SOS Cyber Experts

Alguém me sabe dizer se é possivel, no MSN, ver qual foi o último IP a fazer login?

Acabaram de apagar todos os contactos da minha filha no messenger e de lhe mudar a frase de apresentação. Foi alguém que a conhece bem e que lhe apanhou a password, presumivelmente algum coleguinha da escola, mas estou com vontade de lhe pregar um susto valente.
Detesto vê-la assim, quase quase lavada em lágrimas...

É simplex - Quem decide são eles! Parte II

E eles decidiram não fazer elevadores na escola das minhas filhas.

Ora, tendo em conta que as salas são no primeiro andar, as reuniões de final de ano são lá e eu não consigo subir dois lanços de escadas tive de fazer uma espera às professoras cá em baixo...

Ensino inclusivo, pois claro. Já nem me pergunto o que faria um aluno paraplégico pois basta uma perna partida para se deixar de ter o tal direito que a Constituição (ainda!...) diz que é para todos.

O FIEL JARDINEIRO

Óh Constant, já podemos jogar uma suecada!!!

É simplex - Quem decide são eles!

Tinha que ser o House a tirar-me o sono.

Não, não andei a sonhar com a bengala dele, que se o gajo tem uma eu tenho duas, mas ontem, já deitadinha e preparada para lavar o cérebro com uns enlatados decentes, entra-me quarto dentro o Dr. House com um sorriso maquiavélico, um parafuso na mão e a debitar a frase que me fez dar voltas na cama - O iman da ressonância magnética tinha-lhe arrancado isto do corpo através da pele.
Com caraças!, não tinha pensado nisso. Eu, se precisar, não vou poder fazer uma ressonância magnética, a não ser que antes me tirem o ferro da perna e o respectivo conjunto de parafusos. Só por curiosidade, e num just in case informativo, saltei para o site do Hospital da Universidade de Coimbra e fui ver em que casos a Ressonância Magnética é o exame mais indicado. Unhas encravadas. Acho que só mesmo o diagnóstico de unhas encravadas dispensa uma ida ao túnel, mais de resto está em todos. Ou quase todos.
Estranho... Ninguém me avisou!

Pensem comigo e digam-me se estou errada, mas não seria normal o meu médico ter-me informado das limitações que poderão implicar o tratamento escolhido? Não me deveria ter dito que para o meu tipo de fractura poderia ser mais rapido e eficaz a colocação de um implante metálico mas que havia alternativas - o velhinho gesso...- e informar-me das vantagens e desvantagens das duas opções? Este não será mesmo um dever legal do médico? Provavelmente, muito provavelmente, o resultado final seria o mesmo, mas era eu, a dona da perna e do corpo, quem o escolhia.
Não tenho nem nunca tive grandes preocupações com a minha saúde e se nem nunca fiz um exame ao colesterol não me estou a imaginar a fazer ressonâncias magnéticas por dá cá aquela palha, mas estou danada. Acho que me sonegaram informação, acho que não tive possibilidade de escolha, acho que fui tratada como se fosse uma reles mortal nas mãos de um deus superior a quem compete tomar todas as decisões sobre a minha saúde ou, no caso, a falta dela. E acho que vou fazer barulho. Não muito, que o tipo até foi simpático e também não me serve de nada, mas na próxima consulta, e depois de lhe pedir a cartinha em inglês a informar os serviços alfandegários que o detector de metais não vai nunca parar de apitar - ah pois é, a malta já se informou e se não quero correr o risco de ficar em terra preciso mesmo de levar uma declaração clínica por escrito e em inglês - mas, dizia eu, depois da cartita do lado de cá vai ouvir-me um bom bocado. É que se os senhores doutores ainda não perceberam é bom que lhes expliquemos que quem manda somos nós e que a sorte dele, e o meu azar, é não vivermos nos Estados Unidos. Garanto que tinha a vida feita!

MESSAGE IN A BOTTLE

Gostava de dizer algo elaborado à La Visconde ou de poder dizer: "Fosga-se, a Dama teve um avião para apanhar!". Mas não, estou apenas em modo de reclusão, pelo menos, até ao final da semana.

Vim só cá deixar uns avisos à navegação:

- Sim, para os que tinham dúvidas, ainda gosto de vocês.

- Não, não vou deixar o Cabra.

- Sim, continuo a ler (muito na diagonal, confesso) os comentários.

Posto isto:

Registo o vosso desgosto e/ou ódio à minha nova imagem, CJ e SSV. Mas tenham lá paciência. Preciso muito mais da Lola, neste momento, do que da Dory. Porque a Lola, sim, é a verdadeira Cabra. A Dory volta lá para o final da semana, ok?

Quem raio é o Joe Jackson é que me transcende e ainda por cima não tenho tempo para pesquisas na net...

O trabalho está praticamente finalizado e apraz-me dizer que foi tão bem, mas tão bem organizado que até vão recontratar o incompetente que tinha desorganizado esta m**** toda porque não devem gostar de ver as coisas tão organizadas e/ou agora têm a garantia de que está cá a Pamela Anderson dos processos. Gosto tanto quando a incompetência é recompensada...

O Tony Carreira faz depilação no peito. Acreditem porque, meninos(as), eu vi!

Já fiz 3 cadeiras e vou saber a 4ª nota hoje e só me apetece dizer aquilo que a Cabra Junior adora ouvir-me dizer: Eu sou tão boa, mas tãooooooooooooooo boa que até tenho medo de andar na rua com o receio de que me róbem!

Como diria o Arnaldinho, "I'll be back!"

Quem não se lembra de ter dançado isto?

Não sabes quem é a Hannah Montana, Gaija? O tubarão esclarece.

É só espreitares AQUI.

Sexo encharcado

(Porque apesar de chover como se fosse Inverno tá calor quanto baste para a malta transpirar à grande...)


Desejamo-vos uma excelente semana, mesmo que seja daquelas muito húmidas.

Os deuses devem estar loucos. Ou não.

Quando, há mais de vinte anos, o Xi levou com uma garrafa na cabeça e começou a sua longa viagem até ao fim do planeta, a tribo dos Kalahari foi, oficialmente, apresentada à Coca-Cola. Consta, ou sou eu que o digo, que estes arborígenas eram o único povo da terra que nunca tinha ouvido falar daquela bebida bizarra que primeiro se estranha e depois, consta também, se entranha.

Coca-Cola.
A única bebida no mundo que todos sabemos se gostamos ou não porque todos, um dia, a provámos. Podemos amá-la ou odiá-la, mas dificilmente poderemos dizer que não sabemos o que é.
E é isto, só isto, que lhe faz a grandeza. Esta capacidade única de ser reconhecida, agora até pelo Xi, que vivia nas profundezas da Namíbia.

Há coisas assim. Poucas. E há pessoas assim. Menos ainda. Podemos amá-las ou odiá-las, mas não podemos dizer que não as conhecemos. E, se mais não fosse, isto, só isto, far-lhes-ia a grandeza.

Em 1992 recusei-me a ir a Alvalade. Deve ter sido dos poucos concertos que falhei. Coca-Cola até bebo, mas dele não gostava. Dancei-lhe as músicas até à exaustão, tentei copiar-lhe os passos de robot, mas embirrei-lhe sempre com o branco. Primeiro o das meias, depois o da luva, a seguir o da cara e por fim o branco da honra, pago a peso de ouro.
Mas ontem, quando num zapping fui parar lá, fiquei colada ao ecran até às cinco da manhã. Vi tudo, ouvi tudo, andei pelo mundo só para saber o que já sabia - da Austrália a Tóquio, de Los Angels a Curral de Moinas não houve um único canal de televisão onde não tenha visto o Thriller. Jacko Wako estava em todo o lado e era A Notícia.
E sim, tinha de ser a notícia, porque mais nada havia, na noite de ontem, que fosse tão universal assim. E eu sabia que naquele momento, em todo o mundo, era esse o assunto que andava nas bocas das gentes. Aquele ser bizarro, mais bizarro que a tal bebida, tinha morrido e tenho a certeza que até o Xi, nas profundezas da Namíbia, deu uns estalos de língua para contar ao vizinho.

E isto, quer se goste ou não, é um fenómeno demasiado grande para ser ignorado. Génio, louco ou muito provavelmente as duas coisas, Michael Jackson tem aquela grandeza que nós, mortais incógnitos, admiramos. Mesmo que o odiemos a ele.
É que são poucos os homens, isto se os houver, que pudessem estar mais de dez anos afastados das luzes do mundo e afogados em escândalos e conseguissem parar o Google porque lhes parou o coração.
Quando foi noticiada a morte de Jackson, a afluência à Internet foi de tal forma elevada que os coordenadores da Google pensaram que estavam a ser atacados por piratas informáticos e desligaram o motor de busca durante meia-hora, para se protegerem.

