“Maggie: I don't understand a God who would let us meet, if there's no way we could ever be together.”
Há uma palavra pela qual tenho uma especial embirração. A palavra ‘impossível’. Parece-me sempre que as pessoas se agarram a esse conceito para justificarem a sua própria incapacidade e/ou vontade de fazerem algo. Parece-me sempre que usam a palavra como meio de fuga de algo que é apenas um pouco mais difícil do que o normal.
E depois surge a ideia de um amor impossível. Não uma coisa tipo Romeu e Julieta, o meu pai vai-te matar e eu vou ficar viúva antes de casar portanto vamos lá optar por morrer juntos que sempre é mais porreiro e dá hipótese de ficarmos eternos. Não uma coisa tipo Love Story, tadinha da miúda que era tão boazinha mas veio o raisparta da leucemia e quilhou a cena toda. Não uma coisa tipo Paciente Inglês, porque é que não nos encontrámos uns anos antes de casares que o parvito que depois decide que prefere ver toda a gente morta a vê-los felizes juntos. Não, nada disso.
Surge a ideia de um amor impossível porque as duas partes não conseguem amar-se, amando-se, no entanto. Não cola. Desculpem mas não consigo conceber. Tem que haver mais do que isso. Tem que haver todos os meandros de uma história recambolesca para que “duas pessoas que vão até ao fim do mundo uma pela outra” não consigam viver esse amor. Ou então é comodismo. A grande doença da segunda metade do século XX e que se alastra de forma perigosa para o século XXI. A trabalheira que dá cultivar o amor, regá-lo, vê-lo crescer… E quando damos conta que nos temos esquecido da planta, olhamos o vaso e a planta morreu. Não porque era impossível mas porque nós o matámos. Porque nos esquecemos que tudo o que vale a pena nesta vida, dá trabalho. Tudo o que vale a pena, nos parece à partida impossível.
E a seguir, vêm os defensores da impossibilidades de personalidade e eu digo: BS! É fácil quando se ama alguém compatível e impossível quando se ama alguém não compatível? Ou será que o facilitismo não tem a ver com a nossa falta de espirito combativo? Não será porque é muito mais fácil dar-mo-nos com alguém sob a bandeira do Nacional Porreirismo? Porque é complicado discutir. É moroso debater ideias com alguém que não concorda. E é cá uma trabalheira…
Fala-se de amores impossíveis e focamo-nos apenas na impossibilidade. E o amor? A sublime sensação de nos sentirmos fundir com outra pessoa apenas com uma troca de olhares? O céu ao alcance dos nossos dedos com um toque de lábios? A intensidade brutal e desvairada de um orgasmo com aquela pessoa que é igual a tantas outras fisicamente, mas que quando está em nós se torna a única capaz de preencher a nossa alma?
Fala-se de amores impossíveis e pensamos na impossibilidade… E o amor, onde fica? Porque se o esquecemos assim tão facilmente, então é porque não valia mesmo a pena. E aí, meus caros, parece-me uma real estupidez lamuriar-mo-nos por algo que se tornou apenas o prefixo do adjectivo.
50 comentários:
respondo-te amanhã.
Não existem. Ponto.
Há alguns mais difíceis que outros, mas a malta, com imenso carinho, dá a volta aos obstáculos.
(Ou esmaga-os à sua passagem...)
Acho que já não digo há uns dias o quanto gosto de ti, Bruce!
Dorme bem.
Cá estarei, SSV.
Bjs
"feliz o homem que alcançou amor eterno"
in, Dracula
(só te comento quando perceber o BS... ou estou burra ou preciso de dormir...)
(Teimosa, a miúda...)
(mesmo, visconde...)
Santo, acho que também já não te digo há uns dias que gosto de ti...
Tereza: BullShit
(Opiniosa, Visconde. Opiniosa...)
(É tão bom ver-vos unidos, SSV...)
:p
Mas podem exercer o direito de resposta a qualquer momento...
(mas expliquem-me como se eu fosse mesmo muito burra porque, neste caso, aparentemente, sou...)
(E já agora porque é que quando uma pessoa defende o mesmo que nós é perserverante ou determinada, mas quando defende a posição contrária é teimosa?)
É assim mesmo!
Ou muito me engano, o que é o mais provável, ou a diferença de opiniões existe, também mas não só, porque se parte de pressupostos diferentes, ou então não.
