Não é um cartaz que anuncie as delícias das praias da Costa del Sol nem um cartaz que anuncie agências de aluguer de automóveis que nos recebe quando chegamos a Madrid.
Se agrides uma mulher, deixas de ser um homem. É preciso que o digamos, nós, os homens, aos outros homens e, mais, é preciso que o gravemos nas nossas cabecinhas lindas para o caso de um dia bebermos de mais, sofrermos de mais ou seja o que for demais.
Se agrides uma mulher, deixas de ser um homem. Simples.
(Já agora, os outros cartazes da campanha)
Se agrides uma mulher, deixas de ser um homem. É preciso que o digamos, nós, os homens, aos outros homens e, mais, é preciso que o gravemos nas nossas cabecinhas lindas para o caso de um dia bebermos de mais, sofrermos de mais ou seja o que for demais.
Se agrides uma mulher, deixas de ser um homem. Simples.
(Já agora, os outros cartazes da campanha)
37 comentários:
O problema é que não conheci um único caso de maus tratos a mulheres em que o homem não dissesse que a culpa era dela.
Estes tipos são tão obtusos que nem uma mensagem destas devem entender.
Teresa, é evidente que, muitas vezes "a culpa" é delas. A questão é que "a culpa" muda de lado quando se maltrata.
E, acredite, há poucas coisas tão desagradáveis para dizer a um homem como "Não és homem".
(coisas de latinos, este cartaz não resultaria no Japão ou na Noruega)
Visconde, concordo consigo em tudo. O que me preocupa é que as pobres ainda levam com mais esta culpa - por causa delas eles não são homens!
A associação de palavras "Visconde, concordo consigo em tudo" soa-me deveras estranha...
eu então ponho-me a milhas para que o problema nem se coloque, mas por outra razão também: as mulheres são muito mais viperinas com a língua imparável e lixam a cabeça a um gajo num instante; acho que a minha mãe, de quem ando com muitas saudades por coincidência, empurrou o meu pai para o ataque cardíaco fatal - a tua não, Teresa?
por isso o que eu aconselho é: tenham um amigo por fora, ou uma amiga isso já me é indiferente, e quando a coisa estiver a dar para o torto vão dormir com ele.
Vão ver como fica logo tudo mais recalibrado, e ela também.
É pá, obrigadinho pelos comentários quando fiz um post sobre o mesmo tema.Ver "Violência Doméstica"...
e há que pensar nos miúdos a ouvir gritaria por todo o laado, ou pior ainda violência física; assim pronto: onde está o pai? foi ter com o amigo,
também dá para a mãe: foi ter com a amiga,
claro que pode ser tudo hetero ou tudo homo, mas aprece-me que os lugares de cada um se confundem menos se forem soluções bi, não esquecer os quatro sexos triangulares: {f,f,f},{m,f,f},{m,m,f},{m,m,m}, cada um é que vê o que achar melhor,
agora ando gamado em ouriços cacheiros têm um focinho mesmo giro e quando é para levarem com festas penteiam os picos todos para trás,
Realmente também me pareceu estranho, mas é uma vez sem exemplo...
Z, agora deste-me um murro no estomago. E garanto que foi dos grandes. Até fiquei sem ar.
Gabs, tem toda a razão. No entanto, há algumas técnicas de marketing avançado que convém dominar se queremos comentários aos nossos posts. Eu partilho consigo alguns básicos:
i) Coloque coisas do estrangeiro, ainda que o estrangeiro seja Barajas. Dá um toque de sofisticação, os leitores sentem-se mais impelidos a comentar, porque, ao comentar, mostram ao mundo que são cosmopolitas, que entenderam a mensagem, apesar de star em castelhano;
ii) Use o factor surpresa. Uma mulher colocar um post sobre violência doméstica é banal. Um homem é diferente, a mensagem que passa já não é "olha mais uma que já levou..." e passa a ser "que rapaz tão sensível, deve ser fantástica uma noite de sexo desenfreado com ele...". Repare, se fosse eu a colocar a foto da mamalhuda, ninguém comentava, um homem colocar fotos de mamalhudas é banal. Como foi você, veja lá que já vai numa duzia de comentários, e a crescer...
iii) Arranje um nome estúpido para assinar os seus posts. Por exemplo, Visconde de Vila do Conde;
iv) Crie uma imagem blasé, faça de conta que nada lhe importa. Zero comentários? Pfff, estou cheio de strokes positivos, escrevo só para mim, dá-me igual que leiam ou não. As pessoas gostam desse tom e comentam muito mais se você passar a mensagem "comente-me, por favor, a minha felicidade depende disso.
Não me agradeça, Gabs, afinal somos camaradas de blog...
Ai, ai, aproveita que eu estou calma...
Eu tenho fotos estúpidas, não chega?
Na verdade estou-me a #&% para os comentários, até os bloqueei no meu blog...
não quero dar murro nenhum Teresa, sinceramente acho que entendo tod@s, embora isto possa parecer pretensão, homens e mulheres somos diferentes, temos cabeças diferentes, sensibilidades diferentes, resistências diferentes, e no entanto somos complementares e é bom assim, ou não nascessem crianças apenas dessa maneira. Estou só a procurar abrir caminhos para que as pessoas se possam dar melhor no futuro, ou pelo menos com menos violência física mas também verbal, eu lembro-me de ver o meu pai vermelho que nem um pimentão e a minha mãe pimba, e pimba, e pimba, e no entanto quem mais sofreu com a morte dele foi ela claro,
enfim: haja Deus que eu também estou, de vez em quando, exausto, e lá vou
e se tocas numa criança não és coisa nenhum!!!!!!!
tem toda a razão, Visconde, mas como conseguir enfiar isso naquelas caixas encefálicas??
