Queria saber porquê

Se nós, gaijas, conhecemos outras mulheres com quem conversamos (falamos umas com as outras), que sabem ler nas nossas entrelinhas poupando-nos uma data de desenhos, que concordam com tanto da nossa forma de ver o mundo, que sabem o sítio de tudo na segunda vez que vêm a nossa casa, que se oferecem para ficar com os nossos filhos, as plantas e a bicharada quando vamos para fora, que deixam o quarto e a casinha arrumados quando ficam a dormir em nossa casa, que se calam mal os nossos olhos ficam mareados ou brilhantes só para nos ouvir e mimar ou sorrir, que sabem o nome de todos os nossos amigos e parentes, que vão ao fim do mundo para nos levar os cabos da bateria, que fazem perseguições inimagináveis só para nos matar a curiosidade, que desmarcam o jantar do ano porque a só a perspectiva de um jantar entre nós vale muito mais do que isso...

Se os gaijos gostam tanto de ver outros gaijos em calções e t-shirts, normalmente horrorosos, dizem os palavrões todos e arrotam, contam tudo sobre a gaija da sua vida e os problemas de trabalho aos amigalhaços (entre outras coisas, que eu não sou gaijo e não sei), se a primeira solução para a resolução de um problema passa por partir as pernas a alguém...
Porque insistimos viver uns com os outros, de géneros diferentes? Não me venham com a treta que são as diferenças que nos aproximam, ou que os opostos se atraem. Porque teimámos manter esta engrenagem se nem a desculpa da procriação o justifica? O hextril é de venda livre! Não me falem na importância (que não nego) da presença masculina na educação de uma criança. Porque é que a sociedade não ditou que o “diferente, o estranho, o esquisito” fosse o heterossexual?

O que nos move para aquilo que nos custa tanto entender e que nos dói tanto perder?

23 comentários:

Anônimo disse...

deixaste-me intrigado, nem se se eu sei que diga. Eu também é tudo ao contrário deixa lá, se as ga(i)jas me amam e eu sei que é verdade, e se também sei que só elas me deitavam a mão se eu escorregasse na beira do abismo, e se eu as amo lá no fundo porque também sei que é verdade, o que faz ser perdido por gatos e mais gatos?

nem eu sei, acho que é só a prisão da ilusão e da liberdade, e um flash de fusão aqui e ali,

(mas hoje tive uma gata a sério prenha a fazer-mos montes de turrinhas um ao outro, foi o pedaço mais bonito do dia)

Anônimo disse...

até gaguejei por escrito: não sei o que aquele 'se se' anda ali a fazer,

quanto ao resto: é sina e logo se vê, mas como os gregos é que era bom

calamity jane disse...

Não tenho palavras para exprimir a minha incondicional concordância. Com um e com o outro.

shark disse...

Ah não sabes porquê, Gaija? Que confusão vai nessa cabecita...
Fala com o tubarão que eu explico tudo. Desde as abelhinhas e das flores, tudinho.

Anônimo disse...

fica aqui uma coisa para vocês, eu próprio só passei os olhos, hoje fiquei com os neurónios fundidos entre um isomorfismo e um homeomorfismo e ainda não me safei,

boa noite

gaija do norte disse...

z, eu é mais perdida pelo gato!
:)

gaija do norte disse...

obrigadinha, cj. fiquei na mesma...
quer uma gaija contar com a lucidez de outra e dá nisto!

Anônimo disse...

(pois, eu os gatos e mais gatos é tudo por um gato que bazou, mas é mesmo assim, e é quando não está de chuva, a sina toca o sino, e eu lá vou, agora pró edredon)

gaija do norte disse...

tubarão lindo, a história das abelhas já conheço, e a das flores vem ilustrar parte do que disse: reproduzem-se sem se tocar.

gaija do norte disse...

é um gatão, z. vale por muitos!

xona bem :)

sem-se-ver disse...

como o que eu pudesse comentar ia dar um lençol do tamanho de, vá, uns dos cantos dos lusiadas, fico-me por esta declaração que nada elucida e vou refugiar-me no vale dos lençóis, que a noite está triste.

até amanhã.

bjs

Teresa disse...

bolas, o meu comentário não entrou...

Marias disse...

Hextril de novo, para que raio serve o hextril?
Não gosto de ser o 13... isto vai-me azarar o dia todo.

Jack disse...

Gaija: "Começou pela agressão verbal, passou à fase dos jogos de pressão psicológica, acabou aos murros e aos pontapés . . ." DN 6-2-09. Parece-me que afinal nem tudo é assim um mar de rosas ...

gaija do norte disse...

ssv, estás à vontade :) se um lençol não for suficiente, traz um jogo de cama!

gaija do norte disse...

não entrou, chefa? escreve outra vez.

gaija do norte disse...

penso que é um desinfectante oral, gabs.

gaija do norte disse...

eu fiz o meu mar de rosas, calatrava. às vezes murcham um bocadito, mas é a mim que compete devolver-lhes as cores.
desculpa, ainda não tive tempo de ler a notícia mas, infelizmente, não deve trazer nada de novo.

Teresa disse...

Gaija, era a dar-te razão mas sem te dar respostas, que também não as tenho.
Sei é que nessa coisa do heterossexual ser o diferente estás certíssima. As tribos que funcionam são de fêmeas e de machos, sem misturas.Cruzam-se de vez em quando (e eu até gosto) mas vidinhas separadas se faz favor.

Sabes eu acho que isto dos casalinhos macho fêmea no lar doce lar foi um truque das mulheres. Os tipos mandavam na cidade e elas ficavam a ver. Trazê-los para o covil e torná-los dependentes para o básico foi a forma encontrada para chegarem ao poder por outras vias, que se o General mandava nos soldados quem mandava no General era a mulher dele.
A chatice é que acabámos por nos lixar com isso que agora já nem neles mandamos. (a culpa terá sido das brasileiras??)

Anônimo disse...

pois é Teresa, acho que foi isso e ficámos todos entre o amuado e o baratinado,

mas portanto se voltar a salsar, pela lei da dupla salsa voltamo-nos a encontrar, :)

é a ária que temos de aprender dizia Glaucon a Socrates,

mas convém aprender a lição, todos lucramos mais se vivermos de acordo com a nossa natureza e somos todos naturalmente mais generosos imagino, porque mais felizes,

Anônimo disse...

já agora, para as gaijas que gostam tanto do i:

sendo i=raiz quadrada de -1, a unidade imaginária,

pela fórmula de Euler vem:

i^i=0.02078...

ou seja: a unidade imaginária em potência de si própria dá um número real,

haja esperança portanto :)!

(já que as gaijas são mais terra-a-terra que nós)

Anônimo disse...

música e bjo,

bazar

Anônimo disse...

experiência, não deve dar mas experimenta-se:

i{/^{i}}