vegetativo
adj., que faz vegetar;
que está no estado de vegetação;
diz-se da vida sem actividade, que se processa sem interferência da vontade do indivíduo;
relativo ou comum aos vegetais e aos animais;
fig., que lembra a vida das plantas.
Justiça italiana autoriza morte de mulher em estado vegetativo.
Um tribunal italiano autorizou nesta quarta-feira, 9, que se deixe de alimentar e hidratar uma mulher que está há 16 anos em estado vegetativo, o que reabriu um debate sobre a eutanásia e sobre o testamento biológico.
A mulher é Eulana Englaro, que hoje tem 33 anos e que em 1992 sofreu um acidente de trânsito que a deixou em um coma irreversível. Seu pai e tutor travou uma longa batalha legal para conseguir a interrupção da alimentação.
A Audiência Provincial de Milão autorizou a interrupção da alimentação e hidratação tendo em vista "a extraordinária duração de seu estado vegetativo."
O tribunal levou em conta também a "extraordinária tensão de sua personagem para a liberdade" e a "visão de vida" de Eulana, "irreconciliável", disse, com a perda total e irreversível das faculdades mentais e com a sobrevivência "somente biológica de seu corpo."
O pai de Eulana, Beppino Englaro, disse que sua filha será "finalmente libertada dos mecanismos médicos aos quais esteve presa por 6.019 dias."
Vegetais. Tribunais. 6.019 dias. Eutanásia. Morte. Vida.
O "levanta-te e anda" é uma história bonita, mas tem dois mil anos.
Somos aprendizes de feiticeiro, mais nada.adj., que faz vegetar;
que está no estado de vegetação;
diz-se da vida sem actividade, que se processa sem interferência da vontade do indivíduo;
relativo ou comum aos vegetais e aos animais;
fig., que lembra a vida das plantas.
Justiça italiana autoriza morte de mulher em estado vegetativo.
Um tribunal italiano autorizou nesta quarta-feira, 9, que se deixe de alimentar e hidratar uma mulher que está há 16 anos em estado vegetativo, o que reabriu um debate sobre a eutanásia e sobre o testamento biológico.
A mulher é Eulana Englaro, que hoje tem 33 anos e que em 1992 sofreu um acidente de trânsito que a deixou em um coma irreversível. Seu pai e tutor travou uma longa batalha legal para conseguir a interrupção da alimentação.
A Audiência Provincial de Milão autorizou a interrupção da alimentação e hidratação tendo em vista "a extraordinária duração de seu estado vegetativo."
O tribunal levou em conta também a "extraordinária tensão de sua personagem para a liberdade" e a "visão de vida" de Eulana, "irreconciliável", disse, com a perda total e irreversível das faculdades mentais e com a sobrevivência "somente biológica de seu corpo."
O pai de Eulana, Beppino Englaro, disse que sua filha será "finalmente libertada dos mecanismos médicos aos quais esteve presa por 6.019 dias."
Vegetais. Tribunais. 6.019 dias. Eutanásia. Morte. Vida.
O "levanta-te e anda" é uma história bonita, mas tem dois mil anos.
Justiça? Autorizar a morte?
Qual morte? A que foi dada em vida e sem tantas perguntas?
Vegetal!
Temos tanto medo das palavras. Morremos de medo, vegetamos por aí, só para não olharmos de frente o que não queremos ver - que fazemos batota quando queremos passar por deuses.
E desligar a máquina é só voltarmos à nossa condição de homens.
O resto, tudo o resto, são palavras que inventámos.
8 comentários:
e eu, minha cara, estou sem palavras. Mas ainda consigo dizer que o que há mais é tubérculos.
Chamar «autorizar a morte» e então num caso destes, é um jogo de palavras! Morta estava ela. E há anos.
Ora aqui esta um tema dificil. Qual a diferença entre usar uma máquina e levar a vacina para não morrer de malária?
Ah, na vacina somos espertos, mas a máquina é demais.
Ok, onde está a linha?
Não há linha nenhuma, santo. Há bom senso, ou devia haver.
A sensação é que damos passos maiores que as pernas, aprendizes de feiticeiro, como disse. Parecemos uns miúdos a brincar com fósforos - quando a casa começa a arder desatamos a fugir.
Não entendo como nos arrogamos o poder de decidir da vida e depois achamos que não nos compete decidir da morte.
E nos casos como o descrito nem de morte se trata, que morta está a infeliz há muitos anos. Explica-me uma coisa, que tu acreditas. Que é feito da alma dela? Ficou aprisionada ao corpo? Teremos o direito de lhe roubar 16 anos de eternidade, transformando-a num vegetal? Ou será isto o limbo?
Já agora, e para não brincarmos com palavras, não se acene com o papão da eutanásia. Essa é mais uma das que inventámos e que serve para assustar meninos à noite e beatas de dia. É que, mesmo que se queira falar de eutanásia, convém saber do que se fala, e distinguir, porque tem de ser distinguido, a eutanásia passiva da activa. Uma coisa é tirar a vida, outra deixar vir a morte.
Mas esta é, sem dúvida, uma boa discussão.
e se por um acaso do destino ela consegue uma tenue recuperacao ao 10000 dia?? ou se por um maior acaso do destino descobrem algo que a melhore ao 20000?? é bom senso ter deixado morrer??
sobre a alma, acho que esta para la do corpo vivo, morto ou inanimado e por isso não é factor relevante no caso.
nao estou a defender esta situação em particular, mas insisto em chamar a atenção para o risco da decisão. quer forçar a vida quer permitir a morte
Teresa obrigada pelo seu post.Não quero acrescentar nada ao que,a meu ver,tão bem descreveu.
Aplaudo enquanto sorrio à mulher que é.
Teresa: Clap, clap, clap, clap!!!
esqueci de referir que concordo 100% com a tua primeira frase teresa. Bom senso (o tal que deveria haver...)
Postar um comentário