E, de repente, dou conta que os meus dois realizadores favoritos acabam de estrear filme novo. Os dois, ao mesmo tempo, estas coisas de ter que fazer escolhas está sempre a acontecer-me, é uma maçada, eu bem me esforço por não ter que escolher, mas, sendo quem sou, ainda assim, não desenvolvi os poderes que transformem a minha vida numa autoestrada sem escolhas, sempre a direito, Tarantino e Tim Burton, ao mesmo tempo, não sei se vos consigo transmitir a intensidade dramática do momento, eu a hiperventilar, o calor da tarde de Paris a provocar aquela neblina que me impede de pensar (o fresquinho da manhã também não me ajuda nada nisso de pensar e então o breu da noite é absolutamente impedititivo), Tim Burton ou Tarantino?, eu a ter que me sentar para me focar, a angústia da escolha a latejar, as sirenes cada vez mais próximas, a pequena multidão que forma um semi-círculo e me dá água com açúcar, as ordens para que me deixem respirar, a questão "Burton-Tarantino" a ecoar nos meus ouvidos, e, de repente, a luz, a resposta certa, a única solução possível que me aparece, clarividente, a tensão a baixar, o mundo a ganhar de novo as suas cores, a solução. Fui ver os dois.
Há 2 anos
11 comentários:
E foram bons ou nem por isso?
(e ninguém lhe deu um daqueles saquinhos de papel fabulosos para esses percalços?)
Mente, se tiver que escolher, escolha o Tarantino. Muito bom.
Escolher, Visconde?
Então não posso ter tudo?
E está melhorzinho, Caríssimo?
Talvez não me tenha feito entender, Mente. Falava das suas múltiplas tarefas e afazeres que poderiam, em teoria, impedir a visualização das duas películas, ou seja, cuidava eu que você poderia ter que eleger apenas um dos filmes porque teria interesses prioritários.
Não sendo esse caso, a prova provada que se pode ter tudo é que eu próprio fui ver os dois filmes. Mas isso sou eu, que tenho uma vida sem horizontes a mais de maia hora...
Cidjey, nem calcula o gosto que me dá informá-la que estou como novo...
(na medida em que alguém como eu pode estar novo, evidentemente...)
Confesso que esses episódios de hiperventilação e etc me deixaram em cuidados...
Folgo em saber que se preocupa com o preenchimento da minha agenda. Mas ainda sou uma absoluta desocupada...
Eu hiperventilo muito, Cidjey. Diz que é dos nervos...
Visconde, o senhor hiper?
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