Ela sabia ao que ia. Ela sabia exactamente o que iria fazer mesmo antes de decidir sair de casa. Estava plenamente consciente quando escolheu os sapatos de salto agulha de 10 centímetros e vestiu a gabardine curta sobre o corpo nu e perfumado. Sabia exactamente o que iria fazer quando se olhou ao espelho e sentiu o ventre a contrair em antecipação do que se seguiria.
Ela sabia ao que ia. Sabia exactamente o que iria fazer quando entrou na garagem e o viu debruçado sobre o capot do seu carro. Olhou para o corpo que já conhecia de tanto o olhar. Viu a forma como as jeans se moldavam às suas nádegas; viu o seu tronco desnudo, ligeiramente suado do esforço; viu-lhe as linhas de concentração no rosto enquanto ele manejava uma qualquer ferramenta.
O som dos saltos a bater no chão da garagem fizeram-no levantar os olhos. As palavras que ele lhe ia dirigir, morreram na garganta quando lhe viu as pernas nuas a sair da exígua gabardine, os sapatos com a tira em volta do tornozelo, o decote generoso que fazia adivinha a inexistência de mais pano.
Levantou-se e limpou vagarosamente a mãos sujas de óleo a um pedaço de trapo. Ela caminhou devagar até ao carro e encostou-se à porta sem tirar os olhos dele. Puxou-o pelo cinto das calças e beijou-lhe os lábios como se tivesse todo o tempo do mundo. Quando as bocas se separaram, ele, de respiração ofegante, tentou dizer-lhe “Não estava à tua esp…” Para novamente emudecer ao vê-la desapertar a gabardine e mostrar o corpo nu que ele há tanto tempo cobiçava.
Sem hesitar, ele abriu a porta traseira da viatura e deito-a delicadamente no banco de trás. Inclinado sobre ela, afinou-lhe os sentidos com a mesma mestria com que minutos atrás havia afinado o motor do carro: com delicadeza, com carinho, com atenção a todos os detalhes e a todos os sons.
Mais tarde, quando partilhavam um cigarro com os corpos nus ainda entrelaçados, ela perguntou:
- Quando é que achas que o meu carro está pronto?
- Dá-me mais meia-hora. Acabo antes de jantar…
Ela beijou-o longamente e sentiu-o rir:
- Assim, não vou acabar antes de jantar.
- Não faz mal… Não tenho pressa…
Olhou para o rosto dele e sorriu enquanto ele pensava o quanto amava aquela mulher que já era sua há mais de 10 anos e que nunca parava de o surpreender e excitar. Ela pensou o quanto amava aquele homem que usava as mãos para mexer em números por profissão, no seu carro por diversão e no seu corpo por paixão.
Ela sabia ao que ia. Sabia exactamente o que iria fazer quando entrou na garagem e o viu debruçado sobre o capot do seu carro. Olhou para o corpo que já conhecia de tanto o olhar. Viu a forma como as jeans se moldavam às suas nádegas; viu o seu tronco desnudo, ligeiramente suado do esforço; viu-lhe as linhas de concentração no rosto enquanto ele manejava uma qualquer ferramenta.
O som dos saltos a bater no chão da garagem fizeram-no levantar os olhos. As palavras que ele lhe ia dirigir, morreram na garganta quando lhe viu as pernas nuas a sair da exígua gabardine, os sapatos com a tira em volta do tornozelo, o decote generoso que fazia adivinha a inexistência de mais pano.
Levantou-se e limpou vagarosamente a mãos sujas de óleo a um pedaço de trapo. Ela caminhou devagar até ao carro e encostou-se à porta sem tirar os olhos dele. Puxou-o pelo cinto das calças e beijou-lhe os lábios como se tivesse todo o tempo do mundo. Quando as bocas se separaram, ele, de respiração ofegante, tentou dizer-lhe “Não estava à tua esp…” Para novamente emudecer ao vê-la desapertar a gabardine e mostrar o corpo nu que ele há tanto tempo cobiçava.
Sem hesitar, ele abriu a porta traseira da viatura e deito-a delicadamente no banco de trás. Inclinado sobre ela, afinou-lhe os sentidos com a mesma mestria com que minutos atrás havia afinado o motor do carro: com delicadeza, com carinho, com atenção a todos os detalhes e a todos os sons.
Mais tarde, quando partilhavam um cigarro com os corpos nus ainda entrelaçados, ela perguntou:
- Quando é que achas que o meu carro está pronto?
