Depilações a laser sem regulamentação e controlo.
Ao ler esta notícia pensei logo que razão tem quem diz que a imprensa está a ser ultrapassada pela blogosfera. Depilações? Agora é que se lembram disso? Isso já nós sabiamos por cá, não era Shark? E hoje ando mesmo a atirar para o Charquinho. Fica mais um post do Shark. Mas desta com o meu comentário. Revisto, claro, que escrever com erros só nos blogs dos outros...
AGORA É MUITO MAIS BARATO...Ao ler esta notícia pensei logo que razão tem quem diz que a imprensa está a ser ultrapassada pela blogosfera. Depilações? Agora é que se lembram disso? Isso já nós sabiamos por cá, não era Shark? E hoje ando mesmo a atirar para o Charquinho. Fica mais um post do Shark. Mas desta com o meu comentário. Revisto, claro, que escrever com erros só nos blogs dos outros...
...Fazer depilação definitiva.
Fiquei a sabê-lo a partir de um folheto que encontrei na minha caixa de correio (não são só os meus grandes amigos dos hipermercados e das caixilharias de alumínio que me escrevem, julgam o quê?).
Mas a cena posta assim nem teria chamado a minha atenção, cada um depila onde gosta. O busilis está no facto de o folheto ser concebido para as meninas e para os meninos também. Com tabela de preços e tudo.
E na tabela de preços fico a saber quanto custa ser metrossexual. Por exemplo, depilar meio tórax custa 140 e por isso mais vale fazer uma carecada completa que fica por 230. O mesmo não acontece com os glúteos. Meios glúteos custa precisamente metade da geraldina na região.
Virilhas totais, e eu não sei se quero saber exactamente o que se entende por "totais", custa apenas 180 e não percebo como é que ainda há neandertais como eu, cheios de pelos numa zona que se quer lisa e pueril nos dias que correm.
Mas aquilo que mais me desanimou e inibiu de enveredar algum dia na onda depila foi o preço das pernas completas: 600!
Cento e vinte contos??? Só se for para um gajo poder participar num bacanal (toda a gente usa orgia e eu gosto de variar) onde nunca se distinga quem é quem (ou o quê) no meio da salganhada e sermos todos/as como irmões com as peles de bebé que a alguém devem interessar ou a malta não se vinculava a uma dose mensal de tosquia recomendada (rosto) ou bimensal (corpo) que feitas as contas custam os olhos (e não apenas os pelos) da cara.
Agora é muito mais barato e definitivo (para quê então as "sessões" posteriores?), diz o folheto.
Mas na penugem deste tubarão conservador não tocavam nem que fosse de borla...
E comentei, claro que comentei. E lá ficámos, eu e o Shark, unidos para a vida por um punhado de pêlos, que a nossa história de amor quase que começou aqui, que a seguir deu-me um chuto da caixa de comentários lá do Charco, que se quisesse escrever tanto que fizesse um blog só pra mim, ora pois... E eu fiz!
Fiquei a sabê-lo a partir de um folheto que encontrei na minha caixa de correio (não são só os meus grandes amigos dos hipermercados e das caixilharias de alumínio que me escrevem, julgam o quê?).
Mas a cena posta assim nem teria chamado a minha atenção, cada um depila onde gosta. O busilis está no facto de o folheto ser concebido para as meninas e para os meninos também. Com tabela de preços e tudo.
E na tabela de preços fico a saber quanto custa ser metrossexual. Por exemplo, depilar meio tórax custa 140 e por isso mais vale fazer uma carecada completa que fica por 230. O mesmo não acontece com os glúteos. Meios glúteos custa precisamente metade da geraldina na região.
Virilhas totais, e eu não sei se quero saber exactamente o que se entende por "totais", custa apenas 180 e não percebo como é que ainda há neandertais como eu, cheios de pelos numa zona que se quer lisa e pueril nos dias que correm.
Mas aquilo que mais me desanimou e inibiu de enveredar algum dia na onda depila foi o preço das pernas completas: 600!
Cento e vinte contos??? Só se for para um gajo poder participar num bacanal (toda a gente usa orgia e eu gosto de variar) onde nunca se distinga quem é quem (ou o quê) no meio da salganhada e sermos todos/as como irmões com as peles de bebé que a alguém devem interessar ou a malta não se vinculava a uma dose mensal de tosquia recomendada (rosto) ou bimensal (corpo) que feitas as contas custam os olhos (e não apenas os pelos) da cara.
Agora é muito mais barato e definitivo (para quê então as "sessões" posteriores?), diz o folheto.
Mas na penugem deste tubarão conservador não tocavam nem que fosse de borla...
E comentei, claro que comentei. E lá ficámos, eu e o Shark, unidos para a vida por um punhado de pêlos, que a nossa história de amor quase que começou aqui, que a seguir deu-me um chuto da caixa de comentários lá do Charco, que se quisesse escrever tanto que fizesse um blog só pra mim, ora pois... E eu fiz!
"Segura-te. Senta-te. Pôe o cinto. Estás inabalável? Então é assim. Também já fui anjinha como tu e li esses folhetos com esses preços. Até tinham uma promoção e tudo, qualquer coisa como axilas+perna=buço grátis. Ora eu, que sou gandaresa e até tinha umas moedas no mealheiro, pensei cá para os meus pelinhos que estava na hora de nos separarmos de vez e cada um seguir a sua vida.
