Aquelas coisas que me fazem acreditar.

Ontem recebi um presente do Z. Uma fotografia, esta fotografia, do "Incal Feito", com a seguinte dedicatória
"Cabrinha-mor, amando-te aí anexas algumas armas secretas que podes usar quando quiseres, para animar o fogo e o Sol. Ficas a pitonisa do Templo do Cabra, se gostares".

Hoje, e depois de ter feito várias máquinas de roupa com os restos das férias, fiz o que costumo fazer quando acabo estas labutas domésticas - abri as borrachas do tambor para tirar as moedas, berlindes e outros achados vindos directamente dos bolsos das calças das miúdas.
Não encontrei nada disso. Hoje, lá, perdida, estava só uma pequena pedra. Uma pedra estranha, mas que eu já tinha visto antes.
Ali, caído na minha máquina de lavar roupa, estava um incal. Não deve ser o do Z, mas para mim, agora, é como se fosse. Não o voltei a largar e, tenho a certeza, só podem ter sido os deuses amigos do Z que o trouxeram até mim.
Tal como toda a gente, toda a gente!, que nestas coisas somos todos muito racionais, não sou supersticiosa, mas também, como toda a gente, há coisas que mexem comigo e gosto de acreditar que aconteceram por alguma razão. Este incal, encontrado assim, sem saber como nem porquê, é uma delas e, por mais que pareça que perdi de vez o juízo, vou pensar, sempre que olhar para ele, que é a minha arma secreta para animar o fogo e o Sol e que foi o Z, um dos meus anjos protectores, que, pé ante pé, o veio deixar onde eu, e só eu, o podia encontrar.
Obrigada, Z.