Quer-me parecer, com a devida unção, que padre Eleutério, na homilia ecleseofutebolística que proferiu ontem antes do almoço no Largo do Rato, estava mas era a queixar-se do dente que não lhe doía. Em verdade, em verdade vos digo que mais me parece que não era só um dente, mas vários, os que doíam ao abade e de que este, estoicamente, se não queixou. A saber: Do siso: Eleutério sempre sofreu, em relação a este grupo de dentes, daquilo a que se poderia chamar “síndrome dos amputados”: nunca os teve, mas doem-lhe imenso. Molares: doeram-lhe ininterruptamente desde as vésperas até às matinas e, como se infere das notícias, o incómodo nem sequer abrandou à hora do sermão. É que Eleutério rangeu-os sem descanso por lhe não ser possível mastigar um par de factos evidentes e para ele claramente insuportáveis: Primeiro: o de o julgador futebolístico que vem referido ostentar um nome próprio muito mais luminoso do que o apelido dele, Eleutério, que sempre se orgulhou do parentesco deste com as Eleutérias, essas festas tão divertidas quanto pagãs, valha-lhes o santíssimo. Segundo: o facto de o juiz da bola, para o não falta, para além de Lucílio, ser também Baptista. É que para baptista (salvo seja, cruzes, canhoto…) estava lá ele, Eleutério, já que lhe assistia e assiste o sacramental direito de baptizar todas as criancinhas, desde que se não chamem Lucílio. Depois destas dores todas e para acabar com o comentário, fica-me uma dúvida: e as Lucílias, coitadas, passam no crivo baptismal de Eleutério ou morrem moiras? Cumprimentos.
6 comentários:
futebol à parte, não percebo como é que um eleutério se recusa a baptizar seja quem for...
Shiu! Tu tá-me calada, gaija, que eu não posso abrir a boca ou inda digo asneira...
Ele há malta capaz de tudo!
O que eu não percebo é como é que alguém chama Lucilio a um bébé...
tá tudo doido.
e ninguém deu um tiro ao padre? nunca mais baptizava era ninguém...
Quer-me parecer, com a devida unção, que padre Eleutério, na homilia ecleseofutebolística que proferiu ontem antes do almoço no Largo do Rato, estava mas era a queixar-se do dente que não lhe doía. Em verdade, em verdade vos digo que mais me parece que não era só um dente, mas vários, os que doíam ao abade e de que este, estoicamente, se não queixou. A saber:
Do siso: Eleutério sempre sofreu, em relação a este grupo de dentes, daquilo a que se poderia chamar “síndrome dos amputados”: nunca os teve, mas doem-lhe imenso.
Molares: doeram-lhe ininterruptamente desde as vésperas até às matinas e, como se infere das notícias, o incómodo nem sequer abrandou à hora do sermão. É que Eleutério rangeu-os sem descanso por lhe não ser possível mastigar um par de factos evidentes e para ele claramente insuportáveis:
Primeiro: o de o julgador futebolístico que vem referido ostentar um nome próprio muito mais luminoso do que o apelido dele, Eleutério, que sempre se orgulhou do parentesco deste com as Eleutérias, essas festas tão divertidas quanto pagãs, valha-lhes o santíssimo.
Segundo: o facto de o juiz da bola, para o não falta, para além de Lucílio, ser também Baptista. É que para baptista (salvo seja, cruzes, canhoto…) estava lá ele, Eleutério, já que lhe assistia e assiste o sacramental direito de baptizar todas as criancinhas, desde que se não chamem Lucílio.
Depois destas dores todas e para acabar com o comentário, fica-me uma dúvida: e as Lucílias, coitadas, passam no crivo baptismal de Eleutério ou morrem moiras?
Cumprimentos.
JAKIM
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