Apresentei-me à hora certa no local combinado, munida da amiga da praxe, que mulher nenhuma vai para uma coisa destas sem levar outra pata atrás e até lhe chama amiga se preciso fõr, e preparei-me mentalmente para a vida nova sem pelos, penugens e hoje não dá que tenho um trabalho para acabar, mas estou é cheia de pelos e não posso dizer.
Tal como me tinham prometido no eloquente folheto foi rápido, muito rápido. Demorou menos do que demora a contar. Entrei e a gaja da bata branca puxa da gilete - porra, gilete? Mas, mas, mas, gilete?? Olhe lá, senhora, gilete? Sim, mas pois e o chegar à raiz e coisa e tal e rapar primeiro, e prontos, avance a gilete. Trás, estava a gilete em acção, sem ver água quanto mais aqueles cremes dos anuncios, e agora sem pêlo venha de lá a lanterninha do chinês, ponha os óculos por causa das radiações, zuca zuca, passa para cima e agora para baixo e já está pode ir embora.
Não, não podia ir embora. Faltava a tal parte que prometiam não existir - a dôr. Sim, daquelas dores lancinantes e que nos dividem em dois, que vêm do fundo das entranhas e tentam rasgar a pele sem conseguirem sair. Dores vermelhas, que dores azuis são os entalanços de dedos e caneladas nas mesas.
Ora está a ver como fica muito mais leve, diz a recepcionista vampiresca, passe lá os trezentos euritos e venha cá outra vez para mais uma sessão daqui a um mês.
COMO???? OUTRA SESSÂO???? Mas não era definitivo, de vez, vão-se e não voltam, técnica das técnicas? Aquelas moedas todas em cima do balcão não pagavam o adeus ó pelos nunca mais vos vejo façam boa viagem?? Não, minha querida - é aqui que passamos todas a queridas - é sempre preciso mais que uma sessão que batáti bátáté, mas não se preocupe, que ligamos para o telemóvel a lembrar da próxima...
Sabes aquele português vernáculo que todos sabemos mesmo quando fazemos de contas que não? Ainda hoje acho que a minha resposta foi um pouco pior... mas está tudo bem agora, já lá vão uns anos, continuo de pedra e cal com todos os meus indefectiveis pelinhos, e quando penso que paguei aquele horror de dinheiro por umas rapadelas de gilete rasca já nem tremo de dôr, que tudo isso ficou enterrado nos copos valentes que eu e a anacleta de serviço bebemos logo a seguir e nas gargalhadas que damos cada vez que nos lembramos do dia em que quisemos ser marilyns."
Apresentei-me à hora certa no local combinado, munida da amiga da praxe, que mulher nenhuma vai para uma coisa destas sem levar outra pata atrás e até lhe chama amiga se preciso fõr, e preparei-me mentalmente para a vida nova sem pelos, penugens e hoje não dá que tenho um trabalho para acabar, mas estou é cheia de pelos e não posso dizer.
Tal como me tinham prometido no eloquente folheto foi rápido, muito rápido. Demorou menos do que demora a contar. Entrei e a gaja da bata branca puxa da gilete - porra, gilete? Mas, mas, mas, gilete?? Olhe lá, senhora, gilete? Sim, mas pois e o chegar à raiz e coisa e tal e rapar primeiro, e prontos, avance a gilete. Trás, estava a gilete em acção, sem ver água quanto mais aqueles cremes dos anuncios, e agora sem pêlo venha de lá a lanterninha do chinês, ponha os óculos por causa das radiações, zuca zuca, passa para cima e agora para baixo e já está pode ir embora.
Não, não podia ir embora. Faltava a tal parte que prometiam não existir - a dôr. Sim, daquelas dores lancinantes e que nos dividem em dois, que vêm do fundo das entranhas e tentam rasgar a pele sem conseguirem sair. Dores vermelhas, que dores azuis são os entalanços de dedos e caneladas nas mesas.
Ora está a ver como fica muito mais leve, diz a recepcionista vampiresca, passe lá os trezentos euritos e venha cá outra vez para mais uma sessão daqui a um mês.
COMO???? OUTRA SESSÂO???? Mas não era definitivo, de vez, vão-se e não voltam, técnica das técnicas? Aquelas moedas todas em cima do balcão não pagavam o adeus ó pelos nunca mais vos vejo façam boa viagem?? Não, minha querida - é aqui que passamos todas a queridas - é sempre preciso mais que uma sessão que batáti bátáté, mas não se preocupe, que ligamos para o telemóvel a lembrar da próxima...
Sabes aquele português vernáculo que todos sabemos mesmo quando fazemos de contas que não? Ainda hoje acho que a minha resposta foi um pouco pior... mas está tudo bem agora, já lá vão uns anos, continuo de pedra e cal com todos os meus indefectiveis pelinhos, e quando penso que paguei aquele horror de dinheiro por umas rapadelas de gilete rasca já nem tremo de dôr, que tudo isso ficou enterrado nos copos valentes que eu e a anacleta de serviço bebemos logo a seguir e nas gargalhadas que damos cada vez que nos lembramos do dia em que quisemos ser marilyns."
3 comentários:
Mas estamos perante um copy paste do mais fino recorte, cof cof...
Mestre é mestre... e copy/paste devidamente identificado, referenciado, linkado, agradecido e merecido ó lindo mais lindo...
se precisares de mais informação LASER, posso arranjar contactos previligiados.
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