Voltando à vaca fria

E já que se trazem argumentos economicistas para a discussão sobre a medida das penas, recomendo a leitura deste artigo (devidamente traduzido para português) do jornalista do New York Times, Ian Urbina. Não sei qual a vossa opinião, mas a mim assusta-me que a discussão sobre a Pena de Morte, nos Estados Unidos, incida mais sobre os seus custos do que sobre a sua legitimidade. Quando as nossas vidas começam a ser esvaziadas de valores para se reduzirem a um mero custo num orçamento qualquer não tarda estaremos a defender que um deficiente profundo não deve ter direito a uma simples aspirina paga pelo Estado, paga pelos nossos impostos.

Ou não?

Mas, já agora, uma outra perguntinha que só parece vir em sentido contrário da anterior - porque razão um preso no corredor da morte é vigiado 24 horas por dia de forma a que seja praticamente impossível que se suicide?

7 comentários:

sem-se-ver disse...

exactamente, tereza!!!


(oh pa, andamos a concordar demais, diz la mal do nogueira, mas de uma maneira mais desenvolvida, senao isto deixa de ter graça!)

resposta á tua ultima questao: pq naquele país é a vingança que se institucionalizou. a ideia de que 'fizeste, tens que sofrer'. a tua vida é nossa, nao tua. tal como esse, o que pena no corredor da morte, fez e considerou sobre quem assassinou. sem qualquer diferença.

Anônimo disse...

pegando nos vossos post's sobre a pena de morte, a prisão perpétua, as liberdades e a ida à Lua, ocorreu-me uma ideia: mandá-los para a Lua!
"eles" ficavam livres e "nós" também;
e como um dia lunar é menor que um dia terrestre, era só vantagens, do ponto de vista humanitário, dado que as penas seriam reduzidas, e económicas, por não ser necessário vigiá-los: só se fugissem para Marte!

Teresa disse...

(SSV um post desenvolvido sobre o Nogueira é uma impossibilidade física...)

É uma chatice quando começamos a tirar conclusões, não é? Há coisas que deviam ser como os dogmas de Fé - acreditam nelas mas não podem ser questionadas...

Teresa disse...

ó anónimo, li mal o teu comentário e comecei logo a disparar... desculpa lá. Já me retratei limpando, ad eternum, a porcaria.

Teresa disse...

E agora a resposta certa anónimo - eu, pelo menos, vou vezes demais à Lua para me agradar sabê-la cheia de malfeitores.

sem-se-ver disse...

tereza, também foste á varanda dizer adeus aos astronautas quando eles alunaram? eu fui :-)

Anônimo disse...

o anónimo aceita as desculpas, desde que sejam bem regadas...com vinho verde, que é do meu Portugal...