O dia de uma das minhas vidas - Mãe Delas.

Achei que era justo fazer isto - pedir às miúdas para, hoje, escreverem aqui. Afinal este mundo também faz parte dos seus dias, que já lhes é habitual verem a mãe a não ser só mãe, que vou-lhes fazendo o jantar enquanto escrevo mais um post.

Digo-lhes, muita vez, que para além de mãe sou e preciso de ser muitas outras coisas - teresa, mulher, filha, amante, amiga, jurista, cozinheira, miúda, bloguista e tantas e tantas outras, que me fazem a mim e que, portanto, fazem a mãe delas. Explico-lhes que antes de ter sido mãe já era eu e que se deixo de o ser elas perdem-me. Ficam com um saco de ar chamado mãe, cheio de boas intenções, mas sem mais nada para lhes dar.
Quero acreditar que me têm vindo a perceber. A mim e ao que isto implica - as pessoas, todas as pessoas, são muito mais do que aquilo que vamos tendo delas e que gostar é respeitar todas as suas várias vidas. Reduzi-las a nós, ao nosso mundo, não nos dá nada, só as destrói.

Hoje, no dia da mãe, vieram a este meu mundo. O post anterior é delas. Só delas. De mim tiveram ajuda técnica para pôr a fotografia.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esta foto é da EXPO 2008? Se é onde está o poema? Não achaste piada? Desapareceu?
J C Francisco