Colega?

Um dos blogs que leio com mais regularidade é o sete vidas como os gatos. Sim, o tipo tem graça e até escreve muito bem, mas dei por mim a pensar se não andarão por aqui motivações bem mais estranhas.
Vejamos, se a cabra é o diabo em forma de quase gente, o gato é o companheiro preferido de qualquer bruxa no activo. Será feitiço ou troca de receitas, que as do livro de S. Cipriano já só servem para amadores?

Queriam enganar-me mas não vou deixar

Kiritimati, Christmas Islands, Kiribati
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Terça-feira, 1 de Janeiro de 2008, 2:12:26

Caros Kiritimatianos,

Lá por viverem nas Ilhas do Natal não me parece que isso vos dê o direito de abrir os presentes dos outros. Por aqui também somos gente e, se nos prometem um ano novo, era assim mesmo que o esperava receber - novinho em folha, sem estar estreado, ainda com o papel a embrulhar e o laço em cima.
Começaram a usar? Agora fiquem com ele que já não o quero. Mandem-me um ano novo novinho, como este estava antes de lhe terem posto as mãos em cima. Estou mesmo a ver, já comeram, já beberam, já se fartaram para aí de fazer coisas e agora querem que eu brinque também? Hum, hum ... o meu ano novo não pode vir com vícios que quem o quer educar sou eu.

Desde já agradecida, fico à espera que componham a merda que fizeram.

Má sorte não ter sido puta

Anos e anos de sabedoria popular não podem estar totalmente errados. Se à mais velha profissão do mundo o povo chama 'vida fácil', alguma razão deve ter.
É quando penso nisso, no tal fácil da vida, que sonho em ter sido puta. Não queria bordel manhoso, nem anúncio no jornal, nem mesmo esquina de engate, que o freguês não deve ter flor que se cheire e não há férias nem feriados.
Puta sim, mas de casa montada, e a história já seria outra.
Longe vai o tempo da Madame Bovary e já nem me dou ao luxo de me imaginar a acordar de manhã em lençois de cetim e quarto perfumado, com criada às ordens e sedas nos armários. Bastava-me o acordar de manhã sem ter a vida para tomar conta e contas para tomarem rumo. Era só um acordar em sossego, na casa montada. Podia tomar o pequeno almoço sem o telefone a tocar e, se tocasse, só podia ser o montador oficial e não iria atender, que mesmo as putas têm de se fazer difíceis. Depois podia sair para compras, que há sempre alguma coisinha para comprar, e a seguir ficar com um dia cheio de horas para gastar à vontade. Como se sabe, e por inerência de funções, puta que se preze tem contas pagas, salário garantido e cartão de crédito com um plafond mais elástico que as ligas das meias. Não teria prazos para cumprir, nem despensas para encher. Chave de estrela, taxa de saneamento, macaco hidráulico, contrato de electricidade bi-horário e detergente para a máquina seriam termos que nunca entrariam nos meus ouvidos de puta fina. Faria a inspecção do carro quando verificasse se o cinzeiro estava minuciosamente limpo e o gerente do banco, se me telefonasse, já o sol se teria posto há muito.
Não seria mulher de ninguém, que puta não é dessas coisas, e muito menos marido.
Iria querer mais? Sei lá, trabalhar um bocadinho, ler uns livros, ir a umas reuniões e a almoços de escritório, apresentar uns papers ou fazer um doutoramento? Porque não? Mais fácilmente se esconde no armário uma pasta de cabedal e um monte de dossiers que o colega de serviço. Vida dupla por vida dupla esta teria menos riscos e muito mais recompensas.
O meu homem, ou de outra qualquer que nem seria esquisita, chegava, despachava e saía outra vez. Podia jantar de vez em quando, ou mesmo ficar para a noite, se eu não estivesse com uma daquelas enxaquecas que qualquer gaja que é gaja, puta ou não, tem de vez em quando.
Nada de tão diferente da maior parte das casas, só que esta, como já disse, era casa montada. Vejo-a assim como que uma espécie de time sharing - propriedade realmente garantida e gozo de vez em quando.
Como alternativa, e porque isto de ser puta ainda não é lá muito bem visto por olhos mais picuinhas, pensei em casar-me. Cheguei mesmo a ponderar essa hipótese durante uns dias, mas percebi que já não é o que era. A mania das igualdades estragou o encanto feminino do casamento e deu em troca uma jantarada por ano no tal dia internacional das mulheres de respeito, que nunca sei bem qual é.
Nada tenho contra o casamento, nem mesmo a velha frase da minha mãe da 'mulher casada sempre borrada'. Consegui até, e com algum carinho, ver-me a apanhar peúgas pelos cantos e jornais na casa de banho, que a respeitabilidade do esposa e as contas pagas na mesma aliviavam a estucha. O problema é que já nem nestas coisas de casório podemos confiar na tradição e mulher casada, apesar de continuar borrada, anda cada vez mais longe da puta fina. Depressa percebi que ia levar com as meias dos cantos e as meias dos empréstimos ao banco e lá se foi o encanto do vestido de chiffon e do rancho de filhos.
Assim não há volta a dar, porque contas feitas e apuradas as razões, puta mesmo, com casa montada, é o meu sonho.

