Bem nos podeis tentar seduzir com artefactos almofadados e armados que melhoram a copa em dois números, o nosso olhar clínico, uma mistura de infravermelhos e raio xis, tudo detecta, desde cedo desenvolvemos o super-poder que nos dá uma imagem nítida do corpo feminino (e só do feminino), devidamente descontaminado de cremes, de métodos intrusivos que adelgaçam as cinturas ou de efeitos visuais mais ou menos criativos, cuidadosamente criados para nos distrair do essencial.
Bem nos podeis tentar iludir com unhas cravadas nas nossas costas, olhos semicerrados enquanto balbuciais meias-palavras, entrecortadas com suspiros mais ou menos elaborados, que nós não nos deixamos iludir, conhecemos as nossas competências, sabemos quando estamos a deixar-vos uma marca indelével, sabemos exactamente quando estamos no top five dos vossos melhores momentos de clímax. Quando a nossa performance é de nível menos conseguido, mas sempre bastante satisfatório, note-se, é porque escolhemos que fosse assim, é um sinal, cabe-vos a vós, minhas senhoras, interpretá-lo.
Não é isso que nos faz mover, não é isso que faz com que, desde os tempos da escola primária, sentados na entrada principal, pontuássemos a professora de francês com "oito em dez" e a de matemática com um "cinco em oito".
Não, o que nos move é um código de conduta, uma escala de valores elevados, um padrão elevado de controlo, um requinte superior, uma hierarquia de critérios relevantes absolutamente estabelecida, testada e validada por gerações. Todo este processo intrincado, elaborado e com premissas de alto nível será aqui descodificado. Não esperamos que todas vós consigais acompanhar todo o elaborado raciocínio que está subjacente às nossas escolhas mas, ainda assim, plasmaremos aqui as linhas principais, numa tentativa de fazer caminho, de deixar uma nota definitiva sobre o que nos fascina em vós, minhas senhoras.
Naturalmente, move-nos um espírito de cidadania, mas não podemos deixar de referir que o objectivo final é que todas vós sigais estes ensinamentos, em verdade vos digo que a melhor forma de mostrardes agradecimento é incorporá-los imediatamente nas vossas vidas, moldando os vossos hábitos e alterando as vossas verdades, substituindo-as por estas orientações superiores, de modo a que o objectivo final e supremo seja alcançado.
Há 2 anos
18 comentários:
o qual é... ficar com sono depois de ler este texto?
Visconde: urge rever o texto com alguma acuidade...
(o que nos vale é que a campanha acaba hoje...)
Edito, tenho que me deixar de escrever de seguida e carregar em "Publicar" sem rever...
(Creio que está tudo)
SSV, tudo a seu tempo...
(ansiosa, eu sei...)
Tereza, intuo das suas palavras que está deveras impressionada e que aguarda em jubilosa esperança.
A sua humildade só é superada pela rapidez de raciocínio. E esta só se vê ameaçada de perto pela rapidez de execução.
Bem haja por ser tão expedito a descalinar.
(as miúdas estão em polvorosa, hã?)
:)
Visconde, criando uma associação de ideias leviana entre "preâmbulo" e "preliminares" pode-se constatar que de facto as moças andam mesmo a perder o requinte inerente à apreciação de um prazer em crescendo...
Visconde, acredite que aguardo mesmo em jubilosa esperança. Talvez não aguarde é o mesmo que o senhor em jubilosa esperança acredita que eu aguardo.
O que eu não posso crer é que até o Edito já anda de cauda em leque!!!!!!!!!!!!!
Agora que já respirei...
Caro Visconde, devemos então intuir que devemos livrar-nos de todos os artificios?
Não será isso contrapruducente em matéria de preâmbulos conforme tão bem apontado pelo seu parceiro?
Não será o despir dos artificios uma forma de prolongar o intróito?
P.S.: Perdoe-me se já deu as respostas no post seguinte mas ainda não o li...
P.S.": Afinal o tomo II é do Bruce. Assim sendo, fica a pergunta a si.
escolha??? lol meu caro Visconde, nem todos têm o privilégio de escolher... (e alguns são escolhidos e nem notam - pensam que foram eles a escolher)
(snow, snow... deixa-os estar na sua cândida ignorância... ficam tão fofinhos!)
sabe, visconde, do alto dos meus 43 anos lhe digo que poucos são os seus semelhantes que não se iludem com artefactos almofadados e armados. são ainda menos aqueles que não acreditam ter levado uma gaija a local algum e a não sentir mais do que tédio quando olham para a carinha de satisfação deles. se o que o move é tal e qual o que afirma, felicito-o. se é treta, deixa lá, é mais um…
Jovem Senhora do Norte, quelquer um de nós lhe daria menos quinze anos.
(e, sim, é verdade o que digo,há uma certa estirpe, da qual alguns eleitos fazem parte, que têm visão treinada para não se deixarem arrebatar por artefactos claramente optimistas)
Mas não responde a todas as formandas?
Não!
(o senhor tem medo. muito medo...)
Postar um comentário