Está tudo dito, foi tudo escrito, até cantado, mas como diz uma grande pensadora do nosso tempo nós abrimos-lhes a avenida, quatro faixas inteirinhas, tudo livre, trânsito parado nas perpendiculares, piso perfeito, boa iluminação e eles, gaijos, espetam-se contra o único candeeiro logo nos primeiros metros.
Quero acreditar, preciso de acreditar, que não é inépcia mas distracção, que somos nós, gaijas, que os transtornamos e lhes toldamos a razão e os sentidos, mas infelizmente isto já nem é uma fé, passou, por mérito desmérito deles, à categoria de fézada.
Ali para baixo, numa caixinha de comentários qualquer, anunciei a realização próxima de uns cursos de formação que nós, gaijas deste blog, estamos dispostas a realizar em prol do sossego e felicidade próprios e alheios, porque estamos fartas de gajos que insistem em trautear os primeiros versos sem terem tido o cuidado de perceber que há uma estrofe, e que essa, só essa, é a nossa, a das gaijas.
A canção chama-se, como não podia deixar de se chamar, Terezinha. Ouçam-na com atenção, leiam o poema que tenho o cuidado de transcrever na esperança, aposto que vã, de melhor entenderem as palavrinhas todas, pensem nele, deitem-se e levantem-se com ele, façam dele a vossa bíblia, a vossa religião, e em exercícios de auto análise perguntem-se porque raio andarão há tanto tempo a baterem-se por serem o primeiro ou, quanto muito e na pior das hipóteses, o segundo.
Em caso de dúvida, perguntem-nos que estamos aqui para vos esclarecer. Se acharem que sozinhos não chegam lá, já disse, a acção de formação é uma promessa a cumprir.
O primeiro me chegou como quem vem do florista
Trouxe um bicho de pelúcia, trouxe um broche de ametista
Me contou suas viagens e as vantagens que ele tinha
Me mostrou o seu relógio, me chamava de rainha
Me encontrou tão desarmada que tocou meu coração
Mas não me negava nada, e assustada, eu disse não
O segundo me chegou como quem chega do bar
Trouxe um litro de aguardente tão amarga de tragar
Indagou o meu passado e cheirou minha comida
Vasculhou minha gaveta me chamava de perdida
Me encontrou tão desarmada que arranhou meu coração
Mas não me entregava nada, e assustada, eu disse não
O terceiro me chegou como quem chega do nada
Ele não me trouxe nada também nada perguntou
Mal sei como ele se chama mas entendo o que ele quer
Se deitou na minha cama e me chama de mulher
Foi chegando sorrateiro e antes que eu dissesse não
Se instalou feito um posseiro dentro do meu coração
5 comentários:
Mestra,
esta biblia/religião não tem género. Pode-se ler/ouvir tanto no femenino como no masculino. Não existem formulas mágicas. Aliás nestas coisas da interação por sentidos o que conta mesmo ao avançar é interpretar os sinais do outro lado de forma correta antes de ser obrigado a recuar com mais uma nódoa no CV.
Interpretação essa que não é facil e depende de tantos factores aliatórios que acaba por acontecer na vida apenas em poucas mas boas ocasiões. Felizmente.
Fico á espera da promessa.
Teresa,
Mas acha que os homens aprendem alguma coisa com musicas?
Eles são duros de ouvido e de ouvir.
Acontece-me resmas de vezes estar a falar, pensar q o "anexo" está a dar-me atenção e nada, ainda pensei q ele estava a ficar surdo, mas depois sussurrei "o jantar está pronto e é a tua comida preferida" e ele ouviu logo.
O comando que os mete a funcionar está estragado...por vezes ele ficam em "pause" sem nós dar-mos por isso.
Li, li e passo a comentar.
A única diferença é que no primeiro e no segundo ela estava desarmada. Portanto parece-me mais um problema de uso e porte de arma.
No terceiro, subentendo que ela já tinha arma. Não percebo porque entrando ele sorrateiro na cama dela, não levou um tiro.
Se li mal as minhas desculpas.
Fusão
Li, li e passo a comentar.
A única diferença é que no primeiro e no segundo ela estava desarmada. Portanto parece-me mais um problema de uso e porte de arma.
No terceiro, subentendo que ela já tinha arma. Não percebo porque entrando ele sorrateiro na cama dela, não levou um tiro.
Se li mal as minhas desculpas.
Fusão
Li, li e passo a comentar.
A única diferença é que no primeiro e no segundo ela estava desarmada. Portanto parece-me mais um problema de uso e porte de arma.
No terceiro, subentendo que ela já tinha arma. Não percebo porque entrando ele sorrateiro na cama dela, não levou um tiro.
Se li mal as minhas desculpas.
Fusão
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