grande do pé, como me mostrou. Cada vez mais agoniada, declinei o alcoól (nas feridas...) e preferi o Bétadine.
E lá se foi mais um mito , o dos banheiros giros...
Hoje o pé já desinchara e vim sem percalços do ameno sul (29 graus) , para a tórrida Lisboa (35).
Sem percalços excepto no final, ao sair da ponte Vasco da Gama graças ao braço da minha mãe firmemente pendurado na alça do carro, falhei a saída para, Expo, 2ª circular, Sacavém , sei lá, e fui parar nem sei onde, com coloridos impropérios pouco dignos de uma mãe com dois infantes no banco traseiro...
Está bem, digam-me lá porque é que os homens não falam e as mulheres não lêem mapas de estradas... Gostava de saber...