Sérgio
Sérgio, ora aí está talvez a 1ª coisa em que concordamos!!!
;o)
Por isso, decidi explanar os presupostos da minha visão.
eu concordo tb com o Sergio, mas ainda nao percebi bem em que parte...
ahahah Santo
ja ca estou, mas agora vou almoçar
O Santo é que a sabe toda...
Beneficios a condição, é o que é...
MQP,
Mas não queres saber os pressupostas da minha pois não?
E digo-te já que não é a primeira coisa em que concordámos, pq eu também não sou teimoso.
Sérgio
Claro que quero saber, Sérgio. Só com conhecimento é que o "mundo pula e avança".
agora tu:
ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
entao era isso???
ahhhhhhhhhhhh era ESTA a interpretaçao que davas à expressao, por isso, fosse o que fosse que eu ou visconde dissessemos de nada serviria!! porque TU estavas a falar de algo diferente!
eh pá podias logo ter dito, nao??
ok.
entao é assim:
ai peixa peixa, filhaaaa, neste sentido que lhe dás claro que sim, que 'amores impossíveis' equivalem tão só a nem serem amores. de uma das partes, claro.
mas, menina, seme estar debaixo de nenhuma bandeira de nacional porreirismo, peixa, peixa... querida... as xxx as pessoas sao mm incompativeis. é uma pena? é. desperdício? ah pois. azar do c***? sem duvida. mas contra factos nao ha argumentos. e se há zonas onde se pode procurar afinidades, tentar construi-las até, ha dimensoes em que se ha incompatibilidades, a relaçao simplesmente nao resulta. e, com ela, o amor morre. ou mesmo que nao morra: nao pode ser vivido, continuar a ser vivido.
e qd é assim, minha amiga, que fique a amizade. porque, essa sim, é indestrutivel, se amor tiver havido, verdadeiro amor tiver acontecido, entre dois seres que se amaram de outra maneira e a quem nao resta (resta, maneira de dizer, porque é o que de melhor a vida tem para nos oferecer) senao a amizade.
MQP,
Agora não dá mas prometo que volto à carga.
Querida, querida, querida, SSV, eu limitei-me a comentar os dados que me deram. Ou a tentar entender os pressupostos que me foram dados.
"Este tipo de amor impossível tem a ver com a intensidade desse amor que é percebida pelo outro lado. Repare, podem ambos amar com o máximo das suas forças, mas o outro não capta a grandeza desse amor, parece-lhe um amor menor e quando um pressente um amor menor é caminho certo para um amor impossível."
As palavras não são minhas... E não as entendo. Posso apenas interpretá-las.
(e eu não sei o que é ser amiga de ex's...)
Cá estarei, Sérgio.
Passei aqui por sugestão de uma Amiga leitora assídua! Quando vi a imagem e a citação do Filme "Cidade dos Anjos" hesitei.
Nada tenho a acrescentar, deixo os meus Parabéns por conseguir de forma tão clara exprimir o que na realidade acontece, o que infelizmente é a nossa realidade actual!
Obrigada, Peixa...
Voltando lá a cima, não há um teimoso sozinho...
E hoje estou nas perguntas - se há amor impossível então, logicamente, também há ódio impossível.
Será?
aahhah tereza. ok, pera, ja trato de ti.
peixa:
qt á citação do visconde: menina, o rapaz nao se soube exprimir bem, penso eu de que. porque aquilo que ele descreve nao existe e contém uma contradição nos termos (repara, tereza, ali é que há contradiçao nos termos): «Este tipo de amor impossível tem a ver com a intensidade desse amor que é percebida pelo outro lado. Repare, podem ambos amar com o máximo das suas forças, mas o outro não capta a grandeza desse amor, parece-lhe um amor menor e quando um pressente um amor menor é caminho certo para um amor impossível.» porque não isto de 'o outro nao captar a grandeza do amor que o outro sente' e muito menos considerá-lo 'um amor menor'. isto, sim, é impossivel que aconteça. porque se capta sempre o amor e respectivos graus - ainda mais se for graaaande! - e sem qualquer dificuldade. o amor, alias, sente quem o sente. so é perceptivel pelo outro a partir dos sinais de amor que recebe. donde, se o amor for graaaande, impossível nao captar os respectivos graaandes sinais. parece-me que, ali, no caso que o visconde coloca, há é alguem que ama (?) bem menos que o outro... ou seja, que este caso cabe na categoria de 'amor nao correspondido'. ou VERDADEIRAMENTE correspondido.
