Estão as duas sozinhas no mar, estou sossegadamente ao Sol mergulhada num livro e, de repente, oiço Mamã. Um olho no burra, outro no cigana e tudo parece bem.
Não me mexo.
Mamã outra vez.
E outra. E a voz esganiçada de uma delas está cada vez mais histérica.
Caramba, está tudo bem, eu estou a vê-las, no pasa nada, sacanas das criancinhas que não me deixam em paz e o nadador salvador, aqui à minha frente, até tem umas costas giras.
Mamã!
Pronto, vou levantar-me, a custo mas vou, e parar com a escandaleira num instante.
Pouso o livro, mexo uma perna, a seguir outra, os olhos sempre postos na histérica que grita e na outra que não grita mas que pode ter, sei lá, um tentáculo de um polvo gigante a agarrar-lhe a perna debaixo de água e a deixá-la paralisada, e já estou quase três quartos levantada, a custo mas estou, já disse que era a custo não já?, quando vejo a caladita e sossegadita, a compor, parece que finalmente, o soutien do bikini e a outra a calar a sirene.
Ahhhhhhh!.... Era mama!.....
Raisparta as adolescentes que me baralham toda.
(está bem, percebido, vou ter de afinar os meus sensores que parece que estão uns anitos desfasados...)
Há 2 anos
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