Para o gato das sete vidas

Antes de adormecer voltou a contá-los. Estavam lá todos. Perfeitamente alinhados e na devida ordem entre os óculos e o tabaco de enrolar.
Fechou a luz da cabeceira e virou-se para dormir.
Acordou com o pássaro da vizinha. Ainda nem era manhã só que desta vez não o enganavam.
Abriu os olhos já com os óculos postos e obrigou-se a olhar. Os dias estavam lá, a semana completa, mas a confusão era a do costume. O domingo ao lado do candeeiro, a segunda encostada à quinta, a quarta ainda a apagar a beata e os outros três escondidos debaixo do naperon de renda.
Vestiu, vencido, o fato cinzento que dava para tudo, acertou o risco ao lado e saiu para a rua com uma cara de terça-feira.
Só percebeu que era sábado quando viu que o leão do batente da porta ainda não tinha chegado e o elefante do padeiro dormia no meio da praça com a tromba enrolada na garrafa vazia.

Resposta às necessidades?

"O encerramento da cadeia de Portimão já estava a ser preparado, nomeadamente com a transferência dos reclusos para Olhão, cuja unidade prisional recebeu melhoramentos para dar resposta às necessidades. "

Isto quer dizer o quê? Celas com WC's privativos ou papel higiénico nas latrinas?

Bom dia, porra!*

Se continuam a dizer que tenho mau acordar e nem bom dia digo e só consigo rosnar antes do café e do cigarro vinde cá ver, vinde vinde. Aqui, onde o mundo e os meus milhares de fregueses são testemunhas, tenho a prova provada de que disse bom dia e até com um sorriso que nem amarelo é.
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* e sendo "porra" uma das palavras que não gosto só posso estar a fazer um enorme esforço para vos deixar felizes.
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(já agora, obrigada pelo pequeno almoço... estava frio e o café uma bela, hummm, chicória pronto, mas valeu pelo esforço)

A quem possa interessar que isto está difícil para todos

"Vivo há 36 anos em Monchique, terra bastante pacata, e nunca vi uma situação deste tipo", desabafa Pedro Rosa, admitindo comprar uma arma para garantir a sua segurança. "À noite vou sempre a pé do supermercado até casa, levando sempre dinheiro comigo."

Posso chamar-lhe papá?

Quando era miúda os meus pais não me deixavam fumar, nem dormir por aí com este e aquele sem cuidado nenhum, nem andar na bisga no carro dos amigos, nem beber da aguardente do alambique do Sr. Manuel, nem faltar às aulas, nem comer doces dados por estranhos, nem sair de casa sem saberem por onde andava, nem dizer és bom comó milho se visse um gajo giro, nem nem nem...
Agora que finalmente achei que podia fazer isso tudo, vem o filho da mãe do estado dizer-me que não.
Tanta coisa para ficar mais velha e afinal para quê?

A vida são dois dias e o Natal são quantos?

PSP deteve em média 38 pessoas por dia durante Natal

Tantos inocentes e quem se lixa são os patos

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Paquistão tem informações que ligam a Al-Qaeda à morte de Bhutto
Governo considera «indecorosa» proposta de Menezes
Soares rejeita referendo que defendeu em 1992
Fidel Castro reitera não estar apegado ao poder
Alegado violador detido em flagrante delito pela PSP
Incêndio em exploração de aves mata 8500 patos

O limbo

Estes dias entre o Natal e o Fim d'Ano parecem-me sempre o irmão do meio. Ninguém se lembra dele e até se esquecem de o chamar para jantar.
O ano velho já se foi, as contas já se fecharam e o novo ainda não chegou. Esta é a única semana nas cinquenta e tal que não tem uma segunda feira no princípio, uma sexta no fim e um sábado e domingo de todos os desejos. Nasce torcida sem feiras para contar. Começa no Natal acaba no Ano Novo e os dias do meio são só isso - dias do meio de que ninguém se lembra e não constam do calendário.

Parece, mas não é, uma piada de mau gosto

SÃO FRANCISCO
Jovem morto por tigresa ( de nome Tatiana) era filho de brasileira.

Vidas que não passam de números

«O Conselho de Segurança condena nos termos mais fortes o atentado suicida terrorista (...) que causou a morte de Benazir Bhutto e de muitas outras pessoas»

Mesmo na morte há personagens principais e figurantes.

Caracóis do mar...

