Grande imagem. Linda. Profunda. E, sobretudo, esclarecedora!

"É como se estivéssemos a assistir à 'revolta dos escravos' onde, quem está insatisfeito, pode criar um blogue ou um sítio na Internet e fazer as suas notícias", sustentou o presidente do SJ.

Para tiradas assim, que nunca a voz lhe doa, Alfredo Maia. Pode não passar de um mero exercício literário, mas tão revelador na sua arrogância, ou dislate, ou disparate ou estupidez profunda que não podia eu, uma escrava quase quase livre, que ainda gamo o Expresso de vez em quando, deixar passar em claro.

Fica o resto da notícia e, parece-me, o pânico de quem se sente incomodado com tanta blogaria.

"As pessoas não estão satisfeitas com a comunicação social de que dispõem e, por isso, criam os seus próprios meios de comunicação através da Internet", disse à Lusa Alfredo Maia.

O jornalista foi um dos convidados do fórum "Novas Plataformas Tecnológicas: Meios de Comunicação Social e Internet", organizado pelo projecto Vale do Ave Região Digital e pelo Gabinete de Imprensa de Guimarães.

O fórum, que decorre até quarta-feira no auditório do AvePark, na vila das Taipas, tem como objectivo saber como é que os órgãos de comunicação social se têm preparado para o "amadurecimento da Internet como principal concorrente, produtor e difusor de noticias".

Alfredo Maia apontou a Internet como sinónimo da "democratização do espaço público" e como "um novo paradigma de comunicação de massas".

"As novas tecnologias permitem a comunicação sem mediação, tendo por base uma única fonte e sem a imparcialidade necessária", salientou o jornalista.

O fenómeno dos blogues e dos sítios na Internet possuiu, segundo frisou, uma dimensão "incalculável".

"Há blogues que têm mais visitas que os sítios de muitos jornais considerados de referência", acrescentou.

O jornalismo, tal como agora o conhecemos, está, segundo Alfredo Maia, em vias de extinção.

"Os jornalistas vão produzir noticias em série para depois serem 'espalhadas' pelos vários órgãos de comunicação social de que determinado grupo editorial é proprietário", referiu.

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