As respostas que não tenho para te dar...

Pergunto ou não eis a grande questão! A dúvida está no quanto queremos investir. Se investimos muito, todas as perguntas se impõem e são legítimas. Aliás, saem de um e de outro com tremenda naturalidade. Se não vale a pena investir, ou se pelo menos é isso que pensamos no início, as perguntas são desnecessárias e até evitáveis, não vamos ouvir a resposta que não queremos... O pior é se, às tantas, até nos apercebemos que aquilo que começou por ser uma eventualidade, se transforma em qualquer coisa mais e não existe o hábito de perguntar! E agora, como vamos dar início ao questionário? E se do outro lado não existe o mesmo interesse? Será que nos vai perguntar se entramos para a judiciária, ou pior, se reabrimos a inquisição? Se assim for, vamos abrir outro capítulo da dúvida: porque não responde? Será que tem alguma coisa a esconder? Ou sou eu que estou a ser inconveniente? Todas estas perguntas se podem enrolar e formar um novo novelo, ou pior, numa renda com segredo, e nunca, nunca mais lá chegamos… Questiono-me se tudo isto tem razão de ser, se não complicamos as coisas, se todas estas dúvidas e perguntas por fazer não são mais uma deliciosa faceta feminina. É que eles fazem perguntas! Sempre que estamos com eles, levam mais qualquer coisa nossa e devagar, devagarinho, se não têm o álbum todo é porque todo, todo, ninguém quer… Há, no entanto, um sentido que não é de menosprezar. Chamem-lhe o sexto, o vigésimo, ou o centésimo quinto, mas raramente, muito raramente falha: o feeling! Até nos abstemos de fazer perguntas, mas normalmente sabemos quando é chegado o momento de fazer alguma. E quando esse momento chega, ou estamos em ponto de rebuçado, ou queimamos o açúcar, e já não há volta a dar…

A tua amiga Isabel tem razão. Dantes fazíamos as perguntas todas. Se ouvíamos as verdades todas, essa é a dúvida que se mantém. Se calhar, cansamo-nos de ouvir mentiras, e por isso deixamos de perguntar! Ora vá quem está lá em cima entender-nos (que não entende, eu sei porque, pelo que se diz, é masculino…)

24 comentários:

Teresa disse...

Ó gaija é isso mesmo - feeling... mesmo que dois e dois sejam cinco não podemos contar com mais nada...

gaija do norte disse...

podemos sim, podemos sempre fazer perguntas e contar com o feeling para perceber se as respostas são verdadeiras ou não hihihi. mas vale realmente a pena ter estas dúvidas todas? não vale. deixa andar, deixa "rolar". quando a coisa é merecedora, as dúvidas não existem!

Teresa disse...

ai não estamos de acordo...só há dúvidas se questionas e só questionas se valer a pena...

gaija do norte disse...

mas as perguntas começas quando tens dúvidas...

gaija do norte disse...

errata: começam e não começas

Teresa disse...

Mas a minha pergunta (elá, estou muito desbocada...) é só uma - será que se não tens dúvidas é porque acreditas ou porque não perdes tempo a questionar?

gaija do norte disse...

se acredito, acredito mesmo. não tenho duvidas nenhumas. é como tomar um paracetamol porque acredito piamente que me vai tirar a dor de cabeça.
quando não acredito, ou deixo de acreditar é que surgem as duvidas e consequentemente as perguntas, mas só as faço se valer a pena

Teresa disse...

De placebos percebo bem, que a maior parte das dores das miúdas passam com um copo de água e farinha, mas o resto é a resposta que quero ter - deixas de acreditar porque começas a ter dúvidas ou começas a fazer perguntas e depois deixas de acreditar? E porque começas a fazer perguntas, se acreditas? O que faz mudar o sentido da coisa?

gaija do norte disse...

ó teresa, as respostas que NÃO TENHO para te dar...

deixo de acreditar porque se dá um click, de repente alguma coisa não joga bem. aí, quando vale a pena, começo a fazer perguntas para tirar as dúvidas.

Marias disse...

Não podia concordar mais. Eu logo da primeira vez que dei uns beijos a um numa festa perguntei logo "e isto é só para curtir ou quê?" e deixei-o todo envergonhado, mas ainda balbuciou que era para continuar. Com o tempo deixei de ser tão espontânea e pragmática, mas devo ter perdido com isso...

Teresa disse...

Estou a (re)ler um livro muito interessante chamado "Blink". O autor diz que antes de conseguirmos racionalizar um pensamento o nosso cerebro toma decisões instantaneas, o "instinto", e a maior parte das vezes essas decisões são tão válidas como as maduramente pensadas. Dá um exemplo bem ilustrativo - foi feito um video de 3 professores a darem aulas. O video tinha 10 segundos e não tinha som. Foi mostrado a varios alunos e foi-lhes pedido para avaliarem a eficacia dos professores. O mesmo video foi reduzido a 5 segundos e depois a 2 e mostrado a grupos diferentes. As avaliações, mesmo nos 2 segundos, correspondiam às feitas pelos alunos desses professores durante um semestre de aulas...
Blink! Feeling... O que seja..

Anônimo disse...

O meu cérebro toma algumas decisões instantâneas que o meu corpo acata de imediato.

gaija do norte disse...

... isso tem o de todos nós!

@na disse...

pois mau, mau é quendo se passa o inverso...

Teresa disse...

e duram dois segundos, essas decisões, ó transe?

gaija do norte disse...

(até estou com medo da resposta...)

@na disse...

acho que o cérebro decidiu instantaneamente sair de cena e de imediato e elo desligou-se

gaija do norte disse...

espera.
pode estar em transe...

@na disse...

quem é que o terá posto de cabeça para baixo?

Marias disse...

Mas ninguém comenta o post?

Teresa disse...

vocês vão ver o elo a entrar aqui de cabeça bem levantada a dar uma explicação maduramente pensada... (esta do madura parece um pouco provocatória, mas só parece...)

@na disse...

ainda não entrou, terá caído... de maduro?

Teresa disse...

e lá deve pensar como o outro (que era um raposo, claro...) - elas estão verdes, não prestam...

@na disse...

é... "as iludências aparudem"