A Amor é Aquela Coisa Sem Penas



Sem Penas - Woody Allen, 1972, Bertrand

SOBRE O AMOR

É melhor ser o amante ou o amado? Nenhuma das coisas, se o colesterol passar dos seicentos. Quando me refiro ao amor, refiro-me evidentemente, ao amor romântico - ao amor entre homem e mulher, e não entre mãe e filho, ou entre um rapazinho e o seu cão, ou entre dois criados de mesa.

O que é maravilhoso é que quando se está apaixonado se sente um impulso para cantar. Deve-se resistir a isso com todas as forças, e deve-se também ter o cuidado de evitar que o macho ardente "recite" as letras das canções. Ser-se amado é, evidentemente, diferente de ser admirado, pois pode ser-se admirado à distancia, mas para amar alguém verdadeiramente é preciso estar no mesmo quarto que a outra pessoa, agachado atrás dos cortinas.

Para se ser um amante verdadeiramente bom tem de se ser simultaneamente terno e forte. Forte até que ponto? Suponho que chega a ser capaz de levantar cerca de vinte quilos. É preciso não esquecer também que para o amante a amada é sempre a coisa mais bela que se pode imaginar, mesmo que um estranho a não possa distinguir de uma qualquer variedade de salmonídeos. A beleza está nos olhos do espectador. Se o espectador tiver falta de vista, pode perguntar à pessoa que estiver mais perto quais as raparigas mais giras. (Na verdade as mais giras são a maior parte das vezes as mais chatas, e é por isso que as pessoas acham que Deus não existe.)

"As alegrias do amor são breves" cantou o trovador, "mas as penas do amor são eternas". Isto quase chegou a ser uma canção de exito popular, mas a melodia era demasiado parecida com I´m a Yankee Doodle Dandy.

10 comentários:

Teresa disse...

Se o amor não tem penas porque é que às vezes parecemos uns patos?

Anônimo disse...

E se o amor não tem penas, isso quer dizer que uma passarinha só pode amar depois de devidamente depenada?
(Tou a comentar o post.)

Teresa disse...

olha que já vi cada passarinha mais depenada por amor...

@na disse...

nem só passarinhas ò passarão:
"Cientistas criam frangos sem penas.

Os frangos geneticamente modificados foram criados por cientistas israelitas.

Cientistas da Universidade Hebraica de Israel criaram esta ave cruzando um pequeno pássaro sem penas com um frango.

A ave tem a vantagem de poupar tempo e dinheiro no matadouro uma vez que não necessita de ser depenada. Além disso cresce mais rapidamente que as espécies vulgares e os seus criadores afirmam que a sua carne é baixa em calorias.

Não ter penas significa também uma poupança considerável em sistemas de refrigeração de aviários. Outras vantagens ambientais incluem a poupança de água no sistema de depenar as aves e diminuição de desperdícios.

Os seus criadores advertem porém que este frango não é indicado para todos os países uma vez que poderá constipar-se nos climas mais frios."

Teresa disse...

Bem me parecia que se as penas estavam lá por alguma razão era. Vocês já imaginaram uma franga constipada? (será que podia ter dito pito sem correr o risco dos senhores amigos ali da Ana fecharem o tasco?)

@na disse...

Amigos??? lá por os srs saberem mais da minha vida que eu própria, não quer dizer que sejam meus amigos... calma lá com a rebaldaria

Anônimo disse...

Rebaldaria? Onde? Onde?

@na disse...

no telemóvel, claro... a não ser que as conversas que têm ouvido lhes aguce certos apetites, nesse caso a rebaldaria deve ser alí 'prós lados da Gomes Freire, digo eu, não faço a mínima ideia onde é que eles encostam o ouvido

Anônimo disse...

Quase parece o post que coloquei hoje no meu blog... ta mt fixe!!

Marias disse...

Até que enfim, obrigada Kitty, vou já ler o teu post, onde? Mas eu copiei do Woody Aleen, acho-o o maior (com pronúncia do Porto).