Mas Michael Jackson, goste-se ou não, foi genial. E essa genialidade sobreviveu às misérias humanas que carregou e parou o mundo na hora da sua morte. E ontem, pela primeira vez, vi o Thriller de fio a pavio e esqueci todo o branco de que nunca gostei para me deliciar com este fabuloso Black or White.
Dez minutos da mais pura fantasia e genialidade. Como poucos, muito poucos, conseguiram algum dia criar. E é essa mesma genialidade, só pode ser, que segurou a minha filha de 11 anos horas seguidas na frente do computador até devorar, no You Tube, todos os vídeos daquele girino de casaco vermelho de quem ela ontem nunca tinha ouvido falar, mas de quem tem andado a tarde toda a trautear as músicas.

Primeiro estranha-se. Depois, definitivamente, entranha-se.

YOU'VE GOT MAIL

Recebi por mail e não resisti a dar a explicação à questão que durante décadas intrigou os homens...


*Por que é que as mulheres demoram tanto tempo quando vão à casa de banho?*

O grande segredo de todas as mulheres a respeito da casa de banho é que,
quando eras pequenina, a tua mamã levava-te à casa de banho, ensinava-te a
limpar o tampo da sanita com papel higiénico e depois punha tiras de papel
cuidadosamente no perímetro da sanita.

Finalmente instruía-te: "nunca, nunca te sentes numa casa de banho pública!"
E depois ensinava-te a "posição", que consiste em balançar-te sobre a sanita
numa posição de sentar-se sem que o teu corpo tenha contacto com o tampo.

"A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, importante
e necessária, que nos acompanha para o resto da vida. Mas ainda hoje, nos
nossos anos de maioridade, "a posição" é dolorosamente difícil de manter,
sobretudo quando a tua bexiga está quase a rebentar.

Quando *TENS* de ir a uma casa de banho pública, encontras uma fila enorme
de mulheres que até parece que o Brad Pitt está lá dentro. Por isso,
resignas-te a esperar, sorrindo amavelmente para as outras mulheres que
também cruzam as pernas e os braços, discretamente, na posição oficial de
“tou aqui tou-me a mijar!”.

Finalmente é a tua vez! E chega a típica "mãe com a menina que não aguenta
mais” (a minha filhota já não aguenta mais, desculpe, vou passar à frente,
que pena!). Então verificas por baixo de cada cubículo para ver se não há
pernas. Estão todos ocupados.

Finalmente, abre-se um e lanças-te lá para dentro, quase derrubando a pessoa
que ainda está a sair.

Entras e vês que a fechadura está estragada (está sempre!); não importa…
Penduras a mala no gancho que há na porta… QUAAAAAL? Nunca há gancho!!
Inspeccionas a zona, o chão está cheio de líquidos indefinidos e fétidos, e
não te atreves a pousá-la lá, por isso penduras a mala no pescoço enquanto
vês como balança debaixo de ti, sem contar que a alça te desarticula o
pescoço, porque a mala está cheia de coisinhas que foste metendo lá para
dentro, durante 5 meses seguidos, e a maioria das quais não usas, mas que
tens no caso de…

Mas, voltando à porta… como não tinha fechadura, a única opção é segurá-la
com uma mão, enquanto com a outra baixas as calças num instante e pões-te
“na posição”…

AAAAHHHHHH… finalmente, que alívio… mas é aí que as tuas coxas começam a
tremer… porque nisto tudo já estás suspensa no ar há dois minutos, com as
pernas flexionadas, as cuecas a cortarem-te a circulação das coxas, um braço
estendido a fazer força na porta e uma mala de 5 quilos a cortar-te o
pescoço!

Gostarias de te sentar, mas não tiveste tempo para limpar a sanita nem a
tapaste com papel; interiormente achas que não iria acontecer nada, mas a
voz da tua mãe faz eco na tua cabeça *“nunca te sentes numa sanita pública”*,
e então ficas na “posição de aguiazinha”, com as pernas a tremer… e por uma
falha no cálculo de distâncias, um finííííssimo fio do jacto salpica-te e
molha-te até às meias!!

Com sorte não molhas os sapatos… é que adoptar “a posição” requer uma grande
concentração e perícia.

Para distanciar a tua mente dessa desgraça, procuras o rolo de papel
higiénico, maaaaaaaaaaas não hááááá!!! O suporte está vazio!

Então rezas aos céus para que, entre os 5 quilos de bugigangas que tens na
mala, pendurada ao pescoço, haja um miserável lenço de papel… mas para
procurar na tua mala tens de soltar a porta… ???? Duvidas um momento, mas
não tens outro remédio. E quando soltas a porta, alguém a empurra, dá-te uma
trolitada na cabeça que te deixa meio desorientada mas rapidamente tens de
travá-la com um movimento rápido e brusco enquanto gritas
OCUPAAAAAADOOOOOOOOO!!

E assim toda a gente que está à espera ouve a tua mensagem e já podes soltar
a porta sem medo, ninguém vai tentar abri-la de novo (nisso as mulheres têm
muito respeito umas pelas outras).

Encontras o lenço de papel!! Está todo enrugado, tipo um rolinho, mas não
importa, fazes tudo para esticá-lo; finalmente consegues e limpas-te. Mas o
lenço está tão velho e usado que já não absorve e molhas a mão toda; ou
seja, valeu-te de muito o esforço de desenrugar o maldito lenço só com uma
mão.

Ouves algures a voz de outra velha nas mesmas circunstâncias que tu “alguém
tem um pedacinho de papel a mais?” Parva! Idiota!

Sem contar com o galo da marrada da porta, o linchamento da alça da mala, o
suor que te corre pela testa, a mão a escorrer, a lembrança da tua mãe que
estaria envergonhadíssima se te visse assim… porque ela nunca tocou numa
sanita pública, porque, francamente, tu não sabes que doenças podes apanhar
ali, que até podes ficar grávida (lembram-se??)…. Estás exausta! Quando
páras já não sentes as pernas, arranjas-te rapidíssimo e puxas o autoclismo
a fazer malabarismos com um pé, muito importante!

Depois lá vais pró lavatório. Está tudo cheio de agua (ou xixi? lembras-te
do lenço de papel…), então não podes soltar a mala nem durante um segundo,
pendura-la no teu ombro; não sabes como é que funciona a torneira com os
sensores automáticos, então tocas até te sair um jactozito de água fresca, e
consegues sabão, lavas-te numa posição do corcunda de Notre Dame para a mala
não resvalar e ficar debaixo da água.

Nem sequer usas o secador, é uma porcaria inútil, pelo que no fim secas as
mãos nas tuas calças – porque não vais gastar um lenço de papel para isso –
e sais…

Nesse momento vês o teu namorado, ou marido, que entrou e saiu da casa de
banho dos homens e ainda teve tempo para ler um livro de Jorge Luís Borges
enquanto te esperava.

“Mas por que é que demoraste tanto?” - pergunta-te o idiota.

“Havia uma fila enorme” - limitas-te a dizer.

E é esta a razão pela qual as mulheres vão em grupo à casa de banho, por
solidariedade: uma segura-te na mala e no casaco, a outra na porta e a outra
passa-te o lenço de papel debaixo da porta, e assim é muito mais fácil e
rápido, pois só tens de te concentrar em manter “a posição” e *a dignidade*.

Serviço Público

São neste momento 13h14 e tenho a TV ligada no primeiro canal da RTP. O segundo noticiário principal do canal público de televisão abriu com a morte de Michael Jackson e ainda não mudou de assunto. É de acreditar que não há notícias neste dia 26 de junho de 2009. Em nome dos meus camaradas de profissão, agradeço ao negro mais branco do mundo ter feito a gentileza de morrer em plena abertura da silly season.

(Se bem que pela dimensão da coisa a nível mundial estou desconfiada que se o tipo tivesse escolhido outra altura do ano não iria ser diferente...)

LOVE STORY

Um mundo a cores

Foto: Shark

OBSESSÃO SELVAGEM

Sobre Taras e Manias... O Post possível, de momento.


OS DIAS DA RÁDIO


Todos os dias, a caminho do trabalho, ouço rádio.

Eu gosto de rádio. Gosto de ouvir as novidades musicais, gosto de noticias resumidas e de aprender o que acontece no mundo.


E hoje soube que a Manuela Ferreira Leite não tem "nada contra o TVG".

Eu que sou mocinha opiniosa, tenho a seguinte mensagem para a Sô Dona Manela:

"Nem eu, Manela, nem eu. Já contra o TGV, se calhar, o galo canta doutra maneira, não?"

