Partir à Chegada

Percorro o cais ansioso no limite da minha visão periférica, enquanto descarrego o lastro remanescente da última viagem à tua presença simbólica.
Sem pressa, constato entretanto que à falta sentida se sobrepõe uma fé esquecida nos confins de um bau.
Como um mapa carcomido pelo tempo, demasiados espaços em branco ao longo do caminho que se poderia traçar em teoria.
O tesouro que representa o renascimento de um homem saturado de monólogos medievais, de conversas desperdiçadas com os botões de camisas outrora desapertadas com enorme destreza pelas tuas mãos.
E a ansiedade desvanece na minha mente como a neblina no horizonte na agonia da madrugada à mercê do sol a nascer.

Eu fixo o olhar numa estrada, recordo a euforia passada e o meu corpo transforma-se de repente, masculino, num imparável acelerador.

31 comentários:

Teresa disse...

(com a neura com que estou era mesmo este partir à chegada que precisava de ler... )
é o que diz a gaija, depois de ler um post teu fica-se num estado de torpor em que não se diz nada porque tudo se baralha cá por dentro...

Anônimo disse...

Eu é que sei do que te faz falta.

@na disse...

(wordless)

O Santo disse...

han?

Teresa disse...

Casa Sonotone...

Anônimo disse...

(mute)

O Santo disse...

nao é o ouvir pa, é entender. deixam gajos burros vir pr'aqui... bem feita

Anônimo disse...

Atão, parceiro, apanhei-te em contrapé?
:)

shark disse...

Então experimenta ler imagens e interpretar emoções e deixa a lógica de fora.

O Santo disse...

ah... isto pode ter bonecos é? podias ter comecado logo por ai...

Teresa disse...

(de fora de quê? não o viste a escrever numa caixinha dessas que tem paixões racionais?!!...)

shark disse...

(Paixões racionais não existem.)

Desculpa, Santo, pensava que não perdias tempo a ler estas tretas, pá...

@na disse...

se é paixão, não é racional (ponto)

Teresa disse...

nem mais! e ponto outra vez.

@na disse...

e quem achar o contrário é só mesmo porque não sabe o que é estar apaixonado

Teresa disse...

hoje parecemos o Dupond e Dupont...

Anônimo disse...

E eu, fico de fora?

Teresa disse...

nops... fica por aqui que a Castafiore pode estar a chegar...

@na disse...

tás armada em apregoadora da desgraça?

Agora vão haver catastrofes em todo o lado?

Teresa disse...

Olha que a Castafiore sempre teve um fraco pelo Hadock

O Santo disse...

(e claro que não perco tempo a ler estas coisas.... por isso que dps tenho de por uns comentarios meio aparvalhados para nao se perceber isso)
mas agora por isso... o que é que não existe?? o q é q é incompativel?? ponham os pontos que quiserem, mas isso é treta.

Teresa disse...

Olha olha... sabes que pela boca morre o peixe não sabes?

Anônimo disse...

Santo: não sigas por essa estrada...

O Santo disse...

bem, alem do espirito de contradicao que se me dizem que é pa nao fazer ate da dó nao meter logo por aí, desta vez tou mm convicto que tenho razao (o que tb nao e novidade...)

Marias disse...

Quais mãos, hem????

Teresa disse...

E pronto, voltei a ficar à toa....
mâos???

Marias disse...

No post, ele fala numas mãos e não sei quê... podia frazer uma BD...

Anônimo disse...

As mãos são as de alguém com jeito para lidar com botões.
E com fechos eclair também.
:-)

Marias disse...

Ah... eu tenho. As vezes ando por ai de braguilha aberta,mas são uma porcaria de calças que tenho e até são da Massimo Dutti, mais valia ter comprado nos chineses.

shark disse...

Nos chineses? Ò please...

Marias disse...

O post... o tema da memória das paixões passadas mas não esquecidas, que deixam uma melancolia no presente solitário? A fuga carregada de simbolismo no automóvel que representa o presente em direcção ao futuro, esquecidas as ansiedades e renovada a fé?