Todos os anos é a mesma coisa, intuo que não deve faltar muito para que chegue a Primavera porque começo a ouvir Haydn com mais frequência. Primeiro a Sinfonia 48, Maria Theresia, depois os concertos para o rei Ferdinand IV de Nápoles e, finalmente, as sinfonias 6, 7 e 8, "Le Matin", "Le Midi" e "Le soir", respectivamente.
O problema de Haydn, quando ouvido pela manhãzinha, é que tem influência directa no meu estado de espírito oficial desse dia, que fica mais solto, menos taciturno. E, toda a gente sabe isto, estados de espírito pouco taciturnos não combinam com fatos às riscas, ainda que as riscas tenham sido desenhadas por um alfaiate italiano deveras competente, abstenho-me aqui de o nomear, as coisas são como são e em tempo de crise ninguém quer saber de tipos com nomes italianos que desenham fatos.
Este encadeamento de aconteciementos, Haydn-Pela-Manhã-Não-Combina-Com-Fatos Às-Riscas-O-Que-Implica-Que-A-Primavera-Está-Mesmo-A-Chegar tem então o magnífico efeito de eu me ver, de um dia para o outro, a vestir um casaco que é muito parecido com o que usava o Georges Brassens no concerto do Olympia em 64, não sei se estão a visualizar, é um casaco lindo, leve, apropriado à estação.
Há 2 anos
30 comentários:
Começo por dizer, em jeito de comentário genérico e ainda não respondendo a esta posta - que, bai da uéie, é a terceira no espaço de duas semanas que os cabrestos deste rebanho me dedicam com direito ao meu nome em títalo e tudo!!! (e duas foram suas, caríssimo Visconde) - que muito se trabalha neste blog!
Enquanto eu me dedicava a assuntos tão comezinhos como os afazeres pelos quais aufiro as miseráveis somas com as quais é suposto sustentar a minha família - eu, duas crianças e dois gatos - e ainda pagar IRS, Segurança Social, prestações bancárias e afins (ver posta da Escarlate surripiada a um tal Skywalker), vocês conseguiram produzir cinco postas e qualquer coisa como 150 comentários. Ter-me-ei, pois, de dedicar às respectivas leituras a fim de não correr o risco de dizer algum disparate. É que sabe, caro Visconde, gosto de estar a par de tudo o que se passa na minha ausência. Ânsias de controlo, diriam os psi qualquer coisa.
Mas entretanto deixe só que lhe pergunte: onde estava o Visconde em 1964?
Pois, agora q já estou a par das coisas (e que coisas, dio mio!), foi tudo pra onde?
Hein?
Psicodrama?
Resolver as questões de identidade?
Recuperar os egos extraviados?
Visconde, vou cuscar nos 33 tours chez mes parents et je vous dirai quelque chose plus tard
(de que cor é o casaco? aparece na capa do disco? é que, sabe, eu sou dos sixties, mas dos últimos 15 dias...)
desisto. nunca mais me vou dar ao trabalho de imaginar as vestimentas do visconde! chega a ser cruel!
(bálhamedeus! amanhã mudo o visual!)
Parabéns Calamity Jane!
Eu além dos dois gatos acrescento uma cadela e um rato.
Até eu fiquei baralhada. mas não personifiquei ninguém deste blog.
Só as desconhecidas do costume que eu agora não me apetece dar a cara.
Visconde, também não conheço o casaco, nessa altura tinha 1 ano.
É, não é Gaija? Mas deixa estar q eu assim q possa vou investigar. 64 é cedo até para os meus pais terem estado no Olympia, mas os discos do Brassens estão lá todos...
(por favor, gaija! É q isso até te faz mal! Imagina q vem uma corrente de ar e ficas assim...)
Um rato, Gabs?! Bálhetedeus, melher! Desses não tenho. Acho eu...
hum, agora como é que eu me safo disto é que não sei
Do meio disto tudo só registei o Maria Theresia...
Bom gosto o do Haydn!
Tereza, que lhe aconteceu durante a noite? Você estava tão, mas tão, mas mesmo tão bonita ontem...
(alguma coisa que comeu?)
Calamity, é um previlégio dedicar-lhe o que quer que seja.
(Em 64?... Ora, não há ninguém que não saiba onde estava em em 64...)
Visconde, não consegui dormir. Os telefones não pararam de tocar. Não sei como consegue gerir tanto assédio...
(ah, e o casaco não aparece na capa do disco, penso que esse concerto não está todo em disco, há apenas uma recolha, em jeito de colectânia que aparece numa preciosidade, que os seus pais certamente terão, que se chama Brassens en Concert e que tem canções de vários concertos)
(se os seus pais não tiverem, diaga para eles me contactarem e terei todo o gosto em emprestar o meu original)
(o casaco aprece na Paris Match que faz a reportagem desse concerto)
Gabs, somos de gerações diferentes...
Tereza, na verdade é facílimo gerir assédios...
(conto-lhe?...)
ainda não começou a contar? está à espera de quê?
Visconde, publique lá a foto do Paris-Match, pf
Calamity, a foto do Paris Match está na minha memória fotográfica. Desolé...
Tereza, é uma tese...
Venha ela, Visconde...
E agora que já ganhei o brioche nosso de cada dia, venho aqui e descubro que notre Visconte anda de casaquinho leve pelos ombros e tem técnicas de evasão a assédio...
Tou com a Maria Theresia, somos todas ouvidos!
(Calamity acho que o senhor Visconde te está a dar música. Olympia em 1964? Em 1964 O concerto grande, o que ficou para a história, foi o da Bobino, une salle fétiche por Brassens...)
Mente, ele está nos cortes... Fala fala mas depois é como a fotografia do casaco do outro...
E logo hoje que até estou com um ar blasé... A condizer com um qualquer casaquito do Brassens num tal concerto ocorrido numa determinada sala de espectáculos na cidade das luzes...
Sinto-me a bem dizer enganada por não vir a conhecer tais técnicas que decerto envergonhariam qualquer SEAL treinado até à exaustão...
Esqueci-me do AI AI frágil que deveria ter rematado o comento anterior...
Ai ai... (ler como um suspiro...)
MQP, é impressão minha, ou a Dori está de esguelha?
Tereza, ainda não consegui investigar. Mas já sabemos como é o Visconde...
Ai CJ... A Dory está taralhoca é o que é!
Postar um comentário