(e perdoe-me o comentário anterior mas o seu post hoje caiu-me como bomba)
Cartazes bestiais!!!
lá fazem campanhas dessas (já conhecia, mas obg, visconde, por este post), por cá faz-se - ou quer fazer-se - isto:
«O Partido Socialista prepara-se para alterar a lei da violência doméstica de forma ingénua. Embora continue a ser crime público a investigação criminal passa a exigir que a alegada vítima preencha um requerimento.»
ver a proposta legislativa aqui:
http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalheIniciativa.aspx?BID=34254
mas ssv, e agora sem agravo, mas também não é natural que a vítima tenha alguma participação activa no processo? Eu também acho uma violência que obriguem a vítima a sê-lo sem ela querer, se fôr o caso,
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Teresa: quanto à minha mãe, que saudades, ela era assim mas não era por mal, era Carneiro, fogo primordial, intempestiva. Sempre que sentires em mim lampejos de amor, inclusive por ouriços cacheiros, é a ela que se deve, era ela que via a vida como matriz de amor e assim ma comunicou; o meu pai não, era racional, era um amigo, ensinou-me a lealdade e a verticalidade.
Tomara eu que isto tudo pudesse acabar numa festa no Paraíso mas está fora das minhas forças, só vou puxando a carreta e perguntando-me por que raio fizeram isto assim.
Z (e SSV), eu também ia dizer que acho correcto a vítima ter uma palavra a dizer no processo e também não sei se se pode e deve meter demasiado a colher. Acho que a violência doméstica não devia ser crime público mas semi-público - depende de queixa mas depois da queixa feita o MP só desiste dela se assim o entender, deixando o perdão de ser um direito da vitíma - e devia-se investir na informação da vitima. O primeiro passo era fazê-la pensar-se como vítima.
Durante muitos anos, como advogada, apanhei demasiados casos de violência doméstica. Depois trabalhei uns anos como voluntária da APAV. Fui eu própria vítima e continuo a ser confidente de muitas outras. É estranho como mulheres inteligentes se sentem "especiais" - acham que só acontece com elas - e continuam a recusar-se a fazer queixa "porque ele vai pedir desculpa".
O grande trabalho é convencer estas mulheres que infelizmente são tão vítimas como as outras, dar-lhes espeço para se chorarem, mas permitir-lhes também o direito de poderem, se quiserem e acharem que podem, perdoar.Não aceito que este possa ser um crime público porque isso é retirar à vítima a sua liberdade quando o que se devia estar a fazer era incutir-lhe no espírito esse poder - elas podem. Para o bem ou para o mal a decisão é delas.
Z, a minha mãe também é Carneiro. Acho que temos muito que conversar. Tudo o que hoje disseste foi-me demasiado familiar. Beijo muito grande.
comendador: eu não disse lá em baixo mas acho que você é um gaajo porreiro e não vá andar triste de pensar que eu penso outra coisa vai aqui mesmo.
agora não sei como hei-de fazer que ando perdidinho com ouriços cacheiros, até já estive a coçar a cabeça a pensar como havia de ser, agora que já me chegou um bocejo,
beijos Teresa, sim há qualquer coisa que nos faz quase irmãos, desde sempre creio,
há esta coisa do tempo sagrado também, um tempo fora do tempo nem que seja por um momento,
lá vou eu
(z,também acho o Comendador um gajo porreiro. E eu não sou menos...)
Agora sim, fizeram-me rir.
E hoje, que até já disse ao Senhor Visconde que concordava com tudo o que ele disse, vou dizer uma outra coisa sem exemplo - gosto muito de vocês os dois.
Teresa, isso, derreta-nos...
E o que eu pagava para o ver a derreter-se em cima do seu fato Príncipe de Gales!
este é primo :), coitado estava dormir e foram lá os paparazzi,
Z não estranho a notícia. Acho mesmo que em Los Angels não devem faltar fósseis...
(é que ele chama-se Zed :)
Eu vi. Esqueci-me de referir isso mas como disseste que não era da família...
Já agora, conheces um livro chamado "A solidão dos números primos"? Foi escrito por um estudante italiano de física, Paolo Giordano, e parece que está a fazer um sucesso.
então eu disse é primo...
estou na história do i
sim, acredito na solidão dos números primos, deve ser um conjunto cada vez mais esparso quando se vai por ali fora, fica como estrelas no céu,
será isso?
o Giordano Bruno foi queimado por ordem da inquisição e esse a igreja nem fala, pede várias vezes desculpa ao Galileo 500 anos depois para ver se esquecemos o Bruno,
Por acaso também nunca percebi porque se fala tanto do Galileu e se esquece o Giordano Bruno. afinal foi ele o grande herói desta história.
muito bom esse livro, Teresa
eu até estou a pensar adquirir esse e mais uns quantos para oferecer a umas pessoas do Vaticano. é que além de assim contribuir para o treino de funcionamento de neurónios, mantinha-os ocupados por algum tempo evitando baboseiras como estas abaixo
acho que é precisamente porque foi o grande herói, a maldição do herói às vezes passa por não poder ser nomeado,
mas o que me irrita é mais uma vez a hipocrisia e dissimulação, agora passam a vida a pedir desculpa ao Galileo que só se retratou, para fazer esquecer o Bruno,
mas eu estou cá
hum, é bom saber, já usar não sei,
olha Deus Pá, vê lá se nos dispensas de mais histórias assim, embora honra seja feita ao homem, prefere-se outras,
ainda não vi esses cartazes mas... se lhes dão é pq elas estavam a pedi-las... obvio
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