Mas vai haver cortes orçamentais em todo o sistema judicial. Segundo Alberto Martins, o conselho consultivo da justiça reúne-se segunda-feira para debater o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) para o sector, que tem "uma máquina muito pesada" em termos de recursos técnicos e humanos. Só se saberá dia 11 em que sectores específicos vão ocorrer cortes. Nessa reunião serão abordados outros assuntos, nomeadamente as alterações à acção executiva (cobrança de dívidas e penhoras), onde se registam as conhecidas "dificuldades e retardamento da marcha processual".
Porque nós sabemos que se há coisa que anda bem, no nosso país, é a justiça. E qual é a justificação? Faltam recursos humanos. Faltam sistemas que simplifiquem. Coisa que, agora sim, se vai resolver com cortes orçamentais. Já agora fica aqui uma sugestão desta que muito vos aprecia, talvez seja melhor os senhores do governo considerarem a hipótese de rever os prazos de prescrição. É que é boa ideia os gaijos estarem adaptados ao ritmo alucinante do passo de caracol que pauta o sistema.
Mas analisemos outra pikena parte da noticia:
Também o acesso à justiça está a ser repensado e, segundo Alberto Martins, os advogados vão ter um papel mais preponderante na atribuição de apoio judiciário aos mais carenciadas, devendo esse direito ser alargado a mais utentes. O governante assegurou que se trata de facilitar o acesso aos tribunais.
A mim parece-me bem. Até porque eu sempre quis saber se os senhores advogados teriam coragem de levantar a toga e mostrar o rabito ao senhor Ministro. Com estas medidas, cheira-me (este verbo não promete grande coisa depois da palavra ‘rabito’) que é coisita para eu tirar as dúvidas.
2 comentários:
Imagino o agrado com que isto é recebido no "meio"...
Curiosamente, ainda não os vi reagir. Mas tenho fé!!!!
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