O teu porte majestoso, rasgando trilhos na multidão que se afasta do caminho só para melhor te ver passar.
Altiva, segura, senhora de ti e de cada olhar que desmobilizas na indiferença com o poder da tua presença impossível de ignorar.
Eu limito-me a observar sua alteza, à distância, misturado na improvisada corte mirone que te idolatra sem o admitir. Que te rejeita instintivamente por sentir o desconforto de uma inferioridade instantânea, irreprimível, perante essa aura esmagadora que alardeias consciente do impacto nas plebeias e nos seus embasbacados penduras à tua passagem.
E eu presto vassalagem à tua imponência, ajoelhado na reverência possível perante esse teu corpo palácio onde a minha imaginação faz reinar a emoção num render da guarda fantasiado em que me sonho teu namorado secreto, o teu amante discreto que se esgueira por inconfessáveis alçapões.
Tão furtivo como o olhar com que te espreito, agora mesmo, na vida real.
Iluminado por esse teu brilho que me deslumbra e me cativa como o mais cintilante candelabro de cristal.
Há 2 anos
71 comentários:
(Uma bela ode à senhoras do Cabra, Shark...)
(Assenta-lhes na perfeição, nisso estamos absolutamente de acordo...)
A tua vizinha escreve no Cabra, Shark?
(sim, por aqui, no Cabra, temos todas portes majestosos... deve ser por sermos todas umas torres. É que não falha uma...)
Minha vizinha? Onde é que isso diz?
Praças da República há muitas... :)
(O porte majestoso agora mede-se aos palmos?)
Eu uso fita métrica, mas pronto...
(mas vives perto de uma praça da republica?)
quando eu for grande, também quero ser princesa :)
(Não, não vivo perto de uma Praça da República. Mas de vez em quando circulo, sabes?)
Porquê, Gaija? Queres ser despromovida?
;)
Circulas? Por onde, Tubarão?
Despromovida? Explica-te pá!
Circulo por todo o lado como qualquer anjo.
Não preciso de explicar. Ela percebeu.
:)
Mas eu não e também li! Ora esta, agora não posso perceber também? Sou para aqui alguma peona?
Tu és é uma cuscona!
(Olha que palavra tão gira que eu inventei...)
:-)
Curiosidade científica, só isso!
(pois é, faz lembrar rexona.)
Curiosidade científica? Atão, anda-te a puxar para as novas experiências? Ou queres apenas confirmar alguma hipótese?
(Foi logo o que me ocorreu.)
(não és peona, chefa, és meca!)
Não sou nada, sou Medina.
meca: feminino de meco; aquela que, no momento em que é visualizada, não conduz viatura auto própria!
já percebi, é assim uma espécie de tesa que nem carro tem e anda a conduzir o do vizinho...
òbalhamedeus! ser tesa ou não, não tem nada a ver! anda a pé, no momento.
Tu falaste em não ter viatura própria, sabia lá que era para andar a pé...
Figura imponente é gorda? Eu não sou. E esta foto está horrível.
nao foi o feriado da republica.... nao percebi nada
res publica, santo... res publica.
por acaso pensei que o post era sobre algo mais privado... confirma-se nao percebi nada
8eu também pensei mas como já me chamaram cusca fiquei caladita...)
(Cusca não, cuscona.)
Logo agora havia de lhes dar para comentarem o post...
Se isso tem algum jeito...
E já não se podem comentar pots sem se passar por uma ona qualquer?
Quase me imaginei na Praça da República a passear e a ser admirada. Lindo.
quase??? eu estou lá!
eh, eu também. E saber que nos admiram é bom, mais ainda.. saber que ainda há homens que sabem admirar e verter num texto esse sentir.
(Agora é que me dava jeito um daqueles alçapões...)
:-)
O Tubarão é assim, verte muito, principalmente nos textos... deve ser por estar habituado à água. Por alguma razão é o rei do aquário.
(eheheh já estás a esfregar as barbatanas, tubarão?)
(tá nada que precisa das mãozinhas para abrir o tal alçapão...)
E cair com a idolatrada dentro do alçapão. Porque não?
(Até o abria com os dentes, se fosse preciso.)
(Estou a puxar-lhes o lustro, Gaija...)
(puxar o lustro? corre a tirar a placa do copo, isso sim, rápido!)
a puxar o lustro a quem?
E porque não?
Deixei-me rir. Também não é preciso tanto.
Às barbatanas, Chefa. Para brilharem aos olhos da idolatrada.
um simultâneo a três! que lindo!!!
Lindo e complicado de obter. E este foi a 4 se não me falham as contas.
É coisa pró guiness...
(o sonho dele... logo com duas... mas a chatice é que não conheço a companhia e sou muito esquisita...)
Tens uma idola, Tubarão?
E foi mesmo.... gaija, importas-te de não me empurrar?
Eu, uma ídola?
Subestimas-me, Chefa.
(cof cof)
Simultâneo!Nâ! Um homem assim não é para partilhar!
olha, sou da mesmo opinião! fico eu com ele e pronto, não se fala mais nisso! :)
Pois não é mesmo, bingo!
(não te subestimo... estimo-te é muito...)
Ora aí está uma decisão salomónica, gaija...
(tá bonito... mais um!)
Eu só o cunheço de cuscar o vosso blog. E sou da mesma opinião. Partilhar não mesmo.
caíste no alçapão, gajo?
Olha que bonito, o consenso...
conheço. Desculpem. É do sono.
já visto que o gaijo deu à sola (para aí metido num alçapão qualquer...) e nós aqui!
Nao fales em cuscar que essa palavra e este post têm pouca empatia... o Tubarão ainda te responde como a mim...
Não caí no alçapão, Chefa, mas vou já de seguida cair na cama.
Com a licença das damas presentes...
(E juro que reprimi qualquer associação de ideias possível relativamente às frases acima. Eu respeito a decisão da maioria.)
qual?? qual??
nada, não conta! as partes boas, cheias de suminho, guarda-as todas...
Como compete a um cavalheiro digno de tal epíteto, preciosa...
E assim vos deixo, com enorme pena minha. Obrigado a todas por este agradável momento.
Tás aqui tás a levar com o rexona, gaija.
(não gosto de rexona! a que é que isso cheira?)
ao tal cromo difícil dos rebuçados
(xiiiiiiiiiii... ca noijo!!!)
Se ele vai dormir. Adeus!!Vou com ele!
que te preste. lembra-lhe para tirar a placa, ou ainda a engole durante a noite!
anda para aqui outro anónimo, not me
É verdade. Uma dama.
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