Vista de fora


Ao longe a cidade brilha sob um halo alaranjado de luz que lhe pinta o céu da madrugada, formando como que uma cúpula assinalada por um gigantesco letreiro de neon. E eu hesito e não avanço, preciso de algum espaço entre mim e aquele tapete de casas que cobre o mesmo chão onde antes cresciam as árvores e agora apenas medram habitáculos de betão.

Ao longe a cidade zune um som imperceptível que me evoca a sua respiração, ofegante, sob o manto de poluição sufocante que asfixia uma população cada vez mais vazia de vontade e menos dotada de capacidade para suportar as agressões de que uma cidade é capaz.

Ao longe a cidade que nos faz sentir periféricos nos subúrbios da emoção enquanto se instala arrogante no centro da nossa atenção.



32 comentários:

gaija do norte disse...

já lhe disseste o que te lembra a sua respiração ofegante?

shark disse...

Já. E ela respondeu que já tinha ouvido dizer...

Marias disse...

E deu muito bem.

Anônimo disse...

desculpa lá uma intromissão hídrica mas é só para dizer que com tanta chuva e isto ainda está assim, portanto cabras continua a chuva, que remédio,

Anônimo disse...

acho isto fabuloso, a animação sobre o globo todo (esparramado mas enfim, têm que passar a fazer esférico também),

já viram? vem um fiozinho de vento do Pacífico passa por cima do Golfo do Mexico apanha com uma bombada e fica cor de laranja, e depois faz um flop por ali acima e dá-nos com uma cauda de chuva,

quetzalcoatl, a serpente emplumada

Anônimo disse...

és um romântico, Z...
(e tu tb ó tubas!)

Anônimo disse...

pois sou, cj, nada a fazer

quetzalcoatl é Vénus

Anônimo disse...

mas portanto, camaradas, andamos com valsa na frente oceânica

calamity jane disse...

Aqui chegou o solzinho :-)))

Anônimo disse...

o meu está tímidoooooo, mas entretanto veio um destes para a valsa,

ah!, e agora já está a brilhar

gaija do norte disse...

(psiuu, aqui também, mas ainda não posso ir para a rua sem as pedras nos bolsos!)

calamity jane disse...

pra não levantares vôo?

gaija do norte disse...

não, balhamedeus, era por falta de outra coisa qualquer que só não me faz corar porque não sei!

(apareciam já uma dúzia de tutores a dar-me cabo da carola! sinto-me tão reprimida neste blogue...)

Anônimo disse...

hoje tenho de ir esticar as patas ao retardador, tenho aqui um gémeo zangado, mas já está mais conformado

Anônimo disse...

não esquecendo os recursos nacionais, vê-se que vem aí azul (mudar para visível&oceano atlântico para tirar dúvidas), intermitente mas pronto

Teresa disse...

Não estou a percber nada...
Gaija costumas andar com coisas nos bolsos que te fazem corar??!!!

Anônimo disse...

Ela falou de pedras... Agora digo eu, gaija, queres falar???

gaija do norte disse...

chefa o desenho vai ter que ficar para mais tarde... vou arejar antes que me dê uma coisa má!

gaija do norte disse...

calamity, eu disse primeiro.

Teresa disse...

Por falar nisso, por onde andará o Visconde?

Teresa disse...

gaija, estás a ferver com quê?

Anônimo disse...

Ai melher, já vi q a coisa tá feia...
(disseste primeiro, mas eu ofereço-me na mesma. com os males dos outros posso eu bem...)

gaija do norte disse...

ai gaija, não há como levar com este temporal na cara :)

(é como aquela história da pimenta, não é?)

Teresa disse...

olha que se é assim por aqui também anda muita pimenta no ar...

gaija do norte disse...

(depois lembra-me para te contar a história da pimenta...)

Teresa disse...

Deixa estar... (só se for uma daquelas para contar no privado...)

gaija do norte disse...

(no privadíssimo!!!)

Teresa disse...

Essa quero saber!!!...

Anônimo disse...

assim não vale!!

gaija do norte disse...

só não vale arrancar olhos...

Anônimo disse...

Eu também quero saber!

Teresa disse...

Calados e quietos que isto é coisa séria...