Enquanto uma parte da população brasileira se entretem com este tipo de linchamentos de atitude e em Portugal os assuntos da moda giram em torno da corrupção e do futebol (e vice-versa), entendemos a proximidade dos dois povos irmãos naquilo que partilham de pior.
À óbvia decadência portuguesa, expressa na progressiva tendência para abdicar de um futuro feito pelos de cá, correspondem os sinais de que um país que nasceu em plena comunhão de Histórias com o nosso está a descambar para um caminho ainda pior.
No meio disto tudo, meia dúzia de idiotas ao estilo Maitê esforçam-se por separar as águas com as suas palhaçadas pseudo-nacionalistas tentando forçar uma distinção que, na prática, se resume cada vez mais às questões de pormenor associadas às diferentes ascendências, às variadas influências, aos percursos alternativos que o acaso e tudo aquilo que a História resume determinou.
Mas a verdade que despontou, nesta fase do caminho das duas nações, é a de que algo de profundamente errado está a acontecer.
O Brasil está a mudar para pior. E Portugal, que tanto o determinou, não constituiria nesta altura o melhor exemplo a seguir.
10 comentários:
"Não concordo com nada do que você diz, mas lutarei até à morte pelo seu direito a dizê-lo" (Atribuído a Voltaire, mas certamente, e como quase sempre acontece nestas citações, apócrifo).
Mister Shark, discordo da sua generalização quanto ao sentido das mudanças no Brasil, embora esteja completamente de acordo quanto à moral farisaica que pressupõe considerar a indumentária uma determinante no futuro de um ser humano.
É a sucata, Mister Shark. É a sucata(seja ela moral, ética, do Sr. Godinho ou qualquer outra).
Neste jogo de espelhos que é a vida uns falam em tendências inquisitoriais, outros em reflexos persecutõrios, com todos fazendo-se de vítimas.
Mas muito poucos (raros, raríssimos) não cedem ao impulso do carrasco.
Maria Helena
Generalizei até certo ponto, Maria Helena, pois misturo apenas uma parte da população (sic) nos acontecimentos em concreto... :)
Porém, não é preciso generalizar para perceber que quando a maioria pende para um lado fica a vida muito difícil para quem penda para o oposto. E se no caso concreto estamos a falar de um fenómeno local, a reacção branda do resto da população não permite margem de manobra para euforias.
E como diz, são sempre poucos os que escapam aos (maus) impulsos de algoz.
incrível, nem consigo dizer nada. Será possível o Brasil alinhar nesta derrocada?
ah que bom, tem lá no teu uma Senhora que contextualizou.
Uma parte do Brasil, anónimo/a. Tal como nem todo o nosso país alinha de forma passiva na bagunça que parece geral...
Pois foi, Z. Estas coisas fora de um contexto são preocupantes e eu sou filho de uma senhora cardíaca...
:)
embora conheça do brasil a realidade que sabes, fiquei estupefacta com a notícia. quem visita aquele povo, e são notórias as diferenças entre o norte e o sul (o interior não conheço), não o diria capaz de tal atitude. ainda bem que há quem nos esclareça!
Sim, pois eu tb fiquei estupefacto por vir de onde veio (a notícia).
notícia,
boa notícia!
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