Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar para além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa, Mensagem
6 comentários:
Marginal da Figueira... este poema está lá e sempre que o leio é para a Figueira que vou... sempre por muitas e boas razões, mas agora por mais ainda... parte de mim está lá neste momento...
Obrigada!
muitas vezes, quando tenho daquelas que tomar decisões mais arriscadas, lembro-me...
"Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu."
e arrisco :)
eu conheço uma versão do "tudo vale a pena..." mais adequada à silly season e à difusão da lingua portuguesa pelo mundo, mas como pode haver menores a ler os comentários só revelo depois do último jornal.
Revela...!
Era cultura, meus. Claro que ninguém conhecia. Um escritor obscuro, que fui buscar nem sei onde....
Brinca brinca... Há dois anos li o poema "liberdade" deste mesmo escritor obscuro à minha filha mais nova e disse para levar para a escola. Achei que os miudos iriam gostar de saber que alguém dizia que prazer não cumprir um dever, ter um livro para ler e não o fazer... A professora pegou no poema perguntou à minha filha o que queria a mãe com aquilo e explicou à turma que o FP era um pateta que nunca fez nada na vida excepto beber absinto.... Pobres crianças entregues a idiotas destas...
e depois queixam-se que as notas a portugu~es baixam
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