Nestes dias em que assumi a minha condição de homem sofredor, tem sido um alento a música desse líder espiritual que é Tony Carreira, o Mestre. A obra de Tony Carreira, a sua palavra sábia, a sua música melodiosa tem sido uma ajuda inexcedível nestes dias sombrios, neste tempo em que me propus abdicar da coisa terrena e entregar-me apenas à coisa do espírito.
Como forma de prestar tributo à grande ajuda que tem sido a obra do Mestre nestes dias, proponho-me aqui divulgar algumas passagens mais marcantes da obra desse enorme vulto das nossas artes.
Reparem, por exemplo, ao acaso, sem perder muito tempo com a escolha, na passagem de “Ai destino, ai destino”:
O amor bateu à porta
E eu deixei-o entrar
Parecia tão diferente
Confiei e fui em frente
E com ela quis casar
Tony, o Mestre, deixa-nos nesta passagem uma mensagem de esperança, uma ode à espontaneidade. Há crença nas intenções do semelhante, há uma atitude de entrega ao outro. Reparem, o amor bate à porta de Tony, o Mestre, e que faz ele? Diz para passar noutro dia? Não abre a porta? Faz de conta que não está? Não, meus caros, Tony, o Mestre, deixa entrar o amor. Assim, simplesmente, de coração aberto, sem hesitar, puro. E, como se fosse coisa pouca deixar entrar o amor, Tony vai mais além, quer dar um sinal mais perceptível, confia, vai em frente e quer casar com ela. Reparem bem na nobreza, ela entra em casa de Tony, depois de bater à porta, o que é um sinal, é sinal de que não tem chave, é sinal que há respeito, hoje em dia ninguém bate à porta antes de entrar e Tony, o Mestre, premeia este acto de respeito. Confia, vai em frente, casa com ela, faz o que tem que ser feito.
E meus caros, a história podia acabar aqui, já era coisa densa e com conteúdo. Mas não, Tony, o Mestre, quer dar-nos outra lição de vida, quer partilhar connosco uma segunda experiência. Vejam bem:
Infortúnio do destino
Esse meu passo infeliz
Fui amante atraiçoado
Fui marido mal amado
Sem saber que mal eu fiz
Que podemos dizer, meus caros? Haverá palavras suficientemente eloquentes para ilustrar esta sucessão de emoções?
Reparem, Tony, o mestre dá-nos duas leituras possíveis sobre o cruel desenlace. Por um lado atribui responsabilidades ao destino, aos seus insondáveis desígnios. Mas, ao mesmo tempo, assume parte das responsabilidades e atribui a coisa a um seu passo infeliz. Isto é raro, meus caros, afinal trata-se de um homem a assumir culpa, ainda que de forma enviesada, quase imperceptível. É apenas uma nuance, mas é uma segunda leitura, é um contributo histórico.
E depois, reparem bem na intensidade dramática que há no assumir que se foi amante atraiçoado e marido mal amado. Meus caros, um homem nunca é atraiçoado e o conceito de marido mal amado nunca antes tinha sido exposto com esta crueza. Há alma, há a exposição do “self”, não há medo em quebrar tabus, Tony, o Mestre, é atraiçoado e mal amado e nem por um momento nos priva dessa partilha de sentimento, não se importa com o que poderão dizer os seus iguais.
Finalmente, meus caros, reparem no fechar de ciclo. Tony, o Mestre, depois de quebrar todos os preconceitos, depois de se expor perante um vasto auditório, volta a ser um nosso igual. Ele não sabe que mal fez. Há lá coisa mais masculina que ver o mundo desabar à sua frente e não entender qual foi a sua culpa no processo? Serei só eu a ver poesia nisto?
(Se me pedirem, talvez partilhe a minha visão de “Depois de ti, mais nada”, “É melhor dizer adeus” ou “O que vai ser de mim quando te fores embora”)
Como forma de prestar tributo à grande ajuda que tem sido a obra do Mestre nestes dias, proponho-me aqui divulgar algumas passagens mais marcantes da obra desse enorme vulto das nossas artes.
