Entregaram-se ao mimo como uma menina e um menino, aqueles amantes adultos esgotados, transpirados, empenhados na satisfação do outro mais do que na sua, encaixados na perfeição.
Entregaram-se em exclusivo ao coração, de forma instintiva, o carinho a surgir como a única coisa a assumir depois de acabadas as forças para o amor que se faz, uma rapariga e um rapaz, sôfrego e apaixonado, meigo mas atesoado, na cama transformada em tapete mágico para mil e muitas noites de mergulhos no prazer.
Doces carícias, prolongamento natural das delícias experimentadas na versão anterior, a de quem goza do sexo sem deixar de fazer o amor e faz tudo aquilo que quiser, um homem e uma mulher, depois. Tudo o que se possa fazer a dois, mais a paixão tranquila, a emoção que se destila em gotas de suor desviadas com ternura dos rostos com a passagem suave de uma mão.
Entregaram-se ao coração, olhos entrelaçados numa troca de expressões como abraços (m)olhados entre corpos nus, tentações, enquanto recuperavam fôlego e tesão para comerem do amor a sua fatia melhor.
Para se entregarem um ao outro e se servirem assim.
11 comentários:
(isto quer dizer que o senhor e a senhora se comem???)
(quer!!!)
(não dói muito???)
(queres mesmo entrar em pormenores?)
(bem... alguma vez vou ter que saber...)
(não dói nada se for comida - a pessoa - com jeitinho. A ideia é devorar sem perder o norte à necessidade de alternar as grandes dentadas e as mordiscadelas subtis, para não doer nem sequer fazer cócegas ou assim. Continuo?)
(é melhor... até agora parece que é mais ou menos a mesma coisa que um prato de rojões...)
(uma travessa de iguarias, isso posso assegurar)
(e pensar que me tinham dito que era uma coisa do outro mundo! afinal não passa de gastronomia minhota...)
(Haute cuisine venusiana, digo-te eu!)
:)))
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