Arca de Noé

Começo agora a perceber que a história da arca e do noé e da bicharada e do castigo de deus, afinal até está bem contada. Sempre me fez espécie essa história de deus querer baralhar e começar de novo, correndo de casa tudo o que mexia e lavando com águas mil o que devia, mesmo assim, estar mais limpo que aqui a minha sala. É que deus esqueceu-se de levar os peixinhos no dilúvio e deus que é deus não se pode esquecer de nada.
Agora percebo-o bem. Peixinhos. Peixinhos vermelhos dentro de um aquário redondo. Em cima de um móvel, muito lá no alto. Não fazem barulho, nem xixis nas carpetes, nem espalham bocados de osso meio roído pelos sofás, nem mastigam trevos na cozinha, nem vêem canal panda aos berros, nem deixam cigarros acesos nas esquinas dos móveis.
Peixinhos. Até podem não ser vermelhos, mas peixinhos num aquário redondo em cima de um móvel e tenho a certeza que as tardes de sábado serão bem mais fáceis.

2 comentários:

piedade disse...

Ernesta,
Chame o Zero Zero Nunes, já. Cigarros a queimar móveis ?
Soa-me familiar !!
Animais nos sofás ?
Que grande porcaria, pá, agora a gente senta-se e fica com o rabo cheio de pêlos e dá muito trabalho a limpar, bolas !!!

Teresa disse...

Ai Piedade que já nem o Zero Zero Nunes me salva a mobília.... mas também tenho de dizer que o estágio além-mar foi muito útil, que a cabeça vem mais assente...
Os animais nos sofás é que é pior, que fiquei sem sítio onde passar pelas brasas e recuperar das noites a blogar...