Se nos vamos safando de ser um país de anedota não conseguimos deixar de ser o país das anedotas. Estão-nos na massa do sangue, no código genético, são uma espécie de doença dos pezinhos que se vai largando por toda a cama de mar nunca dantes navegado e que marca o nosso rasto ainda melhor que o cruzeiro dos avós ou a padaria dos netos.
Os britânicos têm o sentido de humor, os espanhóis a fiesta, os franceses o frisson, os belgas a banda desenhada e nós as anedotas. Nós, o povo triste do fado e da sina, das doenças que se trocam como cromos, das viúvas de negro e do benza-nos deus, que nunca estamos fantastique ou great ou muy biene mas sempre assim assim, que não rimos mas sorrimos e que gostamos mais do palhaço pobre porque coitadinho, nós temos a imensa capacidade de anedotar. O brasileiro dá a volta por cima, nós fazemos a anedota e vamos andando de lado.
Hermano Saraiva que me desminta, mas tenho a certezinha que o Viriato se ria com os seus pastores quando lhes mostrava que os romanos os confundiam com amigos porque eles andavam todos juntos e D. Afonso Henriques dizia que entre os mouros e o reino de leão e castela só havia uma diferença - os moiros tinham simpatizantes.
Para tudo nós temos uma anedota e se fôr drama temos muitas anedotas. Não me lembro de situação alguma que entre mortos e feridos, terrores e escândalos, choques e aflições não tenha virado anedotário nacional. A morte de Sá Carneiro, Alcafache, o Tsunami, as Torres Gémeas, Samora Machel e Salazar, Casa Pia e Entre os Rios, o Aborto e o Euro, o Bug do ano 2000 e o fecho das maternidades e todas as outras que por mais ou menos tempo fizeram parte do nosso 'já sabes que'? O Borrego caiu por causa de uma anedota e o Santana foi A anedota. Não perdoámos ao Eanes não ter ar de quem conta anedotas e o Soares é o eterno bonacheirão porque as deve saber todas.
Isto tudo agora porquê? Porque devemos mesmo ser o único povo que passou o Natal a fazer anedotas sobre algo tão estranho como uma autoridade para a segurança económica e alimentar. Está-se mesmo a ver, pede uma anedotinha, não é?
Já agora, parece que a ASAE encerrou o estábulo.....

Bom Ano?


O maior da minha aldeia

Putin considera lançamento de mísseis «fogo de artifício festivo»

¡HOLA! - que falta nos fazes!

.... "cerca de 25% dos portugueses considerava o seu estado de saúde mau, enquanto apenas cerca de 7% dos espanhóis tinham essa opinião."

É o problema da Républica - tivessemos nós uma família real a sério como nuestros hermanos e havia muito mais assunto de conversa.

Modernices

Carta de condução por pontos.

E como é que se ganham os pontos? Era muito mais fácil quando bastava comprar a Farinha Amparo.

Começou o velório

Morreu. O espírito já se foi, como qualquer espírito que se preze, mas deixou ainda por aqui a velha carcaça a decompôr-se. Vamos falar do defunto e de como foi bom e teve uma vida curta mas tão cheia. Os dias da praxe vão passar, pouco a pouco vamo-nos esquecendo e ficará perdido na memória como todos os outros. O enterro será discreto, quase envergonhado. Vamos notar que finalmente nos deixou quando os monstros vermelhos desaparecerem das varandas e as árvores de natal, com o resto de um fio dourado e um anjo esquecido, forem despudoradamente escostadas aos caixotes do lixo.

fugit?

Tenho relógios espalhados por toda a casa. Relógios na parede, relógios de pulso, relógios na cozinha. Tenho relógio no carro e tenho relógio na casa de banho.
Nenhum tem as horas certas.
Vou enganando as horas para tentar enganar o tempo.

Até o Jardim Zoológico era preferível...

Natal: Cardeal patriarca abençoa cerca de 60 grávidas na Basílica dos Mártires.

E eu a dar-lhe...

Lisboa, 23 Dez (Lusa) - O número total de mortos nas estradas portuguesas até ao final do ano deverá situar-se abaixo dos 900, salientou hoje em Lisboa o ministro da Administração Interna.

O Manel, a Zé, o Sou Pinto, a Isabel e o Carlos e a Madalena, o Silva da farmácia, a D. Fátima o Luizinho e o Quim Zé, o Henrique, a Sofia, a Paula, o Jorge, o Renato, o Costa do talho e o Alfredo do banco....

O que mais me impressiona nestas estatísticas é que a Manuela, o Fernando, a Luisa, a Ivone, o Ramires , o Ferreira... já lá estão todos, ninguém lhes disse e até ao fim do ano faltam menos de 10 dias....

Natal de hoje

Apita o fónix, pequenino
vodafone e tmn também,
Desejando um natal optimus
com o sms que lá vem'em....