CLOSER

Eu confesso que até se me dá pena gastar o nome de um dos meus filmes favoritos neste post, mas como diria a minha avó, o que tem de ser tem muita força...
A Chefa lá em baixo, atirou-me um "Como vês Peixa, tudo pode ser virtual..." e até aí, tudo bem.
A questão que me ocorre é, no entanto, e tudo que pode ser virtual é tão bom como o real?
E sobe por mim acima, a dúvida que me assola já há uns aninhos: "O que raios é sexo virtual?"
Não é que não saiba o que é per si, eu não consigo é entender o alcance da coisa. Isto não é uma critica, atenção. Que eu partilho da opinião do meu amigo P: Cada um arrefinfa onde quer/pode! Mas o que me parece é que o efeito deve ser muito semelhante ao de ler um livro erótico. Com a vantagem de que o último é, sem grande esforço, muito melhor escrito.
É que é tudo tão previsivel... Se um gaijo pede a uma gaija que se descreva, claro que ela não vai falar das estrias na barriga, nem das mamas descaídas, nem vai confessar que há 3 meses que não vê depilação. Nem ele vai confessar que o 'grande presente' que tem para ela pode bem ser medido com uma régua de 5 cms.
Portanto, expliquem-me lá qual é o móbil? Nós sabemos que nos estão a mentir, temos que decifrar a gramática durante a coisa e continuamos a imaginar o Clive Owen (substituir a gosto). Não será melhor passarmos logo a esta última parte, seguirmos a máxima do Woody Allen e amarmo-nos a nós mesmos?
Ou será que o que move o sexo virtual é a esperança de o tornar real?
E deixo-te a pergunta, Tereza: Tudo pode ser virtual, certo. E tudo o que é virtual, pode ser real?

O vídeo é um pouco longo mas além de ser uma cena hilariante do filme, ilustra bem as minhas dúvidas...

P.S.: Deixo a pergunta à Tereza porque o 'desafio' foi dela mas conto com a resposta de todos, ok?

Não Elis, já não é “como nossos pais”

Quando me telefonaram o frango já estava cozinhado e as batatas quase prontas, mas não foi precisa grande insistência para eu desligar o fogão e sair porta fora. Peguei nas miúdas, metemos-nos no carro, passei pela tasca que ainda estava aberta, comprei duas garrafas de vinho e acabámos na churrascada que não estava prevista. Pelo caminho ia pensando cá para mim como sou tão diferente dos meus pais. Não sei como seriam os vossos mas os meus, tenho a certeza certezinha, nunca telefonariam a quem quer que fosse às nove da noite para convidar para o churrasco que já estava feito e, muito menos, sairiam porta fora de crianças atreladas deixando o jantar guardado para outras núpcias.

Se alguma coisa tenho vindo a anotar no meu diário interno é como a vida tem vindo a uniformizar-nos. No que comemos, no que vestimos, no que lemos, fazemos, ouvimos, dizemos, sabemos. E, sobretudo, na idade que temos. Digam o que disserem, os fossos geracionais já não passam de pocinhas de chuva e as diferenças entre nós e os nossos filhos são muito menores que as que tínhamos e temos com os nossos pais.

Ouvimos as mesmas músicas, vamos aos mesmos concertos, vemos os mesmos filmes, dividimos com eles o computador lá de casa e, com um bocadinho de sorte, até nos emprestam aquela t-shirt que nos fica a matar. Falamos com eles quando precisamos de uma opinião sensata e, estranho!…, ouvimos o que eles têm para nos dizer. Carregamos mais lastro e sabemos mais umas coisas mas muitas das que sabemos qualquer google lhes diz e nas outras, nas que interessam, nas que nos fazem viver melhor ou pior, eles aprendem numa hora o que nós demorámos anos a perceber e o facto de lhes comprarmos um telefone novo e eles começarem de imediato a funcionar com ele sem precisarem de ler uma única instrução nem é o mais importante. O que me deixa aqui às voltas é sentir que  acabámos por criar um mundo onde, apesar de fingirmos que não, eles se movimentam muito mais à vontade que nós e são, apesar de tudo, cidadãos mais responsáveis.

Já lá vai o tempo em que a idade adulta precisava de rituais de iniciação, em que os pais armavam os filhos cavaleiros e as mães tinham conversas com as filhas nas vésperas do casamento. Hoje vamos usando a espada a meias e são as nossas filhas que falam connosco quando o nosso namorado novo lhes entra porta adentro. Nós infantilizámos-nos e eles adultificaram. Estamos quase quase da mesma idade e por isso não me faz sentido, não me faz qualquer sentido, a discussão que para aí vai. Os pais acham que têm de dar autorização a um filho de 16 anos para ele fazer um teste de despiste de SIDA? Os juristas embrulham-se em leis sem saberem se pode ou não pode? A igreja vem dar bitaites? Os médicos dizem que sim, não talvez, nunca se sabe?

E eles? Eles dizem o quê? Eles, os grandes interessados, se lhes perguntássemos, talvez os ouvíssemos dizer o mesmo que a minha filha, com oito anos, disse quando se discutia o aborto na altura do referendo – esta lei é para mim, é o meu futuro que está a ser discutido e não é já o vosso, não percebo porque não posso votar.

Neste caso, no da SIDA, não é só o futuro deles que está a ser discutido, é o presente também. Ou será que ainda achamos que eles acreditam na história dos passarinhos e das borboletas? E se os nossos filhos, sensatamente, quiserem fazer análises antes de decidirem, juntamente com o namorado ou a namorada, ter sexo não seguro? Será justo ouvirem como resposta que precisam de pedir à mamã e ao papá o papelinho?

Tenhamos juízo. Eles, parece-me, já têm. Por nós e por eles. E é inútil tentarmos, agora, armarmos-nos em nossos pais. Não somos. E eles, melhor que nós, sabem disso.

To whom it may concern

" Tou fechada desde manhã. Tou farta de lançar o caos. Agora estão todos às turras e eu decidi mandar sms's. Novidades? "

*

"You, after all - you're going to be a merry widower."

"I won't be merry," he responds.

She replies: "Yes, you will be. I want you to be merry. You'll be merry, okay?"

E este diálogo, acreditem, rebentava com o dique já pouco firme e chorávamos, sim, no plural!, chorávamos desalmadamente enquanto a Jenny Cavalleri morria de cancro numa cama de hospital e o Oliver Barrett IV lhe fazia mais uma jura de amor eterno.

Love Story, um clássico, mesmo para quem nasceu When Harry Met Sally e no imaginário romântico não tem uma Ali MacGraw moribunda mas uma Meg Ryan a gemer orgasmicamente no meio de uma cafetaria. Mas mesmo esses, e essas, mais dados a histórias de amor felizes já, pelo menos por uma vez, trautearam a música fatal ou disseram, ainda que não soubessem de onde a frase bombástica vinha, Love means never having to say you're sorry.

Agora outro clássico.

Um dos grandes.

Mr. Oscar Wilde.

E o Oscar, que gostava de escrever coisas acertadas mesmo que ele próprio andasse, ou dissessem que andava, um pouco desacertado, escreveu, quando ainda nem cinema havia, a maldição que lixou a vida ao Oliver Barret IV, que, aqui entre nós, se chama Ryan O’Neal - "Life imitates art far more than art imitates Life."

After an on-off romance of almost 30 years, Farrah Fawcett and Ryan O’Neal are set to marry — even as, he says, she is “fighting for her life,” severely ill with cancer.

(e vão perceber depressa que ficam a assobiar isto o resto da tarde)


Theme From Love Story - James Last & R. Clayderman

(adenda a 25 Junho - Não chegaram a casar. A Farrah Fawcett morreu hoje.)

O "massajador"

Todos nós chegamos a um tempo na nossa vida em nos colocamos grandes questões. O meu tempo para esta é hoje: o que é um massajador?

A palavra nem existe, mas não me parece adequado chamar massagista aos objectos que em tempos tanto apareciam no meu e-mail (ainda estou por saber porque me riscaram da lista…). No entanto, a insistência com que o tema é abordado e o desconhecimento manifestado sempre que se debate a matéria levaram-me a esta reflexão. A discussão chega normalmente ao rubro quando se aborda a utilidade de um massajador particularmente indicado para o rosto. Quem faz massagens ás bochechas? Será que é para o sobrolho ou ainda vou ver um automobilista compenetrado de massajador em riste pesquisando as entranhas das suas narinas? Se quisermos ir mais longe, acalmará o couro cabeludo, substitui a cotonete? Terá utilidade na prevenção da cárie ou na remoção da placa bacteriana? Fará a vez de um enrolador de pestanas? Não sabemos, a verdade é essa!

Podia, podia sim, extrapolar e colocá-lo na cozinha para pendurar o pano ou a pega, colá-lo atrás da porta da despensa para suspender mais uma daquelas coisas que vão lá parar ou até fazer uma reunião com quem possuísse o mesmo objecto e fazer uma divertida gincana numa tarde de fim-de-semana. Se tivesse mais conhecimentos sobre o assunto, atrever-me-ia a dizer que o deixava no congelador com água e posteriormente serviria para refrescar um dos meus bidões de sangria…

É certo que o formato do coiso nos pode levar às mais loucas fantasias… já se estão a ver a agarrá-lo com firmeza (uma ou duas mãos tanto faz), pensar naquela melodia que vos leva ao céu e começar o melhor festival de karaoke das vossas vidas? Não estavam, pois é… por isso é essencial pensar nas coisas!

Como vês Peixa, tudo pode ser virtual...

