Nem de propósito, que aqui no blog o debate continua.

Um relatório publicado quinta-feira pelo Centro Pew revelou que, pela primeira vez na história dos Estados Unidos, mais de um por cento da população está presa.
«Apesar de todo o dinheiro que se gasta em cárceres e prisões não houve um benefício claro e convincente para a segurança pública», afirmou Adam Gelb, director de projecto no Centro Pew para os Estados, que elaborou o estudo de 37 páginas.

Durante quase três décadas generalizou-se nos Estados Unidos uma política de «mão dura» contra o crime, tanto a nível federal como estatal, que inclusive aumentou as penas de prisão por delitos menores.

«Mais e mais Estados começam a reconsiderar a sua política de enviar para a prisão os delinquentes que cometem ofensas leves e adoptam estratégias severas com o crime e menos gravosas para os contribuintes», acrescentou.

7 comentários:

Anônimo disse...

Nã, nã, nã...
Isto é uma falácia!
Não estão em causa na "nossa" discussão as penas de prisão para os crimes menores nem o respectivo impacto no número de reclusos.
São os crimes mais graves o cerne da questão.

(Sabes muito, sabes...) :-)

Anônimo disse...

Mão pesada para os grandes criminosos e mão amiga e regeneradora para os pequenos infractores?
Bem-vindos ao clube, que isso é o que estou a tentar dizer desde o início.

Teresa disse...

E o que estou a tentar dizer desde o princípio é que antes de decidir da pena temos de decidir da culpa e que a maior segurança não tem só a ver com a maior punição.

E o que é mais perigoso, socialmente falando? Um tipo que um dia, por alguma razão estranha, mata o vizinho ou aquele que é violento por natureza, que desde a escola faz da pancada a lei e que vai roubando aqui e ali porque não consegue ter respeito nem pelos outros nem pela propriedade dos outros?

Anônimo disse...

Venha o diabo e escolha...
Mas eu, à cautela, segregava-os por igual.
Nem sou violento por natureza nem tenho ganas de mais do que umas palmadas no rabiosque do meu vizinho brutamontes que bate na respectiva.
Pronto, talvez umas moquencas bem aviadas se impusessem. Mas aí iríamos cair no agravamento da "pena" e se calhar a besta não se tornava uma pessoa melhor e coiso...

A única questão que ainda não referi e que faz parte do meu imaginário judicial são as prisões-empresa, onde cada facínora tivesse que vergar a mola para pagar os seus luxos e não custasse um tusto a quem vitimou.
Mas isto deve-se ao meu gosto pela Ficção Científica... :)

Anônimo disse...

Eu só percebi isso hoje, Mifá. Sim, no meu caso é mesmo uma questão de compreensão lenta.
:)

Teresa disse...

já respondi, no post dos animais... quanto às cadeias empresas já lá vamos.

Brisa disse...

Ora bem, uma cadeia-empresa seria muito mais eficaz! Enquanto essa maltinha, mais ou menos facínora, passar os dias a segrerar testosterona enfiada entre quatro paredes sem fazer nada, pouco mudará no seu comportamento. Aprende-se vivendo, sentindo, experienciando na pele, e atenção que isto não é estar a defender o olho por olho! Se a vida lhes custar a ganhar, pode ser que a perspectiva de lixar a dos outros mude!