Não vale a pena ir passar o Natal à terra

Lisboa, 23 Dez (Lusa) - Três mortos, sete feridos graves e 81 feridos ligeiros é o resultado do segundo dia da "Operação Natal 2007".

Está um dia cinzento

... mas é só lá fora.

Lar doce lar

Cena I - Gosto desta paz de sábado de manhã quando só se ouvem pássaros a cantar lá fora e os gritos estridentes delas lá dentro a discutir de quem é o quarto e porquê....

Cena II - Junto a minha à vossa voz : ei, essa escova de dentes não é a tua. A tua é a azul.... pára! Não, essa é da tua irmã..... PÁREM AS DUAS, JÁ!
(Devia saber que mais valia não me ter mexido daqui.)

Jimi Hendrix- Boas Festas

Natal

Andava no baloiço para a frente e para trás quando falou no filho. Filho? Nunca tinha ouvido falar de filho nenhum e estavamos juntas todos os dias já lá iam três anos. Sim, o meu filho, deve ter 27 anos e não o vejo desde os doze, pensei que sabia. Não, não sabia e quantas vezes tinha olhado para ela pensando o que sentiria por nunca ter sido mãe e não o poder ser.
Vive com o namorado ali ao fundo. Pernas tortas dos acidentes, costas remendadas, barriga a cair por cima das calças e um ar de quem decide o futuro do mundo assim que abre os olhos. Sobrevivente. Da vida, dos desamores, dos sonhos, do que não foi mas podia ter sido e de tudo o que já não espera mas acredita que um dia ainda venha.
Tem irmãs não sabe onde, outras de que não fala, e mais umas que nem sabe quem são. Sobrinhos, sobrinhos netos, funerais a que não foi, casamentos de que não ouve falar e baptizados de quem não sabe que nasceu. Também tem luzes de natal à volta das janelas e uma árvore de plástico entre a sala e a cozinha. Já comprou o bacalhau para a ceia e o vinho para o jantar. Não faltam as minis no frigorífico e não saio da minha casa que aqui é que estou bem, vamos comer e depois ficamos nos sofás da sala a ver no plasma da estante as festas dos outros.
Ele também é não assim. Está sozinho com ela e as garrafas que vai despejando tarde após tarde no café dos ingleses. Chega a casa porque tem de ser e chama-lhe canuca porque um dia se lembrou de o fazer e agora nem dá jeito mudar. Para eles, de mim, uma canção de natal

Ele faz o noivo correto
Ela faz que quase desmaia
Vão viver sob o mesmo teto
Até que a casa caia
Até que a casa caia

Ele é o empregado discreto
Ela engoma o seu colarinho
Vão viver sob o mesmo teto
Até explodir o ninho
Até explodir o ninho...

(Chico, claro.)

e até para o ano, no mesmo sítio, com o tecto ainda lá em cima.

Raio de perguntas

Nem parece Natal!
Esta deve ser a frase por mim mais dita e mais ouvida nos últimos natais, mas depois fica a pergunta: e devia parecer-se com quê ou com qual?

Precisa-se copy desk

E não é que olho para elas, e volto a olhar, releio, confirmo pontos e vírgulas e mesmo assim é com cada asneira que até arrepia?
Não há dúvidas que os nossos olhos só vêem o que querem ver, nos textos e na vida, e é preciso mudar de posição e voltar a olhar de novo para, por vezes, descobrirmos a gralha, a cacofonia, o pleonasmo ou o tempo a ser gasto com quem só nos gasta a nós.

Fechei a roulote e congelei as sandes

Já fui três vezes lá fora mas, tirando a chuva, ainda não dei por mais nada de diferente. É estranho, passaram quase quatro horas mas não passou por aqui nem um dos trezentos e trinta e nove milhões. Nada de nada. Nem um carrinho quanto mais um autocarro de carreira, daqueles de muito muito longo curso, cheio de eslovacos ou estonianos desejosos de chegaram à coast ou mesmo de subirem até à capital para no domingo verem os cavalos e as motas no Terreiro do Paço.
Acho que vou mandar um postal, ou um emailzito, ao Laurel & Hardy que eles é que são dos nossos e mandam nesta trupe toda o que é porreiro, pá e dá muito jeito nestas alturas. Afinal tanto Schengen para aqui e alargamento das fronteiras para ali e viagens de carro, sem interrupções, de Portugal à Estónia e da Eslovénia à Dinamarca e aqules ingratos não querem saber de nós para nada... Acho que deviam fechar tudo outra vez que com mal agradecidos nem dá vontade de ser magnânimo.

Das ist gut?

