Apenas uma brisa corre por aqui.
Uma daquelas brisas mornas e agradáveis que nos acaricia e arrepia a pele. Não se vêem movimentos bruscos e até os pássaros pararam de cantar, não por frio ou medo, mas sim para aproveitar a tarde para se refugiarem nos seus ninhos passarando.
O calor convida à preguiça e os ponteiros do relógio arrastam-se vagarosamente. O mundo parece estático. Parado sob o sol quente.
Quando a brisa passa, também ela muito lentamente, respira-se um pouco mais fundo e aproveitamos para nos espreguiçar.
À medida que a tarde avança, começa-se a adivinhar a agitação da noite. Porque será que tardes quentes geram sempre noites inquietas?
Ao fim da tarde, ao passar-se pelas ruas, sente-se o cheiro, primeiro ténue depois mais intenso, da comida. O cheiro característico dos grelhados. Quando atravessamos os becos, o calor da atmosfera misturado com o calor das brasas dos grelhadores cola-se à nossa pele.
Quando a noite cai, acobertando, com o seu manto, segredos e amantes, as pessoas saem à rua em busca de ar fresco ou de aquecimento para a alma.
Ouvem-se risos nas ruas e crianças a jogar à bola, aproveitando as férias e o calor para se divertirem e terem a liberdade que não têm no resto do ano.
Vêem-se mulheres bonitas e de tez bronzeada em busca de divertimento. Vêem-se casais de namorados a passear junto à praia. Vêem-se amantes na praia.
Os bares e esplanadas estão cheios. Novos, velhos, ricos, pobres… No Verão toda a gente sai à rua. Nas noites quentes de Verão toda a gente quer viver. Toda a gente quer amar e ser amado, nem que depois se enterre o amor na areia.
Terminada a noite, aos primeiros raios da aurora, as pessoas desaparecem das ruas e refugiam-se nos braços de Morfeu, ou noutros quaisquer, e esquecem o mundo. O ciclo recomeçará dentro de algumas horas…
Quando passar uma brisa por aqui.
18 comentários:
eu??? nos braços de morfeu??? arranja-me chatices que eu digo-te!
Quem diz tu, diz outra qualquer. Eu nem estava a usar os óculos... Posso ter visto mal...
:p
agora é que começo a perceber o porque do nome "mente quase perigosa"...
Só 'quase', Wolve. Só 'quase'...
(e vou considerar isso um elogio...)
que mais poderia ser, depois de um texto destes?
e é no "quase" que reside todo o interesse; como dizia aristoteles acerca da metáfora: algures entre o intangível e a banalidade.
Aristóteles? Quem é esse? Também tem um blog?
Obrigada, Wolve. Mas há uma coisa que não entendo... Porquê a conclusão sobre a minha quase periculosidade neste post em concreto?
Oh Chefa, vais deixar o sinhor mal impressionado!!!
Toda a gente sabe qual é o link do blog do gaijo!!!!
nah, ele é da concorrencia, escreve no sapo. não gosto.
por nada em especial, foram so dois posts seguidinhos, os dois ali na corda bamba. Um mais na bamba que o outro, confesso.
(calhou dizer neste post, ate pk eu raramente comento, embora acompanhe desde o tempo dos posts das gémeas...)
Ah mais um fã das gémeas...
(e eu a pensar que ele era meu fã...)
adoro os filmes da Disney, e os documentários do Custeau...
Chega?
Digamos que vais no bom caminho...
(mas a referência às gémeas suecas, essa ninguém ta tira!)
;o)
Inocente! eu juro que nem me lembrava que eram suecas...
As gémeas do Santo são sempre suecas!
Ou norueguesas... ou islandesas... ou finlandesas...
São altas e loiras, pronto!
mui bom gosto...
O nosso Santinho é mocinho com muito bom gosto. Confia em mim!
(Quase perigosa... quase...)
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