Depois de ter integrado e de ter assistido à desintegração de vários projectos colectivos da blogosfera, tinha chegado à conclusão de que não tenho vida para grupos e determinado a carreira a solo como a que melhor me veste nestas andanças.
Quebrei (mais) essa firme decisão quando a fundadora deste tasco me forneceu a alternativa que me pareceu mais susceptível de me permitir emendar a mão, convicto que estava eu do facto de jamais se tornaria verdadeiramente colectivo um blogue que nasceu e cresceu individual.
A alternativa era postar quando desse na telha, sem critérios ou opções editoriais, apenas pelo gosto que a Teresa mostrava em abrir a uns quantos eleitos (e eleitas!) as portas do seu curral.
Foi com essa ideia em mente que publiquei aqui um primeiro post.
Contudo, agora que olho para o Cabra de Serviço percebo que não deixando de ser o blogue da Chefa e que todos reconhecemos como sua qualquer palavra final acerca do rumo deste trabalho, há muito se tornou claro que existe um colectivo por detrás de quase tudo quanto aqui se produz.
A alma do Cabra, muito mais do que pelo conjunto de posts que cada um de nós aqui publica quando quer e lhe apetece, deriva precisamente da cumplicidade que vamos criando nas caixas de comentários como nos bastidores do blogue.
É a sua característica fundamental, que o distingue dos restantes colectivos que integrei e acabaram por soçobrar à individualidade de cada umbigo que contrariou até esmagar o sentido de um colectivo que nunca existe só porque sim.
No Cabra, que reúne gente de norte a sul cujos laços em boa medida nasceram nesta via de comunicação virtual e agora já crescem e se consolidam de forma bem analógica nos muitos pretextos que encontramos para as trocas de vozes, de emoções e de olhares bem reais, para a presença física que até já resultou em ligações emocionais bem fortes entre nós, há amizade e há amor, respeito, cumplicidade e mais uma data de coisas que viabilizam uma equipa capaz.
É nisso que consiste a dinâmica do Cabra como a entendo e por isso percebo que fazer parte deste colectivo transcende em muito a simples “licença” para publicar posts num espaço repartido por diversos bloggers sem rosto e identificados por um nick.
Fazer parte do Cabra, e quem já está fora ainda perceberá melhor porquê, é pertencer a uma realidade feita de pessoas que se unem em torno deste pretexto para criarem laços entre si, o espírito de grupo que nasce por inerência, e não porque o formato de um blogue ou a intenção de quem o criou o impõe. E que depois tentam contagiar, com a força das ideias, a beleza das palavras e apenas a boa disposição que depois se instala nas caixas, outros nicks que se revelam pessoas e acabam por fazer parte do Cabra e desta dinâmica que descrevo na pele que melhor lhes servir.
De cada vez que tenho o privilégio de privar com os meus parceiros neste blogue colectivo de que muito me orgulho percebo melhor o quanto estou certo em tudo aquilo que acabo de vos dizer.
Há 2 anos
32 comentários:
por acaso estás dizer que eu troco olhares contigo, meu peixinho dourado de barbatana?
(não é justo! eu dei os parabéns duas vezes e tu é que pedes o aumento...)
...e tu, tubarão, és uma das razões que me levam a, ainda, continuar a acreditar nas pessoas. Reais ou virtuais. Tenho mais três ou quatro assim.
(Gaija, cada um pede o que mais precisa e se o Tubarão precisa de um aumento em qualquer lado iremos providenciar isso.)
(iremos?? vê lá no que me metes... tu é que tens obrigação de providenciar os aumentos!)
Nos estatutos diz que posso delegar competências portanto prepara-te para tomar conta dos aumentos do tubarão que eu tenho mais coisas para fazer.
bem se diz que só chega a chefa quem...
não posso, chefa, estou longe e a transferência ia demorar muito a chegar.
Ò Gaija, tás-te a fazer esquisita e não queres tratar dos meus aumentos?
Hás de cá vir...
eu trato, mas se demorar mais do que o habitual não te queixes!
lá te ia negar alguma coisa...
Eu tinha essa fé. E não te preocupes com a demora que eu sou um cabrão sem pressas...
:)
Chefa, quase me esquecia de referir que gostei muito de me saber tua referência nessa delicada matéria da fé nas pessoas.
Sobretudo porque isso compensa o meu lado calhordas que cada vez conheces melhor.
:)
aumentos???? ops....
ah e tal e parabens e mto bom aspecto pa idade e ninguem da metade da idade que tens e etc...
aumentos quando??? com retroactivos??
ah e parabens parabens parabens parabens (ja mereco mais o aumento que a gaija)
não mereces nada! dos preguiçosos, fui a primeira...
mas eu dei mais...
mas eu dei primeiro!!!
mas deste poukinhos
és um ser muito melgante! a quantidade nada representa face à qualidade. pergunta lá à chefa se não gostou muito mais do meu mimo...
(queres mm que faça a pergunta???)
Santo tá quietinho...
gaija, tá caladinha!
viste gaija.... aumentos congelados e por tua culpa
acho que se impõe, não te parece?
Com gelados? Posso escolher?
Congelados my ass!
que alegria, um conterrâneo!
o que caças, amigo esquimó?
por falar em ass e em esquimó. será que têm de despir aquele fato todo cada vez que, ou são assim como os babygrows com uma abertura atrás?
bem, chefa, a abertura é assim mais ou menos como o natal...
Caço esquimoas. Mas agora fechou a época de caça no Árctico.
(E a abertura é pólo norte no iglo, pólo sul no trenó e polylon onde faz mais falta...)
passaste de multitask a politask, foi?
caramba este post tinha-me passado...
oh Shark, mas não é para isso mesmo que serve a blogosfera e tudo o resto???
os meios são só a via, importantes mesmo são as pessoas e as inter relações que se estabelecem, ou não?!
Claro que sim. Mas não foi isso que senti em experiências anteriores, muitas delas completamente impessoais.
não me digas que tiveste um atendimento personalizado? para a próxima também quero!
Por acaso só no Cabra senti essa sensação.
Porquê para a próxima? Carpe diem!
porque esta já passou!
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