O Papa Bento XVI recebeu hoje, no Vaticano, o presidente francês Nicolas Sarkozy, com quem conversou durante 25 minutos sobre questões internacionais

Santo Padre, ela até tem posses e a família é italiana, mas Bruni por Bruna sempre quis foi uma brasileira . Ele anda lá o outro bispo em greves de fome e os vizinhos das FARC a procurarem abrigo. Estou a pensar dar uma mãozinha em troca de um coup de foudre se Sua Santidade não achar muito mal e a Santa Madre der uma ajuda que isto até para nós está difícil ou veja lá como a Cecília se pôs a andar sem querer saber da Liberté, Egalité, Fraternité ...

Posta à Gin-Tonic

O Natal estava a chegar. Pusemos a mesa, lavámos as mãos e esperámos que subisse. Ouvimos o barulho do elevador e por volta do 7.º o dos cabos a partirem-se.
É o que dá insistir em trazer o peso da tradição.

What's in a name?...

A exploração ilegal de suinicultura de Álcacer do Sal abandonada pelos proprietários, onde os animais foram deixados a morrer à fome e à sede, está hoje a ser alvo de uma grande operação da companhia de defesa biológica do Exército, que actua assim pela primeira vez com vista a evitar o perigo de problemas para a saúde pública.

Nomes pomposos.... Tivessem-lhe chamado 20º de Cavalaria e eles teriam chegado a tempo de dar água aos porcos...

Está o caldo entornado....

Aconteceu o que se previa. Uma das crianças descobriu o meu blog e, pior ainda, leu-o...
"só te estou a avisar, o teu blog está cheio de palavrões.... e depois não venhas dizer que não as dizes... não dizes mas escreves... não gosto nada disso... vê lá se o teu blog vai ficar como aqueles que só têm asneiras..."

Ups....

Também havia petróleo no Beato

Tuvalu. Conhecem Tuvalu? É um pequeno país, pequeno mesmo, em pleno Pacífico Sul. Uma ilha, melhor dizendo.

Ouvi falar de Tuvalu há uns anos atrás e não foi numa agência de viagens nem num documentário da National Geographic. Tuvalu saltou para as páginas dos jornais na altura em que a Web começou a saltar para dentro das nossas casas. No parte e reparte dos domínios tinha saído a sorte grande à pequena Tuvalu. Qual anódino .pt ou boring .uk ou acusativo .es. Tuvalu passava a ser dot tv. Isso mesmo, .tv.

Afiaram-se os lápis para as notícias e fizeram-se as previsões grandiosas do costume. Os pouco mais de 10.000 "tuvalenses" iam ficar todos ricos. Num país que não tinha uma única estação de televisão começam a nascer empresas para vender moradas na internet. Depressa se percebeu que nesta era virtual nada impedia que se registasse um endereço noutro país e se usasse o seu domínio. Constava que já havia mais endereços .tv registados que pessoas na ilha e quase que areia nas praias. Isso mesmo, que pelo que se dizia lá por onde sabiam destas coisas, todas as grandes cadeias de televisão iriam querer um endereço na net com o atractivo .tv...

Parece que sim, que venderam alguns, mas nem tantos como os que seriam precisos para comprar as tais casas de sonho e os carros que não viam na televisão que não tinham. Pobre não tem sorte, o .com passou a linguagem universal fazendo esquecer o .tv que os ia tornar ricos e, que se vende por aí, no ebay do costume, por uma mão cheia de nada.

E Tuvalu agora, porquê? Porque Tuvalu não ganhou montanhas de dólares com a civilização dos grandes, mas está a perder montanhas de terra. Tuvalu está a afundar-se! Restam poucos palmos de ilha acima das águas do mar que depressa estão a engolir a nação do .tv de todos os sonhos, aqueles sonhos que nunca uma tv como as nossas conseguiria realizar. E, para a história de Tuvalu ser ainda mais insólita, a água não sobe pelas praias, mas aparece do chão como se toda a ilha metesse água tal qual as previsões de há 10 anos meteram.

Os habitantes da ilha que virou ensopado continuam a fazer o que sempre fizeram, apanhar peixe, só que agora em mares que banham terras mais firmes e deixando para trás um país a afundar-se com o .tv que o tornou conhecido nas grandes negociatas dos homens das gravatas.

Conheci esta segunda parte da história hoje, quando fui à procura de Tuvalu, e ainda crente que a sorte lhes tinha dado tudo o que lhes tinham prometido. Afinal encontrei água por todos os lados e um artigo já com três anos e uma pergunta " What happens to a domain if a nation disappears?"

Mulher de Pidá: «O Bruno é bode expiatório»

E o Bruno sabe que a mulher lhe chama bode? Bem, por mim continuo na minha - gosto muito mais da palavra cabrão.

Alexandr, não és só tu a beber muito vodka...

Nem criacionismo nem evolucionismo - Burocratismo...

Deixem-me ter tétano à vontade...

