Sem rede

O tipo lá de casa dá-lhe umas tareias de vez em quando, de quando em vez, de vez em vez e de quando em quando? Isso, minha cara, tem os dias contados, pode crer, que a solução está aí ao som do Jingle Bells. Deve ser da época, mas o nosso Jorge Lacão, que pelos vistos é Secretário de Estado, propôs, qual Pai Natal de tribuna, oferecer telemóveis às vitimas de violência doméstica. Assim, sem mais. Passe lá pelo Raio X, depois venha cá para levar os pontinhos da praxe e os aparelhos - o de gesso, que o bracito ficou em mau estado, e o telemóvel com lacinho vermelho e cartão de boas festas...
E pronto, nada como medidas profiláticas. Da próxima vez que ele lhe queira bater usa o seu novo telemóvel - não se esqueça de carregar a bateria - e chama a polícia. Se, pois, que nunca se sabe, às vezes estas coisas falham que isto de electrónica e imbecis é para onde lhes dá o vento, mas como ia dizendo, se voltar a apanhar, pode e deve usar na mesma o telefone - Linha Saúde 24, que vir para as urgências sem ligar primeiro já não está de acordo com o país de sucesso que somos, a West Coast de inglês ver.

5 comentários:

A. Jorge Oliveira disse...

É por estas e por outras que eu não gosto de pessoas. Prefiro bolachas.

Teresa disse...

até as bolachas já estão etiquetadas, rotuladas e devidamente vacuizadas... boas eram aquelas que se compravam a granel, meias partidas, na mercearia da esquina.

A. Jorge Oliveira disse...

Como as da minha rua. O Sr. Marçal ainda arranja produto do bom para os bolachólicos. As de aveia são as melhores.

Teresa disse...

Aveia é muito politicamente correcto. Para mim bolacha que se preze tem de ser bolacha baunilha da triunfo, vendida a granel e aberta ao meio, 'inda mal se estava a sair da loja, para lamber o recheio

A. Jorge Oliveira disse...

As de aveia dão jeito quando temos de saudar alguém de quem não gostamos, e as estamos a comer na rua. "Bom dia" e saltam as migalhas para a cara do outro ou da outra. Além de saborosas, são extremamente úteis para a javardice.