- Dá-me mais meia-hora. Acabo antes de jantar…
Ela beijou-o longamente e sentiu-o rir:
- Assim, não vou acabar antes de jantar.
- Não faz mal… Não tenho pressa…
Olhou para o rosto dele e sorriu enquanto ele pensava o quanto amava aquela mulher que já era sua há mais de 10 anos e que nunca parava de o surpreender e excitar. Ela pensou o quanto amava aquele homem que usava as mãos para mexer em números por profissão, no seu carro por diversão e no seu corpo por paixão.
23 comentários:
(ainda nem tive tempo para ler tudo porque me lembrei de uma cena fantástica - a Elly McBeal a dar a queca da vida dela com a máquina de um empregado de uma lavagem automática enquanto as outras máquinas lhe tiravam o pó do carro)
Ah magana!!! Assim é q é!!!
Os nossos homens têm q estar sempre de barriguinha aviada para não irem comer a outra mesa. Por isso, nada melhor do q uma surpresazinha para espevitar o apetite!!
Gostei, parabéns.
Quêdem-se bém.
APLAUSO!!!!!!!!!!!!!!
(Ora xacávêr... Ela tem o carro avariado e agora sai esta posta... Ora xacávêr...)
Peixinha, isto sim é uma fantasia a sério. Isto, minha amiga, não existe, ou melhor, não passa, infelizmente, de um sonho.
A realidade é outra e tu sabes, eu sei, qualquer ga(i)ja sabe. Estava tudo lindo, num desejo imenso, até ele pôr as mãos na gabardine exígua.
É que Peixa, um trapo velho pouco ou nenhum óleo limpa e estou mesmo a ver uma ga)i)ja a aguentar-se na tesão sem dar imediatamente cabo do gajo que lhe manchou irremediavelmente aquele trapinho fantástico, que lhe ficava tão bem, como se podia verificar, e que ela tinha acabado de comprar caríssimo!
Peixa, ga(i)ja é bicho lixado!...
rico filho, preocupado com o jantar! lá está, quem não é para comer não é para trabalhar...
Hum, Mente, há aqui alguns pormenores técnicos que, na minha modesta opinião, você deveria rever.
(como é que eu sei que há aqui pormenores técnicos de difícil execução? Ora...)
(gaija, bela foto. parabens pela foto, shark, i suppose? :)
tu hoje nao 'tás kitsch, miuda, 'tás a, das duas uma, a precisar de um banho bem gelado ou de uma noite bem quente!
(e não falo de metereologia)
ssv, who else?
;)
(olá, ssv! a culpa é do fotógrafo...)
não, gaija, a 'culpa' é do olhar que só a paixão potencia.
:)
adorei o "afinou-lhe os sentidos". Genial :)
Tereza, Tereza, Tereza... Lá diz o meu Bruce: ele há pessoas com o romantismo de dum candeeiro a pitróil.
Deixa-me sonhar que ainda sou nova e já não me resta muito mais além disso com as agruras desta vida...
(Eu sei que és fã do Calimero)
(Ouve lá, agora aqui entre nós, gaijas: mas mulher que se atavia desta maneira para dar o bote já sabe que as mãos têm óleo. Ela não leva a gabardine favorita, leva aquela que já estava de lado há 2 anos e que por acaso até lhe fica bem mas ela já está farta dela.)
(Não que eu saiba alguma coisa disto, que tudo o que sei é o que leio e dos filmes que vejo.)
Obrigada, Gormezinda do Restolho van Google.
VÉNIA!!!! AnaT
(Beto, havia tanto que a malta podia ver, filho...)
Gaija, gosto de homens que gostem de comer. Haverá maior turn off que os grilinhos da saladinha de alface?
Homem que é homem come!!!!
Visconde, tal como eu de quando em vez corrijo um ou outro errito nos posts de alguns dos meus colegas, sinta-se à vontade para fazer o mesmo.
Ou, em alternativa, da próxima vez que fizer um post de conteúdo semelhante, peço-lhe assessoria.
Ou ainda, porque não o fazemos a 4 mãos?
(e, já agora, não me quer dizer quais eram os pormenores de dificil execução para que eu não cometa os mesmos erros no futuro? Ensine-me!!!!)
:p
SSV, ou os dois, querida, ou os dois!!!!
(E a foto é mesmo gira!)
Tks, Snowgaze.
a menina escreve deliciosamente bem....
duche frio aqui para a menina do cantinho sefáxavôre....
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