"Time" escolhe Putin para personalidade do ano 2007. Decisão justificada num artigo intitulado “Escolher a ordem antes da liberdade”

Nos tempos em que nas escolas se falava mais de política do que propriamente se estudava, a Ana Paula, professora de História, explicava-nos como o irmão tinha sido esperto por ter ido tirar um curso para a Bulgária, um país onde toda a gente tinha as vacinas em dia. Sorria de orelha a orelha enquanto nos contava que se não fossem ao centro de saúde iam buscá-los a casa e vacinavam-nos à força.
Ele há coisas de que nunca nos esquecemos e, no meu imaginário, a Bulgária será sempre um país de batas brancas a arrastar os atrasados das vacinas pelas escadarias dos prédios.
Parece que há hábitos que não se perdem e sentidos de humor que não se percebem...

Detesto cinzento

Não gosto de picar pontos, mandar postais de natal, fazer telefonemas nos aniversários, ir a casamentos, baptizados e muito menos funerais.
Gosto da minha casa cheia de gente, da cozinha cheia de tachos e mesas grandes com muitos copos em cima.
Não gosto de serões na casa dos outros, de marcar encontros no cinema e de jantares a dois em restaurantes.
Gosto de ir beber uns copos com quem se deixa beber e não gosto de saídas de mulheres e de encontros de amigos.
Não gosto que me façam surpresas quando quero mais é estar sozinha e não gosto que me perguntem porque não atendi o telefone.
Gosto de conversar até de manhã com quem o sabe fazer e gosto de viajar com quem tem olhos para ver.
Não gosto de fazer compras acompanhada e não gosto de me vestir seja na frente de quem fôr.
Gosto de comer, de beber, de fumar e de flirtar.
Não gosto que me digam que estou magra e não gosto que me perguntem como vai a vida.
Gosto do Inverno porque vem aí o Verão e não gosto do Verão porque tenho o Inverno a seguir.
Gosto de preto e gosto de branco.

A mão na massa

Está uma tarde de scones. Na falta das vicentinas do rato acho que vou ter de me fazer à cozinha.

Cara e coroa ou coroa e cara?

Vivo aqui


e aqui


PJ procura autor de disparos contra edifício das Finanças

Que tal se começassem a procurar pela Floresta de Nottingham?

Uma das que mais gosto

Blackbird singing in the dead of night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise

Blackbird fly, Blackbird fly
Into the light of the dark black night.

Black bird singing in the dead of night
Take these sunken eyes and learn to see
all your life
you were only waiting for this moment to be free

Blackbird fly, Blackbird fly
Into the light of the dark black night.

Blackbird singing in the dead of night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise,oh
You were only waiting for this moment to arise, oh
You were only waiting for this moment to arise
( Blackbird, The Beatles)

Where is Raed?

Acredito que o Dear Raed diga tanto à blogosfera de hoje como o Henrique Mendes diz a estas duas que aqui ao lado papam Canal Panda, mas comigo foi por onde tudo começou. Os americanos estavam no vai não vai atiramo-nos a eles lá na terra do Grão Vizir que queria ser Califa no lugar do Califa, nas Lajes serviam-se pastelinhos de bacalhau aos senhores da guerra e o Salam, na Bagdad de todas as notícias, procurava o Raed e dava-nos, ao vivo e a cores, as estórias que a CNN não tinha nem podia nunca ter. Lia o blog do Salam como quem lê a carta de um amigo que não se chamava Anne Frank, mas que trazia também colado à pele o cheiro fétido da maldade dos homens e, todos os dias, torcia os dedos antes de abrir a página, pedindo aos deuses que a bomba não tivesse caido naquela casa e que os danos colaterais não se chamassem Salam Pax.
Não me recordo quando deixou o Salam de postar, mas guardo na coluna dos favoritos aquela coisa chamada "blog" que me trouxe, pela primeira vez, uns olhos sem lentes e uma voz sem dono para me darem, lá de longe, notícias dos que também são meus. Mas que, pela primeira vez também, me fez tentar espreitar para além das pessoas feitas de letras, que no mundo virtual tudo pode acontecer e até o Salam, que procurava o Raed em Bagdad, podia ter pouco de Pax.

tirar | v. tr. - fazer sair de algum ponto ou lugar; privar de...

Decidi tirar dois dias. O 24 e o 25. Vou falar com quem manda e tiro-os, arranco-os do calendário, dou-lhes um bilhete só de ida e ala que se faz tarde. São dois diazitos em 365, nem se dá por nada que as preocupações são muitas e o perú fica bom congelado.
Gosto quando tomo decisões a seguir ao almoço e tiro dois dias.

Eles bem sabem que o sonho...

"Arthur C. Clarke à espera de chamada extraterrestre."
"Nuno Gomes pede apoio dos adeptos."

