Das eleições

Temos então o Paulo Rangel, que aparece nos cartazes com um fato às riscas igual ao meu, só que eu não tenho aquele ar de estudante que se senta na primeira fila de carteiras, sempre pronto a fazer perguntas difíceis ao professor, só para mostrar que estudou, que fez os trabalhos de casa.

E temos o Nuno Melo, que criou uma empatia saudável com o povo que vota, ambos assumem que o parlamento Europeu serve para pouco mais que decidir o calibre certo para as azeitonas de Elvas e, assim sendo, mais vale falar de outros assuntos, sempre com aquele sotaque de peixeira do Bolhão, que lhe assenta tão bem, logo a ele que tem aquele ar de quem sabe exactamente qual o binário do motor dos Aston Martin.

E depois temos o Vital Moreira, que nem com os encostos dos antigos camaradas é capaz de levantar voo. E isto é sintomático, um candidato que não tem o carinho do povo depois de levar uns amassos, não vai a lado nenhum.

A minha escolha? José Eduardo Bettencourt, ora essa!