Eu gostava de vos contar a história toda. Nada me daria mais prazer. Mas não posso. A minha consciência não permite e este não é propriamente o meu momento mais glorioso, que não é (se bem que, não vos vou mentir e deixem que vos diga que demorar apenas um par de horas a levar uma gaja a fazer sexo enquanto os gaijos andavam há meses a tentar, é coisinha para me deixar de ego insuflado).
Ali a minha parceira de crimes meteu na cabeça que a Maluca nos ‘atacava’ e quando dei por ela, estava a Chefa a proclamar a frase gloriosa que vos citei 2 posts abaixo. Mas todos nós trabalhamos e sabemos como são as chefias: Chefa que é Chefa manda os subalternos fazer o seu trabalho sujo.
Vai daí, lança o repto à menina. A menina vá de se inflamar toda (sabe Deus porquê. Porque fora eu a receber tal frase ainda me estava agora a rir…) e vá de saltar para a espinha do desgraçado que ela pensava ocupar esta cama. Chefa sobe para cima dos tamanquinhos e com sua voz de Marquesa proclama: Ai credo! Eu não sou capaz de fazer isto!!!
Há que ver que Maluca andava, por esta altura, algures no pescoço ou na barriga do desgraçado. É que o melhor desta história é que quem tivesse sangue frio e lesse aquele diálogo, ficaria plenamente convicto que estava a presenciar 2 virgens numa cama tal era o desajeito. Tanto estavam no cabelo como na barriga. Tanto acariciavam barrigas como se lembravam que tinham a roupa toda vestida. Digo-vos eu, que estava lá e vi, que se aquela não foi a pior queca à face da Terra e arredores, não foi nada. Dava mesmo vontadinha de gritar: Hello??? Esta cena não é a maratona de contorcionismo do Circo Chen! Isto segue um determinado ritmo. Uma determinada cadência e envolvimento. Mas não! Aquilo era correr para ver quem chegava mais longe, mais forte, mais depressa e, de preferência, sem lesões irreversíveis.
E a coisa assim andava, até que Maluca lançou mão ao pénis com que nós tentávamos (infrutiferamente, diga-se de passagem) pensar. Chefa, sentindo mão em seu pénis, dá às de Vila Diogo e deixa-me a Maluca no colo literalmente virtualmente falando.
Oh pá, desculpem lá qualquer coisinha, mas se há coisa que eu tenho é brio. E da minha cama ninguém sai sem um sorriso de felicidade. É que nem a Maluca. É ponto de honra! Vai daí usei a técnica utilizada pela Juliette Binoche em Um Sofá em Nova Iorque: a malta diz “pois”, “sim”, “e depois?” e quando damos por ela, temos uma gaja a oferecer-nos coisas que não cremos queremos. Essa é que é essa… Enquanto nos tenta convencer que aquilo não é sexo, é amor.
A Outra? Aquela que começou tudo? Fingia-se de morta mas mandava bitaites. Assim tipo: ah faz assim, faz assado… Mas chegar-se à frente? Tá quieto! Mas quando chega a parte de assassinar bicharocos, aí já não se faz de esquisita. Sim, perguntem-lhe… Como diria o Willem Dafoe no Paciente Inglês: Ask your saint who he has killed ?
Ah pois é… É que se na dupla Thelma & Louise do Cabra, eu sou a ‘Senhora de cama incerta’, quem será a assassina?
Um comentário:
eu não fiz nada, tu sabes... eu estava a dar voltas à cabeça para inventar nomes queridinhos para lhe chamar quando a Maluca me saltou para a cama sem aviso. Tu sabes, queres é lixar-me e dizes que fui eu quem provocou... mais um bocado e dizes que foi violada!
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