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THE OTHER END OF THE LINE


Existe sempre um lado menos positivo nas coisas. E a desvantagem das amizades que se mantêm com a barreira invisível da virtualidade, é o facto de dificultarem os desabafos.

É difícil dizer: “Vá encosta a cabecita aqui no meu ombro virtual e desabafa. Pragueja p’raí, enquanto saboreamos trufas de chocolate imaginárias e degustamos bebidas feitas de ar para afogar as mágoas”.

Mas agora que penso nisso, até nem é nenhum bicho de 7 cabeças.

Lá está, macacos me mordam se a nossa geração não está a criar um novo conceito de sociologia…

Antes que me esqueça e isto é importante

866165Calvin_Klein_-_Euphoria

Prazeres de cabra

Primeiro vi-o. Tirei-lhe as medidas, apreciei-lhe a pinta, imaginei-lhe a textura, o perfume, o sabor.
Depois toquei-lhe. Rijo, mas macio. O cheiro: forte, acre, poderoso. É este, pensei, já antecipando o prazer que me havia de proporcionar.

Mais tarde, já em casa, provei-o, devagar, semicerrando os olhos de gozo. Com a ponta da língua, experimentei, cautelosamente. Senti um ligeiro picante, que me fez estremecer e a água cresceu-me na boca. Finalmente, não resisti e trinquei-o com alma: simplesmente delicioso. Não sei se já vos tinha dito que adoro queijo de cabra...

É que era já!

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A BARREIRA INVISIVEL

Hoje incitaram-me a falar de amizades virtuais.

Eu, qual enguia (fina ou grossa) escapuli-me à questão mas fiquei a matutar. E quando se matuta, mais vale escrever. Mas depois de puxar pela cabeça, a única coisa que me ocorreu foi:

Fosga-se, man! E agora o que é que eu digo?

E desisti. Mas como ele há gente cínica e arrogante como eu mesma por aí, decidi que tinha que arranjar uma ponta por onde começar a deslindar o novelo deste tema. Confesso que não conheci muita gente por este meio. Porque no fundo talvez seja tímida ou porque no fundo talvez todos nós usemos a net como a nossa fogueira de vaidades. Onde nos pavoneamos e alardeamos mas quando chega a hora do vamos a ver, todas as nossas inseguranças venham ao de cima.

Vamos vamos tentar sistematizar isto, senão não nos entendemos.

Quando vim viver para aqui, estive hospedada na quinta de uma velhota, inglesa, que me tratava como sua neta fosse. Um dos passatempos dela era arranjar-me blind dates. Eu ficava chocadíssima com aquilo. Ela ria do alto dos seus 80 anos e gozava-me. Dizia-me que o importante não é como se conhecem as pessoas, mas as pessoas que se conhecem, enquanto me arranjava salada de tomate com queijo cheddar que ela achava que eu adorava e eu nem por isso. Explicava-me que as pessoas são demasiado preconceituosas porque aceitam de bom grado ser apresentadas a um homicida por um amigo, mas recusam-se a falar a um Santo (sem conotações) desconhecido num bar. Hoje, quase 10 anos depois, eu entendo o que ela me tentava explicar.

Nós queremos a segurança de ter um intermediário de confiança. Nós queremos poder dizer nem que seja que “aquele é fulano, amigo que cicrano que é irmão da senhora que corta o fiambre no Continente”. E aqui não podemos. Aqui estamos por nossa conta e risco. Aqui é a verdadeira selva. Aqui todos os instintos têm que ser usados porque quem sabe não depende disso a nossa sobrevivência (ok, se calhar estou a exagerar um bocado mas já sabem como eu sou…). Aqui somos nós que fazemos as escolhas e não podemos culpar ninguém por elas. Aqui não o existe o “maldita a hora em que o Diogo me apresentou o Zé Manel”. Mas por outro o lado também não há obrigações sociais nem morais (tenho que ser simpático com ele porque é primo do gaijo que muda os pneus ao meu patrão…).

E se por um lado, eu não faço a mínima ideia do que nos leva a sentir empatia ou a gostar mais da Star que da Estrela, uma coisa eu sei e já vi: chega a um ponto em que não há nada de virtual. Existem pessoas, existem amigos e é igual à vida real; ao dia-a-dia de todos nós. E isto acontece mesmo que nós nunca vejamos essa pessoa. Mesmo que nunca a conheçamos pessoalmente. Ora digam-me lá honestamente, se muitas vezes não prestam mais atenção ao estado de espírito de alguém cujo o blog acompanham do que ao de um amigo próximo? Daí que eu defenda que há um momento em que o virtual acaba.

A minha preocupação com a Abelha, que foi operada hoje a um cancro na tiróide aos 37 anos e a quem eu só vi duas vezes na vida embora falemos todos os santos dias, não foi virtual.

Quando ela e a Bond apareceram no funeral do meu pai, ninguém disse: “Olha as amigas virtuais da Mente!”. Nem tu (sim tu, escusas de estar a pôr ar de santo), tinhas uma @ na testa quando apareceste no velório.

Acho que foi o Shark que disse que é tudo HTML (corrijam-me se estiver errada), mas eu discordo. Acho que tudo começa em HTML. O HTML tem a capacidade de nos reduzir a iguais; não há hierarquias, não há escalão social, não há nada. Senão vejamos, eu e a Tereza, por exemplo, provavelmente nunca seríamos amigas se tivéssemos sido apresentadas pelo antigo colega (patrão?) dela de escritório, pelo simples motivo que eu seria sempre a aluna dele e ela seria a Srª Drª que trabalhava com o meu professor. Não estaríamos automaticamente horas a falar e à 3ª vez que a visse não estaria a pintar-lhe a unhaca de vermelho. Porque existiria uma barreira social. Ou se tivéssemos sido apresentadas pela Fátima (da qual nenhuma de nós se lembra do último nome) porque eu seria a amiga da Srª Drª  a quem ela estará sempre grata e ainda que ficássemos amigas algum tempo depois não seria algo tão imediato porque todos nós usamos máscaras na nossa vida social.

E no HTML não?

Também. Digo eu.

Mas ao mesmo tempo que envergamos a máscara, damos mais a conhecer do que damos no nosso quotidiano. Usamos, por exemplo, o blogger como muro de lamentações, abrindo assim brechas para o nosso interior que os outros vêem, ou não. E aí entram as tais das empatias. A faculdades que temos de ‘ler’ a pessoa por trás das palavras. Se está bem, se está mal.

E depois?

Depois há aquela ténue linha, aquela barreira invisível, que nós atravessamos ou não. Aquele ponto em que o HTML se dissolve e ficam as pessoas. O momento exacto em que o virtual deixa de o ser. Nem toda a gente atravessa essa barreira porque esse é o momento em que a ilusão se perde, em que a magia se desvanece. Existem pessoas, também, com quem nós nunca sonharíamos quebrar essa barreira.

Se há más experiências?

Há, claro que há. Mas também as há com pessoas que conhecemos numa festa, num bar, no trabalho…

Se podemos ser enganados?

Claro que sim. Mas se não houvesse esse risco, não existiria também este debate, não é? Mas não podemos ser também enganados todos os dias quando saímos de casa?

O que eu estou a tentar dizer é que quando se decide atravessar a barreira, acabou. Tal como na nossa vida, há pessoas com quem é mais fácil lidar, outras que é menos. O facto de ser ‘virtual’ não significa que seja melhor ou pior que a minha amiga de há 15 anos, dos tempos da faculdade. Depois de atravessar a barreira, entramos no campo dos adjectivos “de infância”, “da faculdade”, “do trabalho”, “do ginásio”, “da net”, “virtual”.

Entramos no campo dos nomes e todos nós sabemos o que já Shakespeare dizia sobre isso…

"What's in a name? That which we call a rose
By any other name would smell as sweet."

(Julieta in “Romeu e Julieta”)

ESTRANHAS EXPERIÊNCIAS

Só por causa do cheiro da tinta...

Não quero implicar com ninguém.
Não quero ser desmancha-prazeres e muito menos causar pesadelos
a quem vai trabalhar durante cinco dias, mas...

... já vos disse que hoje é quinta-feira?

ERAM TRÊS PASTORINHOS

Lembro-me de estar a preparar-me para ir para o Brasil (Acho eu... Não tenho a certeza mas estávamos em Abril), enrolada em malas e protectores solares, e de a minha amiga F me ligar.

Ela andava já há uns tempos enrabichada por um colega de trabalho e entre copos, sessões de cinema, jantares e afins, a coisa não se dava.

Surgiram milhentas ideias possíveis (é incrível a imaginação das gaijas, nestas alturas…) para criar um ardil irresistível para o incauto moço.

Entre suspiros dela e bufares meus, acabámos por concordar que se ele era tímido, teria que ser ela a tomar uma atitude.

Plano, não traçámos mas na cabeça dela esboçou-se o objectivo e isso é que era primordial:

“Garanto-te, Mente Maria, que da Cova da Iria não passa!!!!”