The Incredibles

Era um anúncio da D&G e, como em qualquer outro, ela nem tirava os olhos da televisão. Ia comentando para dentro, como se mais ninguém estivesse ali para a ouvir e só quisesse testar o raciocínio. O senhor vai a correr... e a senhora... vão-se encontrar...pronto, já está, abraçaram-se... mas é um homem com outro homem, não é a menina.... ah, já sei... a menina tirou a cabeça dela e pôs uma de homem...

Operação "Noite Branca"

... e isto do "branca" tem a ver com em branco ou com vamos lá branquear?

Umbiguismos I

Gosto do termo "cabrão". Não gosto por ser especialmente bonito, ou elegante, ou por se nos arredondar na lingua e poder ser dito quase como caberau, à inglesa, mas gosto porque me lembra Setembro. Setembro era mês de quinta, e de serra, e de primos. Era em Setembro que, de repente, o Verão ia embora e chegavam por correio, mandadas pela minha mãe, as camisolas de lã, que na serra o frio era assim - quando chegava já não arredava pé, não era um frio maricas que espreita e vai embora se se sente intimidado.
Foi em Setembro que descobri o cabrão. Estávamos na cozinha e cabrão foi a palavra de ordem até chegar a voz fininha da avó e um "meninos, isso não se diz que é muito feio". Não sei se foi o doce do ralhete ou se é a sonoridade do ditongo, mas cabrão é uma palavra de que gosto.
Das outras nem tanto, apesar de muito do calão estar devidamente etiquetado na minha memória.
"Chiça". Chiça dizia o Diabo na peça que o meu pai me escreveu para um fogo de conselho nos escuteiros. Li, reli, tornei a ler. O meu pai tinha mesmo escrito Chiça, e agora explicasse eu ao chefezinho de lenço ao pescoço que já mestre Gil Vicente....
"Minete" saiu-me desamparado em Agosto, no trocadilho que o meu irmão me pediu para fazer. E disse, e voltei a dizer. E eles riam e eu com cara de parva e de espera lá que não me apanhas e de irmã mais velha que não admite espertezas dessas ao puto e de finalmente vencida e agora vais ter de me explicar. E o gajo explicou. Demorou umas horas e muitas voltas pela Figueira, mas explicou, que naquelas bandas ninguém se deita cedo.
O "broche", que afinal não era alfinete, chegou-me pela boca experimentada da Sãozinha, que me deu todas as indicações fundamentais mesmo em frente à Câmara Municipal. Já naquele tempo estas coisas tinham o seu quê de politiquice. A Sãozinha foi a nossa Educação de Verónica - qualquer coisa era só perguntar, que ela não se fazia rogada e nós agradeciamos.
Tem piada como neste correr percebo que quase todo o meu calão tem estória. Pudesse eu escrever "cona" e poderia explicar que esta foi das primeiras - esteve desde sempre gravada no cimento do passeio do parque dos baloiços, mas nem deu para insistir porque lá por eu já saber ler a minha mãe não dobrou e recusou-se a explicar o que era, no meio de umas ameaças de se te torno a ouvir dizer isso...
A inócua "merda" está ligada ao PREC e, mais uma vez, à minha avó. Ainda a estou a ver corredor fora, falando com os seus botões e com as nossas orelhas todas - vejam lá, vejam lá, já se diz merda na televisão.... Era o Pinheiro de Azevedo e o "vão à merda" que ficou na história..
Não posso esquecer o puta, mas essa é de estimação, carinhosa mesmo. Puta chamou-me o JP nas escadas dos Três Pinheiros, no meu tempo de menina e moça, poucas horas depois de o ter deixado pendurado com um anel na mão para ir a uma festa de carnaval com a minha paixão do costume. Esse mesmo JP que voltei a ver há pouco tempo atrás e me disse que passaram vinte anos, mas não passou um único dia sem se ter lembrado de mim. Puta é assim como que um beijo no pescoço. Único, mas bom.
Faltava, nesta busca de memória digna de uma cantora alemã, o pintelho. Esse nunca mais se separará de uma taça de champagne. Tinha 15 anos quando fui ver o Exorcista no salão dos bombeiros. Era a mais nova da trupe mas quais vomitados em jorro, diabos nos sotãos, cabeças que rodavam ou padres pela janela. Nessa noite o que não me deixou dormir foi o não ter percebido o que era isso de pintelho que a outra tinha, logo no princípio do filme, dentro da taça do champagne.
E há calão que nem é mau, mas de que não gosto. Não gosto de porra. Não gosto porque não gosto. Tem um som feio, uns erres dobrados e ninguém consegue dizer "porra" sem primeiro vestir um casaco ordinário. Também não gosto de chicha.... Chicha... Este é, mesmo, o meu ódio de estimação. Chicha? E isso é o quê? Uma fantástica costeleta de novilho é "chicha"?? É das tais que doa a quem doer, acordos ortográficos incluidos, nunca por nunca vai entrar cá em casa...
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Este foi um escrito de catarse. De vez em quando preciso de as dizer, ou de as escrever, nem que seja assim, bem embrulhadas e disfarçadas no meio das luzes, para não sufocar.
Quando comecei a trabalhar fiz, tal como muita gente na minha situação, dezenas de defesas oficiosas. Dava-me um gozo imenso imaginar a minha mãe a ver-me, numa sala cheia de gente, a perguntar na frente de Sua "Meretríssima" - mas é verdade que ele lhe disse puta de um cabrão vou-te foder os cornos?
Sim, teria sido aí que ela iria ter a certeza que um marido faz muita falta a qualquer filha de educação esmerada...