Reparem, por exemplo, ao acaso, sem perder muito tempo com a escolha, na passagem de “Ai destino, ai destino”:
O amor bateu à porta
E eu deixei-o entrar
Parecia tão diferente
Confiei e fui em frente
E com ela quis casar
Tony, o Mestre, deixa-nos nesta passagem uma mensagem de esperança, uma ode à espontaneidade. Há crença nas intenções do semelhante, há uma atitude de entrega ao outro. Reparem, o amor bate à porta de Tony, o Mestre, e que faz ele? Diz para passar noutro dia? Não abre a porta? Faz de conta que não está? Não, meus caros, Tony, o Mestre, deixa entrar o amor. Assim, simplesmente, de coração aberto, sem hesitar, puro. E, como se fosse coisa pouca deixar entrar o amor, Tony vai mais além, quer dar um sinal mais perceptível, confia, vai em frente e quer casar com ela. Reparem bem na nobreza, ela entra em casa de Tony, depois de bater à porta, o que é um sinal, é sinal de que não tem chave, é sinal que há respeito, hoje em dia ninguém bate à porta antes de entrar e Tony, o Mestre, premeia este acto de respeito. Confia, vai em frente, casa com ela, faz o que tem que ser feito.
E meus caros, a história podia acabar aqui, já era coisa densa e com conteúdo. Mas não, Tony, o Mestre, quer dar-nos outra lição de vida, quer partilhar connosco uma segunda experiência. Vejam bem:
Infortúnio do destino
Esse meu passo infeliz
Fui amante atraiçoado
Fui marido mal amado
Sem saber que mal eu fiz
Que podemos dizer, meus caros? Haverá palavras suficientemente eloquentes para ilustrar esta sucessão de emoções?
Reparem, Tony, o mestre dá-nos duas leituras possíveis sobre o cruel desenlace. Por um lado atribui responsabilidades ao destino, aos seus insondáveis desígnios. Mas, ao mesmo tempo, assume parte das responsabilidades e atribui a coisa a um seu passo infeliz. Isto é raro, meus caros, afinal trata-se de um homem a assumir culpa, ainda que de forma enviesada, quase imperceptível. É apenas uma nuance, mas é uma segunda leitura, é um contributo histórico.
E depois, reparem bem na intensidade dramática que há no assumir que se foi amante atraiçoado e marido mal amado. Meus caros, um homem nunca é atraiçoado e o conceito de marido mal amado nunca antes tinha sido exposto com esta crueza. Há alma, há a exposição do “self”, não há medo em quebrar tabus, Tony, o Mestre, é atraiçoado e mal amado e nem por um momento nos priva dessa partilha de sentimento, não se importa com o que poderão dizer os seus iguais.
Finalmente, meus caros, reparem no fechar de ciclo. Tony, o Mestre, depois de quebrar todos os preconceitos, depois de se expor perante um vasto auditório, volta a ser um nosso igual. Ele não sabe que mal fez. Há lá coisa mais masculina que ver o mundo desabar à sua frente e não entender qual foi a sua culpa no processo? Serei só eu a ver poesia nisto?
(Se me pedirem, talvez partilhe a minha visão de “Depois de ti, mais nada”, “É melhor dizer adeus” ou “O que vai ser de mim quando te fores embora”)
36 comentários:
Visconde, sinto-me tocada com esta sua profunda análise da vida. Gosto de perceber que, afinal, há em si um homem terno, apaixonado e sensível.
E com o bom gosto a que já nos habituou.
E agora vou mandar-lhe a conta que isto de ser a sua copy desk devia ser bem pago!
Já eu fui por o Live in London a tocar com medo que isto seja contagioso.
(Chefa, ainda hoje estamos a 15!!!!!!!!!!!!)
(Peixa, essa é a boa notícia. Ainda vamos conseguir que publique a foto dos pés com umas sandalitas de plástico...)
Tenho uma amiga que tem um fetiche com sapatos de homem (sim, só conheço gente estranha...) que se lesse essa história da sandália, já se estava a vomitar toda!!!!
Eu apenas vejo vantagem nisso do ponto de vista da boa e velha chantagem. Aí sim, conta comigo.
Mas estava mais numa de camisa aberta até ao umbigo e fio de ouro.
Se possível uma foto onde se visse a unhaca do dedo mindinho... Se não for pedir muito, claro.
(peixa, bai-te lixar... chantagem foi o meu primeiro pensamento...)
E o palito no canto da boca, hem? era uma belíssima foto, temos de convir...
(Great minds think alike, Boss)
Eu diria que a unhaca serve o mesmo propósito do palito, depois de retirada a cera do ouvidinho, obviamente. Mas os acessórios nunca são demais, lá está.