E nesse ano, a Procissão das Velas foi diferente para ela…

Um toque exótico só pra variar (2)

CONACULTA

E agora, para reforçar a ideia de que este, para além de decente, é um blogue com grande atenção à cultura, promovo a divulgação desta iniciativa com chili para vossa informação acerca da cultura que verdadeiramente interessa apreender.

Passarinhas e flores

Este foi só para regressarmos aos títulos decentes que sempre pautaram esta casa.

Carry on.

Foda-se!

Acho que a primeira vez que a disse em voz alta foi quando fui mordida por um peixe aranha. A água do mar estava gelada, a tarde estava a acabar, recomendaram-me dizê-la porque era mais fácil mergulhar mas eu, moita carrasco, mantinha a boca fechada. Disse-a, gritei-a, quando senti o sacana do peixe a picar-me no pé. No mesmo pé que me levou a dizê-la agora outra vez.


Eu sei que isto agora é um blog mais solto, eu sei que me devia ficar por coisas mais leves, mas não me apetece.
Apetece-me vir aqui e gritar Foda-se! e, na minha vida, gritei assim poucas vezes, mas a alternativa seria nem vir aqui e isso também me anda a chatear. Este é o único blog que tenho e se me apetecer gritar é so aqui que o posso fazer, portanto, grito.

Estou farta. Já não consigo manter por mais tempo o ar de que está tudo bem e sou muito feliz. Não, não está. Não consigo viver comigo assim, não consigo sentir-me limitada em tudo o que faço. Não consigo perceber que, afinal, o corpo é que paga mesmo e que tenho que me habituar.

Habituar? Eu? Eu que sempre achei que bastava ter força de vontade e tudo conseguia? Eu, que sempre me desenrasquei sozinha? Eu, que só pedia ajuda se soubesse fazer sozinha e quisesse que o outro, ou os outros, se sentisssem muito mas muito mal?

Foda-se!
Não tenho mais paciência para mim. Para ir à praia sem conseguir ir ao mar, para não ser independente para nada, para tentar começar a andar só com uma muleta e torcer o pé até gritar, e elas ouvirem, Foda-se! Para ficar torcida com dores. para ver as minhas filhas a sentirem-se culpadas por culpas que não têm porque eu é que me armei em heroina, para tentar mostrar-lhes que ainda sou eu quem toma conta quando agora são elas que têm de o fazer. E elas são duas miúdas que deviam estar a ver filmes de princípes e de princesas e nunca por nunca a carregar tudo o que não posso agora levar nas mãos.

Estou farta, saturada, sem paciência para mim, já disse? E torci o pé na cozinha e doeu-me como... pois... como aquela coisa que aqui não digo. E não quero mais pensar que afinal temos limittes e se o carro tem um furo numa roda vou ter de pedir ajuda e não vou conseguir pegar no macaco e tratar do assunto.
E não. Não estou habituada a isso.
Foda-se!


Um toque exótico só pra variar

Foto: Shark

GANG DOS TUBARÕES

“Olha, no fundo, no fundo, eu sou muito superficial. E tu és giro, mas não és ninguém!”

E há dias em que a superficialidade que há em nós vem ao de cima e toma conta da Mulher que há em nós. Dias em que, depois de um banho cheiroso, cremes insinuantes, 3 gotas de perfume como nos ensinou a Marilyn, depois daquela minúscula roupa sexy-confortável, só queremos reclinar-nos displicentemente e ter alguém que nos massaje os pés enquanto bebericamos uma qualquer bebida exótica e gelada.

SUMMERTIME

Apenas uma brisa corre por aqui.

Uma daquelas brisas mornas e agradáveis que nos acaricia e arrepia a pele. Não se vêem movimentos bruscos e até os pássaros pararam de cantar, não por frio ou medo, mas sim para aproveitar a tarde para se refugiarem nos seus ninhos passarando.

O calor convida à preguiça e os ponteiros do relógio arrastam-se vagarosamente. O mundo parece estático. Parado sob o sol quente.

Quando a brisa passa, também ela muito lentamente, respira-se um pouco mais fundo e aproveitamos para nos espreguiçar.

À medida que a tarde avança, começa-se a adivinhar a agitação da noite. Porque será que tardes quentes geram sempre noites inquietas?

Ao fim da tarde, ao passar-se pelas ruas, sente-se o cheiro, primeiro ténue depois mais intenso, da comida. O cheiro característico dos grelhados. Quando atravessamos os becos, o calor da atmosfera misturado com o calor das brasas dos grelhadores cola-se à nossa pele.

Quando a noite cai, acobertando, com o seu manto, segredos e amantes, as pessoas saem à rua em busca de ar fresco ou de aquecimento para a alma.

Ouvem-se risos nas ruas e crianças a jogar à bola, aproveitando as férias e o calor para se divertirem e terem a liberdade que não têm no resto do ano.

Vêem-se mulheres bonitas e de tez bronzeada em busca de divertimento. Vêem-se casais de namorados a passear junto à praia. Vêem-se amantes na praia.

Os bares e esplanadas estão cheios. Novos, velhos, ricos, pobres… No Verão toda a gente sai à rua. Nas noites quentes de Verão toda a gente quer viver. Toda a gente quer amar e ser amado, nem que depois se enterre o amor na areia.

Terminada a noite, aos primeiros raios da aurora, as pessoas desaparecem das ruas e refugiam-se nos braços de Morfeu, ou noutros quaisquer, e esquecem o mundo. O ciclo recomeçará dentro de algumas horas…

Quando passar uma brisa por aqui.

Que maçada, que enorme maçada...

Estou em estado de choque. Então o piquenique com o Tony Carreira foi ontem e ninguém me avisou?...

(diz que também tiveram o record de maior caixote de lixo do mundo, e tudo...)

Dez semanas, só para arredondar a coisa

Todos nós queremos mãos frágeis e finas a puxarem-nos para si. Não aquele toque suave e carinhoso, mas os dedos ansiosos que nos pedem "entra em mim".


Queremos uma mulher que se deixe de merdas e se entregue à confiança no nosso desempenho com o fervor de uma fé, capaz de não esconder que está a gostar e ainda mais capaz de fomentar algumas etapas por sua iniciativa.

Queremos uma mulher que goste imenso do que lhes estamos e fazer e retribua, generosa, com a satisfação estampada no rosto de quem nunca faz frete algum.

Há dias, todos, em que exigimos à vida uma mulher assim.

E eu tenho a sorte de possuí-la.

Sei uma maneira de não ficar duas horas à espera para entrar

Provavelmente um dos melhores sítios para beber um gin tónico...

Se quiserem, posso aumentar o volume, para ouvirem aí desse lado

É só para avisar que a melhor música do Storia, Storia é a número oito.

Mon Carrousel.

Agora, ide em paz.

Estou de volta...

... e assim sendo, vou acabar já aqui com a saga dos posts bonitinhos e apaixonadinhos e de memórias e mais não sei quê. Isto está tudo a abichanar, ou quê?

Marcial Lafuente Estefania

Ele vinha andando devagar, com o cavalo pela trela, tentado suportar o calor abrasador que a tarde trazia.

Apesar do chapéu lhe cobrir parte do rosto, o seu olhar era atento e conforme percorria aquela estrada poeirenta ia localizando onde estariam os seus inimigos caso os tivesse de enfrentar em plena rua.
Ao fundo, do saloon ruidoso saia uma música demasiado animada para a hora do dia e que contrastava com o silêncio da povoação.
Sorriu ao pensar que iria finalmente refrescar-se do calor que sentia até ao mais profundo do seu ser, mas de imediato as suas feições fecharam de novo ao lembrar que lá dentro poderiam estar os assassinos do seu pai e seus irmãos. Num ápice reviu a cena e de como se sentiu inútil por não ter chegado a tempo de lutar pela sua família. Mas a hora de resolver esse seu problema estava próxima, tinha a certeza que eles estariam ali.
Ainda a memória vagueava por estas obscuras recordações quando atravessou os batentes do saloon e de imediato todos os músculos do seu corpo se retesaram ao ver no balcão todos os que procurava desde a adolescência. Apesar disso, tentou disfarçar e lentamente foi ocupar uma das cadeiras do fundo.
O xerife e dois dos seus ajudantes importunavam a moça do bar que, mesmo fugindo ela para o mais longe que conseguia dos seus braços, eles insistiam em abraçar e dançar com ela. Mais dois clientes riam desta situação e num relance ele percebeu que teria de enfrentar os cinco em simultâneo.
Um novo grito da esbelta moça serviu de pretexto para intervir e mostrar que estava ali para repor a justiça e eliminar deste mundo um rol de assassinos e trapaceiros.
Num instante os risos pararam e o olhar dos seus cinco inimigos pousaram sobre ele. Confiante como estava nos seus reflexos e sabendo que eles já estavam embriagados não temeu enfrentar todos. Apesar disso sabia que era arriscado porque os homens que tina a sua frente não tinham escrúpulos e sem piedade iriam aproveitar qualquer falha sua para o atraiçoar como tinham feito aos sues parentes. Mal o xerife deu um ligeiro sinal todos puxaram das armas para o surpreenderem, mas estava atento e disparou repetidas vezes enquanto rodava sobre si mesmo para evitar os disparos que o pretendiam atingir.
Ficou porém muito espantado com o silêncio que de repente ficou no saloon. Sabia que só tinha acertado em quatro dos seus inimigos. Que seria do outro? Fugiu? Estaria escondido? Não, o quinto tiro certeiro tinha sido disparado pela Ann que nesse momento o olhava agradecida por se ver livre do xerife e dos seus sequazes. Ele também a olhou fundo nos olhos negros e percebeu que lhe devia o facto de estar vivo e de pé na sua frente. Aproximou-se e os seus lábios uniram-se, para sempre.

