Art Attack

Conhecem este programa do Canal Disney?

Muito bem, se conhecem é porque têm filhos da idade das minhas e portanto talvez possam aproveitar esta experiência. É gira, resulta e vou explicar muito bem explicadinho tal qual o Mãozinhas faz lá na televisão.

Um dos trabalhos que a turma da minha filha mais nova teve de fazer no período passado tinha como tema a SIDA, devia ser feito aos pares e apresentado antes das férias. Nada de muito complicado, que o Google sabe tudo, mas o drama cá por casa é sempre o mesmo  - como fazer um trabalho original e com uma apresentação diferente da já normalidade do Power Point.
A Francisca e o A., o desgraçado do costume, fizeram a pesquisa toda que era precisa mas na véspera da entrega (quem sai aos seus etc etc...) ainda não faziam a miníma ideia de como iriam apresentar o trabalho. Foi durante o jantar, assim numa espécie de brain storm e com um convidado especial e tudo, que se decidiu o que fazer e resultou tão bem que aqueles dois têm andado com demonstrações pelas turmas todas da escola.
Então é assim.
Material necessário - um copo de vidro transparente, água, corante (têm usado corante liquido dos bolos que é o que havia cá por casa), uma tira de papel cavalinho (tem a consistência certa) e óleo de cozinhar.
Eles começam por deitar um pouco de água no copo e juntam-lhe umas gotas de corante. O corante vai-se dissolvendo na água e representa o vírus da sida. A seguir pôem no copo a tira de papel deixando um pedaço fora da água. A tira vai ficando tingida de côr. Dizem então que o vírus começou a espalhar-se e depois de haver contágio já pouco há a fazer. Juntam mais água no copo e a tira começa a ficar com um tom mais claro, mas não deixa de tingir. Explicam que podem até coar a água mas já não conseguem tirar-lhe o corante e a tira, mesmo a parte que está fora do copo, vai acabar por ficar toda da mesma cor. Não há cura, não há vacinas. Conseguem que a água fique mais clara tal como os medicamentos que existem conseguem "diluir" o vírus, mas o que é preciso é impedir que se espalhe por todo o papel. É nessa altura que deitam o óleo no copo. O óleo primeiro mistura-se, depois flutua e a partir daquela barreira o corante já não passa. Chamam a essa barreira de óleo Informação e mostram como a partir dali o papel já não tinge mais.
Começam então um diálogo entre os dois em que um faz todas as perguntas tontas, tipo "e se eu der um beijo a alguém com sida fico doente?", enche um preservativo de ar como se fosse um balão e vai inventando mil e uma parvoices enquanto o outro o vai esclarecendo e dando as informações mais básicas.
Os resultados disto têm sido excelentes. Ontem o duo maravilha fez mais uma apresentação. Os miúdos acham imensa graça, riem-se com as parvoices do palhaço de serviço, deliciam-se com o truque do óleo que não deixa passar a côr para o resto do papel, fixam as informaçõs necessárias e a maior parte deles, por esta altura, já sabe de cor e salteado que se tiverem um colega com sida na turma não têm de deixar de brincar com ele porque estão protegidos com o tal óleo que não deixa passar os vírus.

E pronto, foi mais um Art Attack. Podem chamar os miúdos e mostrar-lhes como se faz. Eles que aproveitem e levem para a escola que o tal óleo nunca é demais e garanto que fazem um sucesso.

15 comentários:

Mente Quase Perigosa disse...

Quando o meu xavalo chegar à altura dos trabalhos, rapto-te e levo-te lá para o meu monte!!!!!!

Ai levo, levo...

gaija do norte disse...

chefa, há um site francês que faz os trabalhos pelos estudantes. como as más ideias andam depressa, não tarda já cá estão.

Teresa disse...

Mente, se for para 15 dias de férias com pensão completa diz onde e quando vai ser o rapto que eu ponho-me a jeito.

Teresa disse...

Também vi a notícia, Hermengarda, mas não consegui perceber como funciona aquilo. Eles dizem que é pedagógico só não sei como nem onde.

(Hermengarda assenta-te bem. Quem é o teu Hermenegildo?)

Anônimo disse...

hum,

Teresa disse...

Será que notam a diferença?

Anônimo disse...

aquela não faz greve, só se fôr apagão

gaija do norte disse...

não fazem mães????

Teresa disse...

Deve ser giro levar um iman para a aula.

Teresa disse...

Gaija, isso sim, seria uma grande coisa!

Anônimo disse...

Muito giro, Teresa. Eficaz, tb.

Teresa disse...

Olha que é mesmo eficaz. O lado chato é que se fartam de gastar preservativos na palhaçada final e aquela gaita é cara que se farta... Acho que vou concorrer a um subsídio do Ministério da Cultura.

Anônimo disse...

Eu saco os meus à borla no centro de saúde e tenho aqui um carregamento em casa. Não q tenham grande serventia, mas a malta pode sempre sonhar, né?

Anônimo disse...

posso enviar-te os q terminam o prazo em breve ;-)

Teresa disse...

Bem jeito davam. Eu andei a virar gavetas para descobrir os restos de outras vidas!(mas mato-me a rir para dentro cada vez que a Xica, do alto dos seus 11 anos, me diz - m'mã, preciso de mais preservativos.)