Salve-se quem puder que chegámos ao ALLgarve

Os imigrantes, de origem marroquina e subsariana, embarcaram no Norte de África com destino a Espanha (... ) num primeiro momento, ainda tentaram o diálogo em espanhol com as autoridades mas, quando perceberam que estavam em território português, começaram a discutir entre si. Quatro elementos tentaram a fuga a nado...

Sem rede

O tipo lá de casa dá-lhe umas tareias de vez em quando, de quando em vez, de vez em vez e de quando em quando? Isso, minha cara, tem os dias contados, pode crer, que a solução está aí ao som do Jingle Bells. Deve ser da época, mas o nosso Jorge Lacão, que pelos vistos é Secretário de Estado, propôs, qual Pai Natal de tribuna, oferecer telemóveis às vitimas de violência doméstica. Assim, sem mais. Passe lá pelo Raio X, depois venha cá para levar os pontinhos da praxe e os aparelhos - o de gesso, que o bracito ficou em mau estado, e o telemóvel com lacinho vermelho e cartão de boas festas...
E pronto, nada como medidas profiláticas. Da próxima vez que ele lhe queira bater usa o seu novo telemóvel - não se esqueça de carregar a bateria - e chama a polícia. Se, pois, que nunca se sabe, às vezes estas coisas falham que isto de electrónica e imbecis é para onde lhes dá o vento, mas como ia dizendo, se voltar a apanhar, pode e deve usar na mesma o telefone - Linha Saúde 24, que vir para as urgências sem ligar primeiro já não está de acordo com o país de sucesso que somos, a West Coast de inglês ver.

Viram por aí o Oliver Stone?

14 de Dezembro. Destaque Diário de Notícias - Tabaco vai subir 30 cêntimos por maço a partir de Janeiro. Este aumento, segundo o nosso querido governo, insere-se nas medidas orçamentais para a consolidação das contas públicas.

INFARMED (Instituto Público, by the way) . "Circular Informativa 216" para "Divulgação Geral" - Atenção pessoal, mas muita atenção que nós somos amigos e até queremos que ouçam bem isto, o Champix, aquele medicamento quase mágico, à venda desde o princípio do ano, e que não é a treta dos adesivos porque vocês deixam mesmo de fumar, pois esse medicamentozinho pode levar ao suicídio. Vejam lá no que se metem, vejam vejam ....

Pergunto a mim mesma se é por ser aquela cabra que já se sabe, que acho estranho que a circularzinha altruísta tenha a data de 14 de Dezembro, a mesma, pois claro, daquela outra notícia de que falei mas já nem me lembro qual é.

Ministro admite alargar Dia Nacional da Defesa às mulheres

Alarguem sim, mas mudem-lhe o nome. Dia Nacional do Ataque era muito mais apelativo.

Quatro Seguidas

#1
Aprendi em Medicina Legal a importância dos cortes experimentais para diferenciar suicídios de homicídios - isso de só um cortezinho no pulso era malvadez de certeza que quem se quer matar nunca o consegue ao primeiro golpe de navalha.
Se a mesma teoria se aplicar aos blogues pode ser que seja desta, que postas experimentais foi o que mais fiz nos últimos anos...

#2
Se pudesse ia-me a eles ..... se não tivesse que lhe mandar uma conta no fim do mês dizia-lhe quem era imbecil .... ai se não fosse esta esmerada educação ..... Se, Se, Se,..... Se me chamasse ernesta talvez pudesse escrever e dizer tudo o que a ernesta escreve e diz.
Criar um boneco. Não é fugir ou brincar ao faz de conta. É só usar de uma liberdade que está mesmo aqui à mão de semear, sabendo que não poderá nunca ser confundida com um assinar de cruz ou jogar ao toca e foge. E sabendo também que até o boneco acaba por ficar limitado, tal o gepetto que o criou, porque reinventar-mo-nos todos os dias é tarefa de génio ou de louco.

#3
Há quem nasça assim como eu, bonita double face mas muito pouco fotogénica. Comigo é tudo ao contrário e a única presunção que existe é a de culpada à partida... a inocência nunca vai bem com o meu tom de pele e, se assim é, assumamos a nossa cabronice.

#4
E foram quatro seguidas... siga a cabra que eu retiro-me.