A minha dor de corno ou a tua?

Estava eu aqui sossegadita da minha vida e dei por mim a pensar neste assunto, que até não tem nada a ver com nada, mas eu sou assim mesmo, às vezes estou assim sossegadinha da minha vida e dou por mim a pensar em coisas que até não têm nada a ver com nada. E o que dei comigo a pensar foi isto: a malta às vezes encanta-se - ou, pior ainda, apaixona-se! - por gaijos que até não nos ligam tanto quanto a malta gostaria. E versa-vice, claro. Eu quando era miúda achava que isso do amor correspondido era uma coincidência do caraças e que as probabilidades de acontecer comigo deviam andar na ordem do um para um milhão, ou menos (ou mais, sei lá, dependendo de a gente estar a olhar para o um ou para um milhão). Mais tarde apercebi-me que até era possível e numa certa altura tornei-me francamente eficaz na arte de conseguir que os homens por quem me sentia atraída me retribuíssem o sentimento. Pior era acertar agulhas na medida da paixão ou no tipo de relação que se almejava mas, durante muito tempo, isso não me preocupou por aí além: ao longo do final da adolescência e início da idade adulta mantive r(a)elações longas e apaixonadas. De forma que, exceptuando um ou outro desaire ocasional (por acaso até houve um que não devia considerar como excepção, mas agora dá-me jeito dizer assim para manter o efeito estatístico da coisa), fui sendo correspondida nos meus amores e fui observando em minha volta que as outras pessoas pareciam não se ir dando muito mal. Dei por mim a achar que se as r(a)elações não funcionavam era por outras razões: basicamente porque somos todos - homens e mulheres, mas sobretudo homens, está bom de ver - seres muito egoístas, de feitios difíceis e imprevisíveis, cheios de manias e obsessões várias, imaturos, autocentrados e controladores (Baseio estes dados científicos na observação não participante, como é evidente).

Mas dizia eu que mais ou menos desde o final da adolescência que mudei de ideias em relação às paixões não correspondidas e passei a considerar que estas sim, constituíam uma excepção à regra. A química entre dois seres humanos é um fenómeno poderoso e incontrolável e quanto a mim há poucas probabilidades de ela se verificar num só sentido. Se eu olho (ou nem ouso olhar) para um gaijo e sinto-me tremer por dentro e até parece que o elo invisível que nos une é palpável e que vai haver uma explosão a qualquer momento, como será possível que ele não sinta o mesmo, estando ambos a ocupar o mesmo espaço? Pois bem, estes dois ou três anos que decorreram desde a minha 21ª separação do pai dos meus filhos tem vindo a provar o contrário. E dou por mim a começar a achar, como achava quando era muito miúda, que o amor correspondido deve ser uma coincidência do caraças ou então que temos um número limitado de vezes em que essa sorte nos está reservada e que, ultrapassada essa quota, bem podemos ficar a chuchar no dedo até aos noventa anos e a olhar para os casalinhos de namorados à nossa volta como a Françoise Hardy em "Tous les Garçons et les Filles" que não nos voltará a calhar a benesse na rifa...

Mas esta posta não se destinava a tornar-vos cúmplice das minhas dores de corno. Longe de mim. Elas são minhas e muito minhas e com elas posso bem. Não. Aquilo que realmente me tira do sério é ter de levar com um gaijo que está embeiçadito de todo por mim e que não há meio de me largar a braguilha! E liga-me e manda-me sms e emaila-me e torna a ligar e eu já não sei o que hei-de fazer para que meta na cabeça que NÃO ESTOU INTERESSADA nele e que até gosto de outro gaijo. E não ando atrás do outro. Se ele gostar de mim as coisas dar-se-ão. Se não, paciência. Amigos como dantes e se for preciso o rapaz nem chegará a saber que eu lhe achei mais piada do que ele a mim. Dói? Ah pois dói. Agora dar em cima de alguém até à exaustão é coisa que não me apanharão a fazer por mais louca de paixão que esteja. Antes de mais nada tenho amor próprio. E nesse tenho a certeza que sou correspondida.

9 SEMANAS E MEIA


Todas nós sonhamos com mãos fortes a percorrer-nos o corpo de forma firme e insistente. Não o toque carinhoso ou amigo, mas sim um toque forte que nos diz: "És minha e eu vou-te possuir!".

Queremos um homem que não nos pergunte nada mas que saiba tudo. Que saiba onde tocar nos caminhos indecifráveis do nosso corpo sedento de paixão.

Queremos um homem que nos faça suspirar e depois nos faça gritar enquanto nos faz explodir com o prazer que a sua boca nos proporciona.

Queremos um homem que nos faça implorar por mais enquanto nos tortura e se excita com a visão nua do nosso desejo.

Há dias que não queremos perguntas, não queremos esperar, não queremos insinuar. Desejamos apenas que nos tomem, entrem por nós adentro e façam connosco tudo aquilo que as suas fantasias lhes ditam.

Há dias assim...

Corin Tellado

E eu disse-lhe, filho nunca me meti na tua vida mas tu vais ter de pensar bem olha que ela está habituada a ter jóias muito caras e tu não vais poder dar-lhe presentes desses.


Confesso que já imaginei muita gente a dizer muitas coisas sobre mim mas uma frase destas nunca fez parte dos meus scripts privados. Talvez tenha sonhado com ela uma vez ou duas mas era num daqueles sonhos inconfessáveis onde nós somos capas de revista e temos mordomos de libré e pedimos Ferrero Rocher aos motoristas e que nem às melhores amigas contamos que ninguém se sujeita voluntariamente a revirares de olhos e gargalhadas de escárnio.

Teria vinte anos? Por aí, talvez menos, era só fazer as contas, mas isto é um post de novela e nas novelas não se fazem contas.
E quando eu tinha vinte anos, ou mais ou menos, havia um gajo que era giro e de quem eu gostava, mas esse não sei se gostava de alguém e de mim também não me parecia que gostasse e havia o amigo dele que era feio mas gostava de mim e havia a minha amiga que gostava dele. E eu, cansada de perder tempo com o gajo que não sabia de quem gostava mas de quem eu sabia que gostava, atirei-me ao amigo que gostava de mim mas de quem eu não gostava e arranjei um sarilho com a minha amiga que gostava dele e gostava de mim. E eu gostava dela e não gostava dele mas ele era amigo do outro e dava mais jeito para as voltas e nessas alturas uma gaija não pode hesitar que com a outra gaija havemos de nos entender. E o que gostava de mim viu o céu na terra e começou a chamar-me namorada e deu-me uma aliança no dia do meu aniversário ou no dia dos namorados que comigo as coisas misturam-se e nunca sei o que é o quê. E eu apanhei um susto porque na altura ainda não sabia que gajo apaixonado é animal perigoso e guardei a aliança na caixa da aliança e dei meia volta e fui ter com o outro que era giro e de quem eu gostava e que até já gostava também porque gajo que é gajo não gosta de perder nem para o melhor amigo. E era Carnaval mas não sei porquê o da aliança levou a mal e eu nunca mais o vi.

Mas como a vida são só dois dias e o Carnaval um bocadinho mais joguei ao entrudo até chegarem as cinzas e a seguir tirei a aliança da caixa e troquei-a por um anel de pêlo de rabo de elefante que tinha a minha amiga que já não estava chateada comigo porque já nos tinhamos entendido mas estava chateada com ele porque gostava dele e ele gostava de mim e gaija que é gaija sabe que se alguém tem culpa de alguma coisa são sempre os gajos. E eu fiquei com o pêlo do rabo do elefante e ela ficou com a aliança e eu ainda tenho o anel e ela ainda deve ter a aliança e o mundo voltou a estar equilibrado e passaram-se mais de vinte anos.

E voltei a encontrá-lo.

