Santo António, Feriado em Lisboa

Isto das sardinhas, manjericos, empurrões nas ruas de Alfama, foi chão que já deu uvas.

Ainda me lembro de dar aulas à noite em Cascais (lá não era feriado) e vir à meia noite, estacionar e ir ter com um grupo de amigos e o Pedro (ih ih, namorado). E andar por lá cheia de energia, a comer uma sardinha no pão, a baber vinho nas tascas, a ter de acartar com o vaso com o manjerico que o namorado dera. Depois de repente era tudo a empurrar para um lado, e a rua a descer, e os fogareiros acesos, e ai que eu caio! mesmo divertido....

Antes disso houve uma ano em que perdi o grupo em que ía. Ía na cauda da fila e aí estou eu sozinha, na multidão... Mas perderam-se todos, foi? Ainda andei por lá um bocado à procura deles, sozinhos, tadinhos... Depois desisti e fui a pé até ao Rossio apanhar o metro, depois um táxi mais perto de casa, tinha de poupar.... E deles tanto quanto sei, ainda lá andam às voltas, com longas barbas... Mentira. Eles foram para a Tasca onde tinhamos estado pensando que eu teria o discernimento de voltar lá. Eu? Tasca? Onde? Sair de Alfama já não foi fácil...

Este ano também podia ter ido, convidaram-me e tudo. Mas já não gosto de sardinhas, só febras.
E tinha os miudos, podiam amassá-los.... mas perder não se perdiam. Sacavam dos telemóveis e telefonavam-me. Ou ao pai. O que era bem pior....

10 comentários:

Teresa disse...

Bem te disse para dares umas caipirinhas às crianças...é doce, eles gostam e dormem que nem o santo...desculpa, que nem uns santos...
Mas podias ter levado e perdido... tinhas era de revistar antes os bolsos para sacar as pedrinhas ou as migalhas de pão, que nunca se sabe o que estes miúdos andam a ler...

gaija do norte disse...

Estava eu a pensar que hoje só eu trabalhava, mas esqueci-me das mães... A solução das caipirinhas é boa, mas podes sempre experimentar uns licores (também são doces e dão menos trabalho...). Vão testando e depois digam-me alguma coisa. É que o S João está à porta...

Teresa disse...

Esta do alcool às crianças lembra-me um amigo meu, completamente louco, que quando ia jantar fora com os miúdos e bebia um bocadinho mais dava sempre uns goles às crianças. Segundo ele era o mais certo. Se fosse parado , lhe fizessem o teste do balão e acusasse alguma coisa reclamava logo - acusa, acusa o quê? Só bebi água... Façam lá o teste aos miúdos que percebem logo que isso está estragado...

Anônimo disse...

Se vamos no alcool,que tal um belissimo tintinho que dá cor às faces,brilho aos olhos e colorido aos dias?
E,Teresa,"acarretar".Sem ofensa,sim?Que eu aprecio-a muuuuuuuuito.

Teresa disse...

Dri

Obrigadíssima e fica registado, mas o "acartar" não é meu...

Teresa disse...

Dri,
Já agora, 100% pelo tal tintinho.

O Santo disse...

A do tintinho até é mais temática do post, visto ter sido chao que deu uvas.
Mas estão realmente diferentes os Santos em Lisboa, do que sei no resto do país tambem.
A sardinhada que a Ti Lurdes fazia para quem estivesse ali por perto... era so levar uma codea de pao, do pexe (sim, nao tinha la i nenhum que eu bem ouvia) ela tratava e tratava de o dar aos outros, nós todos que por lá andámos. E o Ti Joao, ainda a sardinha não estava bem passadinha, ja distribuia uma pinga pa saber melohr... Aahh. Outro? Dps da sardinha Ti Joao, obrigado.
Sim está diferente.

Anônimo disse...

Teresa peço desculpa pela troca de identidade.Os meus neuronios deveriam ter-se sobressaltado,parado,investigado e concluido:este erro NÃO pode ser dela.
Ergo o copo ao seu jeito desempoeirado,lingua solta e queixo erguido.De uma mulher para outra.

Teresa disse...

Dri,
Os copos já fizeram tchim tchim...
Parece-me é que está tudo bem com este acartar... O post é sobre festas de rua e sardinhas assadas, mas parece-me que isso não obriga ao uso do termo "acarretar", popular como o santo.

Marias disse...

Dri, era mesmo acartar que eu queria usar, não é culpa da revisora, a chefe. E sim , existe e está bem utilizado. Acarretar, francamente. O tico e teco funcionam como deve ser ( os meus neurónios também se chamam assim, como toda a gente que só tem dois).