agora, para mim, o mais sério de tudo: como, mas como é possível, que tu, como tanta gente (impressiona-me o número, sinceramente!!), nao tenhas ficado amiga de nenhum dos teux ex? eu fiquei amiga de todos porra!!
olha, ISSO SIM, é que me parece impossivel!! chiça! oh peixa, caramba, se amaste, se REALMENTE amaste, como nao ficaste amiga? eu quando amo é pra vida! ja nao ando, ja acabou, mas amo a pessoa X ou Y ate morrer! o meu coraçao fica quente, ou quentinho, vá, é conforme, à MERA lembrança de todos quanto amei! donde, só por esse aspecto sinto e SEI que me sinto amiga de tal/tais pessoa/s.
depois, é EVIDENTE que nao mantive o contacto, ou o mesmo tipo de contacto, como todos eles. isso é natural, depende seja do tipo e importancia real da relaçao amorosa que se viveu, seja das circunstancias da vida que nos mantêm próximos ou nos afastam... mas sei que sou amiga. que lhes desejo o melhor, que quero que estejam bem, com saúde e felizes, de preferência no amor também.
oh pa mais pareço a madre teresa a falar, mas que queres, sou mesmo assim... e nao uso túnica!
*depois da citaçao
porque nao existe isto de... (etc)
qt a ti, sua marota.
lol (rindo com a tua questao)
bong... como direi...
(ssv a iniciar a carburação...)
há odios impossíveis. há. olha,um exemplo é fornecido pelo amor impossível: o amor foi impossivel e por isso é impossivel odiar-se a pessoa em causa.
:)
Podes continuar SSV que estás quase a retirar à gaija do norte o epíteto de contorcionista chinesa...
(vá, esforça-te lá mais um bocadinho...)
Ahhh... Atão não fui só eu a achar que aquele amor impossível não era possível... Tou mais descansadinha...
Porra que vocês são chatas... Tu queres realmente saber se fiquei amiga dos ex's, se os recodo com carinho, blá, blá, blá? Ou se mantive uma relação de amizade?
Quanto à primeira, afianço-te que sim. Que os tenho todos guardados no coração. Agora, aparentemente, os senhores não conseguem ser meus amigos. Acho que sou tipo coca-cola: 1º estranha-se, 2º entranha-se, 3º é medicamente proibida!!!!!
AHAHAHAHAHHAHAHHAHA
E ainda posso acrescentar a 4ª que será cirurgicamente removida.
oh, n digas isso de ti. palerma.
qual contorcionismo, tereza?
:|
Não estou a dizer mal de mim, SSV, antes pelo contrário. E mais não adianto, senão qualquer dia pareço mais presunçosa do que o visconde.
Nenhum, SSV, nenhum...
(outra teimosa...)
:|
Teimosa é bom, SSV. Eles fazem parecer defeito mas, na maioria das vezes, não é.
Filipinha, tarda mas não falha!
Porque querias desistir quando viste a Cidade dos Anjos????
Porque é um filme que me causa angústia. Choro e tudo! Já o vi vezes sem conta e choro sempre. E hoje não me apetecia deprimir... O N. Cage é o meu actor favorito e quando o vejo naquela tristeza fico com vontade de lhe dar colinho :))))
Olha outra que pode ir comigo no cruzeiro...
Ainda no sábado debati a temática N. Cage. Se há actor/homem que não me diga nadinha, é esse mocinho.
Reconheço que até tem uns filmes catitas, mas é monocórdico. E como homem não me toca em nenhum nervo...
A mim toca-me os nervos todos!! Acho que até descobri uns que não conhecia à conta dele!!!!!
AHAHAHHHAHHAHAHAHHAHAHAH
(se estivesse cá a Gaija, dizia-te já: Pormenores, não!!!!)
ah, eu pensei que era porque o filme é uma xaropada sem remissão...
Sim, até porque é uma versão de muito fraca qualidade do grandioso 'Asas do Desejo' do Wim Wenders.
Quanto à posta, tou comà SSV. Tenho que ir ali mas comentarei...
Postar um comentário