Ele ainda não se tinha esquecido da aliança mas eu mostrei-lhe o anel que era muito mais bonito. E ele disse que não tinha passado um dia sem pensar em mim e eu tive pena de não ter sido tão cabra mais vezes porque, como sabemos mas esquecemos, os gajos gostam e dizem que gostam. E ele contou-me que a mãe dele e a minha mãe sonhavam com o nosso casamento e eu fiquei a pensar que afinal havia outra porque ele não devia estar mesmo a falar da minha mãe.
E eu, que agora gosto muito dele porque até é boa pessoa e porque só podemos gostar de quem tanto gostou de nós e porque, gaija que é gaija e cabra ainda por cima, gosta de saber que algures pelo mundo há gajos que dormem a pensar em nós, perdoei-lhe a afronta da aliança e convido-o para jantar de vez em quando.

Mas ontem, a minha amiga que ainda é minha amiga e que até gostava dele e agora já não gosta, telefonou-me para me contar que tinha estado a conversar com a mãe dele que não gostava dela mas agora já gosta. E soube mais uns pormenores deliciosos desta minha história.
Soube que eu, afinal, estive durante toda a minha vida apaixonada pelo filho, o meu grande amor, aquele que quando me deixou me levou a escolher uma vida de solidão e celibato mas ela, mãe atenta, era afinal a responsável pela nossa separação.
Jóias. O problema tinham sido as jóias. O raio da aliança, penso de imediato eu que depois destes anos todos ainda tenho a consciência pesada, porque mesmo sendo cabra tenho uns arremedos disso. Mas não, a aliança não era para aqui chamada, a culpa foi do meu colar de pérolas.
Nesse meu aniversário, e Carnaval pois claro, e dia dos namorados, mas para aqui isso não conta, o meu pai ofereceu-me um colar de pérolas. Comprado, isto é uma novela, ainda se lembram?, na joalharia do genro da senhora. Ora, mãe que é mãe está a par desses pequenos pormenores e nem eu, que também sou mãe, lhe perdoaria se não tivesse tido uma conversa com o filho. É que, estava-se mesmo a ver, eu era gaija para lhe fazer muita despesa, porque as jóias meu filho, as jóias a que está habituada...

E eu estou desde ontem a olhar para o meu velho colar de pérolas, o colar que tanto usei que já não posso usar mais por tão gasto ter ficado mas que continuo a gurdar religiosamente, e penso como a nossa vida é estranha e bonita e surpreendente e cheia de histórias que nos deixam de sorriso nos lábios. E penso que aquele colar que esteve comigo em tanto sítio, que viu tanta coisa, que guarda tantos segredos, que se foi desfazendo por roçar a minha pele, tinha afinal um segredo que eu não sabia. Ele sabia que eu não tinha sido uma cabra, que eu era uma menina de bem habituada a uma vida de luxo. E, de repente, vejo-me na frente de um espelho desconhecido e não reconheço a pessoa que me olha. Eu sou, portanto, a gaja das jóias, e um sonho, um velho sonho cheio de Ferrero Rocher acaba de se concretizar...


É hoje que saem os posters da Hannah Montana do quarto das miúdas

Victoria Beckham terá reduzido as suas próteses de silicone em Maio, por achar que o antigo tamanho não combinava com a imagem de uma mãe de três filhos e estilista de sucesso, avança o tablóide britânico The Sun.

Recentemente, Miley Cyrus revelou que o seu ídolo é Victoria Beckham, porque consegue conciliar o seu sentido de moda, com a vida familiar e a carreira. «Daqui a dez anos, gostaria de ser uma mãe como Victoria», confessou a protagonista de «Hannah Montana», o sucesso da Disney.

No programa «Entertainment Tonigh», a também cantora explicou que quer estar a cuidar dos filhos «em cima de saltos altíssimos».

E agora vou dormir mais um bocadinho...

Estudo diz que dormir ajuda a resolver problemas

Dormir pode ajudar uma pessoa e resolver problemas, dizem cientistas norte-americanos. Eles concluíram que um bom sono com sonhos estimula a criatividade.

Uma equipa de investigadores da Universidade da Califórnia fez experimentações para verificar se ‘dormir sobre o problema’ aumenta as possibilidades de soluções inspiradas. E descobriu que sim, mas quando as pessoas entram na fase conhecida como REM (sigla inglesa para Rapid Eye Movement ou movimento rápido do olho), estágio do sono em que ocorrem os sonhos mais vívidos.

OCEAN'S ELEVEN

Sou eu que estou a ver coisas ou começa aqui a haver algumas semelhanças? Ou pelo menos, tentativa de haver?


BREAKFAST AT TIFFANY'S


Gyrotourbillon I da Jaeger-LeCoutre - €290.000

MÚSICA NO CORAÇÃO

Ou talvez seja mais, música na Mente...

É que 5 dias depois, consegui lembrar-me da música!!!!




E desde ontem, é esta que circula por entre os dois neurónios.

(Obrigadinhos, SSV!).

CONTA COMIGO

Todos nós temos amigos. Todos nós damos tudo para os ver felizes. Todos nós, também, sabemos que, por vezes, aquele amigo de quem tanto gostamos não é a companhia mais indicada (ou talvez seja).

Quantas vezes ao longo da nossa vida nos metemos em sarilhos por causa daquele amigo que nos desafiava. Quantas vezes, à beira da asneira, tínhamos absoluta consciência de que aquilo estava errado e mesmo assim o fizemos.

E por eu já ter feito isso tudo (ou não), não posso deixar de me questionar sobre até onde deveremos ir por um amigo? Qual é a linha que divide o dar ‘a camisa’ por alguém e o absolutamente errado?

A resposta óbvia é que devemos pensar pela nossa cabeça e não fazer nada que vá contra princípios e moral e… blá blá blá…

E se aquilo que nos parece imoral ou uma asneira, se revelar algo fantástico? E se nos deixarmos levar? Quantas vezes o errado não é o mais certo para nós? E quem melhor que um amigo para saber isso?

Mas será que o errado, só porque é certo para nós (ou assim o sentimos), deixa de ser errado de todo?

Basicamente, o que eu não consigo deixar de pensar é:

No mundo real, na vida a sério, quanta asneirada (ou não), quanta burrice (ou não), quanta estupidez (ou não), não começou com a proverbial frase:

“Se tu fosses mesmo minha amiga…”

Intriga Internacional

Porque será que a Peixa e o Visconde desapareceram ao mesmo tempo das caixinhas de comentários?


Alguém me explica

... porque é que eu li e reli o meu último post, emendei tudo o que havia para emendar, parei na frase vezes sem conta por a achar estranha, disse-a em voz alta para tentar perceber o que era e só agora, porque me apeteceu passar os olhos outra vez por lá, descobri o que havia de errado aqui


... como se define o horrível da dor e quando é quando é que o ai se justifica... ?

E isso é bom ou é mau ?

Disse-lhe que era bom. Muito bom. E, para ela, a resposta é e será esta, mas talvez não seja assim tão bom como eu gostaria que fosse.

Ele falava meio a brincar mas lembro-me de ouvir a história desde muito miúda. Lembro-me de estar sentada ao lado dele, de me dar um beliscão no braço e aproveitar o meu ai para explicar que tinha sido a falta do ai imediato que tinha levado à extinção dos dinossauros. E lá voltava o meu pai a contar-me como eram os dinossauros, grandes como comboios, e como o sistema nervoso, que é uma coisa assim parecida com os fios da electricidade, ainda não tinha sido aperfeiçoado pela natureza e os dinossauros, os pobres dinossauros grandes como comboios, só percebiam que lhes estava a doer quando já estavam meios devorados e como bastava um pequeno rato persistente para matar o enorme monstro.

A dor, o ai, salvava-nos a vida, mas apesar de ter ouvido a história muitas vezes ainda tenho algumas dificuldades em aiar quando devo, mesmo tendo aprendido que não é, definitivamente, a atitude mais inteligente.

Quando há catorze anos nasceu a minha primeira filha e quando depois dos dias da praxe me puseram um papel na mão e me mandaram para casa, eu ainda pensei um pouco antes de dar o tal ai. Acabou por sair e eu acabei por ficar. E enquanto me levavam de urgência para o bloco operatório porque a infecção já tinha passado a sepcis a médica insistia que a culpa era minha, que me devia ter queixado antes, que estava há dias com dores horríveis e calada, que podia ter morrido.

Pois estava calada, pois podia ter morrido por orgulho, mas também ainda ninguém me explicou como se define o horrível da dor e quando é que o ai se justifica ou é só uma mariquice e mariquinhas pé de salsa nunca fui nem quero ser. Mas, apesar de tudo, fui aprendendo algumas coisas desde a história dos dinossauros e desta vez, quando entrei no hospital a rir-me na maca e ouvi toda a gente a dizer que eu estava muito bem disposta fui avisando, como quem não quer a coisa, que podia estar a rir mas que me doía como o caraças e era melhor terem cuidadinho ou ainda havia chatices. Acho que perceberam. Como sabem, correu bem.

Mas nem tudo corre bem e esta minha propensão para dinossaura custa-me demasiado caro. Não grito, não choro, não mamo. E depois tenho de ouvir, como ontem ouvi, tu estás bem, quando daí sai tu estavas bem, não há razões para me preocupar. Não, não há, eu estou bem. Eu estou sempre bem. Tão bem que parece tudo fácil, nada me custa, que se custasse é claro que eu aiava porque foi isso que milhares de anos de evolução nos ensinaram, não foi?