E se substituirmos a camisa aberta por uma t-shirt de manga cava da NIKO???
(Parecemos miúdas a vestir a Barbie...)
Troca lá a Barbie pelo Ken e ainda nos divertimos mais...
(sabes a piada da Barbie, do Ken e do Superman, não sabes?)
olha... gostei do post.
(beijinhos, visconde, desculpe lá a petite provocation)
Entre vestir a Barbie e (d)vest(p)ir o Ken, é óbvio que venha de lá o Ken!!!!
(Não sei. Isto conta como ponto negativo durante o período experimental?)
(eu também, mas não lhe digas...)
E foi mais outro 11... começa a ser sina!
Podiamos vesti-lo de Cristiano Ronaldo...
Ou melhor, de mãe do Cristiano Ronaldo!!!!
AHAHAHHAHAHHAHAAHHAH
É a outra com os 11 e eu com os 13...
Não sabes? Isso conta como muitos pontos positivos, que nunca pensei que poderia ter a hipotese de algum dia contar isto a quem não conhecesse.
E resumindo, a gaja pergunta à vendedora das Barbies, Does she came with Ken?
- No. She can be with Ken but she only comes with Superman...
(tou tão contentinha...)
Porque el Super-Hombre vien con pillas extra???
(e se o Visconde me apanha agora, atira-me para as masmorras do castelo...)
eheheheh... como o coelhinho??
E dura... E dura... E dura...
(até já sinto o cheirinho a mofo das catacumbas...)
Caríssimo, antes da análise de conteúdo propriamente dita à sua análise de conteúdo, deixe-me alertá-lo para um lapso que me sinto na obrigação pois moral de lhe assinalar: no segundo parágrafo após a segunda citação deixou o meu caro escapar uma letra minúscula na palavre "Mestre" onde pertencia uma maiúscula...
(Não, caríssimo, não é preciso agradecer-me)
E do Inferno...
Se quiseres comprar uma ventoinha para aligeirar a coisa posso dar-te referências.
Ahahahahah! Essa dos bonecos não conhecia, chefa!
(Acabámos de assegurar mais um mês de avença com a nossa ignorância, mana!!!!)
Tenho mais medo do Visconde do que do Mafarrico. É que com o último entendo-me eu bem. Temos pontos em comum...
(graxistas!impossível não conhecerem...)
medo do Visconde? Então e a chantagem feia e porca que vamos fazer com ele?
Acredita, Tereza, acredita...
A ignorância não é bonita mas temos que admiti-la com frontalidade...
(Nós ainda nem sequer conseguimos os emails da Donas Primas dele! Estratégia. Deixa-o pensar que estamos com medo... Melindradas... Receosas... Que ele assim baixa a guarda e nós sacamos as benditas fotos. Depois... Depois, minha querida, Bahamas! Diz-te alguma coisa? 5ª Avenida... Ahhhh Prada...)
(Achas??...)
oh Visconde, perdoe-me mas o Tony dá-me tamanha soneira que nem mesmo com este esplendida análise digna do melhor laboratório clinico, eu consigo atinar com o homenzinho e mais as letrinhas dele, portanto vou dormir
tenham uma excelente noite se não for de prazer pelo menos que seja de sono
(neste momento, não temos nada. Vale a pena tentar... O que eu quero a foto da t-shirta de cavas...)
Hasta Manana, Escarlate
sandálias? Sou gamado em sandálias, mas esta chuvinha tinha de ser para deixar tudo regado, a seguir vem o esplendor de Maio, costuma ser tão belo que não tenho palavras, ficam as do Zeca,
e um amigo,
De novo o encontro onde as linguagens abrem umas sobre as outras, o rapaz. Da árvore encarnada, meio dentro da memória, apenas a folhagem salta pelos olhos e se espalha pelo rosto, o que me põe a braços com as palavras. As raízes entram-lhe pelo sangue, abrem-lhe internos focos de paixão, não tarda que penetrem pela terra a cujos intestinos vão buscar com que saciar-lhe os olhos – as visões ascendem tumultuosamente, como seiva a ferver, creio que por vezes trazem pedra misturada. Lembro-me de o ver assim, todo ele tomado pela força da folhagem.
Luís Miguel Nava
maldade!, mas só clica quem quer :)))
será que há negócios planeados assim?
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