Teste de português. A Princesa e a ervilha. Conto do Anderson. A minha filha pede-me para ler o texto. Digo que não preciso, que esse conheço de trás para a frente. Insiste. Leio na diagonal, só para fazer boa figura, que o que lá está sei eu.
Já leste?
Claro...
Agora diz o nome da princesa...
(essa sabia eu, que ou tinham improvisado ou a princesa não tinha nome, como nunca teve, era só A Princesa.)
A princesa não tem nome.
Lê outra vez...
( Desta li tudo, que consciência pesada é complicado...)
Já te disse, não tem nome...
É uma rasteira, lê com atenção...
(Olha a pirralha a dizer-me como se lê um texto...)
Já li, conheço a história, não tem nome.
Olha, vou ler em voz alta e vais perceber.
E leu e eu não percebi.
Vi a composição dela a seguir e percebi ainda menos. Havia qualquer coisa estranha.
Queres ver, mamã, era uma rasteira. Olha aqui esta frase " Todavia, a princesa"...
Não é que ela não conhecia a palavra "todavia"? Quando fez estas perguntas já tinha o "contudo, no entanto..." na ponta da língua, mas quando respondeu ao teste não fazia ideia e lá achou que Todavia era nome próprio.
Hora das imprecações:
Caramba, ela até é boa aluna a português. Cá em casa não se fala mal, que não perdoo essas coisas, é filha de peixes e sai a eles, mas todavia...
Tinha obrigação de saber, mas se ela não sabe, como não será com os outros miúdos do 5º ano que nunca leram um livro na vida e que comem "chicha" ao jantar?
Que se passa com estas crianças que com 10 anos acham que "todavia" é nome próprio? Erro meu? Também, sem dúvida.
Todavia...
Já leste?
Claro...
Agora diz o nome da princesa...
(essa sabia eu, que ou tinham improvisado ou a princesa não tinha nome, como nunca teve, era só A Princesa.)
A princesa não tem nome.
Lê outra vez...
( Desta li tudo, que consciência pesada é complicado...)
Já te disse, não tem nome...
É uma rasteira, lê com atenção...
(Olha a pirralha a dizer-me como se lê um texto...)
Já li, conheço a história, não tem nome.
Olha, vou ler em voz alta e vais perceber.
E leu e eu não percebi.
Vi a composição dela a seguir e percebi ainda menos. Havia qualquer coisa estranha.
Queres ver, mamã, era uma rasteira. Olha aqui esta frase " Todavia, a princesa"...
Não é que ela não conhecia a palavra "todavia"? Quando fez estas perguntas já tinha o "contudo, no entanto..." na ponta da língua, mas quando respondeu ao teste não fazia ideia e lá achou que Todavia era nome próprio.
Hora das imprecações:
Caramba, ela até é boa aluna a português. Cá em casa não se fala mal, que não perdoo essas coisas, é filha de peixes e sai a eles, mas todavia...
Tinha obrigação de saber, mas se ela não sabe, como não será com os outros miúdos do 5º ano que nunca leram um livro na vida e que comem "chicha" ao jantar?
Que se passa com estas crianças que com 10 anos acham que "todavia" é nome próprio? Erro meu? Também, sem dúvida.
Todavia...
3 comentários:
todavia... todavia acontece-me inúmeras vezes as crianças não perceberem o óbvio e vai-se a ver, é por não saberem um sinónimo!
mas não é grave, não te preocupes...
Desta vez, acho natural. Creio que na linguagem corrente se usa mais o "contudo", o "porém", sobretudo o "mas", do que o "todavia". Evidentemente que isto se estuda quando estudamos gramática, mas aprender é pelo uso, e entendo que a tua 'descendente' não se lembrasse da palavra.
(porém, mas, todavia, contudo - escolhe uma ) repara que ela analisou muito bem o papel da vírgula. SE fosse um nome, fazia todo o sentido a construção da frase.
Ná! Todos os meninos fossem como ela! E tivessem uma mãe que lhes explicasse as coisas...
eu acho uma delícia. a princesa todavia. a da ervilha era uma das minhas preferidas (por identificação, sabia que só ela me compreendia os incómodos). agora já aprendeu e ficou a historinha para contar. a graça que eles acham a essas histórias quando crescem uns anos! :-)
a filha de uns amigos quando aprendeu o aparelho digestivo chegou a casa e perguntou aos pais se sabiam que tínhamos um intestino doce e um intestino salgado...
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