Burra. Ou, pelo menos, com um atraso qualquer de desenvolvimento que não me ensinou a sobreviver como a grande maioria da minha espécie. E deve ter sido essa minha burrice e a falta de ais que fez com que tenha tido de ouvir o outro que nunca esteve a explicar-me que eu não sei o que é criar um filho sozinha. Pois, um não sei, duas talvez saiba, mas para mim é tão fácil, não é? E aquela história que me contaram há dias, assim , cara a cara, da outra que tinha imensos problemas porque estava separada do marido e a filha era disléxica?

A filha é disléxica? Bolas!!… Que grande chatice!… Nem consigo imaginar como a pobre desgraçada consegue desenrascar-se sozinha… Vejam só, uma filha disléxica…

Não, a brutal ironia na minha voz não foi percebida. Não podia ser, comigo tudo é fácil, lembram-se? Aqui à volta não há ais e é isso que, pelos vistos, as minhas filhas estão a aprender. A história dos dinossauros nunca lhes foi por mim contada e, para elas, os ais, as queixinhas, as dificuldades, também não fazem parte das rotinas e muito menos da vida.

Estava a falar-me do fim de semana e a contar muito do que tinham feito e de como o Calamitoso era divertido. Demos nomes às praias, sabias? A primeira é a dos Badochas. Viste como eram só gordos? A última a que fomos é a dos deficientes. Tu reparaste, mãe? Estavas tu de muletas, um rapaz com o braço partido, outros dois com dedos partidos e uma menina de cadeira de rodas. Eram só deficientes naquela praia.

Sim, Francisca. Eu reparei. Mas olha, já agora, parece que não estás a contar toda a gente. Então e a tua irmã? Estás a esquecer-te da tua irmã?

Tinha um ar assustado quando confessou, de imediato, que se tinha esquecido da irmã e a pergunta foi quase um pedido de ajuda.

- Mamã, esqueci-me da Clara! Isso é mau ou é bom?

- É bom filha. É muito bom!

Ficou por aqui a resposta mas agora, que ninguém me ouve, embrulho-me nela e pergunto-me, sem conseguir responder-me, se será assim tão bom. É que a falta de ais pode muitas vezes ser lixada. Foi por isso que os dinossauros desapareceram, sabiam?

Coisas que eu nunca precisei que me ensinassem

Um bom amante nunca pergunta no fim se ela gostou.

Até Dezembro crucificam-no...

E.T.

QUEM TRAMOU ROGER RABITT

Foram os sacanas dos catraios. Pois foram, digo-vos eu que sei!

Senão vejamos: Eu que nunca quis a cadeira da Presidência. Toda a gente sabe que os chocolatinhos e as batatitas fritas que lhe levei ao SPA hotel hospital foram só para garantir a vice-presidência. E eu gostava dessa cadeira, juro!

E depois vieram com a ideia: bora juntar tudo e ver no que dá! Ganda ideia, sim senhora. O que deu foi que eu estou com um pézinho dentro e outro fora, é o que é!

Porquê?

Cabra Junior Mais Velha passa os dias a chamar-me Chefa a mim. Claro que Chefa que é Chefa não aprecia que a sua própria filha, sangue do seu sangue, chame Chefa a outra!

Cabra Junior Mais Nova além de tirar a mãe do seu lugar na cama para me pôr lá a mim, ainda me liga e ouço dizer: "Olha mãe, a Peixa está sentada na cadeira da Presidência à espera dos calamitosos". Chiba é o que é!

Calamitoso Junior decide à última da hora que não quer dormir em casa da Chefa. Quer ir dormir a casa da Peixa.

Peixito diz mesmo à chegada da casa: Vamos embora q'eu num quéio ir a casa da Chefa!

Conclusão: se depender dos sub-15, estou bem flixada, como diz o Bruce!

Sobra-me a Mini Calamitosa que tanto dava para um lado como para o outro (é pouco rata, é...).

Claro que os outros 2 que lá andavam começaram a aproveitar para fazer lobby contra mim. Tudo a fazer-se à cadeirinha de vice que previam vagar em breve.

Meus amores, é como vos digo: tramarem-me!!!!

PARTY

Os pedidos foram numerosos e eu - que sou pessoinha de muita coisa - não sou pessoinha de deixar os leitores deste blog sem uma foto-repórtage deste encontro. Até porque como toda a gente sabe, o meu lugar ficou em perigo depois dos desáires do fim-de-semana e há que dar ao litro para cair novamente nas graças da Chefa.
Tentei ser o mais explicita possível nas imagens escolhidas e acho que as mesmas ilustram bem o que se passou. Ou não.

1. Esta era a vista da cadeira da Chefa. Do seu trono, ela vislumbrava buganvilias em dois tons de rosa e uma oliveira que dava amêndoas, ou uma amendoeira que dava azeitonas mutantes. Nunca chegou a ficar bem esclarecido qual das duas é que era...


2. Logo no primeiro dia, devido às impossibilidades pernais de alguns membros, a feira de quinquilharias veio ao domicilio. Bem como 2 magnificas e gigantescas broas caseiras.

3. Como podem ver aqui, os lisboetas são uns exagerados do catano! Eles foram à praia e ainda era de dia!!!!

4. E depois da praia, seguiu-se a magnifica cena do mete-na-boca-e-chupa. E aconteceu aqui!

5. Lutámos que nem leoas devido à falta de computadores. Tinhamos que andar kms por montes e vales mas nunca vos deixámos sem noticias.

6. O alojamento era modesto mas aconchegante. Cabíamos lá todos mais as melgas. E eu cada vez que olho para esta foto só consigo pensar: "Beje, sim. Vou pintar o tecto de beje..."

7. Lembram-se daquilo que vos ando a tentar ensinar há meses? Aqui está um bom exemplo: há perguntas para as quais nós não queremos saber a resposta...

8. A mesa do grande jantar. Aqui comemos, bebemos, ouvimos a voz maviosa (cof... cof... cof... deve ser gripe...) dos convivas. Aqui me cantaram a Abelha Maia. E foi daqui que eu vi o Cy de gatas na cozinha. Ainda se lembram do ponto 7. espero...

9. Esta já viram e dispensa explicações. É limonada, senhor, limonada...

10. A Hello Kitty andou sempre connosco. E, inclusivé, o senhor matulão que estava na praia a jogar com uma bola cor-de-rosa com a gata lá espetada é capaz de nunca mais a poder ver à frente, depois de certas e determinadas pessoas terem gozado com ele. À descarada... Tipo rirem e apontarem... Tipo o senhor saiu dali para o psicanalista...

11. É uma t-shirt. Adiante que está a ficar tarde e o post está a ficar longo.

12. Ahhh Olhem para as horas. Tenho mesmo, mesmo que ir...

Por que será

que a mini Calamity anda a saltitar pela casa fora a pé-coxinho apoiada em dois tacos de baseball de plástico?

Escusam de me dizer

Escusam de me dizer que o Santo tem uma voz maravilhosa para cantar baladas, que tem umas mãozinhas de ouro, escusam de me dizer que as nossas meninas saíram bronzeadas e frescas do fim-de-semana, que são todas, a um tempo, extremamente inteligentes e requintadas e lindas.

Escusam de me dizer que os comentadores convidados são inteligentes e assertivos e têm mundo e sabem estar.

A verdade, meus caros, é que da próxima vez o vinho será servido à temperatura certa (e, por Deus, que vinho vos será servido…), os charutos terão sido enrolados por sábias e experientes mãos cubanas (e o filling terá um travo a madeira de carvalho e a bétula do Canadá), os ingredientes das refeições serão escolhidos um por um, meticulosa e cuidadosamente, e os sabores serão divinos e a conversa durará toda a noite e havemos de falar de lugares estranhos, e de mulheres que só se pensava existirem nas capas da Vogue.

Porque da próxima vez, meus caros, estará lá o Shark.

Afinal o meu bolo rei também tinha brinde

Melhor, três brindes!


Não sei, não quero saber, e mais não digo, mas o meu carro, o meu carrinho, aquele que rodou muito mas que euzinha estive cinco dias inteiros sem conduzir, tinha no banco de trás, no corrido, estão a ver?, um soutien branco, uma t-shirt verde (muitas t-shirts foram tiradas por aqui...) e um boné.
Isto fazendo só referência ao material aproveitável e não abrindo a boquinha para dizer que no cinzeiro estavam uns invólucros que dificilmente seriam meus que detesto aquelas coisas e na mala, sim, a que tem acesso pelo interior, estavam mais garrafas de cerveja vazias que as cheias que me restam.

Nãh!!... Não deve ter sido nada de especial o que por ali se passou. Tenho a certeza que deve haver uma explicação simples.
Muito simples.
Quase bíblica de tanta simplicidade.