Boas abertas

Perguntem a mil homens qual é a sua expressão meteorológica preferida e apenas meia dúzia poderão, distraídos ou assim, optar por outra que não a que titula esta posta.

De resto, perguntem a mil mulheres qual é a expressão meteorológica preferida pelos homens e a estatística será praticamente a mesma. (E sim, esta frase também me soou a dejá vu). O português não cessa de nos surpreender pelo seu potencial traiçoeiro. Contudo, nem irei bater nessa porta.

É pela mentalidade implícita no sorriso que de imediato desponta nas caras da rapaziada quando se fala de um céu nublado com algumas (abertas e boas) clareiras de céu azul que eu, um homem diferente dos outros e por isso montes de especial no meu modesto mas realista entender, me sinto movido a dar razão à minha tripeira preferida e a acrescentar mais uma posta a esta profícua segunda-feira no Cabra.

Em que me distingo eu e porque me assumo minoritário nesta questão aparentemente isenta de polémica? Isso de pouco vos interessará. Mas se eu vos disser que apesar de gostar de boas (clareiras de céu azul) e de preferência abertas (porque se fossem fechadas de pouco interessava que fossem boas) tenho outra expressão meteorológica preferida que não as dos machos comuns dos quais me distingo por muito mais motivos do aqueles que saltam à vista, curiosity killed the cat, talvez encontrem alento para prosseguir a leitura.

Esta peculiaridade, mais uma, assenta num raciocínio profundo, a par com aquilo que o meu instinto másculo e viril (os instintos também têm pila, ou estarei a exagerar na adjectivação?) suscita na hora. Abertas sem serem boas são apenas um remedeio para quem aguarda ansiosamente o Verão, boas sem serem abertas de pouco mais servem do que consolos para a vista quando tentamos vislumbrar o céu e boas abertas podem constituir um ícone da felicidade masculina mas constituem uma falsa questão. E porquê? Precisamente porque uma boa pode ser aberta sem ter nada para mostrar. Concretizando: só sabemos se a melancia é madura (realmente boa) depois de aberta. Que é como quem diz depois de explorado o respectivo interior (a fruta também tem uma atitude, uma personalidade, e isto di-lo alguém que efectivamente gosta da fruta) para podermos depois avaliar a coisa (o estado do tempo) na sua verdadeira dimensão.

E por isso a minha favorita em termos meteorológicos é a de cone do furacão.

Depois deste desperdício de palavras e do vosso tempo, não me peçam para explicar porquê…

16 comentários:

gaija do norte disse...

nada disso, tubarão! imagina o que seria viver praticamente no árticto sem as boas novas das "frentes quentes"!!!

Teresa disse...

Sexo na cabeça?

Anônimo disse...

eu então gosto de quinze dias seguidos de céu azuuuuuuuul, com muito Sol,

já viram que tristeza, isto deve ser quando os mais aptos se enganam e levam o pessoal todo para o embuste,

Anônimo disse...

já agora, espero que o meu esforço de animação da economia et al. seja bem interpretado

Teresa disse...

E será um engano ou trocaram-lhes as voltas dos mapas?

(o Bobby é da família?)

shark disse...

Gaija, que nunca te falte o anticiclone!
:)

shark disse...

Sexo no corpo todo, chefa!

Marias disse...

Agora vamos falar do tempo. Que é feito do Anticiclone dos Açores ?

gaija do norte disse...

dos açores? ainda me queres mais longe?

Anônimo disse...

(Eu tava a falar de um anticiclone mais continental...)

gaija do norte disse...

(tem frentes quentes?)

Anônimo disse...

(Tem frentes, tem lados, tem traseiras... Tudo muito estival. É uma coisinha boa que os anticiclones do sul têm, benzósdeus.)

Marias disse...

Esqueci-me que também eras dos açores, Gaija! Ideias para animar a chefa?

Teresa disse...

Psst, Gabs, a gaija não é do Açores!

gaija do norte disse...

palhacito, gosto tanto do estio... no norte, no sul, no leste, no oeste...

gaija do norte disse...

gabs, basta ler: gaija do NORTE!